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Desafios e Possibilidades do Uso de Tecnologia na Educação durante a Pandemia

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UNOPAR
LICENCIATURA
CLAUDIA INGRAÇA VITAL SILVA
OS DESAFIOS E AS POSSIBILIDADES DO USO DAS FERRAMENTAS TECNOLOGICAS NO CONTEXTO DA PANDEMIA EM INSTITUIÇÕES ESCOLARES.
SANTA LUZIA
2021
SÚMARIO
1- INTRODUÇÃO....................................................................3
2- DESENVOLVIMENTO........................................................4
3- ............................................................................................5
4- ............................................................................................6
5- ............................................................................................7
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................8 
7- REFERÊNCIAS...................................................................9
1- INTRODUÇÃO
 A tecnologia avançou rapidamente nos últimos ano e não e possível ignorar o fato de que ela tem transformado a rotina e diversas atividades de nosso dia a dia. Quando o assunto é tecnologia na educação, novas metodologias, vantagens e motivações vêm sendo descobertas e definidas. Por isso, a tecnologia é um recurso que deverá estar cada vez mais presente nas salas de aula, de diferente maneiras. É possível, sim, torna-la uma aliada para processos de ensino e aprendizagem. No início de 2020 iniciou uma pandemia que se espalhou para o mundo inteiro de uma doença chamada de novo corona vírus, levando a população ao isolamento social para conter a contaminação das pessoas. Devido ao isolamento, setores foram afetados inclusive o educacional. No Brasil, em março de 2020 as redes de ensino públicas e privadas suspenderam as aulas, em combate à pandemia do novo corona vírus chamado de COVID-19. Com o intuito de manter as atividades educacionais durante o período de isolamento social, muitas instituições adotaram o ensino remoto, no qual os educadores tiveram que adaptar seus conteúdos para o formato online. Muitos educadores adaptaram suas aulas para recursos que pudessem ser utilizados em meios digitais e neste aspecto melhor se familiarizarem com a tecnologia para conseguir dar aulas a distância através do ensino remoto. Essas atividades online direcionadas aos alunos, apesar de todos os seus desafios, são cruciais para minimizar os prejuízos do período na ausência das aulas presenciais. A dúvida de professores e sociedade é como fazer isso pois, nenhum sistema estava preparado para uma pandemia de tamanha proporção que assolou o mundo no início do ano de 2020, o que levou uma paralisação mundial. Assim, as soluções de ensino remoto através da utilização da tecnologia digital são extremamente importantes para enfrentar as demandas emergenciais, mas alertou seus efeitos limitados. Nesse sentido, as adaptações ao mundo digital ocorreram nas redes públicas e nas redes particulares de ensino, através da utilização de aplicativos de videoconferência, redes sociais e até mesmo a adaptação para a modalidade de Educação a Distância. Reaprender a ensinar e reaprender a aprender são os desafios em meio ao isolamento social na educação de nosso país. É importante afirmar que os desafios são imensos, dentre eles, podemos destacar que as ferramentas remotas precisam ter parâmetros de qualidade, para que tenham maior eficácia, e que as desigualdades de acesso às tecnologias, são enormes, haja vista que nem todas as crianças têm computador ou tablet conectados à internet. Entretanto, para os pais, mães e educadores de alunos do ensino inclusivo, esse desafio parece ainda maior.
2- DESENVOLVIMENTO
 O avanço das tecnologias digitais de informação possibilitou a criação de ferramentas que podem ser utilizadas pelos professores em sala de aula, o que permite maior disponibilidade de informação e recursos para o educando, tornando o processo educativo mais dinâmico, eficiente e inovador. Nesse sentido, o uso das ferramentas tecnológicas na educação deve ser vista sob a ótica de uma nova metodologia de ensino, possibilitando a interação digital dos educandos com os conteúdos, isto é, o aluno passa a interagir com diversas ferramentas que o possibilitam a utilizar os seus esquemas mentais a partir do uso racional e mediado da informação. Porém mudar do ensino presencial para o ensino online, sem nenhum tipo de planejamento, trouxe inúmeros desafios e consequências. Não houve nenhum tipo de planejamento para o ensino à distância que está sendo feito atualmente, justamente porque ninguém iria imaginar que passaríamos por algo assim, logo adaptar-se a essa nova realidade não tem sido nada fácil.
