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Resumo - Direiro civil

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· Daniella Souza da Silva RA: 4080165
· Maria Eduardha de Araújo RA: 4047931
· Mayara Costa Reuter Ribeiro RA: 4038207
· Pamela Felipe Paixão RA:4038207
Resumo dos artigos 1.711 á 1.722 do código civil
O subtítulo IV do código civil, determina o que é considerado um bem de família. Do artigo 1.711 á 1.722 estão estipuladas as restrições e considerações para um bem não se valer de impenhorabilidade, tendo como princípio fundamental a proteção da dignidade familiar. 
 
(Pamela Felippe)
 Art. 1.711. Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante escritura pública ou testamento, destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição, mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial.
 Instituir bem de família, nada mais é do que a proteção legal ao bem imóvel. Instituir um bem é determinar que o mesmo serve de moradia, ou é imprescindível para sobrevivência da família, e por este motivo ele não pode ser impenhorável, desde que não ultrapasse o patrimônio líquido, estabelecido pela lei especial n° 8.009/90 que determina que “ o imóvel residencial próprio do casal, ou da identidade familiar é impenhorável, portanto não responderá por qualquer tipo de dívida, de qualquer natureza que seja contraída por aqueles que residem nesse imóvel.
Parágrafo único. O terceiro poderá igualmente instituir bem de família por testamento ou doação, dependendo a eficácia do ato da aceitação expressa de ambos os cônjuges beneficiados ou da entidade familiar beneficiada.
 O parágrafo único permite a terceiros doadores ou testadores, que determinem em seus atos que o bem doado ou testado seja considerado um bem de família. Conclui ainda que este ato não decorre de aceitação dos cônjuges ou da entidade familiar beneficiada, tornando deste modo o bem impenhorável. 
Art. 1.712. O bem de família consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família.
Se tratando da questão dos valores imobiliários, este artigo declara que não somente o imóvel, mas também os móveis da residência incluídos no bem de família. Mas segundo a lei 8.009/90, foi estabelecido que essa regra recaía apenas sob bens imóveis necessários, por exemplo : a única geladeira do imóvel se torna impenhorável, mas no caso de conter mais de uma, a segunda já se torna objeto de penhora . 
Art. 1.713. Os valores mobiliários, destinados aos fins previstos no artigo antecedente, não poderão exceder o valor do prédio instituído em bem de família, à época de sua instituição.
Enaltece a importância do bens imobiliários não ultrapassar o valor do bem imóvel.
§ 1 o Deverão os valores mobiliários ser devidamente individualizados no instrumento de instituição do bem de família.
É necessário que os valores mobiliários estejam registrados de forma individual como bem de família, para se valerem da impenhorabilidade.
§ 2 o Se se tratar de títulos nominativos, a sua instituição como bem de família deverá constar dos respectivos livros de registro.
Estabelece que lá títulos nominativos somente gozarão da proteção, se os mesmo estiverem indicados nós respectivos registros. Portanto não se vale apenas estar no nome de algum dos cônjuges, mas sim está registrado como um bem de família.
§ 3 o O instituidor poderá determinar que a administração dos valores mobiliários seja confiada a instituição financeira, bem como disciplinar a forma de pagamento da respectiva renda aos beneficiários, caso em que a responsabilidade dos administradores obedecerá às regras do contrato de depósito.
Discorre sobre a permissão do instituidor de poder determinar a administração dos valores mobiliários. E também permite que o mesmo possa definir os meio de pagamento dessas rendas, em forma de contrato, que deverá ser obedecida pelos administradores. 
(Mayara Costa)
ART. 1.714 “O bem de família, quer instituído pelos cônjuges ou por terceiro, constitui-se pelo registro de seu título no Registro de Imóveis.”
A necessidade de registro tem o principal objetivo de dar conhecimento ao ato, e com isso evitando que terceiros se prejudiquem ao adquirir seu crédito. Sendo assim, o interessado que pretender realizar um futuro negocio com o beneficiário deverá realizar uma pesquisa do bem imóvel no registro imobiliário pertinente.
ART. 1.715 “O bem de família é isento de execução por dívidas posteriores à sua instituição, salvo as que provierem de tributos relativos ao prédio, ou de despesas de condomínio.
Parágrafo único. No caso de execução pelas dívidas referidas neste artigo, o saldo existente será aplicado em outro prédio, como bem de família, ou em títulos da dívida pública, para sustento familiar, salvo se motivos relevantes aconselharem outra solução, a critério do juiz.”
 Representação do alcance de objetos do instituto. A família fica com a garantia de um teto para abrigá-la e salva de execuções resultada por dividas feitas anteriormente. A exceção ocorre apenas em dois casos: a) Tributos relativos ao próprio prédio e b) Despesas de condomínio.
ART. 1.716 “A isenção de que trata o artigo antecedente durará enquanto viver um dos cônjuges, ou, na falta destes, até que os filhos completem a maioridade.”
