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7 Anamnese e Exame Físico do Recém-Nascido

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1 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
Anamnese e Exame Físico do Recém-
Nascido 
 
Definição 
• Particularidades da consulta? 
• Como realizar a anamnese? 
o Ver se tudo está em ordem 
o Confirmar o desenvolvimento psicomotor 
o Ter a sensibilidade da veracidade da história 
o Uma pessoa contando uma história de outra pessoa 
• Como realizar o exame físico? 
o Empatia 
o É mais complicado pela falta de controle/disponibilidade do 
paciente 
o Levar em conta o momento em que se encontram 
o Ter calma e dar o feedback para a mãe de tudo o que es-
tá ocorrendo 
• Chegada da criança? 
o Transição do ciclo 
o Dúvidas 
o Inseguranças 
o Questionamentos 
o Adaptações 
o Apoio da equipe para as dificuldades 
o Cada gravidez é diferente 
 
Anamnese 
• Com o responsável/mãe 
• Observar o comportamento do informante = indiferença X 
exagero 
o Destrinchar todas as queixas 
• Evitar artimanhas para obter consentimento ou facilitar exame 
o Segurar a criança 
• Deixar o paciente a vontade 
• Ouvir mais do que falar 
• Atenção a todas as fases do interrogatório 
• Checar informações obtidas estão corretas 
• Anotações no prontuário 
o Organização e letras claras 
• Roteiro: 
o Identificação 
 Identificar todos os dados do informante = ligação, in-
forma bem ou mal 
 Idade = meses/semanas/dias/horas de vida fazem di-
ferença = conferir com as habilidades 
• Prematuro tem que corrigir a idade gestacional, 
pois vai ter uma curva de desenvolvimento dife-
rente de uma que nasceu no tempo correto, ge-
ralmente corrige para 40 semanas 
• Tempo correto = 37 – 42 semanas 
o QP 
 Nem sempre tem, pode ser consulta de rotina 
 Sempre perguntar se tem queixa 
 Motivo e data de início 
 Identificar se tem ou não QP 
 Sempre usar como guia quando tiver 
o HMA/HDA 
 Ordem cronológica 
 Manifestação 
 Início 
 Evolução 
 Término 
 Caracterizar os sintomas = duração, frequência, inten-
sidade fatores de melhora e piora. 
o IDA: 
 Todos os aparelhos 
 Relacionar dados com a QP quando possível 
 Pode estar relacionado ou não com a QP 
 Muito relacionado com a anatomia 
 Conforme vai crescendo vai direcionando para as habi-
lidades 
 Olhos = se3creções, irritação, estrabismo, 
o HP: 
 Pré-natal 
 Dados neonatal 
 Crescimento e desenvolvimento 
 Alimentação 
 Parto 
 Aleitamento 
 Passado mórbido 
 Imunizações 
 Medicamentos 
 Hábitos e vícios = mais importantes em outras etapas. 
 
 2 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
o HF: 
 Composição familiar 
 Idade 
 Estado de saúde 
 Hábitos e vícios 
 Condições de vida 
 Doenças hereditárias 
o HS: 
 Condições socioeconômicas 
• Destaques: 
o Condições de vida: 
 Gestação 
 Tipo de parto 
 Local de parto 
 Peso ao nascimento 
 Idade gestacional 
 Intercorrências clínicas 
 APGAR 
 Período neonatal 
o Antecedentes familiares: 
 Gestações anteriores 
 Situações de vulnerabilidade: 
• Residente em área de risco 
• Baixo peso = < 2,500 g ao nascer 
• Prematuridade =< 35 semanas gestacionais 
• Asfixia grave 
• APGAR < 7 no quinto minuto de vida 
• Mae menor de idade ou baixa escolaridade 
• Historia familiar de morte em crianças < de 5 
anos 
• Aleitamento materno ausente ou não exclusivo 
• Gestão gemelar 
• Malformação congênita 
• > de 3 filhos morando junto 
• Ausência de pré-natal 
• Problemas familiares/socioeconômicos interfe-
rentes 
o APGAR: 
 Condições de vida do bebê após ao nascimento 
 Nota máx. 10 pontos 
 No primeiro e quinto minuto de vida 
 
