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A Herança Complexa dos Distúrbios Multifatoriais Comuns

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A Herança Complexa dos Distúrbios Multifatoriais Comuns
Tipos de herança:
	Mendelianas
	Complexas (multifatorial)
	Herança monogênica
	Herança poligênica/multifatorial
	 Características qualitativas
	Características quantitativas
	Distribuição descontínua
	Distribuição contínua
	Fenótipos em categorias
	Fenótipos intermediários
	Pequeno efeito ambiental
	Forte efeito ambiental
Herança monogênica
Na herança monogênica temos a participação de um gene sob as características fenotípicas. Ou seja, fenótipo é determinado diretamente pelo genótipo.
A expressão do fenótipo varia apenas em relação ao alelo presente (Ex: Dominância completa). Tenho um genótico, vou ver um determinado genótipo. Um gene->uma característica. 
Cor purpura domina sobre a branca->homozigoto dominante
Complexas (multifatorial)
A genética de características complexas e doenças comuns (multifatorial) envolverão muitas variantes genéticas que atuam de uma maneira quantitativa (não determinista). É uma herança poligênica.
Herança poligênica e multifatorial
Herança poligênica é um tipo de herança, na qual participam dois ou mais pares de genes, resultando em um efeito cumulativo de vários genes envolvidos, cada um contribuindo com uma parcela para a formação da característica. A partir de dois genes posso falar que ela tem caráter poligênico. Para ter um fenótipo, tenho participação de vários genes. 
Herança multifatorial: soma de influências genéticas poligênicas com os efeitos ambientais. Sofre influencia do ambiente. 
Monogênica-> determinista, 1 gene determina 1 fenótipo.
Poligênica-> não determinista, não tenho 1 gene só, tenho vários + efeito ambiental. 
Ou seja, cada gene tem um peso na hora de formar um fenótipo. Por exemplo, a altura: eu preciso que os ossos dela cresçam através da composição de Ca2+ e colágeno, então tenho genes responsáveis pela via óssea que trabalham junto para formar um osso, vários genes contribuindo para síntese de uma única característica.
A maioria das características é poligênica! 
Cada lócus, por exemplo, o 1 e o 2, contribuem com 50%-> pode-se ter efeito aditivo. 
Caracteres Qualitativos e Quantitativos
Qualitativos
- Comum em herança monogênica (um gene);
- Presença / ausência;
-Fenótipos característicos (distribuição descontínua);
- Pouco (ou nenhum) efeito ambiental;
-tenho só classes bem definidas
Ex: Anemia falciforme -> tenho uma mutação em um gene, automaticamente tenho anemia falciforme, se eu não tenho o gene, não tenho anemia. Ou é uma coisa ou outra.
Quantitativos
- Comum em herança poligênica multifatorial (vários genes);
- Mensurável;
- Fenótipos intermediários (distribuição contínua); - degrade de altura, por exemplo. 
- Sofre efeito ambiental;
Ex: Altura, cor do olho e pele...
Distribuição descontínua (forma fenótipos em categoria) – é QUALITATIVA, criam-se classes dentro da expressão. 
Em características com dominância incompleta (heterozigóticos são intermediários), a combinação dos alelos gera classes fenotípicas. Ex: o cruzamento de plantas altas com anãs de Tabaco.
A divisão das classes é bem clara*
A planta alta tem 3 lócus dominantes (são puras)
A planta anã tem 3 lócus recessivos (são puras)
Na intermediária os 4 locis são heterozigotos e tem esse tamanho entre o alto e entre o anã.
Quando eu cruzo, tenho 1 individuo AABBCC e 1 individuo aabbcc (planta anã) e o resto é tudo intermediário. 
Em características com dominância incompleta (heterozigóticos é intermediário), a combinação dos alelos gera classes fenotípicas. Ex: o cruzamento de plantas altas com anãs de Tabaco.
Criam-se os caracteres parciais. Tem 7 grupos possíveis com 3 lócus sendo cruzados. 
Muitos alelos coordenam uma característica, crio varias classe, infinita possibilidades, por isso tem infinitas alturas diferentes, pois são características controladas por muitos locis, tem muitos fenótipos possíveis. 
Distribuição contínua (fenótipos intermediários são formados)
Os caracteres quantitativos são mensurações bioquímicas ou fisiológicas mensuráveis, como peso, pressão sanguínea, concentração de colesterol sérico, ou índice de massa corpórea. São tantos genes, e consequentemente tantas classes formadas, que não vemos mais a diferença entre as classes (contínua)!
