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Sociedade, Tecnologia e Inovação - Inovação Tecnológica

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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
Unidade de 
Aprendizagem 14 
 
 
Inovação 
Tecnológica 
 
 
 
 
 
 
 
Ao final desta unidade você irá compreender como a gestão 
adequada da tecnologia e as inovações influenciam na 
competitividade das organizações, assim como compreender o 
papel da Inteligência Competitiva (IC) nas mesmas. 
 
 
 
 
Compreender o processo da Inteligência competitiva e o 
impacto destas novas tecnologias na competitividade e 
desempenho das organizações. 
 
 
 
 
Refletir e discutir sobre as relações entre gestão e inovação 
tecnológicas e sobre a importância da Inteligência 
Competitiva para as organizações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
01 
Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
Apresentação 
 
Na aula anterior analisamos como o uso intensivo das tecnologias transforma as 
organizações. Identificamos também como a tecnologia pode gerar procedimentos que 
levam as empresas ao sucesso ou as colocam em situações de risco. 
Nesta aula o nosso objetivo é o de compreender como a gestão adequada da 
tecnologia e as inovações influenciam na competitividade das organizações. Vamos 
assim, refletir muito e aprender sobre a importância do papel da Inteligência Competitiva 
(IC) neste processo. 
São temas importantes e atuais e que merecem ser estudados, refletidos e 
debatidos com bastante atenção. Confira! 
 
 
 
 
 
 
 
Muito se fala hoje em “inovação tecnológica”... mas você tem idéia do que isto 
significa ? 
 
Você conseguiria definir “inovação tecnológica”? 
 
E “inteligência competitiva”? Você consegue conceituar? 
 
Qual a implicação destes dois conceitos em nossa vida? E na vida das empresas, 
organizações? 
 
Segundo Zogbi (2008), para que uma organização seja competitiva, em qualquer 
mercado, é preciso inovar. Para inovar, as organizações devem estar preparadas e 
amparadas por tecnologias eficientes. Com produtos e serviços cada vez mais parecidos, 
é necessário monitoramento da concorrência como uma estratégia importante para a 
sobrevivência e competitividade das organizações. 
 
A este processo de monitorar a concorrência podemos chamar de Inteligência 
Competitiva, ou seja, um programa sistemático e ético de coleta e análise de informações 
sobre as atividades que os concorrentes realizam e as tendências dos negócios, a fim de 
atingir os objetivos da organização (PASSOS, 2005). 
 
Você sabia que, no Brasil, há 10 anos, existe a Associação Brasileira dos Analistas 
de Inteligência Competitiva: a ABRAIC? 
 
 
 
 
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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
Afinal, o que significa Inteligência? No dicionário, podemos encontrar algumas 
definições: 
1. Faculdade de aprender ou apreender (assimilar mentalmente); 
2. Qualidade ou capacidade de compreender; 
3. Maneira de entender ou interpretar; 
4. Capacidade de resolver situações problemáticas novas... 
5. Relações ou entendimentos secretos; 
6. Destreza mental; habilidade; 
 
Adaptado do Dicionário Aurélio http://www.uol.com.br/aurelio 
 
E pode ser usada em diversos contextos, de acordo com a Figura 1: fiscal, senso 
comum, segurança pública, educação, militar, empresarial, políticas públicas, social e 
por último, contexto aparece no centro do circulo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Hoffmann (2008) 
Figura 1: O que é inteligência? 
 
E a Inteligência Competitiva? 
Precisamos prestar atenção para não construirmos uma visão errônea sobre a 
Inteligência Competitiva. Por exemplo, você considera que os itens abaixo fazem parte 
da Inteligência Competitiva? 
 
 
 
 
 
 
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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
• Espionagem; 
• Bola de cristal; 
• Pesquisa em base de dados; 
• Coleta de rumores ou dados da internet; 
• Escrever artigo (paper); 
• Invenção do século XX; 
• Software, planilha; 
• Reportagem da mídia; 
• Trabalho individual; 
 
Se sua resposta for SIM, em relação a algum dos itens acima, você irá precisar 
estudar esta unidade com muita atenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muito bem. Vamos então entender alguns conceitos importantes para 
fundamentação do tema desta unidade: Inovação Tecnológica e Inteligência Competitiva. 
 
Iremos, também, aprender a relação e interatividade existente entre estes dois 
conceitos. 
 