• Consultas do RN: 
o Auxiliar a família: 
 Dificuldades no aleitamento 
 Orientar/realizar imunizações 
• Verificar sobre a 1° dose de BCG 
 Verificar a realização de triagem neonatal = exames 
• Pezinho = fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, 
hemoglobinopatias, fibrose cística, deficiências de 
biotinidase, hiperplasia congênitas suprarrenais, 
realizado no 3° - 7° dia. 
• Orelhinha = emissões de sons 
• Olhinho = oftalmoscópio direto, ver o reflexo 
vermelho, buscar manchas, cataratas 
• Linguinha = língua presa, atrapalha na amamenta-
ção e fala, frenectomia 
• Coraçãozinho = ver a saturação, dx de cardiopati-
as 
o Após 24 h de vida 
• Feitos na maternidade os demais testes = 24 – 
48 h após o nascimento e são realizados 
 Estabelecer/reforçar a rede de apoio à família 
 
Amamentação 
• Frequência entre mamadas 
• Livre demanda 
• Tempo de mamadas = esvaziar mamas 
• Uso de drogas 
• Envolvimento e apoio da família 
• Legislação 
• Observação da mamada = ex físico 
 
Exame físico 
• Lavagem de mãos = antes e após 
• Preparar e organizar para evitar omissões, reduzir estresse e 
preservar a temp. 
• Atenção e tempo 
• RN calmo 
• Tocado gentilmente 
• Termorregulação 
• Ambiente aquecido 
• Iluminação = para conferir a coloração do RN, icterícia ou 
manchas 
• Inicia por ações que estimulem menos o RN 
• Esquentar o esteto e a mão para não colocar gelado e não 
assustar o RN. 
• Deixar o que irrita mais o RN para o final da consulta 
• Contar frequência em 1 min pois pode ter alteração da FR 
 3 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
 
• Antropometria = ganho de peso diário, perímetro cefálico, 
comprimento, feito na pré consulta. 
• Pele: 
o Normal = corado 
o Cianótico 
o Pletórico = mais avermelhado, causado pelo aumento da 
hemoglobina 
o Ictérico = amarelado pela bilirrubina 
 Zonas de Kramer 
 
 Zona 1 = leve 
 Zona 2 – 5 = mais grave 
o Mancha mongólica = desaparece com o tempo 
o Vermix caseoso = massa branca de proteção, isolante tér-
mico e hidratante 
o Lanugo = pelos 
o Eritema toxico neonatal = lesões vermelhas com o centro 
amarelado, desencadeadas por irritante químico, amacian-
tes, loções corporais 
o Milium sebáceo = lesões no nariz 
• Impressão geral 
o Anexos = pelos, cabelos e unhas 
o Mucosas 
o Subcutâneo 
o Gânglios linfáticos 
• Fácies 
• Posição e decúbito preferencial 
• Comportamento 
• Estado nutricional 
• Hidratação 
• Segmento crânio caudal 
• Segmento cefálico – crâneo: 
o Fontanelas = dimensão/tensão 
 Medir e buscar alterações como abaulamentos ou ten-
são 
o Crânio é formado por tabuas ósseas que no canal de par-
to podem se sobrepor facilitando o parto 
o Suturas = junção das tabuas ósseas 
 Cavalgadas, disjuntas ou sobrepostas 
 
o Buscar alterações ou simetrias 
o Bossa sanguínea: 
 Edema de partes moles 
 Limites imprecisos 
 Não respeita o limite das suturas 
 Decorrente do toque, parto ou encaixe no canal vaginal 
 Vai ser reabsorvido 
 Sem conduta e volta ao normal 
 
o Cefalematoma 
 Vazamento de sangue no subperióstea da tabua óssea 
 Respeita o limite 
 Como se tivesse o líquido 
 Não tem conduta 
 Pode ser que fique ictérico 
 Vai ser reabsorvido 
 Por trauma ao nascimento 
 
