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•o núcleo é considerado o centro de controle das atividades da célula e também o local onde estão armazenadas as informações genéticas; •as funções desempenhadas por ele só são possíveis graças à presença de DNA (ácido desoxirribonucleico) em seu interior, pois são essas moléculas que possuem genes, que, por sua vez, são responsáveis pela síntese de proteínas; •além dessas funções, é no núcleo que ocorrem a síntese e o processamento dos diferentes tipos de RNA; •o núcleo é envolto por um sistema de dupla membrana chamado de carioteca. •uma dessas membranas é mais externa e permanece em contato com o citoplasma e com o retículo endoplasmático; •a carioteca, assim como a membrana plasmática, é formada por uma bicamada de fosfolipídios onde estão inseridas algumas proteínas; •essas membranas são perfuradas por pequenos poros que servem de porta de entrada e saída para algumas substâncias nucleares; •o núcleo é considerado o centro de controle das atividades da célula e também o local onde estão •vale destacar que o fluxo não é contínuo, uma vez que nesses poros existem proteínas com o papel de garantir seletividade, controlando o que entra e o que sai da célula; Núcleo CelularNúcleo Celular •no núcleo, encontra-se a cromatina, que nada mais é do que DNA associado à proteína histona e outros tipos; ••há dois tipos de cromatina: a heterocromatina e a eucromatina; •a primeira é muito compactada e, portanto, não realiza a transcrição dos genes; •a eucromatina, por sua vez, apresenta DNA não condensado, o que permite a transcrição, podendo ser considerada, portanto, a forma ativa da cromatina; •é possível perceber no núcleo a presença dos nucléolos, que são formações arredondadas, densas e formadas por RNA ribossômico e proteínas; •sua função principal é garantir a produção adequada de ribossomos, organelas relacionadas com a síntese de proteínas para a célula; •além das estruturas descritas, o núcleo é formado pelo nucleoplasma, também chamado de cariolinfa, que é uma solução aquosa onde estão imersos os nucléolos e a cromatina; •nessa solução também são encontradas enzimas, nucleotídeos, íons e moléculas de ATP; GeneGene •um gene é um segmento do DNA (ácido desoxirribonucleico) que contém a informação necessária para a produção de uma proteína específica (código), que poderá ser utilizada em um ou mais tipos de células; •os genes são os responsáveis por conter as informações do DNA e fazer a produção de síntese de moléculas de RNA; •as moléculas de mRNA são direcionadas para o citosol da célula e lá se ligam aos ribossomos para fazer a síntese de proteínas; •não são todos os genes que codificam proteínas (polipeptídios ou cadeias de aminoácidos), alguns fornecem informações para a construção de moléculas de RNA, como os RNA transportadores (tRNA) e RNA ribossômico (rRNA); •o gene é considerado a unidade fundamental da hereditariedade; •um organismo pluricelular é constituído de muitos genes, todas as suas células têm os genes iguais, o que as diferencia, é que os genes podem ser ativados ou desativados e, em alguns casos, permanecem ativados o tempo todo, por serem fundamentais para realizar as atividades da célula; •os genes estão localizados dentro dos cromossomos, em um lugar chamado locus gênico; •é importante saber que os genes nem sempre se apresentam iguais quando determinam uma mesma característica e estas formas alternativas são conhecidas por alelos; •desse modo, os alelos podem determinar a mesma característica em um indivíduo de maneiras diferentes, já que um gene pode ter alelos diferentes decorrentes de modificações ou pequenas mutações ocorridas em algumas partes do DNA; •em um indivíduo, a sua constituição genética, formada por um conjunto de genes que não podem ser modificados naturalmente, é denominada genótipo, enquanto as características mensuráveis e visíveis, que podem ser modificadas, são denominadas fenótipo; •o genótipo de um indivíduo representa a combinação de dois alelos, um proveniente do pai e o outro proveniente da mãe (exemplo: Vv, vv, VV); •o fenótipo é a expressão deste genótipo, determinado pelo gene e pela influência do meio ambiente (por exemplo: cor dos olhos, cor da pele, cor do cabelo); •para que cada característica do nosso corpo seja expressa, temos duas cópias de um gene (alelos) que podem dominantes (a presença de um único alelo é capaz de expressar determinada característica) ou recessivo (a característica somente é expressa com os pares de alelos); CromossomosCromossomos •os cromossomos são estruturas constituídas por uma molécula de DNA associadas a proteínas, formadas por um complexo conhecido por cromatina; •quando os filamentos do DNA e as proteínas estão soltos são as cromatinas e quando estas se unem, enroladas ou em forma de “X”, são denominadas cromossomos. E um cromossomo é dividido em cromátides (2), assim, cada cromátide é um pedaço do cromossomo; •alguns cromossomos são chamados ainda de cromossomos homólogos, dispostos em pares, isto significa que durante a divisão celular os pares de cromossomos herdados dos pais possuem