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Micoses Cutâneas


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MICOSES CUTÂNEAS
Prof. Gabriela Kniphoff da Silva Lawisch
Univates
• São infecções fúngicas que causam doenças:
• Na pele → invadem a capa córnea → manchas inflamatórias
• Nos pelos → invadem a porção queratinizada → lesão tonsurante
• Nas unhas → invadem a lâmina ungueal → destruição da lâmina
• Despertam resposta imune celular.
• São causadas por um conjunto de espécies de fungos 
que colonizam tecidos queratinizados
DERMATOFITOSES
Micoses Cutâneas
Candidíase
= Tinea (Tinha)
= Micose
• Infecções do couro cabeludo, pele e unhas.
• São causada por um grupo estreitamente relacionado de 
fungos conhecidos como dermatófitos.
Dermatofitoses
Fungos que têm a capacidade de utilizar queratina 
como uma fonte de nutrientes, ou seja, eles têm uma 
capacidade única enzimática → queratinase.
Dermatofitoses
Dermatofitoses
• As dermafitoses são classificadas com a palavra Tinea 
seguida com o local anatômico das lesões: 
Dermatófitos
• Microsporum → pele e pelos; 
• Trichophyton → pele, pelos e unhas; 
• Epidermophyton → pele e unha. 
Tinea corporis
• Lesões na pele lisa e glabra (sem pelos).
• Características das lesões:
• Bem delimitadas (separação nítida da pele sadia).
• Bordas elevadas avermelhadas (às vezes com pequenas bolhas). 
• Descamação esbranquiçada fina.
• Podem ocorrer em qualquer parte do corpo.
• Prurido discreto a moderado.
• Antecedentes de contato com cães ou
gatos (devem ser também tratados).
• Principais agentes: T. rubrum, T. mentagrophytes e M. 
canis.
Tinea imbricata
• Subtipo de Tinea corporis.
• Ocorre em populações isoladas de vilarejos ou tribos, 
ocorrendo microepidemias familiares.
• Lesões:
• Uma ou várias lesões.
• Discreto relevo.
• Crescimento excêntrico, formando círculos escamosos.
• Prurido normalmente presente.
• Transmissão: contato homem a homem ou por objetos 
contaminados.
• Agente: T. concentricum.
Tinea cruris
• Ocorre na virilha.
• Mais comum em homens, de 18 a 30 anos.
• Lesões:
• Face interna da coxa.
• Uma ou mais manchas avermelhadas que tendem a confluir para 
formar uma placa única (toda face interna das coxas).
• Pode ocupar também a região posterior e interglútea.
• Principais agentes: T. rubrum, T. mentagrophytes e E. 
floccosum.
Tinea manum
• Palma das mãos e regiões interdigitais.
• É uma das micoses mais comuns.
• Pode ser confundida com outras doenças, como 
psoríase.
• Pode apresentar-se como uma descamação difusa ou 
com pequenas bolhas.
• Agentes: : T. rubrum, T. mentagrophytes e E. floccosum. 
Tinea pedis
• É a micose mais comum.
• Lesões:
• Vesiculosas.
• Nos espaços interdigitais.
• Escamação nas regiões plantares do pé.
• Causa coceira.
• Agentes: T. rubrum, T. mentagrophytes ou E. floccosum. 
Tinea capitis
• Lesões no couro cabeludo.
• Podem ser classificados de acordo com a 
localização:
• Ectotrix 🡪 artroconídeos ao redor do pelo.
• Agentes: Microsporum.
• Endotrix 🡪 artroconídeos no interior do pelo.
• Agentes: Trichophyton.
Tinea capitis
• Lesões no couro cabeludo.
• Podem ser classificados de acordo com a 
localização:
• Ectotrix
• Endotrix
Tinea capitis
• Mais frequente em crianças.
• Lesões:
• Áreas arredondadas com falhas nos cabelos (Tinea Tonsurante).
• Pode haver inflamação (Tinea Supurativa).
• Dependendo da extensão da lesão, e do tratamento, os cabelos 
voltam a crescer na lesão, ou não.
• Contagiosa.
• Tende desaparecer de forma espontânea durante a 
puberdade.
Tinea Tonsurante → M. canis 
Tinea Supurativa (kerion) → T. mentagrophytesTinea fávica → T. schoenleinii
Tinea Tonsurante → T. tonsurans
Tinea unguium (Onicomicose)
• Lesões por dermatófitos nas unhas.
• Representa 50% das doenças nas unhas.
• Não há resposta inflamatória.
• Agentes: T. rubrum, T. mentagrophytes e E. floccosum.
Principalmente nas unhas dos pés.
Tinea unguium (Onicomicose)
• Existem diferentes tipos de formas clínicas, conforme a 
região de acometimento das unhas:
Tinea unguium (Onicomicose)
1. Onicomicose Subungueal Distal/Lateral
• A mais frequente.