Monogênicas-classes bem definidas
Poligênicas-muitas classes definindo expressão de fenótipos
As extremidades são pouco frequentes, existe esse degrade das características mensuráveis. 
Não da para ver a diferença entre as classes, por exemplo. Quanto mais loci participar dessa expressão, menor a distancia entre um degrau e o outro, até um ponto que a distancia vai ser tão pequena, que conseguimos ligar essas pontas das barras, virando uma linha continua. 
Distribuição normal
A variação normal é frequentemente definida como os valores de uma característica quantitativa que estão presentes em aproximadamente 95% da população, ou seja, μ±2σ.
Para determinar se é normal, calcula 2 desvios a esquerdas da media e 2 desvios a direita da média. 
Distribuição continua
A teoria estatística básica indica que, quando os valores de um caráter quantitativo em uma população seguem a curva em forma de sino (ou seja, estão normalmente distribuídos), cerca de 5% da população terá valores mais de dois DP acima ou abaixo da média da população.
5% apresentarão os fenótipos extremos (anormais). 
Efeito ambiental
O número de genes envolvidos em características complexas (poligênicas) é tão grande que envolve várias vias metabólicas dos nossos organismos.
Interação entre os genes. 
Efeito ambiental
O número de genes envolvidos em características complexas (poligênicas) é tão grande que envolve várias vias metabólicas dos nossos organismos.
Além das interações entre os genes, há também a interação com o ambiente.
Exemplo à determinação da nossa altura, que além do componente genético, tem o componente ambiental (multifatorial). Mesmo que uma pessoa tenha uma combinação gênica para ser alta, se ela for subnutrida durante a infância as vias que ativam o crescimento ósseo não irão ter substrato (cálcio, por exemplo) para desenvolver os ossos.
Não adianta a criança ter o gene para ser alta, mas ela ter problema de subnutrição durante a infância, então as vias do cálcio não consegue construir, o que e um efeito ambiental funcionando na expressão do fenótipo, além do genótipo. 
Características com Limiar
Existem 2 tipos de herança multifatorial:
1. Características que variam continuamente na população (ex: altura, pressão, colesterol, glicose);
2. Características que se manifestam quando é ultrapassado um limiar genético.
Características com Limiar
Fissura de lábio
A fissura de lábio e um dos defeitos congênitos mais comuns na população, que afeta 1,4 em 1.000 recém-nascidos no mundo. Essa fissura resulta da falha de fusão de tecidos embrionários que irão compor o lábio superior e o palato duro, que ocorre em torno dos 35 dias de gestação. É uma doença multifatorial de herança complexa, ou seja, posso TER ou NÃO ter a fissura. A característica dos locis é QUANTITATIVA, a distribuição, mas todas as classes são normais e apenas uma pequena quantidade tem o problema. 
Ao contrário da altura (quantitativa) e fissura de lábio é qualitativa (presença/ausência), mesmo sendo uma doença multifatorial de herança complexa.
O indivíduo possui os alelos para desenvolver a fenda labial, mas não em quantidade suficiente para ativar a característica fenotípica (fissura). Só as pessoas que ultrapassarem um limiar vão apresentar o fenótipo de fissura. Este tipo de característica é, portanto chamado de característica com limiar.
Chegando numa determinada combinação de loci, tenho uma característica sendo expressão, todas às demais não tem a expressão. 
Características com Limiar
Artrite reumatoide
• Vários tipos de câncer
• Esclerose múltipla (ela é qualitativa, a pessoa tem ou não, mas se chega num determinado loci, e quantitativa).
• Obesidade
• Diabetes
• Asma alérgica
• Hipertensão
• Doenças cardíacas
• Doenças psiquiátricas: esquizofrenia, autismo.Como nas características multifatoriais quantitativas, as características com limiar (qualitativas) também sofrem influencia de fatores ambientais.
Como sabemos que características tais como fenda labial, cânceres, entre outras são influenciadas por fatores genéticos? Calculo da herdabilidade. 
Herdabilidade
Definição: A herdabilidade mede a proporção da variação fenotípica que é devida a fatores genéticos. O que herdamos nos nossos pais são os fatores genéticos. O que mais influencia a variação fenotípica? O ambiente. 