informação genética semelhante; •em um cromossomo estão presentes milhares de genes diferentes, que determinam diferentes características e a frequência em que elas aparecem; Cromossomo. (1)Cromossomo. (1) Cromatídeo. Cada umCromatídeo. Cada um dos dois braçosdos dois braços idênticos dumidênticos dum cromossoma depois dacromossoma depois da fase S. (2) Centrômero.fase S. (2) Centrômero. O ponto de ligação deO ponto de ligação de dois cromatídeos, ondedois cromatídeos, onde se ligam osse ligam os microtúbulos. (3) Braçomicrotúbulos. (3) Braço curto. (4) Braço longo.curto. (4) Braço longo. •centrômero: região do cromossomo que se encontra mais condensada; •nesse local, ocorre a união das cromátides irmãs (cópias dos cromossomos duplicados) no fuso mitótico; •o centrômero divide o cromossomo em braços que podem ser longos ou curtos, conforme a sua posição; •os centrômeros podem ser classificados em: metacêntrico (o centrômero se encontra na posição mediana), submetacêntrico (o centrômero se encontra deslocado para um dos braços do cromossomo), acrocêntrico (o centrômero se encontra próximo da extremidade) e telocêntrico (o centrômero se encontra muito próximo à extremidade, parecendo que o cromossomo possui um braço único braço); Organização doOrganização do MaterialMaterial GenéticoGenético •a maioria dos genes está presente dentro dos cromossomos e que uma célula humana tem cerca de 25 mil genes (INSTITUTO ONCOGÊNESE, 2015); •o conjunto de genes de um ser vivo é caracterizado pela sequência completa da molécula de DNA, denominado genoma. •o estudo do genoma permite não só conhecer a anatomia molecular de um indivíduo e sua espécie, como também possibilitar o estudo e diagnóstico de doenças, síndromes, criação de medicamentos, técnicas de terapia gênica, testes genéticos, compreender o processo evolutivo, fornecendo diversas respostas ao campo da ciência; •os cromossomos de uma espécie têm aspecto e número de cromossomos característicos; •nos seres humanos observamos 23 pares de cromossomos (total de 46 cromossomos), sendo 22 pares de cromossomos autossomos (não sexuais), e um par de cromossomos sexuais ou alossômicos (representados por XX as fêmeas e XY os machos); •nas células somáticas humanas, em cada célula, podemos observar a presença de 46 cromossomos, dizemos que elas são diploides (2n), ou seja, têm dois cromossomos homólogos; •já as células germinativas (sexuais), são ditas haploides (n), pois têm apenas um cromossomo, não há cromossomos homólogos e são compostas por um total de 23 cromossomos, para que após a fecundação seja reestabelecido o número de cromossomos humanos, totalizando 46 cromossomos; •o genoma está localizado em maior quantidade nos núcleos das células dos organismos eucariontes, mas também aparece nas mitocôndrias e cloroplastos das células vegetais; •o DNA tem formato linear e aparece em grande número nos organismos eucariontes, onde são encontradas também proteínashistonas, importantes para a regulação dos genes; nos procariontes, a molécula do DNA é única e circular e graças à ausência de núcleo, o DNA está disperso no citoplasma; •a estrutura da molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico) e o seu mecanismo foram descritos em 1953 por James Watson e Francis Frick e esta é considerada uma importante descoberta para a ciência; •o modelo proposto por eles considera a molécula de DNA em formato de dupla-hélice, constituída por dois filamentos longos (cadeias de polinucleotídicas), enrolados em formato semelhante a um espiral; •os dois filamentos em formato de dupla-hélice se mantêm unidos pelas pontes de hidrogênio entre as bases de nucleotídeos; •os nucleotídeos são compostos de açúcares, um ou mais grupo fosfato e uma base nitrogenada; •no DNA, o açúcar dos nucleotídeos é uma desoxirribose ligada a um único grupo fosfato; •as bases nitrogenadas podem ser: purinas – adenina (A) e guanina (G), ou pirimidinas – citosina (C) e timina (T); •as bases nitrogenadas estão pareadas de forma complementar e o pareamento entre as bases na molécula de DNA sempre será de (A) com (T) e (C) com (G); Estrutura doEstrutura do DNADNA •as duas cadeias de nucleotídeos devem estar em posição antiparalela (com as polaridades opostas) ou polaridade inversa; •um filamento de nucleotídeo através de uma ligação covalente liga a extremidade 5́ com fosfato livre de uma fita com a extremidade 3̀ da fita adjacente, com hidroxila livre, denominada ligação açúcar-fosfato com polaridade 5́para 3'; •uma fita de DNA é complementar a outra, desta forma possuem duas fitas com uma sequência de nucleotídeos com sequências nucleotídicas complementares; •a molécula de DNA, o pareamento das fitas é feito entre as bases purinas e pirimidinas. •desta forma, sempre uma adenina será pareada com uma timina e sempre uma citocina será pareada com uma guanina; •a quantidade de A e T é sempre igual, assim como a quantidade de C e G. •mas a soma das bases A+T não precisa ser necessariamente igual a soma das bases C+G, em contrapartida, a soma da quantidade de nucleotídeos purínicos é sempre igual à soma da quantidade de nucleotídeos