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Fascíola hepática e fasciolíase

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Fascíola hepática e fasciolíase 
A infecção é uma zoonose, então acomete os animais e eventualmente o homem. Então, o verme adulto da fascíola 
habita o interior da vesícula e dos canais biliares, principalmente dos canais biliares intra-hepáticos. Ele é parasita de 
ruminantes, como bovinos, caprinos, ovinos e homem, este ultimo entra no ciclo da fascíola por ser onívoro, então 
também se alimenta de vegetais e pode ser um hospedeiro da fascíola tendo a fasciolíase. 
No Brasil, existem áreas de expansão, como o Paraná, Santa Catarina, em que a grande parte dos relatos são da 
ocorrência em animais. As ocorrências no homem, ocorrem mais no sudeste e sul do país (São Paulo, Rio de Janeiro, 
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Bahia), porque ela tem uma estreita relação com a ingestão de agrião de 
baixada, muito comum nessas áreas. 
Características: 
• Ventosas oral e acetabular; 
• Corpo folheáceo, medindo 3 cm de comprimento; 
• Corpo achatado dorso-ventralmente; 
• Simetria bilateral; 
• Hermafrodita; 
• Tegumento com espinhos laterais; 
• E todas as demais características de platelmintos, como sistema digestivo 
incompleto, excreção por células flama, e ciclo heteróxeno, precisando passar por 
um hospedeiro intermediário; 
• Vivem dentro dos canais biliares intra-hepáticos na vesícula, e podem ser 
encontrados no tecido hepático também; 
• O ovo é bem característico, pois possui uma estrutura denominado opérculo, por 
onde sai o miracídio, que infecta o caramujo e forma as cercarias; 
o O homem não se infecta, assim como os animais, com a cercaria, e sim com a chama metacercária, 
que é a forma encistada da cercaria, que fica ne vegetação. 
Ciclo da fascíola em ruminantes: 
A fascíola adulta que está dentro dos ductos biliares do 
hospedeiro definitivo libera ovos, que vão embrionar no meio 
externo quando em contato com o meio aquático. Então 
esses ovos ganham a luz intestinal junto com a bile, e saem 
nas fezes. Encontrando o meio aquático, o ovo vai 
formar o miracídio que vai penetrar em um 
caramujo especifico, que é seu hospedeiro 
intermediário, forma o esporocisto. Esse 
esporocisto vai formar dentro dele diversas rédeas, 
que são estruturas saculiformes, que formarão 
mais rédeas, e estas formarão as cercarias. 
Essas cercarias vão sair do caramujo, e ao ganhar o meio aquático, perdem a calda, e se encistam na vegetação 
próxima à coleção aquática. Então o animal ingere essa vegetação, comendo a metacercária, que é a fascíola 
encistada, e no intestino do animal a metacercária vai desencistar, vai atravessar a parede intestinal, cair na 
cavidade abdominal e atravessar o fígado pelo lado de fora até chegar nos ductos biliar intra-hepáticos, onde vão 
sofrer maturação e se tornar fascíola adulta. O mesmo ciclo vai acontecer no homem, quando ele ingere a vegetação 
contaminada. 
Patogenicidade 
No homem, são casos mais raros, pois é um hospedeiro ocasional da fascíola, não é um hospedeiro sistemático como 
os ovinos, bovinos, caprinos. Mas pode ocorrer a infecção, e a patogenicidade se caracteriza: 
• Pela lesão mecânica da passagem da fascíola pelo parênquima hepático; 
• Pode causar a obstrução dos ductos biliares intra-hepático, impedindo a passagem da bile. 
• Isso pode ocasionar inflamação, abcesso, hiperplasia celular, hepatomegalia e fibrose. 
• Localização errática: pode ir para a vesícula biliar, colédoco, peritônio e pulmão. 
Manifestações clinicas: 
A maioria dos indivíduos, quando tem uma ou duas fascíolas, são assintomáticos. O que pode ocorrer, é um processo 
inflamatório local e obstrução do ducto que estão localizadas. Quando em grandes quantidades na vesícula e nos 
ductos biliares, podem gerar um processo inflamatório mais grave, ocasionando uma hepatomegalia dolorosa, 
síndrome febril, cólica biliar e icterícia. Isso tudo está associado à alterações do trato intestinal, visto que interferem 
com a passagem da bile para o intestino, que degrada as gorduras, podendo ter náuseas, vômitos e diarreia. 
Apresentam quadro de eosinofilia intensa, perda de peso, anorexia, etc. 
Diagnóstico: 
Clinicamente, é difícil de ser feito, principalmente em áreas que não tem a fasciolíase intensa, pois outras patologias 
podem ocasionar quadros semelhantes 
- Parasitológico – direto: é definitivo. Encontra os ovos nos exames de fezes, ou nos casos de obstrução da bile, que 
ocorre a coleta e análise. 
Atualmente, o diagnostico é muito feito através de Raio X e ultrassonografia, em que se vê claramente os parasitas; 
Tratamento: 
• A principal droga usada é a Praziquantel, mas pode ser usado também o triclabendazol e a deidroemetina. 
Epidemiologia: 
Está relacionada aos hábitos alimentares, como do agrião de baixada, principalmente na região do sul do país. E a 
disseminação ocorre, as vezes, pelo comercio e transporte de animais contaminados para outras áreas. 
Profilaxia: 
Lavagem adequada dos vegetais de ingestão humana, como de agrião, evitar o contato dos animais com áreas de 
plantação, principalmente de hortaliças e leguminosas, e também o tratamento dos animais e pessoas infectados.

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