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avaliação do sistema respiratorio

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Avaliação fisioterapêutica do 
Sistema respiratório 
 
Conceito 
Processo da entrevista e do exame do usuário em 
busca de alterações da doença e dos efeitos do 
tratamento. 
Quando realizar? 
 Iniciar um tratamento 
 Observar evolução 
 Avaliar eficácia do tratamento 
Avaliação subjetiva 
 Dados pessoais 
 Historia clinica (QP, HDA, HP, HF, socioambiental 
e social) 
Avaliação objetiva 
 Exame físico 
 Exame complementares 
Manifestações pulmonares 
Questionamento: 
 Duração padrão 
 Gravidade 
 Fatores associados 
Tosse 
 Reflexo de proteção 
 Pode ser voluntaria 
 Comum em pacientes com 
afecções pulmonares 
 Acontece com aumento de muco nas vias 
respiratórias. 
Classificação 
 Eficaz ou ineficaz 
 Improdutiva (seca) ou produtiva 
(úmida) 
 Aguda (de forma 
repentina) ou crônica (longa 
duração, semanas ou meses) 
 
 
 
 
 
Mecanismo da tosse: é composto por 
inspiração, compressão e expiração. 
Começa com uma inspiração profunda, 
na compressão a glote de fecha e ocorre 
aumento da pressão interpleural pela 
contração dos músculos expiratórios. 
 
 
Expectoração 
 Excesso de secreção traqueobrôquica eliminada 
pelas VA por meio da tosse. 
 Avaliar a cor, consistência, odor e quantidade 
produzida a cada dia. 
 Descrição Causas 
Saliva Fluido, aquoso e 
claro. 
Disfunção da 
deglutição 
Mucoide Branco e opaco Bronquite crônica 
sem infecção, 
asma. 
Mucopurulento Descolorado, mas 
praticamente sem 
pus 
Bronquiectasias, 
fibrose cística, 
pneumonia. 
Purulento Denso, viscoso, 
amarelo, verde-
escuro/marrom, 
cor de ferrugem. 
Agente infeccioso 
(bactéria, fungos, 
etc) 
Espumoso Rosado Edema pulmonar 
Hemoptise Varia de placas 
sanguinolentas a 
sangue vivo, 
sangue coagulado. 
Infecção, infarto, 
carcinoma, 
vasculite, trauma, 
disfunção de 
coagulação. 
Preto Manchas pretas 
em secreções 
Inalação de 
fumaça 
(incêndios) 
 
Hemoptise 
Expectoração de sangue advindo das VAI ou do 
parenquima. 
 Não maciça – infecções das VAI ou do 
parênquima pulmonar. 
 Maciça – turbeculoso, abcesso pulmonar 
OBS.: se acontecer uma vez pode ser apenas uma 
lesão, mas se perdurar deve procurar tratamento. 
Dor torácica 
 
 Angina estável – dor ao exercício 
 Angina instável – dor ao mínimo esforço 
 Infarto agudo do miocárdio – privação do fluxo 
sanguíneo podendo ocasionar necrose. 
 Pericardite – dor em determinadas posições 
 Dissecção aguda – rompimento, 
dor forte 
 Pneumotórax – ar entre as 
pleuras 
Dispneia 
 dificuldade para respirar 
percebida pelo paciente. 
 Decorrente de múltiplas 
interações fisiológicas, psicológicas, 
sociais e ambientais. 
Causas: 
Respiratória: 
 Alterações no centro respiratório, 
nervos respiratórios e caixa torácica. 
 Alterações da membrana alvéolo-
capilar. 
Cardíaca 
 Insuficiência cardíaca 
 Descondicionamento físico 
 
 
 
 Classificação 
 Dispneia a grandes (exercício físico), médios 
(varrer, andar rápido) pequenos (ABVD’S) 
esforços 
 Dispneia de repouso – cansado em repouso. 
 Ortopneia – dificuldade de respirar em decúbito 
dorsal (deitado), quando levanta melhora. 
Atenção a cardiopata, pois aumenta o retorno 
venoso quando está deitado. 
 Platipneia – dificuldade para respirar de pé 
(alteração arterio venosa pulmonar) 
 Trepopneia – dificuldade de respirar em 
decúbito lateral (derrame pleural) 
 Dispneia paroxística noturna – deitado, mas leva 
um tempo, chegando a acordar o paciente a 
noite, melhorando ao se levantar e pode está 
associado a edema de MMSS 
Escala de disnpeia (Medical Rosearch Council) 
 
 Exame físico 
SSVV – pressão arterial 
SSVV – frequência cardíaca 
 Abaixo de 60 – bradicardia 
 60 – nomorcadia 
 Acima de 100 – taquicardia 
 
Adulto – 60 a 100 bpm 
SSVV – frequência respiratória 
 Normal – eupneico 
 Abaixo de 10 – bradipneia 
 Acima de 20 – taquipneia 
 Quanto menos idade, menor a FR 
 
Inspeção estática 
 Baqueamento digital – ipoxemia crônica, redução 
de oxigênio a nível arterial. Encontrado em 
pacientes cardíacos e respiratórios e podeser 
associado a cianose. 
 Turgência jugular - Dificuldade de retorno 
venoso por alteração cardíaca ou vascular, 
aumento do volume de sague circulante e 
esforço (Valsalva). Aumento do volume do 
coração do lado direito. 
 Cianose – periférica (mãos e pés) e central 
(boca e língua). Redução de O2, hemoglobina 
que não se liga ao O2. 
 Edema – sinal de cacifo positivo 
Inspeção estática do tórax 
 Tórax descoberto 
 Paciente sentado ou em pé. 
 Paciente relaxado, braços ao longo do corpo. 
 Visão panorâmica do examinador 
 Observar face anterior, lateral e posterior. 
Face anterior do tórax 
 