• Mais comum em unhas dos pés.
• Descolamento da borda livre da unha: a unha descola do 
seu leito, geralmente iniciando pelos cantos e fica oca. 
Pode haver acúmulo de material sob a unha.
• As unhas aumentam de espessura, ficando endurecidas e 
grossas.
• Características: unha opaca, esbranquiçada, espessa.
• Coleta: deve ser subungueal eliminando-se a amostra 
mais externa.
Tinea unguium (Onicomicose)
1. Onicomicose Subungueal Distal/Lateral
Tinea unguium (Onicomicose)
2. Onicomicose Subungueal Proximal
• Esta forma é mais rara: geralmente em pacientes HIV+.
• Inicia-se pela extremidade proximal: observa-se manchas 
brancas ou amareladas ao nível da lúnula, 
comprometendo toda a unha.
• Adquire depois características da forma subungueal 
distal.
• Coleta: deve ser transungueal – técnica da janela ou 
raspando superficialmente a lâmina ungueal.
Tinea unguium (Onicomicose)
2. Onicomicose Subungueal Proximal
Tinea unguium (Onicomicose)
3. Onicomicose Superficial Branca
• Mais comum nas unhas dos pés.
• Manchas brancas na superfície da unha.
• Com a evolução, as manchas ficam amareladas e pode 
destruir toda a unha.
• Coleta - raspagem na superfície da lâmina ungueal.
Tinea unguium (Onicomicose)
3. Onicomicose Superficial Branca
Tinea unguium (Onicomicose)
4. Onicomicose Distrófica Total
• Pode ser a forma evolutiva de todas as formas anteriores.
• Destruição e deformidades: a unha fica frágil, quebradiça 
e quebra-se nas porções anteriores ficando deformada ou 
restando alguns restos de queratina aderida ao leito 
ungueal.
• Coleta - raspagem dos restos de unha.
Tinea unguium (Onicomicose)
4. Onicomicose Distrófica Total
Tinea barbae
• Afeta áreas da barba, face e pescoço.
• Apresenta-se em três formas: 
a) tipo inflamatório, em que as lesões são inflamatórias e 
supurativas (com pus);
b) tipo “herpes”, constituído por lesões eritematosas (vermelhas) 
papulosas (elevadas na pele);
c) tipo foliculite, pústulas ao redor dos pelos.
• Agentes mais comuns: T. rubrum e T. mentagrophytes. 
Tinea barbae
Tinea barbae
Diagnóstico (Exame direto)
• Exame direto com KOH:
• Em pele e unhas → hifas hialinas septadas que se desarticulam 
em artroconídeos.
• Pelos → observar parasitismo em ectotrix ou endotrix.
• LAUDO: Presença de hifas sugestivas de dermatófitos.
 
Exame direto
Exame direto
Exame direto
Exame direto
Exame direto
Exame direto
Diagnóstico (Cultura)
• Cultura:
• Ágar Sabouraud (+ cicloeximina + cloranfenicol)
• Incubação: 10 dias a 3 semanas, 25-28°C
Importante para 
identificação da espécie
Macromorfologia
Micromorfologia
Diagnóstico
Gênero Epidermophyton
Geralmente apresenta apenas macroconídios.
Diagnóstico
• Epidermophyton floccosum
• Crescimento rápido: 7-10 dias
• Superfície: caqui-amarelada, algodonosa baixa.
• Reverso: canela a marrom.
Diagnóstico
• Epidermophyton floccosum
• Crescimento rápido: 7-10 dias
• Superfície: caqui-amarelada, algodonosa baixa.
• Reverso: canela a marrom.
Lesões de pele 
glabra (grandes 
pregas), mais 
raramente em 
lesões interdigitais, 
plantares e unhas.
Diagnóstico
• Epidermophyton floccosum
• Micromorfologia: macroconídeos abundantes, forma de bastão, 
lisos, 2 a 4 céls. Microconídeos não produzidos.
Diagnóstico
Gênero Microsporum
Geralmente apresenta muitos macroconídios fusiformes e 
poucos microconídios.
Diagnóstico
• Microsporum canis
• Crescimento rápido: 6-10 dias.
• Superfície: branca lanosa (lã), margens amarelas.
• Reverso: amarelo-vivo a alaranjado.
Lesões do couro 
cabeludo. Mais 
raramente: pele 
e unhas.
Diagnóstico
• Microsporum canis
• Micromorfologia: macroconídeos numerosos e fusiformes de 6-15 
septos, com paredes grossas e extremidade afilada. 
Microconídeos poucos e isolados. 
Diagnóstico
• Microsporum gypseum
• Crescimento rápido: 3-5 dias.
• Superfície: pulverulenta, cor creme e canela.