Já vimos, no início, a definição de Tecnologia, mas vale recordar aqui: 
Tecnologia: do grego thecné – ofício e logia – estudo 
 
• Conjunto de regras capazes de dirigir uma atividade humana qualquer. 
• Qualquer ferramenta ou técnica, qualquer produto ou processo, qualquer 
equipamento físico ou método para fazer ou fabricar, pelo qual a capacidade 
humana é ampliada. 
• Conjunto ordenado de conhecimentos empregados na produção e 
comercialização de bens e serviços, não somente científicos, mas também 
conhecimento empíricos que resultam de observações, experiências, 
atitudes específicas, tradição oral ou escrita, e outras. 
• Aplicação do conhecimento científico e outros complementares para 
obter resultados práticos .... e nos negócios. 
 
Além de compreendermos o significado de Tecnologia, vale revisarmos o que é Ciência: 
 
Ciência: do latim scientia = saber, conhecer 
 
 
 
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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
• Podemos conceituar Conhecimento científico, como: 
• Adquirido via observação e investigação sistemática e metódica 
• Focaliza fatos e fenômenos 
• Estuda relações causa-efeito, hipóteses, leis, princípios, teorias 
• Realiza demonstrações e experimentações 
• Aplica métodos científicos, procedimentos lógicos, classificação, 
mensuração, etc 
• Busca validade pública, consenso de opinião racional 
• É a base da tecnologia e do desenvolvimento de produtos e processos 
e uma das fontes de inovação tecnológica. 
 
Mas, afinal, o que é INOVAÇÃO TECNOLÓGICA? Ou, mais precisamente, o que é 
“inovação tecnológica” nas empresas? 
 
“Refere-se a produto e/ou processo novo (ou substancialmente aprimorado) 
para a empresa, não sendo, necessariamente, novo para o mercado de atuação. Esta 
inovação pode ter sido desenvolvida pela empresa ou ter sido adquirida de outra 
empresa/instituição que a desenvolveu” (PINTEC, 2008, p. 19). 
“[...] os empreendedores inovam. A inovação é o instrumento específico do espírito 
empreendedor” (DRUCKER, 2003, p. 39) 
 
A crescente importância da Inovação pode ser compreendida por meio das 
seguintes evidências: 
• Consumidores mais exigentes e diversidade de produtos oferecidos. 
• Mercado globalizado e forte concorrência. 
• Instabilidade econômica, social e no meio ambiente. 
• Informação abundante e facilidade no acesso ao conhecimento. 
• Necessidade de antecipar o futuro. 
• Necessidade de melhorar a qualidade, produtividade e as estratégias das 
organizações. 
• Limites enfrentados pelos seres humanos e pelas organizações. 
 
Drucker (2003) apresenta as características da inovação tecnológica. São elas: 
 
1. Pode ser tarefa com propósito determinado; 
2. Pode e precisa ser organizada como trabalho sistematizado, 
3. Não está restrita à inspiração, a talento; 
4. Deve unir-se ao trabalho de gestão e execução; 
5. Pode ser estudada, observada e aprendida; 
6. Serve para explorar a mudança como oportunidade para negócio 
diferente. 
 
De acordo com o relatório de pesquisas PINTEC (2003) , as empresas podem 
utilizar diversas fontes de informação para obter orientação e inspiração na criação de 
seus projetos de inovação 
 
 
 
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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
No processo de inovação tecnológica, as empresas podem criar atividades 
para produzirem novos conhecimentos (P&D) ou utilizar conhecimentos científicos 
e tecnológicos incorporados nas patentes, máquinas e equipamentos, artigos 
especializados, softwares, etc. A capacidade de inovação da empresa se relaciona com 
a capacidade que ela possui de incorporar e combinar informações de diversas fontes 
disponíveis. Assim, identificar as fontes de informação e utilizá-las no processo inovativo 
pode indicar a capacidade de criação, disseminação e incorporação do conhecimento 
(PINTEC, 2008, p. 22).As empresas que implementam inovações de produtos e processos originais 
usam de maneira mais intensa as informações geradas pelas universidades, institutos 
de pesquisa, centros de capacitação profissional e assistência técnica, instituições de 
testes, ensaios e certificações. Já as empresas que incorporam e fazem adaptação de 
tecnologias tendem a usar os conhecimentos a partir de seus fornecedores de máquinas, 
equipamentos, materiais, componentes ou softwares, clientes ou consumidores, 
concorrentes, a fim de conseguirem implantar mudanças tecnológicas. 
 