pirimidínicos. •entre as espécies, as quantidades de bases variam, mas todos os indivíduos de uma mesma espécie têm a mesma quantidade entre as bases nitrogenadas; •o modelo da estrutura do DNA permitiu a compreensão de muitos aspectos em relação ao DNA, por exemplo, como esta molécula pode ser copiada e como a célula utiliza as informações do material genético para a produção de proteínas; Replicação doReplicação do DNA e Síntese deDNA e Síntese de ProteínasProteínas •para que o DNA seja replicado é necessário a separação da dupla-hélice formadora da molécula de DNA em duas fitas-molde, com auxílio da enzima helicase de DNA, formando uma espécie de forquilha; •para que ocorra a síntese de novas fitas, são adicionados indicadores conhecidos como primers, que conduzem a síntese da fita; •os nucleotídeos das fitas-moldes precisam ser pareados por nucleotídeos complementares livres (que ainda não foram polimerizados), para serem incorporados à nova fita; •a polimerização desta nova fita é catalisada pela enzima DNA-polimerase, que polimeriza nucleotídeos utilizando como molde uma fita simples de DNA; •com isso, cada molécula de DNA tem duas fitas que servirão de molde para a formação de duas novas moléculas de DNA (compostas por uma fita da célula original e uma nova fita replicada), que serão destinadas às células-filhas; •este processo é conhecido como replicação semiconservativa; •as fitas novas de DNA, recém-sintetizadas, reestabelecem as ligações fosfodiéster entre os nucleotídeos com o auxílio da enzima DNA- ligase; •as novas moléculas de DNA, idênticas à célula- mãe são sempre polimerizadas na direção das extremidades 5́ para a extremidade 3́; •os números 5 e 3 determinam respectivamente, o quinto e o terceiro átomo de carbono presente na molécula de açúcar que compõe os nucleotídeos; •cada nucleotídeo é composto por uma molécula de açúcar com cinco carbonos; •o DNA não controla diretamente a síntese de proteínas, ele utiliza o RNA (ácido ribonucleico) como intermediário; •sendo assim, quando uma célula requer uma proteína específica, a molécula de DNA é inicialmente copiada sob a forma de RNA, processo conhecido como transcrição; •estas cópias de RNA são utilizadas como moldes para a síntese da proteína, processo denominado tradução; •o fluxo da informação genética nas células segue de uma molécula de DNA para uma molécula de RNA e, consequentemente, a formação de uma proteína; •este fluxo ocorre em todas as células e é conhecido como dogma central da biologia molecular; •a transcrição ocorre no núcleo das células eucariontes e em alguns casos nas mitocôndrias e nos cloroplastos (organelas com capacidade genética, além do núcleo); •o processo de transcrição ocorre de forma semelhante à replicação do DNA, no entanto, o resultado é uma molécula de RNA e a enzima que atua na transcrição é a RNA polimerase; •o RNA é composto pelas bases nitrogenadas adenina, guanina, citosina e uracila (U), esta última é inserida no lugar da timina, presente na molécula de DNA; •a fita de RNA é simples e ao ser transcrita, no lugar do pareamento das bases A+T, no RNA ocorre o pareamento das bases A+U; •a molécula formada será um RNA mensageiro (mRNA), que contém a sequência de nucleotídeos que será lida pelos ribossomos e traduzida em uma sequência de aminoácidos (proteína); •a molécula de DNA forma a fita do mRNA que será traduzida pelo ribossomo e irá sintetizar uma proteína; •a tradução do mRNA é feita pelo RNA transportador (tRNA), que traduz códons (trincas de nucleotídeos) presentes no mRNA em um aminoácido; •este processo ocorre no citoplasma e somente é iniciado quando é encontrado um códon específico, AUG, que dá início a síntese de proteínas; •durante a tradução, os códons são lidos da extremidade 5́ para a extremidade 3́ pelos tRNA; •os RNAs transportadores possuem um anticódon que se liga ao códon do mRNA correspondente, através do pareamento de bases. •os tRNA preenchem com os seus aminoácidos a cadeia de polipeptídios que vai sendo formada no ribossomo, até que a sequência de códons no mRNA seja UAA, UAG ou UGA, indicando o fim da tradução e a liberação da proteína ou em alguns casos da cadeia de polipeptídio que precisa sofrer algumas edições antes de se tornar uma proteína ativa; •cada códon tem quatro nucleotídeos repetidos, desta forma em 20 aminoácidos podemos encontrar 64 possibilidades de códons; •o código genético é formado por trincas de bases de códons, sendo universal, assim, em todos os organismos vivos os mesmos códons determinam os mesmos aminoácidos; •é no código genético que são encontradas todas as informações para o desenvolvimento e funcionamento dos organismos, uma vez que são capazes de passar informações genéticas de um indivíduo a outro e fazer a síntese de proteínas, essenciais para a vida e o funcionamento das células; História GenéticaHistória Genética e seu Impacto nae seu Impacto na SaúdeSaúde •o estudo da hereditariedade, ou seja, o estudo da genética, foi iniciado em 1865 com os experimentos e a formulação de leis fundamentais da herança biológica, propostas pelo monge austríaco Gregor