• Segmento cefálico – face: 
o Olhos 
 Aspecto 
 Presença de estrabismo = normalmente até 6 meses 
 Edema 
 Secreção = conjuntivite química, recebem colírio de ni-
trato de prata para diminuir conjuntivites, diminui risco, 
mas irrita 
 Hemorragia pelo trabalho de parto 
 4 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
 Teste do olhinho = reflexo vermelho, detectar catara-
ta congênita (erro do metabolismo, infecções congêni-
tas, fica esbranquiçado e não vê a retina = leucocoria ) 
ou retinoblastoma (tumor de retina, mancha mais es-
cura) 
 
 Muito perto ou distante = hipo/hipertelorismo ocular 
o Orelhas: 
 Aspecto 
 Implantação = parte sup está alinhada com a fissura 
ocular 
 Apêndices pré-auriculares 
 orifícios 
 Alterações bilaterais = associadas com alterações de 
outros órgãos 
 Teste da orelhinha = avalia a audição, pela fonoaudiólo-
ga 
o Nariz: 
 Simetria 
 Massa 
 Má formação 
 Coriza 
o Boca: 
 Palato = formato, fendas, sempre palpar 
 
 Perolas de Ebstein =formações esbranquiçadas, acú-
mulos de células epiteliais que desaparecem em poucas 
semanas 
 Frênulo lingual = teste da linguinha = anquiloglossia, alte-
ra o aleitamento Avaliar o choro 
 Mucosa = sapinho, monilíase, higienizar/hidratar e 
procurar lesões 
 Em crianças maiores tem que ver dentição, faringe, 
amigdalas 
o Pescoço: 
 Não tem muitas avaliações 
 Lesões de pele 
 Torcicolo congênita 
 Manchas 
 
• Segmento torácico – ap respiratório: 
o Inspeção estática: 
 Forma 
 Simetria 
 Abaulamento 
 Retrações 
o Inspeção dinâmica: 
 Tipo respiratório 
 Ritmo 
 FR = 40 - 60 
 Apneia = não é normal mais do que 20 s 
 Respiração periódica 
o Palpação = alterações, expansibilidade, massas 
o Percussão = alterações dos sons 
o Ausculta = murmúrio vesicular e ruídos adventícios 
o Somente respira pelo nariz 
o Obstrução nasal pode interferir na amamentação = limpe-
za com soro fisiológico 
o Dificuldade respiratória = batimento de aleta nasal 
 
 Não tem muitas avaliações 
 
 
 
 
 
 
 5 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
 Boletim de Silverman-Anderson = desconforto respira-
tório - > de 6 já tem que intervir 
 
• Segmento torácico – ap circulatório: 
o Inspeção, palpação e ausculta: 
 FC = 100 – 160 BPM 
• Se for rítmico pode contar em menos tempo e 
multiplicar 
 Alterações de ritmo cardíaco 
 Presença de sopor = localizar e características 
 Vasos = pulsos em MS = braquial ou radial e MI = fe-
mural 
 PA = 
 Auscultar todo para checar se tem irradiação 
 Teste do coraçãozinho = cardiopatias 
• Segmento do abdome: 
o Inspeção = globoso ou semigloboso é recorrente, semies-
cavado ocorre em hernia diafragmática que as vísceras 
passam para o tórax 
o Ausculta = busca ruido hidroaéreos 
o Percussão = hepatimetria, som timpânico pela deglutição 
de ar 
o Palpação superficial = 
o Palpação profunda 
o Quando o paciente é tranquilo 
 Fígado e baço 
o Coto umbilical = tem estrutura gelatinosa após o corte, 
deve ser limpo com o álcool 70% até mumificar, quando 
está seco cai do 7° ao 10° dia de vida 
 Pode ter infeção secundaria devido aos maus cuida-
dos = onfalite = hiperemia, calor, dor e secreção féti-
da 
 Granuloma umbilical = pode ter durante a secreção, 
doloroso e deve ser cauterizado 
o Períneo e anus 
o Anomalias da parede abdominal = pode ter ddx no peé-
natal 
 Onfalocele = prominência das vísceras no umbigo co-
berto por uma fina membrana 
 Gastrosquise 
 
