Buscar

Isquemia Mesentérica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO E ETIOLOGIA 
O abdome agudo vascular é causado por uma doença 
isquêmica gastrointestinal. A isquemia mesentérica é 
decorrente de vasoconstrição esplâncnica ou da 
oclusão arterial ou venosa mesentérica, gerando má 
perfusão do território esplâncnico. 
 Oclusão venosa: Pode ocorrer por trombose 
venosa; 
 Oclusão arterial: Pode ocorrer por trombose 
arterial, embolia arterial ou vasoespasmo; 
 Não oclusiva: Vasoespasmo ou baixo débito; 
Embolia Arterial tem origem cardioembólica, sendo a 
fibrilação atrial a principal causa e é a forma mais 
comum. 
Trombose Arterial Mesentérica tem origem na 
doença ateromatosa e síndrome metabólica. 
Trombose Venosa Mesentérica tem relação com 
estados de hipercoagulabilidade, como a Síndrome 
Anticorpo Antifosfolípide ou doenças 
reumatológicas/hematológicas. 
Vasoespasmo pode ser decorrente do uso de drogas 
(cocaína, digitálicos, anfetamina, droga vasoativa) ou 
vasculites mesentéricas. 
ANATOMIA VASCULAR ABDOMINAL 
Principais artérias abdominais: Tronco celíaco, a. 
mesentérica superior e a. mesentérica inferior. 
 Tronco celíaco: Irriga o estômago ao ângulo 
duodenojejunal de Treitz, no tubo digestivo, 
bem como fígado, vesícula biliar, pâncreas e 
baço. 
 Principais ramos: a. gástrica esquerda, 
a. esplênica e a. hepática comum. 
 A. Mesentérica Superior: Irriga o tubo 
digestivo do ângulo de Treitz ao terço médio 
do cólon transverso. É a mais acometida pelos 
êmbolos de origem cardíaca na isquemia 
mesentérica. 
 Principais ramos: a. 
pancreatoduodenal inferior, a. cólica 
média, a. cólica direita e a. 
ileocecoapendicocólica. 
 A. Mesentérica Inferior: Irriga o terço distal 
do cólon transverso ao reto superior. 
 Principais ramos: A. cólica esquerda, 
a. sigmoideanas e a. retal superior. 
 
QUADRO CLÍNICO 
Dor abdominal aguda, súbita, intensa, mal 
caracterizada e pouco localizada. Dor em “aperto” ou 
“em pontada”. 
Sintomas associados: Queda do estado geral, náuseas 
e vômitos, mal estar e evacuação 
mucossanguinolenta. 
 
Exame Físico: Abdome inocente, sinais inespecíficos 
(distensão ou RHA reduzidos?). 
Dissociação entre sintoma vs sinal, queixa vs exame 
físico e dor relatada vs dor detectada – marcante do 
abdome agudo vascular. 
Gravidade: Variável, tendendo a grave; Sepse; 
Disfunções orgânicas; 
Apresentação crônica: Oclusão crônica arterial ou 
venosa – “claudicação mesentérica” (ou angina 
intestinal) caracterizada dor ao comer e 
emagrecimento. 
Laboratório: 
 Provas inflamatórias elevadas: PCR e 
leucocitose. 
 Isquemia visceral: LDH, CK e amilase. 
 Gasometria arterial: Acidose metabólica com 
elevação do lactato. 
 Gravidade: Queda Hb, hemoconcentração e 
azotemia. 
Imagem: 
 Angiotomografia de abdome: Oclusão 
arterial, oclusão venosa e espessamento da 
alça. 
 Complicações: Pneumatose intestinal, 
pneumoportia e pneumoperitônio. 
 
Espessamento de Alça: Sinal do Alvo 
 
Alças edemaciadas, evidenciando a área afetada 
 
Oclusão arterial 
 
Oclusão arterial 
 
Oclusão venosa 
 
Pneumatose intestinal: alça inviável 
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO 
 Embolia arterial: Cardiopatia, sem outros 
antecedentes e súbito. 
 Trombose arterial: Arteriopata, 
coronariopata, doença cerebrovascular, 
claudicação mesentérica prévia e agudização 
(quadro súbito). 
 Trombose venosa mesentérica: Estado de 
hipercoagulabilidade, mulher jovem, doença 
reumatológicas, SAF e TVP de repetição. 
 Vasoespasmo: Drogas ilícitas. 
 Baixo débito: Choque circulatório. 
PRIMEIRO ATENDIMENTO 
 Estabilização; 
 Reanimação volêmica; 
 Correção: Ácido-básico e eletrolíticos; 
 Antibióticos; 
 O2; 
 Drogas vasoativas; 
Padrão: 
 Laparotomia exploratória; 
 Avaliação intraoperatória: viabilidade? 
 Ressecção de alças irrecuperáveis; 
Racional: 
 Oclusão de vasos distais; 
 Isquemias segmentares; 
 
Alternativas: 
 Isquemias extensas; 
 Isquemias leves; 
 Anticoagulação plena, sistêmica, trombose de 
veia porta. 
 Tromboembolectomia: cirúrgica, 
radiointervencionista; 
 Fibrinólise endovascular; 
 Vasodilatador endovascular – vasoespasmo; 
ARTERIOGRAFIA E ISQUEMIA 
MESENTÉRICA 
 
 “Exame” padrão ouro; 
 Esteve em desuso como exame; 
 Retorna como terapia: 
 Tromboembolectomia; 
 Trombólise; 
 Vasodilatador – vasoespasmo;

Continue navegando