Mendel, publicadas em 1866; •Mendel fez cruzamentos entre variedades de ervilhas, com o intuito de entender o motivo pelo qual o cruzamento entre híbridos gerava muitas diferenças entre os descendentes; •Mendel foi quem sugeriu pela primeira vez a existência de fatores independentes dos genitores serem transmitidos para a prole; •no entanto, na época, o trabalho de Mendel não foi reconhecido, por falta de conhecimentos e comprovações em relação à divisão celular e à estrutura do DNA; •mais tarde, foi constatado que o espermatozoide é composto por material nuclear, e os cientistas chegaram à conclusão de que o núcleo era o responsável pela hereditariedade; •em 1877, os cromossomos puderam ser visualizados dentro do núcleo e, somenteem 1900, os pesquisadores “redescobriram” os trabalhos de Mendel e puderam contribuir para a aceitação de suas ideias; •Walter S. Sutton, no início do século XX, em 1914, propôs a teoria cromossômica da herança, na qual se admitia que os fatores hereditários estavam localizados nos cromossomos. •ainda assim, foram anos tentando comprovar esta teoria. •os pesquisadores Hugo de Vries, Carl Correns e Erich von Tschermak aplicaram, em 1915, os princípios básicos da genética propostos por Mendel em uma variedade de organismos, com destaque a mosca; •Thomas Hunt Morgan, em 1926, publicou o livro da Teoria do gene, que indicava a herança ser decorrente de unidades transmitidas do genitor para o filho de modo ordenado, no caso, tratava-se dos genes localizados nos cromossomos; •todas estas tentativas de explicar os experimentos de Mendel tinham o intuito de comprovar cientificamente as semelhanças entre pais e filhos; •em 1945, o termo biologia molecular foi empregado pela primeira vez por William Astbury, se referindo ao estudo das estruturas das macromoléculas biológicas, tanto estruturas químicas quanto físicas; •foi em 1953 que o modelo da molécula de DNA foi proposto por James Watson e Francis Crick, apresentando o modelo tridimensional de dupla hélice do DNA; •com todos estes avanços, a genética possibilitou solucionar crimes e fazer testes de paternidade (técnica de fingerprint – impressão digital, específicos para cada indivíduo), mapear doenças, realizar aconselhamento genético, produzir alimentos transgênicos e clones, a partir da técnica do DNA recombinante (quando se isola um trecho do DNA e o combina com outro DNA, produzindo cópia deste novo trecho, gerando diferentes combinações deste material genético); HerançaHerança MendelianaMendeliana •a transmissão de características ocorre através da expressão do fenótipo de um gene, conhecida também por herança monogênica. uitos pesquisadores fracassaram em seus experimentos realizando cruzamentos com plantas e/ou animais e foi Mendel que obteve sucesso em seus trabalhos, uma vez que ele procurava compreender as características dos indivíduos, uma por vez, com o intuito de compreender o mecanismo e conseguir validar as suas regras na característica seguinte, enquanto os demais pesquisadores consideravam todas as características de uma única vez; •Gregor Mendel escolheu o material que apresentava características constantes, as ervilhas (Pinus sativum), para realizar seus experimentos e posteriormente tratar os dados; •a espécie escolhida é um vegetal de cultivo simples, com ciclo de vida curto (possibilita o estudo de diversas gerações), são plantas hermafroditas (permitem a autofecundação), têm diversidade de características morfológicas fáceis de observar (altura da planta, cor das flores, cor das sementes, textura das sementes); •Mendel postulou a existência de fatores hereditários (genes) nas células sexuais, que durante a formação de gametas deveriam se separar, e após a fecundação, ao invés de se fundirem, permaneciam lado a lado, podendo ou não se manifestar; •todos os resultados de Mendel foram baseados em análises estatísticas, pois ele não tinha o conhecimento sobre genes, tampouco como estes controlavam o fenótipo; •suas observações foram realizadas por meio de fatores hipotéticos, representados por símbolos, sem se preocupar ou saber onde estes fatores estariam localizados dentro de uma célula; •assim, Mendel foi o primeiro a dizer que existiam fatores independentes que eram transferidos para a prole através dos genitores; •para realizar o cruzamento, Mendel utilizou plantas de ervilhas com linhagem de sementes amarelas com plantas de ervilhas com linhagens de sementes verdes; •transferiu o pólen de uma planta para a outra, de forma a realizar o processo de autopolinização, garantindo linhagens puras – isto significa dizer que cada linhagem nunca havia cruzado com outra linhagem de cor diferente, e as denominou de geração parental (P); •após o cruzamento de ambas as plantas, foi observado que todas as plantas nascidas das linhagens puras (sementes verdes e sementes amarelas), possuíam sementes amarelas, independente do gênero dos genitores (femininos ou masculinos); •Mendel denominou esta geração de primeira geração filial (F1), todas compostas por sementes amarelas; •curioso com o fato de nenhuma planta “filha” ter apresentado sementes