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PERIODIZAÇÃO APLICADA AO TREINAMENTO DE FORÇA Prof. Ms. Lucas Duarte Tavares TREINAMENTO DE FORÇA Adaptações Neurais Adaptações Morfológicas - Recrutamento de Ums - Ativação muscular - Taxa de desenvolvimento de força (TDF) - Ativação muscular reflexa - Sincronização de Unidades motoras -Co-ativação antagonista -Alterações nos tipos de Fibras musculares -Arquitetura muscular -Hipertrofia Muscular -Estímulo mecânico -Esímulo metabólico Princípios do treinamento de força Bird et al (2005) Recomendações de prescrições do Treinamento de Força Deschenes & Kraemer (2002) Ocorrência temporal das adaptações no Treinamento de força Narici et al (1996) Modelo black box IndividuoExercício Dieta Descanso Adaptações Fisiológicas Viru & Viru (2000) TREINAMENTO PERIODIZADO X TREINAMENTO NÃO - PERIODIZADO Periodização • Um dos objetivos básicos da periodização é a não lineariedade do treinamento • Seus objetivos específicos são: – Reduzir o potencial de ocorrência de “overtraining” – Atingir um pico de performance no tempo apropriado Stone et al., 2000 èPREPARATÓRIO èCOMPETITIVO èTRANSIÇÃO •Halterofilismo e Atletismo •Organização política como respaldo •Períodos competitivos bem definidos PERIODIZAÇÃO SIMPLES – 12 MESES Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Periodização Simples Período Preparatório Período Pré-Competitivo Período Competitivo PR PERIODIZAÇÃO DUPLA – 2 PERÍODOS DE 6 MESES Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Periodização Dupla Período Preparatório PPC Período Competitivo Período Preparatório Período Pré- Competitivo Período Competitivo PR Tipos de Mesociclos • Incorporação • Básico de desenvolvimento • Básico estabilizador • Específico de desenvolvimento • Específico estabilizador • Pré-competitivo • Competitivo • Transição Tipos de Microciclo • Introdutório (cargas leves, de envolvimento) • Ordinário (moderado-alto, com carga intermediária) • Manutenção (moderado, preocupação de establidade) • Choque (carga de treino elevada, a maior possível) • Competição (carga de treino baixa) • Recuperação (cargas leves, após choque ou competição) (Smith, 2003) • Ciclos típicos seguem padrão com alternância entre cargas de trabalho e recuperação: (Smith, 2003) PERÍODOS PREPARATÓRIO TRANSITÓRIO BASE ESPECÍFICO INTR. DES. I DES. II MANUTENÇÃO ESTABILIZADOR Competitivo OU Pico Defendido por pesquisadores de grande influência Manutenção de desempenhos regulares ao longo de temporadas mais demoradas Apresenta maior flexibilidade e é mais adaptável às mudanças de calendário Haff, 2004 MODELO NÃO-LINEAR - RHEA MODELO NÃO-LINEAR - RHEA Periodização Stone et al., 2000 Periodização • O treino periodizado mostrou produzir maiores ganhos de força em indivíduos previamente treinados do que o treino com repetições constantes • Esses efeitos são maiores mesmo quando o volume e a intensidade do treinamento são razoavelmente equalizados Stone et al., 2000 Periodização • A maioria dos programas de treinamento de força envolve variação, ou mudanças no programa de exercícios, para maximar os ganhos de força • Grupo 1 – 5 x 10 - 79% • Grupo 2 – 6 x 8 - 83% • Grupo 3 – 5 x 10 – 79% - 4 sem • 4 x 8 – 83% - 4 sem • 3 x 6 – 88% - 4 sem • 3 x 4 – 92% - 4 sem • Grupo 4 - controle Willoughby, 1993 Periodização • O treino de força com variações de volume e intensidade produziu os maiores ganhos de força relativa • Esses ganhos foram maiores mesmos nas semanas iniciais de treinamento Willoughby, 1993 Periodização • Periodização Linear – Intensidade e volume são manipulados ao longo de vários mesociclos – Intensidade e volume mantem-se constante dentro de um mesociclo Hoffman et al., 2003 Periodização • Periodização não linear – O treino em alta intensidade pode provocar fadiga neural, fato que poderia comprometer os ganhos de força – Alterna-se sessões de alta e baixa intensidade –Manipula-se o volume e intensidade das sessões de treinamento Hoffman et al., 2003 Periodização • A periodização linear produziu maiores ganhos de força que a periodização não linear Hoffman et al., 2003 Periodização • Baker et al. (1994) • Utilizou 3 métodos de manipulação das cargas de treinamento de força – Tradicional – Linear – Ondulada • Não houve diferenças entre os grupos para os exercícios de supino e agachamento Periodização • Rhea et al. (2003) • Comparou os ganhos de força usando 3 tipos de periodização • Linear • Ondulada • Linear Inversa • Não houve diferenças entre os grupos