Quanto à duração do bem de família, é levado em consideração a vida do cônjuge e a menoridade dos filhos. Enquanto viverem os cônjuges ou até mesmo um deles, o bem permanecerá intacto. Na falta de ambos, o bem de família será extinguido, exceto se existir filhos menores de idade, neste caso durará até tornarem maiores de idade.
(Eduardha de Araújo) 
Art. 1.717. O prédio e os valores mobiliários, constituídos como bem da família, não podem ter destino diverso do previsto no art. 1.712 ou serem alienados sem o consentimento dos interessados e seus representantes legais, ouvido o Ministério Público
O proveito que se pode obter do bem de família voluntário é a impenhorabilidade dos valores mobiliários, pois o imóvel residencial já dispõe da exceção legal. Entretanto, como visto, raramente se conseguirá instituir bem de família valores mobiliários em soma relevante em relação ao patrimônio.
Em compensação, perde-se a faculdade de dispor de toda a propriedade, inclusive o imóvel residencial, que já era protegido, sem esse ônus (art. 1717). 
Dos artigos 1717, “ouvido o MP”, e 1719, “poderá o juiz extingui-lo”, extrai-se que o bem de família voluntário nasce por escritura pública e morre por ato judicial, o que é uma situação anômala e criticável. Quem não pode alienar livremente, não poderia gravar livremente. Seria necessário o procedimento judicial, nos termos do art. 1.717.Não compreendemos a razão da restrição. Se houver diversos bens do casal, não se poderá pedir a extinção do bem de família nos termos do art. 1717? Não logramos atingir a inspiração da norma.Valores mobiliários estão sujeitos a vencimento e resgate. Nessa hipótese, a nosso ver, o valor em dinheiro deverá ser reinvestido em valores mobiliários de mesma espécie ou o mais similares possível, sem necessidade qualquer procedimento judicial e sem a interrupção da proteção em face das dívidas anteriores à instituição do bem de família. Caso se queira dar aos recursos destinação diversa, será necessário o proceder do art. 1717.
Art. 1.718. Qualquer forma de liquidação da entidade administradora, a que se refere o § 3 o do art. 1.713, não atingirá os valores a ela confiados, ordenando o juiz a sua transferência para outra instituição semelhante, obedecendo-se, no caso de falência, ao disposto sobre pedido de restituição
 O § 3º do artigo 1.713 permite ao instituidor destinar recursos a serem depositados em instituição financeira para que seus rendimentos assegurem o sustento da família. Tais recursos, mediante o dispositivo em comento, gozamde privilégio, e não se sujeitam a bloqueio em caso de liquidação ou de falência.
Art. 1.719. Comprovada a impossibilidade da manutenção do bem de família nas condições em que foi instituído, poderá o juiz, a requerimento dos interessados, extingui-lo ou autorizar a sub-rogação dos bens que o constituem em outros, ouvidos o instituidor e o Ministério Público.
 Os negócios jurídicos são desfeitos, em regra, pela mesma forma prescrita para a sua constituição (art. 472 do Código Civil), regra aplicável aos atos lícitos, nos termos do artigo 185 do Código Civil, uma vez que, apesar da localização no Código, pertence à teoria geral dos negócios jurídicos.
Desse modo, se o instituidor do bem de família é membro da família protegida, pode a instituição ser desfeita por declaração do referido instituidor.
O dispositivo aplica-se à hipótese em que a condição de bem de família tenha sido instituída por terceiro ou por membro da família já falecido, situações que impossibilitam que o próprio instituidor a desfaça.
O terceiro instituidor fica impedido de extinguir o bem de família, porque o direito criado para terceiros implica direito adquirido destes, não podendo ser desfeito senão por determinação judicial.
(Daniela 
Art. 1.720. Salvo disposição em contrário do ato de instituição, a administração do bem de família compete a ambos os cônjuges, resolvendo o juiz em caso de divergência.
Parágrafo único. Com o falecimento de ambos os cônjuges, a administração passará ao filho mais velho, se for maior, e, do contrário, a seu tutor.
O bem de família e uma proteção legal contra terceiros credores, por ele ser caracterizado como bem de família não afeta a propriedade do bem e o bem de família pode ser instituído em benefício dos membros em quaisquer formações de familiares
Art. 1.721. A dissolução da sociedade conjugal não extingue o bem de família.
Parágrafo único. Dissolvida a sociedade conjugal pela morte de um dos cônjuges, o sobrevivente poderá pedir a extinção do bem de família, se for o único bem do casal.
Ao se estabelecer que a sociedade conjugal não extingue o bem de família foi uma preocupação ao proteger a família, resguardando as mínimas condições de sobrevivência como uma moradia ou recurso financeiro para o sustento da família, em caso de morte tendo o único bem que possa optar pela sobrevivência daquelas famílias que necessitam do bem para suas necessidades.
Art. 1.722. Extingue-se, igualmente, o bem de família com a morte de ambos os cônjuges e a maioridade dos filhos, desde que não sujeitos a curatela.
Ao mostrar interesse do menor, em caso de haver falecimento dos pais, não pode ser permitido que o patrimônio dos falecidos seja desperdiçado enquanto existirem filhos que não terem atingindo a maioridade, por um meio de proteção dos bem de família para garantir a proteção dos filhos de menores de idade e mantê-los nas melhores condições possíveis

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