verdes, Mendel seguiu os seus experimentos; Primeira Lei dePrimeira Lei de MendelMendel •o próximo passo foi cruzar as plantas “filhas”, todas de sementes amarelas, entre elas; •a partir do cruzamento das plantas “filhas” híbridas, denominadas de segunda geração filial (F2), foi observado que a maioria das plantas “filhas” possuíam sementes amarelas, como esperado, no entanto, algumas plantas voltaram a apresentar sementes verdes, em uma parcela menor; •analisando os resultados, na geração F1 foi observado 100% de sementes amarelas no cruzamento, já na geração seguinte, F2, foi observado 75% de sementes amarelas e 25% de sementes verdes, na proporção de 3:1, isso significa dizer que a cada quatro plantas observadas, três apresentavam sementes amarelas (característica dominante) e uma apresentava semente verde (característica recessiva); •alelos: formas alternativas de um gene, ocupam o mesmo loco (ou posição) no cromossomo homólogo (cromossomos que têm genes com características iguais); •genes dominantes: genes que determinam uma característica hereditária mesmo quando estão em dose simples, ou seja, sozinhos; •genes recessivos: genes que se expressam somente quando estão em dose dupla, pois quando acompanhados de um gene dominante eles se tornam inativos; •homozigoto (puro): quando possui dois alelos iguais em cromossomos homólogos; •heterozigoto (híbrido): quando possui dois alelos diferentes em cromossomos homólogos; •Mendel realizou os experimentos observando outras características, como a cor das flores, as características da textura das sementes, dentre outras, e para todas obteve os mesmos resultados, que culminaram nas seguintes conclusões: •uma característica é determinada por um par de fatores hereditários: os fatores hoje são conhecidos por genes, e suas versões são os alelos; •por exemplo, existem fatores que determinam a cor amarela da semente e outros que determinam a cor verde; •o par de fatores que determina uma característica é herdado da mãe e do pai: desta forma o organismo recebe dois alelos, um da mãe e outro do pai, e eles serão expressos dependendo da sua dominância ou recessividade; •os indivíduos transmitem apenas um fator em cada gameta: desta forma, os fatores se separam durante a formação dos gametas, cada gameta possui apenas um alelo; •a primeira lei de Mendel ficou conhecida pela segregação dos fatores durante a formação dos gametas; •na época, ele não tinha o conhecimento de genes e cromossomos, mas por meio dos seus trabalhos foi possível compreender posteriormente que os pares de genes são segregados, e estes estão presentes nos cromossomos; •nas células eucariontes esta segregação ocorre durante a etapa da meiose da divisão celular; Segunda Lei deSegunda Lei de MendelMendel •Mendel passou a estudar a transmissão de duas características das ervilhas, a cor da semente (amarela e verde) e a forma das sementes (lisa ou rugosa); •com base em seus experimentos, ele sabia que a cor amarela era dominante em relação à cor verde, assim como o formato liso da semente era dominante em relação ao formato rugoso; •Mendel realizou o cruzamento entre duas linhagens puras com características distintas (plantas homozigotas), uma planta com sementes amarelas e lisas (determinadas pelo genótipo VVRR) e a outra com sementes verdes e rugosas (vvrr); •na geração F1, Mendel obteve 100% dos indivíduos heterozigotos para ambas as características (VvRr), plantas com sementes amarelas e lisas; •na geração seguinte (F2), realizado o cruzamento entre duas plantas da geração F1 (diíbridas), os resultados obtidos foram plantas com fenótipo semelhantes às plantas “pais” (geraçãoparental), e dois novos fenótipos, plantas com sementes amarelas e rugosas e plantas com sementes verdes e lisas; •a proporção fenotípica observada foi de 9:3:3:1, assim, a cada 9 plantas em um total de 16 plantas apresentavam sementes amarelas e lisas (56%); três apresentavam sementes amarelas e rugosas (por volta de 18%); outras três apresentavam sementes verdes e lisas (por volta de 18%); e apenas uma a cada dezesseis, apresentava semente verde e rugosa (em torno de 6%); •a partir destes resultados, e vários outros testes aplicados, Mendel concluiu que os alelos são segregados de maneira independente durante a formação do gameta, isto significa dizer que um ou mais fatores (características) são distribuídos de maneira independente e se combinam ao acaso na formação do gameta; •assim, a reprodução entre indivíduos possibilita a combinação gênica a partir da segregação dos gametas, favorecendo a diversidade de espécies; •a segunda lei de Mendel, também conhecida por diibridismo, refere-se à herança condicionada por dois pares de alelos diferentes e independentes que determinam duas características diferentes em um mesmo indivíduo; •Gregor Mendel é considerado o pai da genética clássica, podemos dizer que a genética clássica é anterior à descoberta do DNA, e as bases teóricas para a compreensão da hereditariedade e para a genética moderna são subsidiadas pelas leis de Mendel; •a partir dos cruzamentos da geração parental é possível prever possíveis