As empresas enfrentam diversas dificuldades para realizar inovação. Algumas 
delas são, por exemplo: 
 
• Custos elevados 
• Altos riscos econômicos 
• Falta de fontes de financiamento 
• Falta de pessoal qualificado 
• Falta de informação tecnológica 
• Falta de informações de mercado 
 
Exemplos de fontes de informação para as empresas, de acordo com PINTEC 
(2003, p. 136): 
 
• Licenças, patentes e know how 
• Outra empresa do grupo 
• Departamento de P&D 
• Universidades e Institutos de Pesquisa 
• Conferências, publicações 
• Concorrentes 
• Redes informatizadas 
• Clientes 
• Feiras ou exposições 
• Fornecedores 
• Outras áreas da empresas 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
De acordo com Drucker (2003), as 7 principais fontes de inovação são: 
 
1. O Inesperado 
2. Incongruências 
3. Necessidade do Processo 
4. Estruturas da Indústria ou Mercado 
5. Mudanças Demográficas 
6. Mudanças em Percepção 
7. Novo Conhecimento Científico ou Tecnológico 
 
“Os empreendedores precisam buscar deliberadamente as fontes de inovação, 
as mudanças e seus sintomas que indicam oportunidades para o êxito de uma inovação” 
(DRUCKER, 2003). 
 
Quem são os atores da transferência de tecnologia e inovação: 
 
• Cientistas no descobrimento de novos fatos 
• Descobridores de aplicações 
• Campeão que mantém vivo o projeto da invenção à aplicação 
• Inventor que obtém os direitos sobre a propriedade intelectual 
• Pesquisador que soluciona problemas, constrói protótipos 
• Empreendedor que utiliza a tecnologia no produto para o mercado 
• Financista que dá suporte financeiro ao empreendimento 
• Analista de mercado que avalia a probabilidade de sucesso 
• Agente de transferência de tecnologia que a intermedia para o uso 
• Engenheiro industrial que transforma o protótipo em produto 
• Vendedor que vende o produto 
• Fabricante 
• Gestor da qualidade 
• Assistência técnica ao cliente 
• Agente de compras do cliente 
• Cliente 
 
EXEMPLOS DE INOVAÇÃO DE PRODUTO NA INDÚSTRIA (MANUAL PINTEC, 2008, p. 12) 
 
• Início da produção de televisões com alta definição (HD) ou com tela de 
cristal líquido 
(LCD) sensível ao toque (touchscreen); 
• Introdução de controle eletrônico em refrigeradores, lavadoras, 
torradeiras, etc.; 
• Lançamento de nova linha de produtos alimentares light ou bebidas diet; 
• Inicio da produção de telefones celulares 3G; 
• Mudanças em materiais de peças do vestuário como a utilização de 
tecidos com nanofilamentos para a confecção de roupas de “respiração 
ativa” ou “à prova d’água”; 
 
 
 
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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
• Nova linha de calçados de couro hidrofugado, que respira e tem 
resistência à umidade; 
• Mudança de componente ou de subsistema em produto complexo, como 
por exemplo, a introdução de novos sistemas de controle eletrônico ou de 
telemática em automóveis; 
• Desenvolvimento de um novo uso para produtos existentes, como por 
exemplo, a derivação de vacinas ou medicamentos de uso humano para 
animal e vice e versa, ou a introdução no mercado de um novo detergente, 
cuja composição química é a mesma usada anteriormente por um 
intermediário para a produção de couro. 
EXEMPLOS DO QUE NÃO É INOVAÇÃO DE PRODUTO 
 
• Mudanças puramente estéticas ou de estilo no produto; 
• Mudanças rotineiras, menores, nas funções ou características do 
produto, que não envolvam um grau suficiente de novidade ou de esforço 
tecnológico, e que não acrescentem nada significativo ao seu desempenho; 
• Na indústria do vestuário, a introdução, seguindo as tendências da moda, 
de novas cores e cortes; 
• Na informática, a introdução de um release (pequenas alterações ou 
correções de bugs) de um software já existente; 
• Mudanças apenas no tamanho/volume da embalagem, e mudanças no 
nome do produto no mercado; 
• Comercialização de produtos novos integralmente desenvolvidos e 
produzidos por outra empresa; 
• Customização para um cliente que não inclua diferenças significativas de 
atributos comparados aos produtos feitos para outros clientes (MANUAL 
PINTEC, 2008, p. 12) 
 
Ainda de acordo com Pintec (2008, p. 14), relaciona-se, abaixo, exemplos de 
inovação em processo: 
EXEMPLOS DE INOVAÇÃO DE PROCESSO NA INDÚSTRIA 
 
• Adoção de novas tecnologias nas linhas de produção, como por exemplo: 
digitalização do processo de impressão; processamento de matérias por laser; 
novos sistemas de CAD e CAE; robotização com ou sem sensores; sistemas 
de inspeção e testes controlados automaticamente por videocâmeras; 
maquinário de alta velocidade, bem como cortadores de metal operando 
em altas velocidades; etc. 
• Automatização dos processos de produção através da utilização de 
hardware (CLP – controles lógicos programáveis e SDCD – sistemas digitais 
de controle distribuído) e de software específico; 
 
