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1. Constituição da Pessoa Jurídica; 2. Teorias da Pessoa Jurídica (Ficção legal, realidade objetiva e realidade técnica); 3. Classificação das pessoas jurídicas (associação, fundação e sociedade); 4. Desconsideração da Pessoa Jurídica. Resumo baseado na obra de Flávio Tartuce. Por fim, consideramos que a pessoa jurídica é a unidade reunião de pessoas naturais ou patrimônio que tem certos objetivos comuns e finalidades que transcendem as possibilidades individuais. A razão de ser da pessoa jurídica está na necessidade de unir esforços para alcançar objetivos. Princípio da Separação: apesar de ser uma criação humana, ela ganha existência própria, é separada do seu criador, adquirindo personalidade distinta. Após a criação da pessoa jurídica, o patrimônio não pertence mais à pessoa natural, por conta desse princípio. 1. A vontade humana criadora. As pessoas jurídicas não nascem naturalmente, é necessária a vontade humana. É necessário duas ou mais pessoas com vontades convergentes ligadas por uma intenção comum. 3. Registro do Ato Constitutivo Art. 45 – somente a partir deste registro a pessoa jurídica passa a ter existência legal, adquirindo a personalidade jurídica. Depois do registro, a documentação é encaminhada para a Receita Federal para a criação do CNPJ. 2. Elaboração do Ato Constitutivo Elaboração do documento que vai trazer toda a descrição e características da pessoa jurídica, que declara a sua existência. No ato constitutivo da pessoa jurídica, tem-se todos os elementos, dentre eles: seus dados, regras para funcionamento, seu patrimônio etc. Constituição da Pessoa Jurídica @NLDIREITO a) Ficção Legal: A personalidade jurídica decorre de uma ficção da lei, contrapondo-se a personalidade natural. A existência da pessoa jurídica seria uma construção intelectual, artificial da lei. b) Realidade Objetiva: É fundamentada na tese de que a vontade humana é apta para criar um organismo vivo na sociedade, que passa a ter existência autônoma. Uma realidade sociológica, que surge por imposição de fatores sociais. c) Teoria da Realidade Técnica: É a teoria mais aceita pela doutrina, que diz que a personalidade é um atributo jurídico, o direito concede tanto às pessoas físicas quanto as pessoas jurídicas, a personificação jurídica é de ordem técnica, além de funcionar dentro da sociedade, para adquirir personalidade é preciso o registro do ato constitutivo, é uma junção das duas teorias anteriores. Teorias da Pessoa Jurídica “A pessoa jurídica constitui uma criação artificial da lei, um ente fictício, pois somente a pessoa natural pode ser o sujeito da relação jurídica e titular de direitos subjetivos. Desse modo, só entendida como uma ficção, pode essa capacidade jurídica ser estendida às pessoas jurídicas, para fins patrimoniais. A pessoas jurídica concebida dessa forma, não passa de simples conceito, destinado a justificar a atribuição de certos direitos a um grupo de pessoas físicas”. Sustenta que a pessoa jurídica é uma realidade sociológica, ser com vida própria, que nasce por imposição das forças sociais. Proclama que a vontade, pública ou privada, é capaz de dar vida a um organismo, que passa a ter existência própria, distinta da de seus membros, capaz de tornar-se sujeito de direito real e verdadeiro. A crítica que se lhe faz é que ela não esclarece como os grupos sociais que não tem vida própria e personalidade, que é característica do ser humano, podem adquiri-la e tornarem sujeitos de direitos e obrigações. Entendem seus adeptos, que a personificação dos grupos sociais é expediente de ordem técnica, a forma encontrada pelo direito para reconhecer a existência de grupos de indivíduos, que se unem na busca de fins determinados. A personificação é atribuída a grupos em que a lei reconhece vontade e objetivos próprios. A personalidade civil, portanto, é um atributo que o Estado defere a certas entidades havidas como merecedoras dessa benesse. De acordo com o Artigo 40 do Código Civil, as pessoas jurídicas podem ser de direito público ou de direito privado. a) De Direito Público: Art. 41 – Direito Público interno, é formado pelos entes federativos, de acordo com seus incisos. Art. 42 – Direito Público externo, é formado pelos Estados estrangeiros. b) De Direito Privado: Art. 44 – Rol exemplificativo. São as corporações (associações, sociedades simples e empresárias e as fundações). Vamos analisar cada uma delas a seguir. • ASSOCIAÇÕES Art. 53 - se unem para fins não econômicos. Pessoa jurídica que não tem fins econômicos, se organizam para algumas finalidades distintas desses fins. É uma entidade de direito privado, dotada de personalidade jurídica, que se caracteriza pelo conjunto de pessoas para realização de sem interesse de lucro. Pode ter atividade econômica, pode comprar, vender, contratar, alugar, promover eventos para ganhar dinheiro, mas não pode ter interesse de lucro no sentido de dividir o lucro com seus associados. O resultado deve ser revertido para a própria atividade. Art. 54 – O estatuto deve obedecer às regras trazidas nos incisos. • FUNDAÇÕES Art. 62 – embora seja muito semelhante às associações, com interesses coletivos comuns, as fundações é um conjunto de patrimônios, não de pessoas, essa é a diferença entre uma e outra. As fundações têm atribuição de personalidade jurídica a um patrimônio (conjunto de bens). Assim como as associações, não tem fim lucrativo. Art. 66 – proteção a fundação, o Ministério Público não só como fiscal, mas velando e observando as fundações justamente por ter viés social (curadoria das fundações). Classificação das Pessoas Jurídicas • SOCIEDADES É uma pessoa jurídica formanda por pessoas (naturais e jurídicas) e patrimônios, que visam o lucro, distribuição do resultado entre seus sócios. “Art. 981 – celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.” A sociedade é um conjunto de pessoas. Quando formamos uma sociedade, formamos para ganhar dinheiro. A sociedade não tem a proibição de dividir o lucro “Art. 966 – Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica de forma organizada para produção ou circulação de bens e de serviços.” a) Direito de Empresa: a empresa é a titular da atividade empresarial, neste artigo temos alguns critérios para identificar o empresário. b) Quando falamos em empresário, pode ser tanto uma pessoa física quanto jurídica. A física sendo considerado empresário individual, e a jurídica sociedade. “Parágrafo Único: Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares e colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elementos de empresa.” Exemplo: a manicure exerce profissionalmente uma atividade econômica de forma organizada, pode ser considerada empresária. Mas, uma pessoa que toca e canta, faz shows visando ter um lucro, também exerce atividade econômica de forma organizada, mas, por ter natureza artística, a lei descaracteriza como empresário. Art. 50 – A pessoa jurídica é uma realidade autônoma, é uma pessoa capaz de direitos e deveres independente de seus membros. Ela efetua negócios sem qualquer ligação com a vontade das pessoas físicas. As pessoas jurídicas não se confundem com as físicas. A pessoa jurídicasurge com o principal escopo de fazer com que a pessoa tenha esse instrumental necessário para superar suas limitações. Há vezes, porém, que as pessoas naturais se valem desses entes para praticar ilegalidades. Desconsideração: por conta do abuso do direito das pessoas naturais que presidem as jurídicas (confusão patrimonial, desvio da finalidade), surge a desconsideração da pessoa jurídica. Art. 52 – Pessoa jurídica tem direitos de personalidade? Sim. Aplica-se a elas a proteção dos direitos da personalidade. A pessoa jurídica por exemplo, pode sofrer danos morais/institucionais, pode ter seu nome lesado e pode sofrer uma lesão à sua honra objetiva. Desconsideração das Pessoas Jurídicas
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