características esperadas para o nascimento da prole, determinar a probabilidade de um determinado genótipo ou fenótipo acontecer nas gerações seguintes; •desta forma, nos permite compreender a transmissão de algumas doenças genéticas e até mesmo explicar a cor dos olhos ou dos cabelos de uma criança; Erros inatos doErros inatos do MetabolismoMetabolismo •os distúrbios genéticos, os quais correspondem, geralmente, a um defeito em uma enzima (proteína específica) produzida pelo organismo, podendo gerar a interrupção de alguma via metabólica, prejudicando portando a degradação, síntese, transporte ou armazenamento de moléculas em nosso organismo, ou de qualquer ser vivo, são conhecidos como erros inatos do metabolismo (EIM); •quando um alimento não é metabolizado corretamente, para gerar energia, pode ocorrer o acúmulo de substâncias intermediárias no organismo que podem causar o comprometimento de processos celulares, ou ainda gerar vários problemas de saúde para o indivíduo com EIM, como atrasos no desenvolvimento, por exemplo; •considerados a causa de doenças metabólicas hereditárias (DMH), os erros inatos do metabolismo representam aproximadamente 10% das doenças genéticas existentes; •as DMH são doenças que podem se manifestar em qualquer idade, afetando todo o organismo. •muitas vezes, por possuírem manifestações clínicas não específicas, e serem mais raras, o diagnóstico é mais difícil; •os erros inatos do metabolismo têm várias classificações, a de maior aplicação clínica adotada é a classificação em duas categorias: •Categoria 1: alterações que afetam apenas um órgão ou um sistema orgânico, os sintomas são uniformes e o diagnóstico é um pouco mais fácil; •podemos exemplificar com o sistema imunológico, os fatores de coagulação, os túbulos renais, eritrócitos, entre outros; •Categoria 2: engloba grande diversidade, são as doenças cujo defeito bioquímico acaba comprometendo uma via metabólica utilizada por diversos órgãos (doenças lisossomais) ou restrita a um único órgão (hiperamonemia), com manifestações humorais e sistêmicas; •o tratamento terapêutico para s DMH depende do erro inato do metabolismo que gera a doença, o acúmulo da substância que não está sendo sintetizada e o desequilíbrio bioquímico causado; •o controle geralmente é permanente, por meio de dietas, e em alguns casos é necessário transplante de medula óssea ou reposição de enzimas, sendo indispensável o aconselhamento familiar para conhecer o prognóstico do paciente e verificar a probabilidade de recorrência da doença; Genética doGenética do CâncerCâncer •a reação carcinogênica pode ser resultado de múltiplas etapas, envolvendo diversos genes, podendo estar relacionado a mutações gênicas e cromossômicas, com quebras, perdas, duplicações, translocações, com instabilidade genômica e mecanismos epigenéticos, em que os principais genes envolvidos são os proto- oncogenes, que são supressores de tumor, podendo se tornar um oncogene, desenvolvendo um câncer; •nossas células estão programadas para se desenvolver, crescer, se diferenciar e morrer, recebendo estímulos e sinais internos e externos, e qualquer evento que cause o desequilíbrio deste processo, desde os estímulos ao bloqueio da multiplicação celular, pode levar ao desenvolvimento de um câncer; •o diagnóstico dos genes envolvidos no câncer auxilia na compreensão acerca da doença, facilitando o tratamento; •os geneticistas têm desenvolvido várias estratégias para conter o câncer, e uma delas já estudadas por nós, é a morte celular programada ou apoptose; •a genética do câncer pode ainda ser hereditária, são afecções genéticas que se tornam mais comuns em indivíduos da mesma família; •a transmissão das neoplasias malignas ocorre de uma geração para a outra (transmissão vertical), sendo observado o padrão de herança mendeliano, geralmente autossômico dominante, com 50% de transmissão para os descendentes em cada gestação, não importando o sexo; Genética dosGenética dos GruposGrupos Sanguíneos ABOSanguíneos ABO •o sistema ABO, composto pelos diferentes tipos sanguíneos humanos, foi descoberto por Karl Landsteiner no século XX; •de grande importância para a medicina, permitiu compreender os princípios para a transfusão de sangue, auxiliando no salvamento de inúmeras vidas; •os tipos sanguíneos humano são codificados por três alelos múltiplos (IA, IB e i), que podem se combinar de seis diferentes tipos, determinando o tipo sanguíneo; •há uma codominância entre os alelos IA e IB, isso significa que ambos os alelos se expressam, ao mesmo tempo que há dominância destes dois alelos sobre o alelo i; •cada fenótipo de um grupo sanguíneo é caracterizado pela ausência ou presença de aglutinogênio (antígeno) e aglutinina (anticorpo), assim, um indivíduo com fenótipo A, possui aglutinogênio (proteínas presentes na membrana plasmática das hemácias) a, e aglutinina (anticorpo presente no plasma) anti-b, o indivíduo tipo O, não possui aglutinogênio e possui anticorpo anti-a e anti-b; •com isso, é possível testar o sangue antes de realizar uma transfusão, e é o que determina o princípio da transfusão de sangue, em que pode ser