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Prescrição de Exercício para Grupos Especiais

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Prescrição de Exercícios 
para Grupos Especiais 
Carlos Eduardo Cossenza Rodrigues
CREF1 000014 –G/RJ
. Graduado em Educação Física (1976)
. Pós graduado (lato sensu) em Marketing Desportivo (1990)
. Mestre em Ciência da Motricidade Humana (1999-2001)
. Autor de 9 livros e coautor de 5
. Professor de diversos cursos de pós graduação
. Trabalhos apresentados em Congressos Nacionais e 
internacionais
. Palestrante em diversos cursos
. Foi professor da UCB e do IBMR
. Professor da Estácio de Sá tendo ministrado aulas nos Campus 
Rebouças, Akxe e Niterói; foi coordenador de EF dos Campus R9 
e Niterói; foi Diretor do Curso de EF;
. Diretor Acadêmico da Unisaude Educacional
. Foi Presidente do Conselho Regional de EF (CREF1 RJ/ES)
Procedimentos de Avaliação
A composição das notas para efeitos d avaliação considerará o aprimoramento do 
discente no que tange ao seu desempenho nas atividades em classe ( resenhas, 
seminários, pesquisa de campo ) e nas respectivas etapas Institucionais como: AV1; 
AV2; AV3. As notas serão compostas da seguinte forma: 
AV1 – avaliação conceitual (50%) e trabalho em grupo – seminário (50%)
AV2 – avaliação conceitual (80%) e trabalho – proposta pedagógica (20%)
AV3 – avaliação conceitual
SAÚDE
Desde 1997, com a publicação da resolução 218 do Conselho Nacional de Saúde, a Educação
Física já era reconhecida como integrante da área da Saúde.
Em março de 2020, os profissionais de Educação Física foram reconhecidos pela Classificação
Brasileira de Ocupações (CBO), sob o código permanente 2241-40, como “Profissional de
Educação Física na saúde”. Elaborada pelo Ministério da Economia por solicitação do
Ministério da Saúde, a descrição foi adicionada no sistema no mês de fevereiro. Ela faz com
que a categoria passe a integrar, formalmente, as equipes interdisciplinares nos Programas de
Atenção Básica do SUS, bem como possibilita a inclusão na Tabela de Prestação de Serviços do
SUS, permitindo aos profissionais desenvolver suas atividades com a respectiva remuneração
como as demais profissões da área da Saúde.
A descrição primária foi ampliada com a seguinte informação: “Estruturam e realizam ações de
promoção da saúde mediante práticas corporais, atividades físicas e de lazer na prevenção
primária, secundária e terciária no SUS e no setor privado”. Nas características do trabalho
também consta que o exercício das ocupações da família requer formação superior em
Educação Física, com registro no CREF.
Principais fatos que contribuíram para a valorização profissional:
1997 – Reconhecimento do Profissional de Educação Física entre as categorias de profissionais 
da Saúde pelo CNS
2008 – Inclusão do Profissional de Educação Física nas Equipes de Saúde da Família do Núcleo 
de Apoio à Saúde da Família (NASF)
2013 - Criação do Código Provisório 2241-E1 pelo Ministério da Saúde
2013 - CNS - Código CBO obrigatório para Profissionais na Academia da Saúde
2013 - Publicação da Lei 12.864, que inclui a atividade física como fator determinante e 
condicionante da saúde
2020 - Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) permanente do Profissional de Educação 
Física na saúde pelo Ministério da Economia
Definição dos pontos de Intercessão das Áreas da Saúde e a abrangência das profissões em
cada um deles, baseados na Resolução nº 1.627/2001.
FIEP BULLETIN - Volume 83 - Special Edition - ARTICLE II - 2013 
(http://www.fiepbulletin.net) 
Conselho Federal de Educação Física – CONFEF
4 de fevereiro de 2019
“Exercício é Medicina” é uma iniciativa focada em encorajar
médicos e demais profissionais da saúde a recomendar o
exercício físico aos seus pacientes. Para isso, o paciente
deve ser encaminhado ao Profissional de Educação Física. O
direcionamento faz parte da lista de Tendências Fitness
2019 do Colégio Americano de Medicina do Esporte
(ACSM).
10. Exercício como remédio
Tendências Fitness 2021 (ACSM).
07. Exercício como remédio
Código de Ética
Capítulo III
Das Responsabilidades e Deveres
Art.6° - São responsabilidades e deveres do Profissional de Educação 
Física:
IV – elaborar o programa de atividades do beneficiário em função 
de suas condições gerais de saúde;
ATESTADO MÉDICO NAS ACADEMIAS
De acordo com a Lei Estadual 6.765, publicada em 8 de julho de 2014, a
apresentação de atestado médico para a prática de atividades físicas em
academias, clubes e estabelecimentos similares deixou de ser obrigatória no
Estado do Rio de Janeiro.