Por ser uma proporção, o valor da herdabilidade varia de 0 a 1 (0- 100%). Quanto mais próxima de 1, maior a proporção da variabilidade (variação) do fenótipo é atribuída a diferenças genéticas.
A herdabilidade pode ser explicada de 2 formas:
Sentido amplo (H2)
A herdabilidade no sentido amplo (H2) é a proporção de toda a variação genética em relação à variância (variação) fenotípica total.
Sentido restrito (h2)
A herdabilidade no sentido restrito (h2) é a proporção da fração aditiva (cada uma das variâncias alélicas, adicionam uma característica genética ao individuo) da variação genética em relação à variância (variação) fenotípica total.
VT = Va + Vd + Vi + Ve (Total = Aditiva + dominância + epistasia + ambiental)
h2 = Va/ VT
Mesmo as plantas A e B sendo puras geneticamente, note que há uma distribuição no tempo de maturação!
Ou seja, mesmo com genótipo puro, cada planta tem variação (s2) no tempo de maturação devido ao efeito do ambiente.
Se fosse um efeito mendeliano, a planta AA teria apenas uma classe de tempo de maturação!
(A) Planta rápida, menos dias para ficar madura.
(B) Planta lenta, mais dias para ficar madura.
Estamos estudando o tempo de maturação dessas plantas. A média para ela ficar madura, a “A” é 55 dias e a “B” é 72 dias. Se fosse uma característica monogênica, ou seja, sem influencia do ambiente, se ela tivesse AA seria só 55 dias, mas há uma variação, pois para ela ficar madura, precisa de fatores ambientais que mudam o genótipo. O que mede a variação de uma determinada planta é a variância, mede o quanto é distribuído em relação a média. 
O tempo de maduração então é uma herança heterogena, mesmo elas sendo puras. 
A genética ajuda bastante, pois uma madura mais rápido que a outra, mas o fator ambiental também contribui. 
1)Variação no fenótipo (s2) influenciada apenas do ambiente, já que todas as plantas tem o mesmo genótipo - Aa (F=G). Tem-se variação, é só ambiental, pois só tem um tipo de genótipo (Aa), como ele interfere se só tem um tipo de genótipo? As diferenças então vão ser meramente do ambiente. Por exemplo, na sala de aula, vamos supor que todo mundo é Aa, então nossas diferenças é meramente a parte do ambiente. Por exemplo, irmãos homozigoticos/monozigoticos, vai chegar uma hora que vão ser diferentes devido ao ambiente, pois tomou sol, fumou, beberam, questões da vida alteram questões fenotípicas, mas genotipicamente são iguais. 
2)Variação no fenótipo (s2) influenciado pelo genótipo e ambiente, já que há todos os genótipos possíveis - AA|Aa|aa (F=G+A+GA). O que causa variação nessa é genética e ambiental, aqui a distribuição é maior. 
SEGUNDA IMAGEM 1, TERCEIRA IMAGEM 2
A variação ambiental é 2,88, a total (genética+ambiental) é 14,26.
Calcular a herdabilidade
Vamos calcular a herdabilidade no sentido amplo (H2).
VT = Vg + Ve
H2 = Vg/ VT
VT = Variação total (Gene + Ambiente)
Vg= Variação genética
Ve= Variação ambiental
H2 = Herdabilidade ampla
Se eu tenho a total, e tenho a ambiental, é só aplicar e descobrir a genética. Depois que descobriu todas, só aplicar na herdabilidade. 
Legenda do gráfico
xഥ = Média amostral
s2 = Variância (medida de variação)
F1 = Primeira geração (Puro x Puro)
F2 = Segunda geração (F1 x F1)
Calcular a herdabilidade
Vamos calcular a herdabilidade no sentido amplo (H2)
VT = Vg + Ve
H2 = Vg/ VT
A variação total (VT) é a medida de variação (variância) do gráfico que sofre influencia do genótipo e ambiente.
Vamos calcular a herdabilidade no sentido amplo (H2)
Vamos calcular a herdabilidade no sentido amplo (H2)
VT = Vg + Ve
H2 = Vg/ VT
A variação genética (Vg) agora pode ser obtida pela dedução da formula.
VT = Vg + Ve
Vg = VT- Ve
VT=14,26
VG=14,26-2,88=11,38
Ve=2,88
Vamos calcular a herdabilidade no sentido amplo (H2)
VT = Vg + Ve
H2 = Vg/ VT
Tendo as medidas de variação genética (Vg) e variação ambiental (Ve), podemos calcular a herdabilidade (H2).
VT = 14,26
Vg= 11,38
Ve= 2,88
H2 = Vg/ VT
H2 = 11,38 / 14,26
H2 = 0,798
H2 = 0,80 (Pode-se afirmar que a variação observada no tempo de maturação, deve-se a variação genética dos indivíduos). 
Interpretação da herdabilidade
O resultado mostra que = 80% da variação observada (s2) no tempo de maturação do trigo se deve a diferenças genéticas entre indivíduos.