 
 
 
 
 
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• Melhoria substancial nos métodos de acondicionamento e/ou 
preservação para entrega do produto aos clientes, como a introdução 
de balcões refrigerados em supermercados, a passagem de embalagem 
tradicional para embalagem Tetra Pack, para resina pet, etc.; 
• Introdução de novos equipamentos para transportar cargas ou empacotar 
produtos no sistema logístico da empresa, com maior capacidade de 
movimentação de produtos por minuto ou velocidade de empacotamento 
por minuto; 
• Melhoria substancial do planejamento e controle da produção através 
da utilização de sistemas MRP II, JIT, OPT, APS, etc. ou de softwares para 
atividades específicas (compra, estoque, manutenção, etc.); 
• Novos métodos de descarte de resíduos minimizando impactos 
ambientais; 
EXEMPLOS DE INOVAÇÃO NOS SERVIÇOS 
 
• Aperfeiçoamento significativo em etapas críticas do processo de 
fornecimento do serviço de telefonia (caso por exemplo, do billing, através 
da criação de um novo módulo no sistema); 
• Modernização de protocolos utilizados em VoIP/telefonia IP, como por 
exemplo, para sinalização e controle de chamadas (de H.323 para SIP, de 
MGCP para MEGACO). 
• Primeiro uso de ferramenta “CASE” na criação de software por 
encomenda; 
• Introdução de novos métodos de programação, como por exemplo: com 
orientação a objeto, métodos ágeis de desenvolvimento, etc.; 
• Automatização das atividades de suprimento, de estoque e venda 
através da utilização de sistemas integrados (JIT, APS, etc.) ou de softwares 
para atividades específicas, desde que isso implique em aperfeiçoamento 
significativo do processo. 
 
De acordo com o Manual Pintec (2008, p. 14): 
EXEMPLOS DO QUE NÃO É INOVAÇÃO DE PROCESSO 
 
• Paralisação de alguma linha de produção, embora isto possa melhorar o 
desempenho da empresa; 
• Compra de um número maior de máquinas de um modelo já instalado na 
empresa, mesmo que este seja extremamente sofisticado; 
• Mudanças pequenas, rotineiras, nos processos produtivos existentes, 
que não envolvam um grau suficiente de novidade na forma como são 
produzidos ou entregues, e que não acrescentem nada significativo aos seus 
desempenhos; 
• Mudança organizacional que não está diretamente associada a alguma 
mudança tecnológica incorporada a novas máquinas, equipamentos ou 
software; 
 
 
 
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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
Resumindo, a Inovação Tecnológica pode ser entendida como um processo 
composto duas etapas: desenvolvimento e utilização. 
 
Aetapadedesenvolvimentopodeserdecompostaempesquisa,desenvolvimento, 
avaliação, manufatura e disseminação.Já a etapa de utilização da inovação, se divide 
em conhecimento, persuasão, decisão, implementação e confirmação. 
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA 
 
A Inteligência Competitiva aparece como ferramenta de análise para as 
organizações, trazendo informações que possibilitam a tomada de decisões estratégicas, 
uma vez que estrutura o processo de coleta e análise das informações importantes para 
as organizações. 
 
Segundo a ABRAIC (2010), pode-se entender Inteligência Competitiva como: 
 
• Processo informacional proativo que conduz à melhor tomada de 
decisão, seja ela estratégica ou operacional; 
• Processo sistemático que visa descobrir as forças que regem os negócios, 
reduzir o risco e conduzir o tomador de decisão a agir antecipadamente, 
bem como proteger o conhecimento gerado. 
 
De acordo com a SCIP (2010), a Inteligência Competitiva é um programa 
sistemático e ético para coletar, analisar e gerenciar informações externas que podem 
afetar os planos, decisões e operações das organizações. 
 
Herring (1997) define Inteligência Competitiva como sendo o conhecimento 
dos ambientes interno e externo das organizações, aplicado ao processo de tomada de 
decisão, com objetivo de obter uma posição no mercado, além de vantagem competitiva. 
 
Já para Tarapanoff (2001), Inteligência Competitiva é um processo organizado 
que transforma dados em conhecimento estratégico. É a informação sobre produtos 
e sobre tecnologia, além de monitorar as informações externas (legislação, economia, 
política etc) que atingem a organização. 
 