QUESTIONÁRIO DE PRONTIDÃO PARA ATIVIDADE FÍSICA 
Este Questionário tem por objetivo identificar a necessidade de avaliação por
um médico antes do início ou do aumento de nível da atividade física.
http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/f25571cac4a61011032564fe0052c89c/26c6f776c5b6a89083257cd3005edbbd?OpenDocument
QUESTIONÁRIO DE PRONTIDÃO PARA ATIVIDADE FÍSICA 
Este Questionário tem por objetivo identificar a necessidade de avaliação por um médico antes do início ou do aumento de nível da 
atividade física. Por favor, assinale "sim" ou "não" às seguintes perguntas: 
1) Algum médico já disse que você possui algum problema de coração ou pressão arterial, e que somente deveria realizar 
atividade física supervisionado por profissionais de saúde? ( ) Sim ( ) Não 
2) Você sente dores no peito quando pratica atividade física? ( ) Sim ( ) Não 
3) No último mês, você sentiu dores no peito ao praticar atividade física? ( ) Sim ( ) Não 
4) Você apresenta algum desequilíbrio devido à tontura e/ou perda momentânea da consciência? ( ) Sim ( ) Não 
5) Você possui algum problema ósseo ou articular, que pode ser afetado ou agravado pela atividade física? ( ) Sim ( ) Não
6) Você toma atualmente algum tipo de medicação de uso contínuo? ( ) Sim ( ) Não 
7) Você realiza algum tipo de tratamento médico para pressão arterial ou problemas cardíacos? ( ) Sim ( ) Não 
8) Você realiza algum tratamento médico contínuo, que possa ser afetado ou prejudicado com a atividade física? ( ) Sim ( ) Não 
9) Você já se submeteu a algum tipo de cirurgia, que comprometa de alguma forma a atividade física? ( ) Sim ( ) Não 
10) Sabe de alguma outra razão pela qual a atividade física possa eventualmente comprometer sua saúde? ( ) Sim ( ) Não
É OBRIGATÓRIA ?
Avaliação postural – avaliação subjetiva que tem toda importância antes da prática de 
exercícios, principalmente de força, através desta o profissional pode perceber desvios posturais 
signifcativos como os da coluna vertebral, este tipo de avaliação exige experiência do 
profissional, lembrando que por se tratar de uma avaliação subjetiva, qualquer alteração que 
chame a atenção do profissional o mesmo deve encaminhar o cliente a um médico 
especialista para um diagnóstico mais preciso.
Avaliação diagnóstica ou estratificação de risco - refere-se a 
uma anamnese ou questionário específico a saúde do 
participante. 
Avaliação da composição corporal - determinação dos 
componentes corporais, massa muscular, massa óssea, massa 
residual, massa gorda (% gordura) 
Avaliação neuromotora – testes neuromotores que 
determinam qualidades físicas importantes (velocidade, força, 
flexibilidade, etc.)
Avaliação cardiorespiratória – testes utilizando ergômetros que 
classificam o nível de condicionamento físico do individuo, 
normalmente determinam parâmetros fisiológicos importantes 
como o volume de O2 e freqüência cardíaca. 
(Gama, 2012)
"Pacientes Saudáveis precisam de Médicos Saudáveis"
MOVIMENTO
MÉDICOS ATLETAS
(MULTIPROFISSIONAL/INTERDISCIPLINAR)
Legalidade (1998) X Legitimidade
É um atributo jurídico de qualquer ato
humano ou pessoa jurídica que indica se é
ou não contrário às leis, se está ou não
dentro do permitido pelo sistema jurídico,
seja expressamente ou implicitamente. Se
este atributo for positivo, diz-se que
é legal, caso contrário é ilegal.
É o critério utilizado para se
verificar se determinada norma
se adequa ao sistema jurídico
ao qual se alega que esta fazparte.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_jur%C3%ADdico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_jur%C3%ADdico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilegal
Introdução à Epidemiologia e atividade física
Introdução à Epidemiologia
A Associação Internacional de Epidemiologia (IEA) define a epidemiologia como o estudo
dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas sociedades
humanas. A epidemiologia se ocupa de compreender os problemas de saúde em grupos
populacionais, em geral em estudos envolvendo populações com grande número de
pessoas. Esse eixo da saúde pública identifica fatores e ações para a prevenção ou
profilaxia, fornece indicadores para o diagnóstico de doenças transmissíveis e não
transmissíveis e avalia o grau de correlação e casualidade entre diversos fatores e o
surgimento das doenças.
Os principais objetivos da epidemiologia, segundo a Associação Internacional de
Epidemiologia (IEA) são:
• Descrever a distribuição e o impacto dos problemas de saúde nas populações
humanas.
• Organizar bases de dados que sirvam para planejamento, execução e avaliação de
ações preventivas, controle e tratamento de doenças e identificação de prioridades
nas intervenções.
• Reconhecer e identificar fatores que originam as doenças e a característica de
evolução das mesmas no organismo humano.
Um epidemiologista estuda a distribuição da MORBIDADE representada pela
quantidade de portadores de determinada doença em relação à população total
estudada e MORTALIDADE. Esta, por sua vez, refere-se à quantidade de pessoas mortas
em determinada população, realiza testes de eficácia (poder de produzir determinado
efeito) e inocuidade (qualidade) de vacinas, desenvolve a vigilância epidemiológica e
analisa fatores ambientais socioeconômicos envolvidos diretamente como fatores de
casualidade de doenças.
Um modelo de estudo tradicionalmente utilizado nos estudos epidemiológicos é o da
“tríade epidemiológica” em que a inter-relação entre o agente, o ambiente e o
hospedeiro (ser humano) é investigada. Neste modelo, o ambiente influencia o agente
e o hospedeiro, e também a via de transmissão do agente a partir de uma origem
para o hospedeiro
Um dos casos mais emblemáticos em epidemiologia na história recente se relaciona ao
consumo do tabaco como fator causador do câncer de pulmão. A produção e o consumo
de tabaco caíram no gosto da população mundial ainda no século XVIII e o consumo de
cigarros e charutos aumentou drasticamente ao longo do tempo. No início do século XX, a
população americana, por exemplo, consumia cerca de 3,5 bilhões de cigarros e 6
bilhões de charutos por ano, atingindo um consumo médio, no ano de 1853, de 3500
cigarros por pessoa.
