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APG 3° período S2P1

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FAHESP/IESVAP
APG 3° período
SOI III
S2P1- MUDANÇA NECESSÁRIA
Objetivos: 
- Compreender quais as causas, como ocorre e as manifestações da hipertrofia ventricular 
A hipertrofia ventricular direita (HVD) é o aumento da espessura das paredes do ventrículo direito causados por uma sobrecarga crônica de pressão.
A HVD pode ser causada por diferentes patologias que aumentam a pré-carga do ventrículo direito e se associam com uma morbilidade e mortalidade significativa.
Causas da hipertrofia ventricular direita:
-Cardiopatias congênitas: tetralogia de Fallot, estenose pulmonar congênita, comunicação interatrial ou interventricular.
-Valvopatias: estenose ou insuficiência pulmonar, tricúspide ou mitral.
-Hipertensão pulmonar, sarcoidose, fibrose pulmonar..
-Doença pulmonar obstrutiva crônica.
-Cor pulmonale.
-Embolia pulmonar.
-Outras causas: fibrosre cardíaca, anemia crônica, apnéia do sono.
A hipertrofia ventricular esquerda é caracterizada pelo aumento da espessura do músculo da parede do ventrículo esquerdo, mais especificamente os cardiomiócitos, a câmara mais importante do coração, responsável por bombear o sangue para todo o corpo. Ela não é propriamente uma doença, mas uma reação a doenças cardiovasculares que imponham alguma dificuldade ao fluxo sanguíneo, forçando o coração a um esforço maior do que o normal.
A hipertrofia ventricular esquerda patológica pode se desenvolver em resposta a alguns fatores que exijam do ventrículo esquerdo um trabalho maior do que o normal para fazer o sangue fluir:
-Pressão arterial alta;
-Estenose da válvula aórtica ou alguma outra condição cardíaca que imponha obstáculo a esse fluxo. 
Referencia- Fº, Francisco Manes Albanesi. Cardiomiopatia Hipertrófica. Conceito e Classificação. Arq Bras Cardiol, v. 66, n. 2, 1996.
A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença miocárdica primária, caracterizada pela presença de hipertrofia ventricular, acometendo com maior prevalência o ventrículo esquerdo (VE), podendo ser este envolvimento simétrico (concêntrica) ou assimétrico (septal, medioventricular, apical, lateral e posterior).
Tem como principais sintomas:
-Desmaio (síncope)
-Dor torácica
-Falta de ar
-Sensação de batimentos cardíacos irregulares (palpitações)
Classificação:
I – OBSTRUTIVA:
Septal Assimétrica 
• em repouso
• lábil
• latente
Medio Ventricular
II - NÃO OBSTRUTIVA
Septal Assimétrica
Apical
Lateral 
Póstero-Lateral
Concêntrica
Referencia- KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N.; MITCHELL, R. N. Robbins. Patologia básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
A hipertrofia cardiaca ocorre na hipertensão ou na doença valvar aórtica. As diferenças entre as células normais, adaptadas e irreversivelmente lesionadas são ilustradas pelas respostas do coração a diferentes tipos de estresse. O miocárdio submetido a uma carga de trabalho persistentemente aumentada, como na hipertensão ou por uma valva estreitada (estenótica), adapta-se submetendo-se à hipertrofia para gerar a força contrátil necessária. Se, por outro lado, o miocárdio é submetido a um fluxo sanguíneo reduzido (isquemia) devido a uma artéria coronária ocluída, as células musculares podem sofrer lesão.
Os mecanismos responsáveis pela hipertrofia cardíaca envolvem pelo menos dois tipos de sinais: gatilhos mecânicos, tais como alongamento, e mediadores solúveis que estimulam o crescimento celular, como os fatores de crescimento e os hormônios adrenérgicos. 
Referencia- BRANQUINHO, Joana et al. Diagnóstico imagiológico de cardiomiopatia hipertrófica. Revista Lusófona de Ciência e Medicina Veterinária, v. 3, 2010.