Para resumir, a Inteligência Competitiva é responsável pelo desenvolvimento, 
competitividade e sobrevivência das organizações. O ciclo de Inteligência Competitiva 
pode ser representado pela Figura 2, que é a representação do ciclo de inteligência 
competitiva. Ao redor do núcleo do ciclo de inteligência, os itens: disseminação, 
planejamento e direção, coleta e análise e produção: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fonte: Hoffmann (2008) 
Figura 2: Ciclo de Inteligência 
 
No mundo globalizado, como já estudamos nas unidades anteriores, a 
concorrência entre as organizações está cada vez mais acirrada, havendo a necessidade 
urgente de tomada de decisões estratégicas, como forma de sobrevivência das mesmas. 
O processo de Inteligência Competitiva possibilita identificar oportunidades 
para inovações tecnológicas nas organizações, tomada de decisões estratégicas de 
forma a manterem-se competitivas neste mercado, uma vez que busca coletar, analisar 
e disseminar informações fundamentais sobre os clientes, concorrentes, fornecedores 
em curto espaço de tempo. 
Há grandes avanços conseguidos, principalmente em relação à tecnologia da 
informação, possibilitando ganhos para as organizações tanto em tempo quanto em 
qualidade das informações disponíveis. 
 
 
 
 
 
 
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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
É fundamental que as organizações se conscientizem da importância do processo 
de Inteligência para que elas sobrevivam, pois, de nada adianta informações cada dia 
mais abundantes e disponíveis, se estas não forem organizadas, otimizadas para se 
tornarem úteis. 
 
 
 
 
 
 
 
“Importante ferramenta de gestão de negócios, a Inteligência Competitiva (IC) está 
a procura de espaço dentro das empresas brasileiras. As que já a adotaram melhoraram 
a forma de detectar tendências, avaliar informações e apoiar o desenvolvimento de 
estratégias. Trata-se, portanto, de parte-chave do sistema, ressaltando que o processo 
de inteligência – informação relevante submetida ao processo de análise -, só traz 
resultados se contar com a interação de todos os envolvidos no desenvolvimento de 
diferentes iniciativas em prol da constante inovação corporativa” (Proença, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
ABRAIC – Associação Brasileira dos Analistas de IC. 
IC – Inteligência Competitiva. 
P&D – Pesquisa e desenvolvimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na próxima unidade você será convidado a refletir sobre a influência da 
cooperação entre empresas para Inovação Tecnológica. Como as empresas precisam 
buscar as novas tecnologias e as formas de prospectá-las. 
Tenho certeza que será emocionante... vamos lá?? 
 
 
 
 
 
 
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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABRAIC. Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva. Disponível 
em: < http://www.abraic.org.br/site/index.asp>. Acesso em 06.Jun. 2010. 
 
DRUCKER, P. Inovação e o espírito empreendedor. São Paulo: Pioneira, 2003. 
 
HERRING, Jan. Producing CTI that meets senior managements needs and expectations. 
In: Competitive technical intelligence symposium, Boston, 1997 MA. Proceedings... 
Alexandria, VA: SCIP, 1997. 
 
HOFFMANN, W. A. M. Gestão tecnológica com apoio da inteligência competitiva e a 
Gestão em TIB (Tecnologia Industrial Básica) - Material de aula. São Carlos: UFSCar, 
2008. 
 
PASSOS, Alfredo. Inteligência Competitiva: como fazer IC acontecer na sua empresa. 
Alfredo Passos e o Competidor Intelligence Committee. São Paulo: LCTE Editora, 2005. 
 
PINTEC. Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica. Disponível em: <http://www. 
ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pintec/2003/default.shtm>. Acesso 
em 06.Jun.2010. 
 
PROENÇA, G. Não basta ter inteligência, é preciso Inteligência Competitiva. Massa 
Cinzenta. Disponível em: http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/nao- 
basta-ter-inteligencia-e-preciso-inteligencia-competitiva/ Acesso em dezembro/2010. 
 
SCIP. Strategic and Competitive Intelligence Professionals. Disponível em: <http:// 
www.scip.org/>. Acesso em 01.Abr.2010. 
 
TARAPANOFF, Kira. Inteligência organizacional e competitiva. Brasília: UnB, 2001. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sociedade, Tecnologia e Inovação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Encerramos esta nossa unidade sobre inovação nas organizações. Essas 
informações serão bem úteis para a sua formação e, em mais curto prazo, para 
a compreensão das demais unidades desta disciplina. Não perca tempo! Realize as 
atividades previstas e discuta no Fórum sobre as relações entre Inteligência Competitiva 
e Inovação Tecnológica. 
Bom trabalho! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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