Alguns anos antes, pesquisadores ingleses fizeram um alerta sobre uma inesperada
epidemia que surgia lentamente ao identificarem que a incidência de câncer de
pulmão tinha aumentado quase quinze vezes nas duas décadas anteriores. A partir
desse alerta, um bioestatístico inglês, Bradford Hill, conduziu um estudo para
identificar o fator de risco de câncer de pulmão. Neste estudo, os pesquisadores
tiveram acesso aos hábitos de fumar, em relação à frequência, quantidade e outras
informações, de mais de 40 mil indivíduos, entre fumantes e não fumantes. Essas
pessoas foram acompanhadas por 29 meses, entre outubro de 1951 e março de 1954
e dentre os participantes deste estudo, foram registrados 789 mortes, das quais trinta
e seis foram atribuídas ao câncer de pulmão
31 de mai. de 2021 — Ao longo de todo mês de maio, a Secretaria
de Saúde promoveu uma campanha publicitária expondo todos
riscos do tabaco.
Quando os pesquisadores distribuíram essas mortes entre fumantes e não fumantes, a
correlação saltou aos olhos, porque todas essas 36 mortes ocorreram entre fumantes,
demonstrando de forma clara a relação de causa e efeito entre o tabagismo e o
câncer de pulmão.
A partir dessa breve história da epidemiologia, podemos perceber a importância
dessa ciência e desses métodos de observação na identificação de fatores, variáveis
e agentes causadores de doenças. Ao se estabelecer a relação de causa e efeito,
também fica clara a possibilidade de desenvolver estratégias que possam reduzir os
riscos à saúde, a morbidade e mortalidade, além de promover melhorias na qualidade
de vida da população.
28 de ago. de 2020 — Secretaria da Saúde
promove campanha sobre Dia Nacional Contra o Fumo.
O tabaco é a principal causa de câncer de pulmão e fator de
agravo
Número de fumantes cai 
40% no Brasil nos últimos 12 
anos
Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que 
as pessoas com o hábito de fumar passaram 
de 15,6% da população em 2006 para 9,3% 
em 2018. 
“Segundo um estudo recém-publicado (Secilha e col., 2021), se a
diminuição da ATIVIDADE FÍSICA (38%) e o aumento do 
COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO (28%) forem mantidos 
temporalmente, a estimativa dos casos de diabetes tipo 2 (DM2) e a 
mortalidade por todas as causas em todo o mundo terão um 
aumento entre 7,2 – 9,6% e 9,4 – 12,5%, respectivamente. Níveis mais 
baixos de ATIVIDADE FÍSICA também afetarão a saúde mental, 
aumentando a prevalência de ansiedade e depressão, sintomas 
que podem, no que lhe concerne, afetar a adoção de estilos de 
vida pouco saudáveis”.
(Fortes, 2021)
Indicadores e coeficientes de saúde
O levantamento de dados para a geração de informações é fundamental para a
compreensão da situação da saúde para que se estabeleçam estratégias de vigilância
epidemiológica. Esses dados podem ser registrados de forma contínua, como nos casos de
óbitos e nascimentos; de forma periódica, por meio de estudos de recenseamento da
população ou de forma ocasional, por meio de estudos com objetivos específicos que visem,
por exemplo, identificar a prevalência de doenças em certos grupos populacionais. 
Dentre os dados mais relevantes para fins epidemiológicos destacam-se informações gerais
sobre a população, dados socioeconômicos, ambientais, sobre os serviços de saúde,
informações sobre morbidade e sobre eventos vitais como o número de nascidos e de óbitos.
Neste sentido, indicadores de saúde são medidas que contêm informações relevantes sobre
o estado do sistema de saúde e sobre a população. A produção e utilização destes
indicadores são de responsabilidade de órgãos como o Sistema Único de Saúde (SUS) no
âmbito municipal, estadual e federal, o IBGE, instituições de ensino e pesquisa, ONGs, setores
de administração pública que produzem dados de interesses para a saúde e associações
técnico-científicas. 
Já o controle dos indicadores é feito pela Rede Interagencial de Informações para a Saúde
(RIPSA), que dentre seus propósitos, visa estabelecer dados e indicadores consistentes,
atualizados, abrangentes e de amplo acesso. A RIPSA ainda se propõe a aperfeiçoar a
produção de dados e informações, por meio da articulação de instituições, promovendo o
consenso sobre conceitos, métodos e critérios de utilização das bases de dados, muitas vezes
disponíveis on-line para consulta pública.
Os indicadores podem ser de dois tipos. Indicadores absolutos referem-se a números
específicos, como o total de pacientes com determinada doença ou o número de óbitos. Já
os indicadores relativos indicam coeficientes e índices. Geralmente os coeficientes são taxas
que representam o risco de determinado evento acontecer em uma população. Dentre esses
coeficientes, você deve compreender alguns indicadores que podem ser calculados, em
alguns casos, como a prevalência, incidência e letalidade, que podem ser inferidas de
diferentes maneiras, como indicado a seguir: 
• Prevalência = número total de casos / população exposta.
• Incidência = número de casos novos / população exposta. 
• Prevalência = incidência × duração da doença 
• Letalidade = número de mortes para determinada doença / número de indivíduos 
acometidospor essa mesma doença (mede a gravidade da doença).