A hipertrofia cardíaca é o termo utilizado para definir o aumento do número das unidades contrácteis do miocárdio (sarcómeros), que se traduz no aumento totaldo músculo cardíaco.
O desenvolvimento de um padrão de hipertrofia cardíaca depende da existência de uma doença subjacente (não está manifesto mas é implicito) ou por outro lado de uma condição primária/congénita.
Assim, existem dois tipos de hipertrofia cardíaca, a concêntrica e a excêntrica: 
A hipertrofia cardíaca concêntrica é causada da sobrecarga ventricular em pressão. Neste tipo de hipertrofia ocorre um aumento regular da espessura da parede ventricular com diminuição do tamanho das câmaras cardíacas. Esta está frequentemente associada a patologias como a estenose valvular/subvalvular ou outra obstrução ao fluxo ventricular, a hipertensão secundária e a doenças metabólicas como hipertiroidismo ou insuficiência renal. A hipertensão arterial sistémica pode ser considerada uma causa ou uma consequência desta patologia primária.
Por outro lado, a hipertrofia cardíaca excêntrica é a consequência de uma sobrecarga de volume sanguíneo. Neste caso, há um alongamento das fibras miocárdicas e dilatação das câmaras cardíacas, aumentando o volume diastólico. Causas deste tipo de hipertrofia incluem endocardiose mitral, persistência do ducto arterioso e degenerescência das válvulas atrioventriculares.
Referencia - slides do antonione (Robbins- patologia básica)
O padrão da hipertrofia reflete a natureza do estímulo:
Hipertrofia por sobrecarga de pressão do ventrículo esquerdo – concêntrica- (causada estenose aórtica, hipertensão): com aumento na espessura das paredes.
Hipertrofia por sobrecarga de volume – dilatação com aumento do diâmetro ventricular. Por causa da dilatação, a espessura das paredes de um coração com hipertrofia e dilatação não está necessariamente aumentada.
A hipertrofia dos miócitos é usualmente acompanhado por diminuição da densidade capilar, que vai aumentar da distância intercapilar e deposição de tecido fibroso.
Entretanto, a massa muscular aumentada apresenta maior necessidade metabólica. Deste modo, a hipertrofia cardíaca prolongada frequentemente evolui para a insuficiência cardíaca.
- Compreender a relação entre hipertensão e hipertrofia ventricular
Referencia: A Hipertensão Arterial Sistêmica E Sua Correlação Com A Cardiomiopatia Hipertrófica
A hipertensão não tratada, vai causar sobrecarga tanto no coração quanto nos vasos. Para lidar com esta sobrecarga, o coração utilizará de mecanismos adaptativos e vai ter como consequencia dessa adatação vai gerar a hipertrofia cardíaca.
Essa adaptação pode ser considerada anatomica ou funcional, mas tambem patologica pois vem acompanhada de dilatação ventricular, arritmia ventricular, infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca. Em outras palavras, a hipertrofia resulta da necessidade que o coração trabalhe além do limite se caracterizando, portanto como uma medida que deveria ser provisória, e não persistente.
Com relação aos miócitos, o seu crescimento, na hipertrofia, pode se feito de duas maneiras, pela adição de sarcômeros em série ou em paralelo. A adição de sarcômeros em paralelo aumenta a secção transversa das células, ocorrência principal nas hipertrofias concêntricas (aquela que ocorre em decorrência da hipertensão). 
A insuficiência aparece a partir do momento em que os vasos coronários não acompanham proporcionalmente esse crescimento aumentando assim, a distância entre os capilares e os miócitos.
- Entender como os hábitos de vida se configuram como tratamento não medicamentoso na hipertensão 
Referencias: Tratamento Não-Medicamentoso Para Hipertensão Arterial
Dentre essas modificações, as que comprovadamente reduzem a pressão arterial são: redução do peso corporal, da ingestão do sal e do consumo de bebidas alcoólicas, prática de exercícios físicos com regularidade, e a não-utilização de drogas que elevam a pressão arterial.
