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Victoria K. L. Cardoso Herança poligênica .…..Modelos de determinação……. …….....…….….genética………...…....... Contextualização: as condições poligênicas dependem de muitos fatores genéticos, em que cada um tem uma contribuição pequena para o produto final. ● Ou seja, os genes são sempre mendelianos, mas as características nunca são inteiramente dependentes do genótipo em um único lócus. ● Fatores adicionais, sejam ambientais, genéticos ou por ação casual, interferem nas expressões e ou modelações das doenças. ● Efeitos dos genes complexos: efeito aditivo + efeito principal + participação do limiar crítico. Penetrância: reuni indiscriminadamente todos os fatores que podem influenciar na expressão dos genes e os genes identificados como influenciadores são os genes modificadores. Efeito aditivo: podem aumentar ou diminuir a expressão de uma característica → valores mais quantitativos do que qualitativos. ....Características dicotômicas….. .. ………....VS Quantitativas………….... Características descontínuas ou dicotômicas: englobam a maioria das doenças e malformações, que o indivíduo tem ou não. Características contínuas ou quantitativas: são as não mendelianas, todos têm, mas em diferentes graus → ex: estatura, peso, e pressão sanguínea. ● Os lócus envolvidos na determinação desse genes são os lócus quantitativos (QTL). Obs: as variantes nos promotores ou em outros elementos de controle podem resultar em pequenas alterações no nível de expressão. ……..Teoria poligênica…….. Consideram características que dependem da ação conjunta de um grande número de fatores genéticos, cada um dando uma pequena contribuição final. Herdabilidade: é estimada pela comparação da frequência de uma característica em parentes de pessoas afetadas com a frequência da população geral. ● Para as características contínuas: calcula-se a partir da correlação entre parentes. ● O valor varia entre 0 e 1 (100%). Victoria K. L. Cardoso ○ 0� nenhum envolvimento genético. ○ 1 ou 100%: nenhum fator não genético. ● Símbolo da herdabilidade: h². ● Matematicamente: proporção da variância fenotípica atribuída à variância genética. ● Principal utilidade: para doenças de heranças complexas, pois fornece uma orientação sobre a importância dos fatores genéticos, nas circunstâncias prevalentes daquele momento. ○ A herdabilidade de uma característica não é a medida de como essa característica é causada fisiológica ou bioquimicamente. Limiar: é usado para explicar como as características poligênicas também podem ser dicotômicas. ……..Investigação de doenças…….. …...…..genéticas complexas….……. Estudos familiares: examinam os parentes dos probandos afetados e calculam o quanto são mais prováveis de ser afetados,comparados a uma pessoa não consanguínea. ● Razão de risco: simbolizada pelo lambda λ; altos valores de λ sugerem fatores genéticos. Estudos de adoção: separam os efeitos dos genes e do ambiente familiar, principalmente quando um filho é afetado e outros não. Suscetibilidade poligênica às doenças: ● Teoria do limiar: postula que a suscetibilidade, traço quantitativo que depende de pequenos efeitos combinados de muitos genes, à doença é uma característica contínua. ○ Assim, essa característica mostra uma distribuição em forma de sino (curva normal) na população. ○ A maioria das pessoas têm uma suscetibilidade média e algumas pessoas têm uma suscetibilidade muito alta ou muito baixa. ○ Caso uma pessoa ultrapasse um certo limiar de suscetibilidade, indica que ela tem a doença. ○ Os limiares podem ser sexo-específicos ou diferenciais para os sexos. Obs: caso um parente seja afetado, ele tem maior suscetibilidade genética; logo, é mais provável que os parentes consanguíneos de indivíduos afetados terminem ultrapassando o limiar, situando-se no grupo de alta suscetibilidade. Victoria K. L. Cardoso Obs: nas doenças complexas, quanto pior o que ocorreu no passado a uma família (muitas pessoas afetadas ou pessoas afetadas pertencentes ao mesmo sexo), maior será o risco de recorrência. Estudos de gêmeos: comparam os gêmeos monozigóticos (MZ) e os dizigóticos (DZ), para estimar com que frequência o co-gêmeo também é afetado. ● Maior concordância entre gêmeos MZ é evidência de fatores genéticos. ……..Doenças importantes…….. Retinite pigmentosa digênica: é uma degeneração da retina presente nas famílias que possuam dupla heterozigose, ou seja, nos 2 genes diferentes, não ligados, e que codificam as proteínas encontradas no fotorreceptor. ● Pacientes heterozigóticos para apenas 1 dos genes, seja no gene da mutação de sentido trocado, que codifica a periferina, ou para um alelo nulo no outro gene que codifica a membrana, NÃO desenvolvem a doença. ● Portanto, apenas os pacientes heterozigóticos para ambas as mutações que desenvolvem a doença. ● Não existem fatores ambientais conhecidos que influenciam na ocorrência ou na gravidade da doença. Doenças de Alzheimer (DA): é uma doença neurodegenerativa fatal que está relacionada com idade, gênero e histórico familiar. Assim, o risco de ter a doença aumenta substancialmente com a idade e se o paciente for do sexo feminino. ● Os casos de início tardio, após os 60 anos, não possuem um padrão de herança mendeliano óbvio, mas apresentam uma herança complexa. ● Pessoas com parentes em primeiro grau com DA têm 3 ou 4x mais chance de desenvolver a doença. ● Alelo E4 da apolipoproteína E (APOE): é o primeiro fator genético significativo associado à DA comum de início tardio. ○ Quando os genótipos no locus APOE foram analisados, um genótipo com no mínimo 1 alelo E4 foi encontrado 3x mais frequente em pacientes com DA. ○ Ainda mais evidente é que o risco para a DA parece aumentar se ambos os alelos APOE foram E4, através de um efeito na idade de início da DA. ○ A idade na qual a DA se desenvolveu nos pacientes afetados foi mais cedo para homozigotos E3/E4; depois para heterozigotos E4/E3 e bem menos para outros genótipos. Victoria K. L. Cardoso ○ Assim, na população geral, o alelo E4 possui um fator predisponente que aumenta o risco de desenvolver DA. ○ Entretanto, a varian E3 da APOE representa um exemplo principal de predisposição alélica, mas isso não quer dizer que nenhuma pessoa que carregue o alelo não desenvolva a doença. Diabetes tipo II: ● A diabetes tipo I tem um caráter mais monogênico, mas o diabetes tipo II é de caráter poligênico e multifatorial, pois tem influência ambiental também, como no quesito da alimentação e do sedentarismo.
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