Para calcular o coeficiente de mortalidade geral (CMG), você pode usar diferentes formas, 
dependendo do tipo de informação que se quer extrair. A fórmula básica pode ser feita da 
seguinte forma: 
CMG = Número de óbitos todas as causas em um ano X lugar Y x 1000 
População ano X lugar Y 
Existem outros coeficientes de mortalidade, como o coeficiente de mortalidade infantil ou de
mortalidade por causas ou índices importantes como o índice de mortalidade infantil que leva
em consideração o número de óbitos de crianças com menos de um ano de idade, frente ao
número total de óbitos de uma população. Finalmente agora, você poderá compreender o
significado e diferenciar esses conceitos tão importantes na área da saúde. Repare que a
MORBIDADE mede a quantidade de indivíduos doentes em um determinado local e ano e a
PREVALÊNCIA significa a frequência absoluta de casos, ou seja, o total de casos existentes de
um quadro. Perceba assim que para efeitos de comparação e avaliação de risco, você deve
usar o coeficiente de prevalência. Este permite medir a frequência de todos os casos da
doença registrados, sejam ainda em tratamento ou que acabaram de ser diagnosticados,
como novos casos em relação à população exposta. 
Neste sentido, um maior número de novos casos diagnosticados, a imigração de doentes e
a diminuição da mortalidade por doenças crônicas são fatores que aumentam a
PREVALÊNCIA. Em contrapartida, o aumento no número de óbitos, do percentual de cura e
a emigração promovem efeito contrário e reduz a prevalência de certo agravo à saúde.
Saúde e qualidade de vida
A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi criada pela Organização das Nações
Unidas (ONU) com o objetivo de elevar os padrões mundiais de saúde. Dentre as
ações da OMS, há a tentativa de possibilitar a centralização de temas abrangentes;
incluindo a qualidade de vida e a saúde, assuntos impossibilitados de serem
independentes entre si. A OMS, por meio do Programa de Saúde Mental, propôs a
criação de um instrumento, através de um questionário (WHOQoL) que permite
avaliar diferentes aspectos que influenciam diretamente a saúde e a qualidade de
vida.
De maneira simplificada, a saúde pode ser definida como a ausência de doença e
neste sentido, a boa saúde está diretamente relacionada à manutenção de
equilíbrio de parâmetros fisiológicos que possam garantir o bom funcionamento de
todos os órgãos, sistemas e tecidos de um organismo, garantindo que todas as
funções vitais ocorra adequadamente. Assim, a saúde de um indivíduo é
influenciada pela própria biologia humana
Em contrapartida, segundo a OMS “a saúde pode ser definida não apenas como a
ausência de doença, mas também inclui o bem-estar social, psicológico, ambiental, físico
e mental” e assim a saúde não é influenciada apenas por fatores biológicos, mas também
por variáveis ambientais, sociais e relativas ao estilo de vida. Você deve saber que a boa
alimentação, a prática regular de exercícios físicos orientados e o bem-estar emocional
são fatores determinantes para a manutenção do equilíbrio do estado de saúde. Já a falta
de acesso a serviços básicos de saúde, a exposição a situações precárias, como a falta
de saneamento básico e acesso à água potável podem influenciar negativamente a
saúde de um indivíduo ou de uma comunidade.
Boa alimentação
Prática regular de 
exercícios físicos 
orientados 
Teoria da transição epidemiológica
A transição do cenário epidemiológico brasileiro, que sofreu importantes
modificações no último século. Um indicador conveniente para avaliar as
condições de vida e o modelo de desenvolvimento de uma população é o perfil
de morbidade e mortalidade.
A teoria da transição epidemiológica é classificada em três estágios sucessivos da
mudança dos padrões de morbidade e mortalidade:
- Idade das pestilências e fome
- Idade das pandemias reincidentes
- Idade das doenças degenerativas
A transição epidemiológica pode ser compreendida como as mudanças ocorridas ao
longo do último século nos padrões de mortalidade, morbidade e invalidez para
determinada população e é geralmente acompanhada por modificações em
padrões socioeconômicos, tecnológicos, demográficos de uma sociedade. 
De acordo com a teoria da transição epidemiológica, há uma evolução progressiva
na mudança do perfil de mortalidade, em que no início do século passado, as altas
taxas de mortalidade eram atribuídas às doenças infecciosas e ao final deste
século, as causas de óbitos predominantes passam a ser as doenças
cardiovasculares, as neoplasias, as causas externas e outras doenças crônicas não 
transmissíveis (DCNT’s). 
Doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs)
A partir da abordagem anterior, você deve imaginar que um dos grandes desafios
de saúde para esta e as próximas décadas são as doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT’s). Elas representam uma grande ameaça para a qualidade de
vida de indivíduos em todo o globo, causam enormes gastos no sistema de saúde e
apresentam altos índices em morbidade e mortalidade. 
As DCNT’s foram agrupadas deste modo pela característica multifatorial e
associação com fatores de risco modificáveis, como sedentarismo, tabagismo,
abuso de bebidas alcoólicas, sobrepeso e obesidade (IMC > 25 kg/m2), as
dislipidemias, além dos fatores de risco não modificáveis, como hereditariedade,
sexo, idade e etnia. 
.