O restante da variação =20% é em função da resposta dos indivíduos à variação do ambiente.
Pontos importantes
A herdabilidade é uma propriedade de um fenótipo especifico em uma população num determinado ambiente, cada característica tem uma herdabilidade. 
✓ Ou seja, não pode ser extrapolado. Dizer, por exemplo, que a herdabilidade geral do tempo de maturação do trigo é 80% está errado – é somente na população que calculamos.
✓ Portanto, populações diferentes podem ter valores diferentes de herdabilidade.
O que podemos fazer conhecendo a herdabilidade?
PREVER FENÓTIPOS
Exemplo
O QI de Marcos (M) é 110 e o de Fabiana (F) é 120 e o valor médio do QI da população é 100 (μ). Marcos e Fabiana tiveram um filho, Oscar (O), e gostariam de prever seu QI. Considere que a h2 do QI foi estimada em 0,4 na população de Marcos e Fabiana.
QIOscar = μ + h2 [(QIMarcos + QIFabiana)/2 - μ] *NÃO CAI 
QIOscar = 100 + 0,4 [(110 + 120)/2 - 100]
QIOscar = 100 + 0,4 [115 - 100]
QIOscar = 100 + 6 = 106
Lembrando: Esse valor é uma estimativa, há um erro matemático. Além disso, o fator ambiental irá influenciar em 60% no resultado de QI do Oscar!
Estudos genéticos
Os estudos entre os membros de uma família permitem verificar quanto da característica é genética e quanto é ambiental, já que famílias tendem a compartilhar fatores ambientais como: condição socioeconômica, ambiente físico, hábitos alimentares e comportamentos culturais.
Agregação familiar
Quanto mais próximo é o parentesco entre dois indivíduos de uma família, mais alelos eles têm em comum, herdados dos seus antepassados em comum. Portanto, se determinados alelos aumentam a probabilidade de desenvolver uma doença, é esperado que um indivíduo afetado tenha mais parentes afetados do que em comparação com a frequência da doença na população em geral. Por ex: uma família que tenha obesidade é muito mais provável ter o filho com obesidade, em relação ao resto na população. 
Estudos genéticos
Estudos com gêmeos são muito informativos
Gêmeos Monozigóticos (MZ) – compartilham “quase” 100% de seus genes
Gêmeos Dizigóticos (DZ) – compartilham 50% de seus genes
Assim, esperamos que gêmeos MZ sejam fenotipicamente mais similares que os DZ. E também compartilham no começo do desenvolvimento, o mesmo útero, mesma nutrição. 
A frequência com que gêmeos MZ apresentam uma doença permite determinar se o genótipo sozinho é suficiente o fenótipo doente, compartilham todos ambientais (útero, por exemplo), mas não todos os genotípicos. 
Usando a anemia falciforme (doença mendeliana), se um gêmeo MZ tiver esta doença, o outro gêmeo também a terá. Mas, quando um gêmeo MZ tem diabetes mellitus tipo 1 (doença multifatorial), o outro gêmeo terá apenas 40% de chance de ter a doença.
Se eu sou gêmeo MZ, e tenho anemia falciforme, automaticamente ele também terá a doença.
E se eu tenho diabetes melitus tipo 1, o meu gêmeo monozigótico vai ter? Não, apenas 40%, pois a diabetes é 60% desencadeada por fatores ambientais. 
Essa relação recebe o nome de concordância, valores menores que 1 em gêmeos monozigóticos é uma forte evidência da participação de fatores não genéticos na predisposição à doença. Portanto há influências ambientais, como a exposição à infecção ou dieta, assim comooutros efeitos, como mutação somática, efeitos do envelhecimento ou alterações epigenéticas na expressão gênica, em um dos gêmeos em comparação com o outro. 
Se eu tenho anemia falciforme, o meu irmão também vai ter, entao a concordância entre nós é 1. Agora diabetes, a concordância seria de 40% -> isso em gemos monozigóticos. 
Análise de associação genômica (saber quais genes influencia característica fenotípica)
Como saber quais genes influencia uma característica fenotípica?
Ao estudar características fenotípicas controladas por vários genes (herança complexa) e influenciada por efeito ambiental (multifatorial), vemos uma lista de genes associados à expressão da mesma.
Por exemplo, a obesidade, em que genes contribuem de 25 a 40% para expressão do fenótipo. (a herdabilidade é uma característica populacional, entao tem populações que a obesidade é 60% genetica, outras 50%, etc). 
Estudos mostram que mutações no gene da leptina (proteína produzida pelas células de gordura que controla o quanto comemos, além do nosso gasto energético) podem estar associadas à obesidade.