 
• Segmento do abdome: 
o Genital masculino 
 Meato uretral central do pênis 
 Hipospadia = meato para inferior/ ventra 
 Epispadia = meato para superior/dorsal 
 Necessita correção, programada 
 
 Fimose = fisiológica em RN 
 
 Palpar testículo 
 Presença de hidrocele = presença de líquido no saco 
escrotal 
 Criptorquidia = um dos testículos não desce 
 
o Genital feminino: 
 Grandes lábios e pequenos lábios 
 Clitóris = pode ter genitália ambígua, presença de ge-
nital masculino 
 Vagina 
 Uretra 
 Hímen perfurado = menarca 
 6 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
 Sangramento vaginal = pode acontecer após o nasci-
mento, decorre da queda dos níveis hormonais e não 
é patológico 
• Segmento esquelético: 
o Palpação da clavícula = presente fratura, observa irregu-
laridade, Rx para confirmar, sem sequelas 
 Não vai ter consequências se dx rápido 
 Evolução favorável 
o Teste Ortolani = dx luxação congênita de quadril, coxa e 
pernas com ângulo de 90° segurando na articulação fe-
moral-coxal e empurra para o rumo da mesa 
 
o Coluna vertebral = palpar uma por uma e deus espaços, 
meningoencefalite 
o Afastar as nadagas e verificar orifícios = pode ser espi-
nha bífida 
o Pé torto congênito = tem base óssea, necessita de inter-
venção cirúrgica 
o Polidactilia 
o Sindactilia 
 
• Segmento do sist. nervoso: 
o Hipotonia = bebê flácido, anoxia neonatal, Sd de Down 
o Tônus 
o Motilidade 
o Reflexos transitórios 
 De mouro = susto, abre e fecha os braços e choro 
 Magnus Clinig = movimento de esgrima 
 Preensão = toca as bases do dedo e ele segura 
 Marcha automática = coloca no chão e inclina o corpo 
para a frente e começa a dar passos 
 Cutâneo plantar em extensão 
 Sinal de Babinsk = reflexo no qual os dedos do pé se 
estendem e, em seguida, se abrem em um movimen-
to parecido com o de um leque. 
 Fuga asfixia = vira a cabeça para alguma superfície e 
o bebê se desvia fugindo da asfixia 
 
 Sucção = o dedo na boca ele suga ou se chega ma-
mando 
 Gatinhar/propulsão = bebê de bruços e ele propulsio-
na o corpo para frente 
o Mov. anormais 
o Marcos do desenvolvimento 
 
Amamentação 
• Avalia pela pega e posicionamento 
• Correto: 
o Posicionamento adequado: 
 Rosto de frente para a mama 
 Nariz na altura do mamilo 
 Corpo próximo ao da mãe 
 Cabeça e tronco alinhados 
 Bem apoiado 
o Posicionamento adequado: 
 Cobrir toda aréola, mais visível acima da boca 
 Quando a mãe tem muita mama se deve auxiliar e 
adaptar a posição 
 7 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
 
o Dificuldades: 
 Bebê não suga = tempo? Algo relacionado? História 
obstetrícia 
 Demora na apojadura = produção de leite, frequência 
 Pouco leite ou fraco 
 Anatomia desfavorável da mama = ver a amamenta-
ção, pega e posicionamento 
 Trauma mamilar = esfregar a mama durante o banho 
 Ingurgitamento mamário = leite empedrado, acúmulo 
de leite nas mamas, causando dor e aumento do vo-
lume das mamas 
 Mastite 
 Abscesso mamário

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