IMC = Massa corporal (Kg)
Estatura² (m)
Valor de IMC Kg/m² Índice de Mortalidade Classificação da obesidade
20 – 24,9 BAIXO Limite desejável para um 
homem ou mulher adulto
25 – 29,9 MODERADO Grau 1 de obesidade
30 – 40 ALTO Grau 2 de obesidade
> 40 MUITO ALTO Grau 3 de obesidade
(Guedes & Guedes, 1998)
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL
Não ultrapassar 102 cm H e 88 cm M 
As principais DCNT’s que apresentaram grande aumento de
incidência e prevalência no mundo globalizado e industrializado incluem as
doenças metabólicas como o diabetes melito (DM), as doenças cardiovasculares
(DCV), doenças respiratórias crônicas, neoplasias e doenças musculoesqueléticas
O diabetes melito (DM) tipo II é considerado hoje uma epidemia mundial, ocorrendo
paralelamente à epidemia de obesidade e do sedentarismo, e representando um
grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo, afetando a qualidade
e a expectativa de vida, devido a diversas complicações funcionais. 
No Brasil, estima-se que 45,7% da população acima dos 45 anos de idade referem
ter DM II. 
Nos indivíduos assintomáticos com mais de 40 anos e sem outros fatores de risco, o 
rastreamento para DM II deve ser realizado por meio da dosagem dos níveis de
glicemia em jejum, podendo ocorrer a cada três anos.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é o maior fator de risco para a doenças 
cardiovasculares, estando diretamente correlacionada ao aumento da 
incidência de infarto agudo do miocárdio e acidentes vasculares. Estima-se 
que, no ano de 2008, 63% das mortes no mundo se deveram às DCNT’s, e 
dentro dessa realidade asdoenças cardiovasculares apresentam a maior 
prevalência, respondendo por 48% de todas as DCNT’s. O número total de 
mortes atribuído as DCNT’s para o ano de 2008 foi de cerca de 36 milhões de 
óbitos. Em adultos brasileiros, com mais de 40 anos, tem-se encontrado uma 
prevalência de HAS de 35%. Estudos epidemiológicos aliados à utilização de 
exames de rastreio permitem a detecção precoce da HAS e assim, favorecem 
o início do tratamento adequado ou medidas profiláticas, promovendo 
grande redução na morbidade e mortalidade.
As neoplasias também apresentam destaque neste cenário, os casos de câncer, no
ano de 2008, foram responsáveis por 21% dos óbitos decorrentes às DCNT’s.
Estimativas em escala mundial indicam que no ano de 2012, foram referidos 14,1
milhões de novos casos de câncer com 8,2 milhões de óbitos. As maiores taxas de
incidência ocorreram em países desenvolvidos, incluindo países da EuropaOcidental e da América do Norte, mas à medida que a transição epidemiológica
ocorre nos países em desenvolvimento, como o Brasil, esse cenário tende a se tornar
mais incidente. 
Brasil terá 625 mil novos casos de câncer a 
cada ano do triênio 2020-2022
Instituto Nacional de Câncer, 2020
A obesidade estará entre os principais fatores de risco
para o desenvolvimento de 11 dos 19 tipos mais 
frequentes na população brasileira.
Comportamentos não saudáveis como fumar, consumir 
bebidas alcoólicas, sedentarismo e manter dieta pobre 
em vegetais também aumentam o risco de 10 tipos da 
doença.
Estimativas de novos casos de câncer, em homens, para 2020/2022
Estimativas de novos casos de câncer, em mulheres, para 2020/2022
Esses tipos de neoplasias são enfermidades que apresentam correlação direta com
o estilo de vida, em que a atividade física insuficiente, o tabagismo e os maus
hábitos alimentares estão intimamente ligados ao desenvolvimento destes quadros.
As neoplasias podem ser classificadas em benignas e malignas. 
As neoplasias benignas, também chamadas 
de tumores benignos, apresentam limites nítidos, possuem 
crescimento lento, não invadem tecidos adjacentes e não são 
capazes de provocar metástases. 
As neoplasias malignas, também chamadas de tumores malignos 
ou câncer, apresentam limites pouco definidos, crescem 
rapidamente e são capazes de invadir tecidos e provocar 
metástase
A partir do conhecimento da prevalência dos fatores de risco para as DCNT’s, se 
percebe um grande componente de natureza comportamental que explica o 
surgimento desses agravos à saúde, incluído a dieta, o tabagismo, o abuso de 
bebidas alcoólicas, drogas lícitas e ilícitas e o sedentarismo. Perceba também que, 
devido à natureza diversificada dos fatores de risco, há a necessidade 
multidisciplinar nas ações preventivas que podem ter grande eficácia, impactando 
a prevalência destes quadros, bem como a redução dos custos dos sistemas de 
saúde. Neste sentido, a atividade física adequada, orientada por profissionais 
capacitados representa um meio de promoção da saúde. Muitos estudos, nas últimas 
décadas têm demonstrado, de forma consistente, que a boa aptidão física e níveis 
adequados de atividade física estão associados à redução no risco de doença 
arterial coronariana, DM, HAS e câncer.
Epidemiologia, atividade física e saúde
Portanto, os benefícios da atividade física para a promoção da saúde são bem estabelecidos 
e além de reduzir o risco da doenças mencionadas anteriormente, a atividade física ainda é 
capaz de promover efeitos positivos sobre a saúde mental e retardar o desenvolvimento de 
quadros de demência, além de auxiliar na manutenção adequada da massa ou do peso 
corporal
Arg Neuropsiquiatr. 2014 Mar;72(3):190-6
Treadmill training as an augmentation treatment for Alzheimer’s disease: a pilot randomized controlled study.
Arcoverde,C; Deslandes A; Moraes H; Almeida C; Araujo NB;
Vasques PE; Silveira H; Laks J.
Conclusão: Caminhar na esteira pode ser recomendado como um tratamento adicional para
pacientes com doença de Alzheimer.