Como achar esses genes? Selecione um grupo de pessoas (amostra), representativo de uma população.
- 1000 indivíduos (n) de ambos os sexos, diferentes idade, etnias, alturas e todos com obesidade comprovada clinicamente.
- Obter, de forma precisa, a massa corpórea (Kg) e o sequenciamento genético de cada participante do estudo.
Como resultado do sequenciamento temos uma tabela com 1.000 linhas (pessoas) e 3 bilhões de colunas (sequencia de bases nitrogenadas do DNA).
Apenas 0,1% do genoma é diferente (considerando éxons). Para associar a obesidade a regiões no genótipo excluímos as bases iguais em todos os indivíduos (monomórficas). Por que exclui o que é igual? Para entender os fenótipos das mesmas, temos que ver o que tem diferente no genótipo delas, pra entender a característica. Não temos que pegar o que é igual, pois todas já são obesas, temos que sabe o que dentro dessas obesas, o que diferencia, por exemplo o grau dessa obesidade. 
Mantendo apenas as bases polimórficas (SNP), podemos associar diferenças no genoma a diferenças no fenótipo.
Mantendo apenas as bases polimórficas (SNP), podemos associar diferenças no genoma a diferenças no fenótipo.
Diferenças no DNA, entendemos diferenças no fenótipo-> polimorfos. 
Análise de associação genômica
Nosso organismo “lê o nosso DNA” considerando um alfabeto de 4 letras (ACTG). Determinados padrões de bases criam sentido biológico e são sintetizadas nossas proteínas.
Assim como nos lemos a partir de um alfabeto de 26 letras, em que padrões de letras foram palavras com um sentido.
Note que quanto menor o padrão, mais difícil de interpretar. Às vezes ele só é entendido quando olhando em conjunto!
Haplotipo: pequenos setores juntos fazem sentido. Cada palavra um gene, cada letra uma base, cada frase um haplotipo.
Análise de associação genômica
O que queremos então é achar padrões no genoma que permitam associar os diferentes fenótipos aos diferentes padrões no genótipo.
Fenotipicamente são parecidos (altura, etnia). E o que tem diferente, pode explicar fato de serem obesos e terem pesos diferentes. 
A parte em comum no genoma deles pode explicar suas similaridades fenotípicas e as diferenças estarem associadas a suas diferenças fenotípicas.
Modelagem matemática
1 = 1
20 = 20
Fatores que influenciam o valor de y
y′= a + b + c
Peso = altura + sexo + idade + etnia + Geno 
altura, sexo,idade, etnia=fatores ambientais
geno=genético
Podemos então afirmar que sabendo a altura, sexo, idade e etnia de uma pessoa podemos determinar o seu peso exato? Não, mas temos indícios biológicos que nos levam a crer que esses fatores influenciam diretamente da variável peso. Não e suficiente para falar o peso dela, pois não é SÓ isso, tem muito mais fatores, por isso coloca esse erro aleatório, pode ser tudo aquilo que altera o peso. 
Peso = altura + sexo + idade + etnia + Geno + ε
ε=erro aleatório
Portanto, todo modelo deve ter um erro aleatório associado a ele. Esse erro nada mais é do que todos os fatores que alteram o valor de y (peso), mas que não estão presentes no modelo. Ex: hábito alimentar.
Com o resultado da análise estatística, podemos visualizar quantos %s cada SNP participa da expressão do fenótipo.
Esse gráfico informa, em todos os pontinhos dele, os SNP. Informa 20 bilhões de pontinhos compondo a tabela. Região diferentes entre elas. 
Podemos afirmar que há associação estatística entre SNPs nas regiões dos cromossomos 1 e 19.
Essas são associações estatísticas, ou seja, pode não ter sentido biológico com o peso!
NCBI (site) pesquisa e acha que a sequencia ACTG pode ter sentido biológico com a obesidade, por exemplo, então da para saber que região do genoma esta associado a obesidade, por exemplo. 
Todo esse processo é cheio de dificuldade como:
- População de estudo grande o suficiente para que seja capturada grande parte da variação de SNP.
- Demanda computacional muito grande.
- Necessidade de estudos moleculares, que abasteçam os bancos de dados públicos com informações sobre os genes.
- Efeitos da interação entre os genes e interações com os diferentes ambientes.
- Efeitos da expressão dos genes aqui apenas associaram, mas há diferença entre ter o gene e o quanto ele é expresso (proteômica). 
A Herança Complexa dos Distúrbios Multifatoriais Comuns
 