Por isso, professores e gestores escolares tiveram que se virar nos 30 para adaptar o currículo escolar presencial para o ensino online de uma hora para outra. As metodologias utilizadas em sala de aula foram adaptadas para utilização das tecnologias de forma ativa, para que pudessem ser inseridos em suas aulas que fossem de fácil entendimento para os educandos assim como a linguagem utilizada para a comunicação a distância. Muitas escolas passaram a utilizar ferramentas digitais como Zoom, Skype e Google Meet, sendo que muitos professores jamais tiveram contanto prévio com elas. As escolas públicas não costumam possuir e utilizar essa ferramenta, o que dificulta a interação do professor com esse meio, impossibilitando-o de utilizá-lo em benefício do aprendizado. A maioria dos professores imigrantes digitais que se inseriram no mundo da tecnologia, têm uma forma de ensinar que nem sempre está em sintonia com o modo como os alunos aprendem melhor, ou, pelo menos, que lhes desperta maior interesse. A readaptação da realidade da sala de aula física para a sala de aula virtual trouxe mudanças para além da linguagem, mas como a forma de se relacionar mudou em vista da qual normalmente era utilizada. A criatividade dos professores brasileiros em se adaptar à nova realidade é indescritível no que se trata da criação de recursos de informação, criação de vídeo aulas para que os alunos possam acessar, além das aulas através de videoconferência para a execução de atividades como em sala de aula. Uma revolução educacional sobre o quanto a tecnologia tem se mostrado eficiente e o quanto as pessoas precisam estar aptas a esse avanço tecnológico. Professores que tinham pouco ou nenhum contato com tecnologia precisaram começar a planejar aulas mediadas por telas junto a seus coordenadores pedagógicos, ao mesmo tempo em que descobrem sobre o funcionamento de ferramentas tecnológicas. Com aulas online, surgiram novos desafios que não eram comuns nos encontros presenciais como problemas de conexão e engajamento dos alunos à distância. Além da utilização de diferentes recursos, muitos professores confrontaram-se com a dificuldade de acesso, por parte de muitas famílias onde não possuíam uma alternativa a não ser um telefone com o aplicativo de mensagens instantâneas. Vale ressaltar que, no Brasil, o nível de desigualdade social é muito alto. Por isso, nem todas as pessoas possuem acesso à internet.
 Segundo dados da UNICEF, cerca de 4,8 milhões de crianças e adolescentes, de 9 a 17 anos não têm acesso à internet em casa. Isso, corresponde a cerca de 17% de todos os brasileiros nessa faixa etária. (UNICEF) 
 Diante dos fatos, a pandemia fez com que fosse preciso estabelecer o distanciamento social interrompendo o ensino presencial e tornando-se o ensino remoto a única opção, trazendo o peso do isolamento social. Com a obrigatoriedade do ensino remoto, veio à torna a desigualdade social, já que a condição social de alguns alunos, principalmente de escolas públicas, foi um dos pontos que ocasionaram dificuldades para ter acesso ao ensino de qualidade, ainda que remotamente. Os pontos desigualdade social e ensino remoto se referem à dificuldade de acesso aos artefatos que mediam esse tipo de ensino, reflexo pela falta de recursos, já que uma boa parte da população apresenta esses tipos de problemas ocasionados pela desigualdade. A desigualdade afeta muitos cidadãos de forma injusta.Enquanto os alunos das escolas privadas tiveram acesso a aulas virtuais de forma precoce durante os primeiros meses da pandemia, os alunos de escola pública aprofundaram as situações de vulnerabilidade, sendo que grande parte destes ainda não tinham acesso às plataformas educacionais propostas pelos governos estaduais em igual período. A falta de ações coordenadas para a área durante a pandemia, somado a histórica crise da educação da escola pública, devido à falta de recursos e investimentos, ocasionou um desastre social sem precedentes na história brasileira, evidenciando ainda mais as desigualdades existentes em nossas sociedades como as de classe, gênero e raça.  Enquanto alunos de escolas particulares continuaram a assistir as aulas de forma remota, a desigualdade de acesso à internet deixou grande parte dos estudantes do país sem conseguir acompanhar o conteúdo oferecido a distância. Os alunos da rede particular da classe média e alta até foram prejudicados, mas com o auxílio da tecnologia esse impacto foi minimizado, situação que destoa do "quadro geral da realidade brasileira". Acaba escrachando muito mais as desigualdades. Então, aquelas crianças que são de famílias vulneráveis economicamente vão sofrer muito mais, primeiro porque para muitos a merenda é a principal refeição do dia. Então, para essas crianças é uma perda inestimável". 