Treinamento na esteira como um tratamento adicional para a doença de Alzheimer: estudo
piloto controlado randomizado
Nature Medicine
Article | Published: 07 January 2019
Exercise-linked FNDC5/irisin rescues synaptic plasticity and memory
defects in Alzheimer’s models
Cientistas estabeleceram uma relação entre os níveis de irisina – um
hormônio produzido pelo corpo durante exercícios físicos – e um possível
tratamento para a perda de memória causada pela doença de Alzheimer.
Exercício-linked FNDC5/irisin resgata a plasticidade sináptica e memória,
defeitos em modelos de Alzheimer
https://www.nature.com/articles/s41591-018-0275-4
RAMASWAMY, Bhanu; JONES, Julie; CARROLL, Camille. Exercise for people with
Parkinson’s: a practical approach. 2018.
Exercício para pessoas com Parkinson: uma abordagem
prática
CONCLUSÃO - Exercícios regulares e direcionados podem
ajudar pessoas com Parkinson a ficarem bem, recuperar a
mobilidade auto-restrita, torná-los mais resistentes ao
estresse e ajudá-los a permanecer ativo e independente
por mais tempo.
Exercise for people with Parkinson’s: a practical approach
Tendo em vista a estreita relação entre a prática regular de atividades físicas e a promoção 
da saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os países-membros, incluindo o Brasil, 
concordaram em promover ações e políticas direcionadas para a redução da inatividade 
física, em pelo menos 10%, dentre a prevalência de sedentarismo.
OMS lança novas diretrizes sobre atividade física e comportamento sedentário
Genebra, 26 de novembro de 2020 – Até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a 
população em todo o mundo fosse mais ativa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou 
novas diretrizes sobre atividade física e comportamento sedentário, que enfatizam que todas as 
pessoas, de todas as idades e habilidades, podem ser fisicamente ativas e que todo tipo de 
movimento conta.
As novas diretrizes recomendam pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada 
a vigorosa por semana para todos os adultos, incluindo quem vive com doenças crônicas ou 
incapacidade, e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes.
Estatísticas da OMS mostram que um em cada quatro adultos e quatro em cada cinco 
adolescentes não praticam atividade física suficiente. Globalmente, estima-se que isso custe US$ 
54 bilhões em assistência médica direta e outros US$ 14 bilhões em perda de produtividade.
A atividade física regular é fundamental para prevenir e controlar doenças cardíacas, diabetes 
tipo 2 e câncer, bem como para reduzir os sintomas de depressão e ansiedade, reduzir o declínio 
cognitivo, melhorar a memória e exercitar a saúde do cérebro.
As diretrizes incentivam mulheres a manter atividades físicas regulares durante a gravidez e 
após o parto. Também destacam os valiosos benefícios à saúde da atividade física para 
pessoas que vivem com incapacidades.
Pessoas idosas (com 65 anos ou mais) são aconselhadas a adicionar atividades que foquem 
no equilíbrio e coordenação, bem como no fortalecimento muscular para ajudar a prevenir 
quedas e melhorar a saúde.
“Ser fisicamente ativo é fundamental para a saúde e o bem-estar e pode adicionar anos à 
vida e vida aos anos” (Tedros Adhanom Ghebreyesus - diretor-geral da OMS). 
Toda atividade física é benéfica e pode ser realizada como parte do trabalho, esporte e lazer 
ou transporte (caminhada e bicicleta), mas também por meio da dança, brincadeiras e 
tarefas domésticas cotidianas, como jardinagem e limpeza.
“Qualquer tipo de atividade física, de qualquer duração, pode melhorar a saúde e o bem-
estar, mas quanto mais exercício melhor” (Ruediger Krech - diretor de Promoção da Saúde 
da OMS). 
“Se você precisa passar muito tempo sentado, quieto, seja no trabalho ou na escola, deve 
praticar mais atividade física para combater os efeitos prejudiciais do comportamento 
sedentário.”
“Essas novas diretrizes destacam a importância de sermos ativos para nossos corações, 
corpos e mentes, e como resultados favoráveis beneficiam a todos, de todas as idades e 
habilidades” (Fiona Bull - chefe da unidade de Atividade Física que liderou o 
desenvolvimento das novas diretrizes da OMS).
A OMS incentiva os países a adotarem as diretrizes globais para desenvolver políticas 
nacionais de saúde em apoio ao plano de ação global da OMS sobre atividade física 2018-
2030. O documento foi aprovado por líderes globais de saúde na 71ª Assembleia Mundial da 
Saúde, em 2018, para reduzir a inatividade física em 10% até 2025 e em 15% até 2030. 
Na comparação entre homens e mulheres, as mulheres apresentaram-se mais sedentárias 
que os homens, com uma diferença de 6% na comparação entre os dois sexos, ocorrendo 
uma prevalência de sedentários de 25,5% e 31,5% para homens e mulheres, 
respectivamente.
Atividade físicae doenças 
metabólicas
Síndrome metabólica
De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, Síndrome Metabólica é definida 
pela manifestação em conjunto de três alterações metabólicas dentre cinco fatores de 
risco.
Critério Obesidade (CA) Glicemia 
(jejum)
Triglicerídeos HDL-C Pressão 
Arterial
Três de 
cinco 
fatores de 
risco
> 102 cm 
(homens)
> 88 cm
(mulheres)
100 
mg/dL
150 mg/dL
Resistência 
à insulina
< 40 mg/dL
(homens)
< 50 mg/dL
(mulheres)
≥ 130/85 
mmHg ou 
terapia anti-
hipertensiva
≥ ≥
Critérios clínicos da Síndrome metabólica de acordo com a Federação internacional de Diabetes (2009)
A prevalência da síndrome metabólica em todo o mundo está estimada em mais de
20% da população adulta. 