• Reverso:creme (pode variar de laranja a marrom).
Contaminação 
pelo solo, 
causando 
lesões na pele e 
cabelos.
Diagnóstico
• Microsporum gypseum
• Micromorfologia: macroconídeos fusiformes numerosos, com 4 a 6 
septos, extremidade arredondada, paredes finas. Poucos 
microconídeos ou ausentes.
Diagnóstico
Microsporum canis X Microsporum gypseum
Diagnóstico
Gênero Trichophyton
Geralmente apresenta poucos macroconídios e muitos 
microconídios.
Diagnóstico
• Trichophyton mentagrophytes
• Crescimento rápido: 6-11 dias.
• Superfície: granular, amarelo cremoso ao castanho.
• Reverso: marrom (pode variar).
Causa todos 
tipos de 
dermatofitoses.
Diagnóstico
• Trichophyton mentagrophytes
Trichophyton mentagrophytes var. mentagrophytes
Trichophyton mentagrophytes var. interdigitale
• Zoofílica.
• Textura furfurácea da colônia.
• Antropofílica
• Textura aveludada ou algodonosa.
Trichophyton interdigitale
Diagnóstico
• Trichophyton mentagrophytes
• Micromorfologia: macroconídeos em forma de charuto, ligados a 
hifas hialinas e septadas. Microconídeos abundantes, globosos, 
unicelulares, em cachos. Hifas em espiral. Urease +.
Diagnóstico
• Trichophyton rubrum
• Crescimento intermediário: 12-16 dias.
• Superfície: branco algodonosa.
• Reverso: vinhoso, avermelhado.
Pode causar todos os 
tipos de 
dermatofitoses.
Diagnóstico
• Trichophyton rubrum
• Micromorfologia: macroconídeos reduzidos ou ausentes, em forma 
de lápis. Microconídeos numerosos em forma de gota. Urease -.
Diagnóstico
Trichophyton rubrum X Trichophyton mentagrophytes
Prova da Urease
Diagnóstico
• Trichophyton schoenleinii
• Crescimento lento: 14-30 dias.
• Superfície: branco ao castanho. Textura glabra ou algodonosa e 
topografia pragueada.
• Reverso: igual a superfície.
Nunca mais foi isolado!
Diagnóstico
• Trichophyton schoenleinii
• Micromorfologia: macroconídeos ausentes. Microconídeos 
ausentes. Hifas septadas tortuosas , associadas a candelabros 
favosos.
Diagnóstico
• Trichophyton tonsurans
• Crescimento intermediário: 12-16 dias.
• Superfície: branco a amarelo, algodonosa ou aveludada, 
crateriformes, apiculadas ou cerebriformes.
• Reverso: creme ao vermelho.
Muito raro no RS. 
Comum em SP e RJ.
Diagnóstico
• Trichophyton tonsurans
• Micromorfologia: macroconídeos raros, curtos. Microconídeos 
numerosos de diferentes tamanhos e formas. 
Diagnóstico
• Trichophyton concentricum
• Crescimento lento: 20-30 dias.
• Superfície: amarelada-castanho, glabrosa e cerebriforme. 
• Reverso: igual a superfície.
Causa lesões do tipo 
Tinea imbricata (pele).
Diagnóstico
• Trichophyton concentricum
• Micromorfologia: ausência de microconídios, hifas hialinas, 
ramificadas e septadas, podendo estar associadas a hifas em 
candelabro. Presença de clamidoconídios.
Clamidoconídios podem aparecer em colônias antigas, de todos os dermatófitos.
Dermatófitos
• Espécies mais frequentes em humanos: T. 
rubrum, T. mentagrophytes, M. canis, T. 
tonsurans e E. floccosum (distribuídas de forma 
universal).
• Espécies com restrição geográfica: T. 
schoenleinii (Eurásia e África), T. soudanense 
(África), T. violaceum (África, Ásia e Europa) e 
T. concentricum (Ilhas do Pacífico, Extremo 
Oriente e Índia). 
• Fatores relacionados → mudança dos padrões 
de migração, crescimento do turismo e 
mudanças nas condições socioeconômicas.
Diagnóstico
Dados clínicos 
das lesões
Exame direto
Macromorfologia
Micromorfologia
Infecção Recomendado Alternativa
Tinea unguium Terbinafina
Itraconazol 
Fluconazol
Griseofulvina
Tinea capitis Griseofulvina
Terbinafina 
Itraconazol
Fluconazol
Tinea corporis Griseofulvina
Terbinafina 
Itraconazol
Fluconazol
Tinea cruris Griseofulvina
Terbinafina
Itraconazol
Fluconazol
Tinea pedis Griseofulvina
Terbinafina
Itraconazol
Fluconazol
Crônica e/ou não 
respondeu aos 
tratamentos
Terbinafina ItraconazolGriseofulvina