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TRATAMENTO PADRÃO OURO INDICADO PARA O MANEJO DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

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TRATAMENTO PADRÃO OURO INDICADO PARA O MANEJO DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
Sendo a TCC o padrão ouro para o tratamento da ansiedade, as intervenções mais utilizadas no manejo da ansiedade através da TCC, incluem a psicoeducação, a identificação dos pensamentos automáticos e das emoções, a identificação de crenças centrais e intermediárias, a reestruturação cognitiva, a resolução de problemas e a avaliação do processo, os quais serão descritos a seguir (OLIVEIRA, 2011): 
A psicoeducação representa um importante recurso no processo psicoterápico, e deve ser o primeiro passo do processo, sendo que o paciente deve ser informado sobre a funcionalidade ou não de suas reações comportamentais frente a ansiedade.
O passo seguinte, consiste na identificação de pensamentos automáticos e as emoções, as quais serão avaliadas posteriormente. Os pensamentos automáticos tendem a surgir em função da interpretação dada a uma situação e ocorrem paralelamente a pensamentos manifestos, a partir do momento em que se identificam esses pensamentos, é possível examiná-los e corrigir os seus erros, de forma que o paciente pode se sentir melhor.
As crenças centrais e intermediárias são identificadas e modificadas com o objetivo de se construírem modelos alternativos de comportamento, baseado na escolha consciente. Trata-se de crenças facilmente identificadas ao se preencher um formulário com dados sobre os pensamentos automáticos, as emoções/os sentimentos/as sensações e os comportamentos e/ou crenças do paciente. 
As crenças centrais costumam estar ligadas invariavelmente à infância. Trata-se de ideias rígidas e cristalizadas sobre si mesmo, enquanto às crenças intermediárias, estão relacionadas às regras, atitudes e suposições do paciente (BECK, 1997). 
Depois de identificados os pensamentos automáticos e as crenças disfuncionais, a reestrutura cognitiva deve tomar lugar e possibilitar a aplicação da habilidade de solução de problemas. Reestruturar cognitivamente pensamentos e crenças, significa, no caso de transtorno de ansiedade, questionar os pensamentos, procurar evidências a favor e contra as avaliações e interpretações dos eventos da realidade que outrora causavam ansiedade. 
A partir da reestruturação cognitiva, pode-se, então, passar à resolução de problemas e possibilitar as escolhas conscientes do paciente, tornando-o autônomo e senhor das suas decisões. 
Em síntese, o tratamento da ansiedade a partir da TCC, requer um foco na resolução de problemas e na habilidade de escolhas, sendo que os ganhos do paciente se direcionam à autonomia, visto que ele passa de uma atitude passiva e evitativa em função do sentimento de impotência, de incapacidade e do medo de tomar decisões, a uma postura menos rígida e consciente de suas reais possibilidades de escolha. 
Além disso, Clarck e Beck (2014) enfatizam que o tratamento para um transtorno de ansiedade tende a variar entre 6 e 20 sessões individuais, geralmente oferecidas semanalmente no início e depois diminuindo sua frequência aos poucos para sessões quinzenais e mensais. O tratamento divide-se em três fases:
- Avaliação: a primeira ou as duas primeiras sessões visam avaliar a natureza do problema de ansiedade. Nesse momento o terapeuta fará muitas perguntas sobre a história da ansiedade, os sintomas, vivências cotidianas com ela e como o indivíduo tentou enfrentar tal situação. Além disso, alguns terapeutas podem dar questionários aos pacientes, para que eles os façam em sua casa, com o objetivo de colher informações. O objetivo da avaliação, em síntese, é compreender a natureza da ansiedade e desenvolver um plano de tratamento que funcionará para o paciente.
- Intervenção: trata-se da principal parte da terapia cognitiva, a qual visa identificar o pensamento problemático que está deixando o paciente ansioso, corrigir estes pensamentos, ajudar a descobrir uma nova perspectiva sobre a ansiedade e estruturar planos de ação que alterarão seu modo de lidar com episódios de ansiedade.
- Término: as sessões finais ocorrem com menor frequência e se concentram nas habilidades necessárias para lidar com o retorno ocasional da ansiedade. Os terapeutas chamam isso de prevenção de recaída, sendo que o principal objetivo é garantir que a pessoa tenha capacidade de enfrentar futuras vivências de ansiedade sem auxílio do terapeuta. 
RELAÇÃO ENTRE A PSICOTERAPIA E O TRATAMENTO MEDICAMENTOSO PARA O MANEJO DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
Quando se faz o manejo de transtornos de ansiedade de maneira correta com componentes farmacológicos associados a TCC, o resultando é um tratamento bastante eficaz. 
Os pacientes inicialmente podem apresentar uma certa resistência ao medicamento por não saber de fato como funcionam, ou ainda por acreditarem que ficarão dependentes, no entanto, o psicoterapeuta vai exercer o papel de psicoeducador em relação a necessidade da medicação, atuando na desmitificação de crenças dos pacientes (SANTANA, 2015). 
Além disso, é importante que o próprio psicoterapeuta incentiva o uso de psicofármacos quando necessário, uma vez que a associação psicoterapia/farmacoterapia promove resultados mais eficazes do que a aplicação dos dois métodos separadamente (KAPLAN; SADOCK, 2007).
KAPLAN, L.; SADOCK, B. Compêndio de psiquiatria: ciências comportamentais psiquiatria clínica. 2007. Porto Alegre: Artmed.
SANTANA, M. E. L. Intervenções clínicas da terapia cognitivo-comportamental no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo. 2015. Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/psicologia/intervencoes-clinicas-terapia-cognitivo-comportamental-no-tratamento.htm. Acesso em: 26 set. 2021.
CLARCK, D. A.; BECK, A. T. Vencendo a ansiedade e a preocupação com a terapia cognitivo-comportamental: manual do paciente. 2014. Porto Alegre: Artmed.
BECK, J. S. Terapia cognitiva: teoria e prática. 1997. Porto Alegre: Artes Médicas.
OLIVEIRA, M. I. S. Intervenção cognitivo-comportamental em transtorno de 
ansiedade: relato de caso. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, v. 7, n. 1, 2011, p. 30-34. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbtc/v7n1/v7n1a06.pdf. Acesso em: 26 set. 2021.

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