No Brasil, estudos indicam uma prevalência de 18% para homens e 30% em mulheres,
aumentando conforme a idade. Dessa forma pode-se dizer que é uma doença mais 
incidente em mulheres e idosos. 
Etiologia da síndrome metabólica 
A origem da síndrome metabólica vem de um comportamento sedentário de
muitos anos e/ou do ganho de peso, incluindo o acúmulo de gordura na região 
abdominal.
Essas mudanças envolvem fatores ambientais e genéticos e simultaneamente se
observa uma dificuldade na ação da insulina sobre os tecidos, o que leva uma
tendência de hiperglicemia em jejum. 
A origem exata ainda não está completamente compreendida. 
Apesar disso, são vários os fatores e mecanismos envolvidos no quadro, incluindo;
além da resistência a insulina, fatores como disfunções do tecido adiposo, 
inflamações crônicas, estresse oxidativo, fatores genéticos, dentre outros. 
Resistência à insulina
A síndrome metabólica também pode ser conhecida como síndrome de 
resistência à insulina, devido ao importante papel que a resistência a esse hormônio 
provoca no desenvolvimento desse quadro.
O quadro de resistência à insulina é o que caracteriza a doença conhecida 
como diabete melito tipo II.
Essa doença é responsável por cerca de 90% de todos os casos de diabetes. 
Neste caso, não há destruição das ilhotas pancreáticas nem tampouco um 
quadro autoimune como observado no diabetes tipo I. 
80% dos diabéticos do tipo II apresentam algum grau de obesidade, 
principalmente com um perfil androgênico, devido ao acúmulo de gordura 
abdominovisceral. 
A obesidade não é causada pelo diabetes; 
O diabetes tende a provocar o emagrecimento, é a obesidade que
tem participação central no desenvolvimento da resistência à insulina. 
Nem todos os obesos com acúmulo de gordura abdominal se tornam
diabéticos, isso porque existem fatores genéticos que predispõem ao 
desenvolvimento do diabetes do tipo II
O desenvolvimento dessa doença é progressivo e crônico; à medida
que a resistência à insulina aumenta, maior será a hiperglicemia e mais 
as células β-pancreáticas se tornam disfuncionais, formando um círculo 
vicioso. 
Em uma fase precoce, o pâncreas consegue aumentar a produção de insulina, 
mas após vários anos da doença fora de controle, muitos diabéticos tipo II passam 
a apresentar deficiência quase absoluta na secreção deste hormônio. 
Todo esse processo pode ser contido ou até revertido principalmente se tratado 
precocemente, e uma medida fundamental é a correção do peso corporal, 
revertendo a obesidade. 
Dessa forma, fica evidente, a importância da atuação do profissional de Educação 
Física na promoção da saúde da população em geral.
Obesidade
A obesidade é associada a uma variedade de doenças cônicas, como doenças
cardiovasculares, diabetes melito tipo II, esteatose hepática (gordura no fígado) e
diferentes tipos de cânceres.
Sedentarismo + má alimentação = desequilíbrio energético (equilíbrio positivo) 
promovendo acúmulo de gordura corporal e 
obesidade
Causando, quase sempre, a elevação dos níveis plasmáticos de triglicerídeos, 
importante fator de risco para o desenvolvimento da resistência à insulina e de um 
quadro inflamatório. 
A obesidade central ou abdominal, dentre os cinco fatores de risco, se 
apresenta como o fator mais predominante.
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL
Não ultrapassar 102 cm H e 88 cm M
O acúmulo de gordura abdominal, está diretamente correlacionado a 
um aumento no risco de quadros de inflamação sistêmica, 
hiperlipidemia, resistência à insulina e doenças cardiovasculares. 
A obesidade, que é determinada pelo índice de massa corporal (IMC) igual ou
maior que 30, é descrita como uma pandemia global e estima-se que até 2030, 50% 
da população adulta será obesa. 
Valor de IMC Kg/m² Índice de Mortalidade Classificação da obesidade
20 – 24,9 BAIXO Limite desejável para um 
homem ou mulher adulto
25 – 29,9 MODERADO Grau 1 de obesidade
30 – 40 ALTO Grau 2 de obesidade
> 40 MUITO ALTO Grau 3 de obesidade
IMC = Massa corporal (Kg)
Estatura² (m)
A parcela da população que se enquadra nos critérios de diagnóstico da
síndrome metabólica é três vezes mais propensa a desenvolver doenças 
cardiovasculares além de terem cinco vezes mais chance de desenvolver 
diabetes tipo II.
Papel do exercício na síndrome metabólica
Muitos dos fatores de risco podem ser controlados ou revertidos com terapia 
farmacológica.
Muitos estudos demonstram os efeitos positivos do exercício sobre os fatores de 
risco. 
Não existe um consenso para o tipo e a dose de exercício que devem ser prescritos.
Para o controle do peso e melhoria do status geral de saúde, o Colégio Americano 
de Medicina Esportiva recomenda: 
- Entre 150-300 minutos de exercício com intensidade moderada a alta por 
semana 
Outros autores sugerem a prática de 30 a 60 minutos de atividades diárias como 
requisito para provocar mudanças positivas.
N = 75
Divididos em três grupos com diferentes programas de Treinamento: 
- 10 mil passos diários;
- Caminhada de 1 hora diária por 12 meses;
- Programa de condicionamento com intensidade superior a 75% do VO2 de pico 
(maior taxa de consumo de oxigênio durante exercício máximo). 