Face posterior do Torax 
 
 Vertebras 
 Escapulas 
 Costelas 
Morfologia torácica 
 BIOTIPO: Caracterizado pelo 
ângulo de CHARPY 
 Normolíneo (ângulo = 90º) 
 Longilíneo (ângulo < 90º) 
 Brevilíneo (ângulo > 90º) 
 
 
 
 
 
 Brevilinio – pescoço curto, tórax largo, membros 
curtos, baixa estatura. 
 Mediolineo – pescoço, tórax, membros e estatura 
intermediário. 
 Longilíneo – pescoço longo, tórax longo, 
membros compridos, alta estatura 
Tipos de tórax 
 Plano/chato – costelas rebaixadas, dificuldade de 
inspiração. 
 Tonel/globoso – inspiração forçada o tempo todo, 
hiperesuflação, o ar fica preso. 
 Pectus escavatum – congênito 
 Cariniforme/pectus carinatum 
 Cifótico – expansibilidade de caixa torácica com 
dificuldade 
 Escoliotico – um pulmão mais comprimido do 
que o outro. 
 Raquítico – castolas proeminentes, tórax plano. 
 Cônico/em sino – assite, problema de fígado 
Inspeção dinâmica 
Tórax móvel 
Padrão respiratório 
 Determinado pelo segmento do tronco que 
predomina mais durante os movimentos 
respiratórios. 
 Costal, torácico ou apical 
 Abdominal ou diafragmático 
 Toracoabdominal ou misto 
Respiração paradoxal 
Quando toda a parede torácica move-se para dentro 
na inspiração e para fora na expiração. 
 
Via de entrada de ar: 
 Nasal 
 Bucal 
 Mista 
Interferem diretamente em: 
 Escolha do tipo de interface para oxigenoterapia 
 Escolha do tipo de interface para VNI 
 Tolerância ao exercício. 
Amplitude da respiração 
 Profunda - Pode estar presente durante os 
esforços e/ou emoções fortes. 
 Superficial - Encontrada fisiologicamente 
durante o sono tranquilo ou patologicamente 
durante hiperinsuflação, afecções pleurais. 
Frequência respiratória 
 Número de incursões completas em um minuto. 
 Respiração normal = Frequência e Ritmo 
constantes 
Classificação 
 Eupneia 
 Bradipneia 
 Apneia 
 Taquipneia 
 Hiperpneia 
 FR = 12 – 20 rpm 
Tiragens 
 Retrações intermitentes da pele que 
recobre a parede torácica durante a inspiração. 
 Sinal de desconforto respiratório! 
Ritmo respiratório 
Sucessão dos movimentos respiratórios 
a) Kussmaul 
b) Cantini – inspira e expira profundamente 
rapidamente, acidose diabética; 
c) Cheyne-stokes – respirando cada vez mais 
profundo até chegar a uma apneia, pacientes 
craniocefalicos e insuficiência cardíaca. 
d) Biot - profunda 
 
Palpação 
 Paciente confortavelmente posicionado 
 Tórax descoberto 
 Musculatura relaxada 
 Realizada de cima para baixo 
 Mão do examinador na temperatura ideal 
Sensibilidade 
 Superficial 
 Profunda 
 Depende do caso do paciente, se tem dormência 
por gelo, avaliar o tórax 
 Algodão, escova, esponja 
Dor 
 À palpação 
Edema 
 Sinal de cacifo 
Elasticidade torácica 
 Manobra de lasegue 
 Regiões exploradas - infraclaviculares → 
escapulares, hipocôndrios → infraescapulares 
 Ex da perda (enfisema pulmonar) som de 
estourando bolhas. 
Enfisema subcutâneo 
 Presença de ar nos tecidos subcutâneos do 
tórax. 
Expansibilidade torácica 
 Região anterior 
 Região posterior 
 Se o paciente estiver deitado, apenas observar 
 Pode ser apresentado expansibilidade reduzida 
em apenas um lado. 
Ausculta 
Realizada para identificar os ruídos pulmonares 
normais e anormais. 
Terminologia dos sons pulmonaresRuído laringotraqueal: ruído de grande 
intensidade sobre a laringe e traqueia, 
formado por vibrações de alta frequência, com 
predominância expiratória. 
 Murmúrio Vesicular: ruído mais suave, na 
região do tórax, com predominância inspiratória, 
referente a passagem de ar pelas porções 
periféricas do tecido pulmonar. 
 Ruídos adventícios: ruídos respiratórios audíveis 
em condições anormais. Podendo ter origem na 
árvore brônquica, vias aéreas distais ou no 
espaço pleural. 
OBS.: realizar bilateralmente em zigue zague 
Ausculta anterior e posterior 
Pontos e sequencia: 
 
Classificação dos ruídos adventícios 
Estertores 
Secos 
 Cornagem – estridor; alto; pode escutar sem 
esteto. 
 Roncos – ruído grosso; geralmente durante 
inspiração; via aérea com secreção 
 Sibilos – asmático; assovio; presente nas regiões 
periféricas (bronquíolos); se percebe mais na 
expiração. (sibilo monofônico = em uma área 
localizada; polifônico = sibilo mais de um local. 
Úmidos 
 Creptantes – atrito de cabelo no ouvido; velcro; 
auscultado apenas na inspiração; vias aéreas 
periféricas. 
 Bolhosos – secreção; som de ‘’bolhas com 
canudo na água; final da inspiração e expiração. 
OBS: 
 MV + (múmurio vesicular presente) 
 AHTX (ambos hemitorax) 
 / RA (sem ruído adventício)

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