Todavia, em um país onde o trabalho infantil é, ainda, forma de garantia da subsistência, não há como falar no acesso universal aos meios que possibilitam o ensino a distância fora do espaço físico da escola. ( https://www.cartacapital.com.br/blogs/sororidade-em-pauta/um-olhar-para-a-desigualdade-escolar-em-tempos-de-pandemia) 
E, diante disso tudo, dentre os vários desafios que as redes de Educação enfrentam para manter os estudantes próximos à escola e em algum contexto de aprendizagem, destaca-se a necessidade de também garantir a inclusão das crianças e adolescentes com deficiência em todo esse processo os educadores tiveram também que adaptar as aulas para as crianças com deficiência no âmbito da motricidade e raciocínio. Mesmo com todo o projeto inclusivo, as escolas se depararam com uma realidade mais difícil do que poderiam imaginar, prover a inclusão digital e a educação inclusiva em tempos de pandemia. Toda barreira que um aluno com deficiência encontra na sala de aula, também encontra no ensino a distância. E muitas vezes essa dificuldade é agravada pela falta de preparação dos familiares dessas crianças e jovens. Que, além de ter que ensinar a matéria dada, deve lidar com a especificidade de cada estudante. O público da Educação Especial está invisível nas políticas públicas, decretos e decisões criadas pela Pandemia, generalizam-se as condições humanas, deixando as pessoas com deficiência à margem das decisões e processos, sem que seus direitos, suas necessidades e particularidades sejam reconhecidas e contempladas. Contudo, o discurso político-educacional considera que todos se encontram nas mesmas condições. A realidade se impõe e nos mostra que ainda as pessoas com deficiência não se encontram em situação de equidade de acesso às diferentes possibilidades tecnológicas, sociais e culturais existentes. É um momento que precisamos repensar e reestruturar a Educação Inclusiva no mesmo instante em que as demandas se colocam presentes. Situações que exigem a busca de um novo modo de ser e de se fazer Educação, no sentido de que precisamos atuar, levando em conta valores éticos e coletivos, superando as imensas desigualdades sociais a que estamos todos submetidos, mas, em especial, as pessoas com deficiência e suas dificuldades cotidianas de acesso e afirmação da cidadania. Em relação à educação à distância ou on-line, outro aspecto a ser pensado é que na educação pública encontramos dificuldades estruturais e financeiras, ou seja, a maioria das casas dos alunos da escola pública fica na periferia, onde não há aparelhos ou internet que possam dar conta das demandas de um ensino nestes modelos propostos. Assim, sendo a condição que se impõe no momento, precisa ser adaptada da melhor forma possível para os alunos com deficiência. Além disso, ao se dedicarem à formulação de estratégias educacionais para o período de isolamento social é fundamental que gestores, educadores e familiares considerem que nem mesmo a casa mais equipada e nem a melhor condição de acesso à internet e aos meios de comunicação podem substituir as relações que acontecem cotidianamente no espaço escolar. Portanto, os objetivos e expectativas de aprendizagem para esse período precisam ser revistos e adequados ao momento de exceção que estamos vivendo, caso contrário, estaremos desconsiderando o papel social da escola em formar cidadãs e cidadãos em sintonia com nosso tempo. O direito à educação inclusiva é garantido tanto pela Constituição, quanto pela Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU, e a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), de nº. 13.146/2015. Em relação ao contexto específico da pandemia, consta no parecer nº. 5 do CNE a necessidade de dar continuidade a esse direito, garantindo qualidade e equidade. 
A Lei Brasileira de Inclusão de Pessoas com Deficiência, em seu art 2º considera como: pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. 