Vários efeitos metabólicos e vasculares positivos foram observados em todos os
grupos, incluindo redução do índice de massa corporal, diminuição da
circunferência abdominal, controle da glicemia, redução da resistência à insulina e
controle de lipídeos plasmáticos. Contudo, os efeitos mais marcantes foram 
observados no grupo submetido ao programa de maior intensidade, acima de 75% 
do VO2 de pico.
Estudo realizado para comparar diferentes intensidades de exercício
Intensidade VO2 máx % FC Escala de Borg
Fraco 40 60 10
Moderado 50 68 11
Moderado 60 75 12
Forte 80 88 14
Muito Forte 90 95 18
Máximo 100 100 20
Diferentes métodos na prescrição do treinamento aeróbico
estudos recentes também revelam que programas de treinamento intervalado de alta
intensidade (HIIT) reduzem o risco da síndrome metabólica. Sessões de HIIT, realizadas entre 2-3 
vezes por semana, com intensidade de cerca de 80% do limiar aeróbio podem reduzir em cerca 
de 30% a prevalência da síndrome metabólica após nove meses de acompanhamento.
HIIT (High Intensity Interval Training) ou treino intervalado de alta intensidade
• Exercício de alta intensidade, acima de 80% da frequência cardíaca máxima – 40 seg. 
• Intervalos de recuperação - períodos curtos que pode ser em repouso, sem movimento, 
ou em movimento (ativo), exercício de baixa intensidade
Exemplo: corre 40 segundos em alta intensidade e caminhar por 20 segundos, repetir até 
completar 15 minutos de treino.
Uma revisão de 22 estudos realizada na USP (Universidade de São Paulo) e publicada pela
revista Obesity Reviews mostra que um tipo de protocolo de HIIT baseado em sprints de 30 
segundos na intensidade máxima, que apresentou um gasto calórico 137,5% maior em
relação ao exercício contínuo de intensidade moderada nas três horas seguintes após o fim 
da sessão.
(Panissa e col.,2020)
O British Journal of Sports Medicine publicou, em 2019, um artigo comparando os
efeitos de um treino contínuo de intensidade moderada e um HIIT por quatro 
semanase concluiu que o treino intervalado proporcionou uma redução 29% 
maior na massa gorda absoluta.
HIIT na intensidade certa 
A maneira mais comum e fácil de acompanhar a intensidade do treino é por meio da
frequência cardíaca. E, no HIIT, eles devem ficar acima de 80% da frequência cardíaca 
máxima (FCM) nos períodos intensos. 
Para descobrir a FCM individual, recomenda-se realizar os testes de esforço máximo em 
laboratórios com supervisão de um cardiologista ou um fisiologista do exercício. Mas também 
existem fórmulas que ajudam a dar uma ideia aproximada, como a de Tanaka:
Exemplo de uma pessoa de 40 anos: FCM = (208 - (0,7 x 40)) FCM = 180. Nesse exemplo, a
frequência cardíaca máxima de uma pessoa de 40 anos seria 180 batimentos por minuto. 
Portanto, 80% seria 144 (180 x 0,80 = 144) — isso significa que a pessoa deve manter os 
batimentos acima de 144 batimentos por minuto nos momentos de alta intensidade do 
treino. Para facilitar o acompanhamento, use um frequencímetro.
PAOLI, A. High-IntensityIntervalResistance Training (HIRT) influences restingen ergy
respiratory ratio individuals. J Transl Med. 2012.
Nesse estudo foram comparados o HIRT (High Intensity Resistance Training) com o
Treino Tradicional de musculação, no intuito de verificar o efeito do EPOC destes dois
treinos.
HIRT
7 séries divididas em 3 exercícios (leg press 3, supino 2 e puxador alto 2);
6 RM + 20 segundos de descanso, RM + 20 segundos de descanso, RM.
Esta sequência consistia em uma série e o intervalo entre elas era de 2 minutos e meio.
TREINO TRADICIONAL
8 exercícios, com 4 séries cada um, com intervalo de descanso entre 1 e 2 minutos, que dava um
volume total de 32 séries.
É importante notar que o treino tradicional apresentou um volume total 4x maior que o HIRT.
HIRT teve maior eficácia em induzir à lipólise (oxidação da gordura) em até 22h após o término do
treino.
HIRT foi realizado em 4x menos tempo do que o treino tradicional e induziu a uma mais elevada
eliminação de gordura.
Reps completas Fator de Repetição
1 1.00
2 1.07
3 1.10
4 1.13
5 1.16
6 1.20
7 1.23
Predição de 1RM
8 1.27
9 1.32
10 1.36
VALOR PERCEPÇÃO ADAPTAÇÃO % 1RM APROX.
0
1
Extremamente Fácil Até 30%
2 Fácil Resistência de 
Força
40%
3 Fácil 50%
4 Razoavelmente 
Fácil
60%
5 65%
6 Razoavelmente
Pesado
Hipertrofia 70%
7 85% – 90%
8 Pesado 91% - 95%
9 96% - 98%
10 Extremamente 
Pesado
Força 100%
Escala 0-10 OMNI – RES
OMNI
Extremamente 
fácil
Um pouco fácil
Fácil
Um pouco 
difícil
Difícil
Extremamente 
difícil
ZONA DE RM % 1RM
Até 6 reps. - Forte > ou = 90
8 a 12 reps - Moderado 70 - 85
15 a 20 reps - Fraco < ou = 65

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