Tipos de herança:
 
Mendelianas
 
 
Complexas 
(multifatorial)
 
Herança monogênica
 
 
Herança 
poligênica/multifatorial
 
 
Características 
qualitativas
 
 
Características 
quantitativas
 
Distribuição descontínua
 
 
Distribuição contínua
 
Fenótipos em categorias
 
 
Fenótipos 
intermediários
 
Pequeno efeito 
ambiental
 
 
Forte efeito ambiental
 
 
Herança monogênica
 
Na herança monogênica temos a participação de um gene sob as características fenotípicas. Ou seja, 
fenótipo é d
eterminado diretamente pelo genótipo.
 
A expressão do fenótipo varia apenas em relação ao alelo presente (Ex: Dominância completa).
 
Tenho um 
genótico, vou ver um determinado genótipo. Um gene
-
>uma característica. 
 
Cor
 
purpura domina sobre a branca
-
>
homozigoto dominante
 
 
Complexas (multifatorial)
 
A genéti
ca de características complexas 
e
 
doenças comuns (multifatorial) 
envolverão
 
muitas variantes 
genéticas que atuam de uma maneira 
quantitativa (não determinista).
 
É uma herança poligênica.
 
 
Herança poli
gênica e multifatorial
 
Herança poligênica
 
é um tipo de 
hera
nça, na qual participam dois ou mais pares de genes, resultando em 
um efeito cumulativo de v
ários genes envolvidos, cada um contribuindo 
com
 
uma parcela para a formação 
da 
característica.
 
A partir 
de dois genes posso falar que ela tem caráter poligênico. Para ter um fenótipo, 
tenho participação de vários genes. 
 
 
Herança multifatorial
: soma de 
influê
ncias genéticas poligênicas com 
os efeitos ambientais.
 
Sofre 
influencia do ambiente. 
 
 
 
A Herança Complexa dos Distúrbios Multifatoriais Comuns 
Tipos de herança: 
Mendelianas 
 
Complexas 
(multifatorial) 
Herança monogênica 
 
Herança 
poligênica/multifatorial 
 Características 
qualitativas 
 
Características 
quantitativas 
Distribuição descontínua 
 
Distribuição contínua 
Fenótipos em categorias 
 
Fenótipos 
intermediários 
Pequeno efeito 
ambiental 
 
Forte efeito ambiental 
 
Herança monogênica 
Na herança monogênica temos a participação de um gene sob as características fenotípicas. Ou seja, 
fenótipo é determinado diretamente pelo genótipo. 
A expressão do fenótipo varia apenas em relação ao alelo presente (Ex: Dominância completa). Tenho um 
genótico, vou ver um determinado genótipo. Um gene->uma característica. 
Cor purpura domina sobre a branca->homozigoto dominante 
 
Complexas (multifatorial) 
A genética de características complexas e doenças comuns (multifatorial) envolverão muitas variantes 
genéticas que atuam de uma maneira quantitativa (não determinista).É uma herança poligênica. 
 
Herança poligênica e multifatorial 
Herança poligênica é um tipo de herança, na qual participam dois ou mais pares de genes, resultando em 
um efeito cumulativo de vários genes envolvidos, cada um contribuindo com uma parcela para a formação 
da característica. A partir de dois genes posso falar que ela tem caráter poligênico. Para ter um fenótipo, 
tenho participação de vários genes. 
 
Herança multifatorial: soma de influências genéticas poligênicas com os efeitos ambientais. Sofre 
influencia do ambiente.

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