Periodização • Se os resultados são tão contraditórios por que todo mundo fala em periodizar o treinamento? • Primeiro, a periodização é um meio pedagógico de controle da sobrecarga e da variabilidade do treinamento do treinamento • Segundo, as pesquisas de periodização não tem o caráter longitudinal do treinamento na vida real. Exemplo Treino Culturistas Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Peito Tríceps Quadríceps Panturrilha Costas Bíceps Abs Posterior Ombro Descanso Exemplo de rotina com 4 dias “on” e 1 dia “off” Tesch, 1992 Exemplo Treino Culturistas Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7 Costas Peito Pernas Ombro Braços Abs Dia 1 Dia 2 Dia 3 Descanso Exemplo de rotina com 6 dias “on” e 1 dia “off” Tesch, 1992 Exemplo Treino Culturistas Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Manhãs Ombros Costas (Low) Costas Aeróbio Peito Aeróbio Descanso Tardes Coxas Abs Bíceps Panturrilha Tríceps Panturrilha Abs Descanso Exemplo de rotina com 2 sessões diárias e um ciclo de 3 dias “on” e 1 dia “off” Tesch, 1992 Periodização • O grupo com 3 sessões teve um maior ganho percentual que o grupo com 1 sessão semanal • Os ganhos absolutos foram iguais para os 2 grupos • Não se sabe se os ganhos de hipertrofia seguem os mesmos padrões McLester et al., 2000 • Grupo 1 – Blocos – 3 Semanas / mesmo tipo de treino • Grupo 2 – Ondulatório semanal • Grupo 3 – Ondulatório Diário • 9 semanas – 3x semanas Loturco et al (2013) Loturco et al (2013) Loturco et al (2013) Loturco et al (2013) Loturco et al (2013) Valores individuais Loturco et al (2013) Fonseca et al (2014) Fonseca et al (2014) Fonseca et al (2014) Periodização Auto-Selecionavel • FNL – respeita a recuperação individual - fisiológica e psicológica. • A auto-regulação do volume e intensidade segue o princípio da individualidade biológica. • Esse método permite o auto-ajuste da fadiga, estado psicológico e fisiológico – resulta em maior otimização do treino – maiores ganhos. Modelo em Bloco Modelo ondulatório VOLUME TOTAL - BLOCO VOLUME TOTAL - ONDULATÓRIO Resultados de força e potência Resultados de composição corporal Modelos abertos de periodização Aplicação prática • Monitoramento das cargas de treinamento – Humor – Estresse – Riscos de infecção no trato respiratório superior – PSE – PRS -PRONTIDÃO -VARIAVEIS DE PRESCRIÇÃO -STRESS ACUMULATIVO DO TREINAMENTO = INDIVIDUALIDADE BIOLOGICA Modelo black box IndividuoExercício Dieta Descanso Adaptações Fisiológicas Viru & Viru (2000) Concepção moderna Carga de treino CARGA EXTERNA: -VOLUME -INTENSIDADE -DENSIDADE -FREQUÊNCIA SEMANAL -NUMERO DE SESSÕES CARGA INTERNA: -ADAPTAÇÕES FUNCIONAIS -ADAPTAÇÕES METABÓLICAS -ADAPTAÇÕES ENDOCRINAS -ADAPTAÇÕES IMUNOLÓGICAS -MODIFICAÇÕES NA COMPOSIÇÃO CORPORAL Imperizzelli (2004) Relações – CARGA INTERNA Tipo de Atividade prescrita Nível de aptidão Cargas internas de treinamento Estímulos produzidos Lesões Status psicológico Calendário de metas Hoff et al (2002) Monitoramento da carga • MÁXIMAR O DESEMPENHO • MINIMIZAR PROBLEMAS INTERCORRENTES DA ATIVIDADE • MODULAR OS INDICADORES DE ESTRESSE • CONTROLAR COM MAIOR EFICÁCIA O PROCESSO DE TREINAMENTO Foster (1995); Viru (2000); Imperizzelli (2005) Percepção subjetiva de esforço (PSE) PercepçãoSubjetiva de Recuperação (PSR) DALDA POMS Schoenfeld (2015) Autorregulação Autorregulação Semanas Protocolos de treinamento Nº de séries Nº de RM 1 e 2 Protocolo A 2 12–15 3 e 4 Protocolo B 4 8-10 5 e 6 Protocolo C 6 4-6 Tabela 4 - Progressão de carga do grupo PL. (RM = repetições máximas) Classificações da escala (CR-10) Ajustes do protocolo de treino ≤ 5 Próxima sessão deve ser realizada no protocolo subsequente (ex. de A → B ou de B → C) 6 a 8 Mantém a carga (protocolo) do próximo treino 9 e10 (por 2 sessões consecutivas) Redução de 1 série de exercícios até que os valores de PSE de sessão se estabilizem entre 6 e 8. Tabela 5 - Progressão de carga pela percepção subjetiva do esforço da sessão (grupo PSE). Gomes (2016) Volume total kg P L P S E 0 2 0 0 0 0 4 0 0 0 0 6 0 0 0 0 P L P S E A se ss õ es A B C T o ta l A B C T o ta l 0 5 0 1 0 0 1 5 0 P L P S E * * * B k g P L S u b P S E 0 2 0 0 0 0 4 0 0 0 0 6 0 0 0 0 P L S u bP S E * Força e Hipertrofia k g P ré P ó s P ré P ó s 0 5 0 1 0 0 1 5 0 2 0 0 2 5 0 P L S u bP S E* * A c m ² P ré P ó s P ré P ó s 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 P L S u bP S E * * B Obrigado !!! profldtavares@gmail.com
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