transferida uma certa quantidade total de sangue ou somente alguns de seus componentes, tais como plasma, plaquetas, leucócitos, hemácias, etc; •o tipo sanguíneo considerado receptor universal é o tipo AB, e o doador universal é o tipo sanguíneo O; •no sangue humano podemos encontrar outros antígenos, como o denominado sistema MN, com antígenos M, antígenos N e antígenos MN, não havendo dominância entre eles ou restrições quanto à transfusão sanguínea; •e o sistema Rh, determinado por um par de alelos R (dominante) e r (recessivo), com dominância completa; •os indivíduos que não possuem antígeno Rh, são consideradas com fator Rh- (negativo), e os indivíduos que possuem hemácias que se aglutinam, com antígeno Rh, são considerados com fator Rh+ (positivo); •desta forma, o fator Rh também é importante ser considerado nas transfusões sanguíneas, uma vez que pode haver incompatibilidade; •o tipo O- (negativo) pode ser doado para todos os tipos de sangue, no entanto só pode receber do mesmo tipo que o seu; •já o tipo AB+ (positivo) pode receber todos os tipos de sangue, mas só pode doar para o mesmo tipo que o seu; •os efeitos da consanguinidade ou endogamia (cruzamento de indivíduos com certo grau de parentesco) são muito altos, quando são estudados padrões de heranças de anomalias recessivas, uma vez que casais consanguíneos têm maior probabilidade de ter filhos homozigotos; •a endogamia aumenta a semelhançados indivíduos, podendo reduzir a fertilidade, sobrevivência, crescimento e aumentar as taxas de transmissão de doenças genéticas e infecções de outras doenças; •o grau de consanguinidade depende do grau de parentesco do cruzamento, podendo ser ascendente, incluindo pais, avós, bisavós, ou descendentes, incluindo filhos, netos e bisnetos; •ou ainda, transversal, incluindo irmãos, tios, primos, dentre outros; •quanto mais próximo o grau de parentesco, maiores são os riscos de efeitos negativos; Padrões clássicosPadrões clássicos e não clássicos dee não clássicos de HerançaHerança MonogênicaMonogênica •os padrões clássicos da herança monogênica, ou seja, herança determinada por um único gene, podem ser autossômicas ou ligadas ao cromossomo X, dominantes ou recessivas; •seguem a lei da segregação mendeliana, sempre em proporções fixas, e são expressos geralmente por heredogramas; •é importante saber que quando uma pessoa é designada como portadora do gene ou doença, significa que este indivíduo não tem a doença, ele tem o gene mutado e poderá transmiti-lo para os seus descendentes; •no entanto, quando dizemos que uma pessoa é afetada, ela não só possui a doença, como apresenta sintomas dela; Herança Autossômica DominanteHerança Autossômica Dominante •o fenótipo é notado em todas as gerações de uma família e todo indivíduo afetado possui um genitor afetado; •dominantes puros são muito raros; •o risco de um filho de um genitor afetado herdar o fenótipo e ser afetado é de 50%, independente do sexo de ambos os genitores ou dos filhos, e de 50% do filho não receber o gene mutado; •os genitores com fenótipos normais não transmitem para seus descendentes o fenótipo; Herança Autossômica RecessivaHerança Autossômica Recessiva •é caracterizada pela anomalia afetar na mesma proporção os indivíduos de ambos os sexos; •os genitores, neste caso, raramente são afetados, e os genitores de um indivíduo afetado têm 25% de probabilidade de gerar outro filho afetado, 50% de chance de gerar um filho portador do gene, sem ser afetado pela doença, e outros 25% de probabilidade de o filho não receber genes mutados; •um casal afetado gera somente filhos afetados, já casais compostos por um afetado e um não afetado, geralmente geram filhos não afetados; •as doenças recessivas são mais surpreendentes para as famílias, pois geralmente os pais de um filho afetado são portadores não afetados e a doença muitas vezes não aparece por várias gerações; •algumas doenças conhecidas são o albinismo, a anemia falciforme e a fibrose cística; •em geral, como as doenças ligadas ao cromossomo X são transmitidas pelo próprio cromossomo X, os homens são afetados e as mulheres são portadoras, no entanto não são afetadas; •as mulheres portadoras acabam transmitindo a doença para os seus filhos homens; •no caso da dominância, quando a mulher é afetada e o homem não afetado, os filhos do casal têm 50% de chance de herdar o fenótipo da doença; •já no caso do homem afetado e a mulher não afetada não geram filhos homens afetados, e as filhas são afetadas; •como exemplo podemos citar o raquitismo hipofostatêmico; •na herança recessiva ligada ao sexo, a incidência da doença em homens é superior; •o cruzamento entre um homem afetado e uma mulher não afetada, o homem transmite o cromossomo X afetado para todas as suas filhas mulheres, que serão portadoras; •já os filhos homens serão todos não afetados; •quando ocorre o cruzamento de um casal, em que o homem é não afetado e a mulher portadora, a probabilidade é de 50% de chance de os filhos homens serem afetados e as filhas mulheres serem portadoras; Heranças Monogênicas LigadasHeranças Monogênicas Ligadas ao Sexoao Sexo •dentre as