Referencias: 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial: Capítulo 6 - Tratamento não medicamentoso
O tratamento não medicamentoso (TNM) da HA envolve controle ponderal, medidas nutricionais, prática de atividades físicas, interrupção do tabagismo, controle de estresse, entre outros.
*Peso corporal:
O aumento de peso está diretamente relacionado ao aumento da PA. A perda de 10 kg pode diminuir a pressão arterial sistólica em 5 a 20 mmHg, sendo a medida não-medicamentosa de melhor resultado. 
*Padrãoalimentar:
O sucesso do tratamento da HA com medidas nutricionais depende da adoção de um plano alimentar saudável e sustentável. A utilização de dietas radicais resulta em abandono do tratamento. 
A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) enfatiza o consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de gordura; inclui a ingestão de cereais integrais, frango, peixe e frutas oleaginosas; preconiza a redução da ingestão de carne vermelha, doces e bebidas com açúcar. A adoção desse padrão alimentar reduz a PA. 
A dieta do Mediterrâneo também é rica em frutas, hortaliças e cerais integrais, porém possui quantidades generosas de azeite de oliva e inclui o consumo de peixes e oleaginosas, além da ingestão moderada de vinho. Apesar da limitação de estudos, a adoção dessa dieta parece ter efeito hipotensor.
As dietas vegetarianas preconizam o consumo de alimentos de origem vegetal, em especial frutas, hortaliças, grãos e leguminosas; excluem ou raramente incluem carnes; e algumas incluem laticínios, ovos e peixes. Essas dietas têm sido associadas com valores mais baixos de PA.
*Redução do consumo de sódio
O consumo de 6g de sal por dia equivale a 100mL de sódio (4 colheres de chá). Para isso, devem ser ingeridos alimentos naturais, com pouco sal, e devem ser evitados enlatados, conservas, embutidos e defumados.
*Práticas de atividades fisicas
As pessoas sedentárias apresentam maior probabilidade de desenvolver hipertensão quando comparadas a pessoas fisicamente ativas. Das diversas intervenções não medicamentosas, o exercício físico está associado a múltiplos benefícios. Bem planejado e orientado de forma correta, quanto a sua duração e intensidade, pode ter um efeito hipotensor importante. Uma única sessão de exercício físico prolongado de baixa ou moderada intensidade provoca queda prolongada na pressão arterial.
- Conhecer a histopatologia do coração hipertrofiado 
Artigo da unicamp
Os achados histopatológicos incluem hipertrofia dos cardiomiócitos, desorganização dos feixes musculares e perda do alinhamento paralelo resultando em um padrão espiralado.
O tecido conectivo intersticial estão aumentados e é variável a presença de fibrose. As artérias coronárias que ficam dentro da parede do coração apresentam lúmen reduzido, paredes espessadas e aumento de células musculares lisas e de colágeno na camada média e íntima.
Miocárdio normal- Nota-se miocardiócitos (células que constituem o músculo cardíaco) de diâmetro normal, organizados em feixes paralelos. Há pouco tecido conjuntivo no interstício.
Cardiomiopatia Hipertrófica- Miocardiócitos hipertróficos, dispostos em várias direções. Fibrose intersticial. (A fibrose é a formação de excesso de tecido conjuntivo fibroso em um órgão ou tecido, ela ocorre através de um processo reparador ou reativo, ocasionado geralmente após um trauma, cirurgia ou esforço repetitivo com impacto).	 
Nessa imagem dá pra vê melhor a fibrose interticial, os feixes estão em várias direções
- Entender as consequências da hipertrofia não tratada 
Estudos demonstraram que o problema aumenta o risco de desenvolver algumas doenças, como insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), doenças coronarianas e até de morte súbita. O diagnóstico precoce ajuda a evitar essas complicações.

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