heranças ligadas ao sexo, há também a herança restrita ao sexo, relacionadas ao cromossomo Y, conhecidas também por genes holândricos; •os genes holândricos são herdados de pai para filho, como a hipertricose (doença que apresenta pelos longos e grossos na orelha masculina); •há também as heranças influenciadas pelo sexo, que podem ser expressas em ambos os sexos, no entanto elas se comportam de formas diferentes, como a calvície (caracterizada pela perda gradual de cabelo), o gene é dominante nos homens e recessivo nas mulheres; •os padrões não clássicos da herança mendeliana são considerados variações às regras de Mendel, envolvendo a interação de alelos de um único gene; •a sequência de um gene pode ser alterada de diferentes modos, cada forma produzindo um alelo mutante; •algumas destas variações mendelianas já foram citadas, como é o caso de codominância, em que dois alelos diferentes podem ser expressos simultaneamente quando estão presentes, o conjunto dos dois alelos irá expressar o fenótipo do indivíduo, como ocorre no sistema sanguíneo ABO; Dominância IncompletaDominância Incompleta •é uma outra variável de expressão, quando dois alelos produzem um fenótipo intermediário quando ambos estão presentes, desta forma nenhum deles determina o fenótipo completamente, como ocorre quando há dominância completa; •um exemplo é o que ocorre com a espécie de plantas, conhecida como boca-de-leão: há uma planta homozigota que produz flores vermelhas e outra planta homozigota que produz flores brancas, mas quando a planta é heterozigota, ao invés de um pigmento ser dominante em relação ao outro, ocorre a expressão de uma nova coloração, já que há a expressão dos pigmentos bancos e rosas em proporções menores, o heterozigoto expressa a cor rosa, caracterizada pela dominância incompleta; Alelos MúltiplosAlelos Múltiplos •quando Mendel em seus estudos priorizou dois alelos dos genes das ervilhas, observou que muitos genes são determinados por alelos múltiplos (ou também conhecido por polialelia), para determinar uma característica, como vimos no sistema sanguíneo ABO, em que os três alelos múltiplos (IA, IB e i) determinam um único gene, assim como o que determina a pelagem dos coelhos, em que são observados quatro tipos de genes alelos (C – expressa a cor da pelagem marrom ou cinza escuro, do coelho aguti ou selvagem; Cch – expressa a cor da pelagem cinza prateada, do coelho chinchila; Ch – expressa a cor da pelagem branca com algumas regiões do focinho e patas escuras, do coelho himalaia; e, por fim, Ca – expressa a cor da pelagem completamente branca, do coelho albino); •mas é importante ressaltar, que neste caso de alelos múltiplos há uma dominância entre os alelos, no caso da pelagem, a dominância pode ser expressa da seguinte forma: C > Cch > Ch > Ca; NanismoNanismo •na acondroplasia ou nanismo, que é ocasionada por uma mutação genética, os indivíduos apresentam pernas e braços mais curtos em relação ao tronco e a cabeça. •para esta doença, quando os genes aparecem em homozigose dominante, ocorre a morte do embrião antes mesmo do nascimento, chamado de genes letais. •caso o gene expresse apenas um alelo, ocorre o nanismo; PleiotropiaPleiotropia •quando várias características diferentes são afetadas por um par de alelos (gene), diferenciando das interações gênicas em que, em geral, vários genes determinam uma única característica, chamamos de pleiotropia; •nos humanos, podemos exemplificar a pleiotropia com a doença fenilcetonúria, caracterizada por uma falha cromossômica na tradução de uma enzima que auxilia no metabolismo do aminoácido fenilalanina no fígado, provocando diminuição na capacidade intelectual do indivíduo, diminuição da pigmentação da pele, assim como diminuição na quantidade de pelos; •a anemia falciforme, que atinge os glóbulos vermelhos, provocando uma alteração anatômica e acarretando uma série de problemas, também é considerada uma pleiotropia; PenetrânciaPenetrância •penetrância refere-se à expressão ou não de um gene, isto é, quantas pessoas com um gene apresentam o traço associado ao gene; •a penetrância pode ser completa (100%) ou incompleta (p. ex., 50% quando apenas metade dos indivíduos apresenta o traço); ExpressividadeExpressividade •expressividade determina o quanto o traço afeta ou quantas características do traçoaparecem indivíduo; •expressão, que pode ser estabelecida em porcentagem, varia de completa a mínima ou pode não estar presente; •vários fatores, incluindo constituição genética, exposição a substâncias lesivas, outras influências ambientais e idade podem afetar a expressividade; •tanto a penetrância como a expressividade podem variar: indivíduos com o gene podem ou não apresentar o traço e em indivíduos com o traço, a forma de expressão do traço pode variar; HeterogeneidadeHeterogeneidade AlélicaAlélica •a heterogeneidade alélica é a capacidade de diferentes mutações no mesmo gene de causar a mesma doença; •em outras palavras, a heterogeneidade alélica é a produção de um fenótipo semelhante por diferentes alelos dentro do mesmo gene;
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