 Para disponibilizar os serviços da Educação Especial durante o período de isolamento social de forma efetiva, deve ser organizar a articulação do professor do AEE com o professor de sala de aula comum para contemplar atividades e estratégias que considerem todos os estudantes da turma, com todas suas características, ritmos e formas de aprendizagem. Planejar colaborativamente e avaliar conjuntamente um caminho possível para efetivar a Educação Especial na perspectiva inclusiva. É importante considerarmos esse período como um momento importante de acompanhamento às famílias, acolhimento e busca intensiva de apoio aos estudantes. Esse acompanhamento tem ocorrer de forma ativa, para que não ocorra abandono ou evasão escolar. Muitas escolas mesmo depois de mais de 1 ano de pandemia ainda estão se adaptando à nova realidade de ensinar à distância como medida para conter a propagação do coronavírus. De uma hora para a outra, as aulas presenciais precisaram ser substituídas para a modalidade de ensino à distância e os desafios dessa transição temporária são imensos. Para os alunos com acesso à internet, o grande desafio é aprender a gerenciar o tempo dentro de casa e ter disciplina para estudar no modelo EaD. Tudo isso no contexto de stress por estarem confinados em casa, longe dos amigos e professores e vivendo no contexto de uma pandemia internacional. 
 Para os professores, aprender a adaptar as costumeiras aulas presenciais para aulas virtuais também não é nada fácil, ainda mais sem prévio treinamento pedagógico e tecnológico, como acontece em muitas escolas. Para as instituições de ensino, existe a dificuldade da falta de estrutura em tecnologia da informação e a resistência ao uso de ferramentas virtuais para ensino por parte de uma parcela considerável de professores e de alunos. É claro que a tecnologia facilita muito, mas isso não exclui outras classes que não tenham as ferramenta tecnológicas disponíveis e acessíveis neste momento. O grande desafio no momento é o engajamento. É preciso desenvolver ações que ampliem o envolvimento dos estudantes. Mesmo com toda dificuldade, desafios, desvalorização dos profissionais da educação os professores mostraram disposição para se reinventar, apesar do governo Brasileiro não se importar tanto com a educação no Brasil.3- CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 O isolamento social causado pela pandemia do Corona Vírus, trouxe diversas mudanças principalmente ao cenário educacional a nível mundial. Alguns fatores que foram colocados em pauta: como e importante a profissão do educador, a importância da participação da família no processo educacional, a utilização de tecnologias como aliadas em sala de aula e fora dela e as iniciativas públicas para o setor de ensino. Ficaram em evidência novamente nesse período e mostraram sua importância para a sociedade. Neste sentido, é importante o entendimento de que a utilização da tecnologia como aliada contínua, sem a substituição ao protagonismo do ensino presencial, vai muito além de dar sequência ao uso de soluções temporárias de ensino remoto, ou de simplesmente “digitalizar a sala de aula”. O uso adequado e estruturado da tecnologia na Educação, quando aliado ao trabalho docente, pode impulsionar a aprendizagem dos alunos. Além disso, no mundo está cada vez mais conectado exige o desenvolvimento de conhecimentos e competências específicas que precisam ser trabalhados na escola. O uso da tecnologia também pode ser central para auxiliar os docentes em determinadas tarefas mais simples, burocráticas e operacionais (por exemplo, o preenchimento de lista de presença e correção de atividades), liberando mais tempo para que possam se dedicar a tarefas de mais alta complexidade e com maior impacto na aprendizagem dos alunos. Contudo, é preciso reconhecer que o País ainda está longe desse cenário, dado que muitas escolas enfrentam o desafio da conectividade, há grande heterogeneidade no acesso a recursos tecnológicos entre classes sociais e muitos professores não possuem formação específica para lidar pedagogicamente com os recursos tecnológicos. Assim como muitas famílias também não possuem acesso a conectividade e muitas vezes o único acesso que a criança pode ter a tecnologia é dentro do ambiente escolar. Os desafios, sem dúvida, são grandes. Mas, diante de um possível novo impulso para a utilização de tecnologias na Educação, espera-se que essas questões possam, finalmente, receber a devida atenção do poder público educacional. Contudo, a crise do novo corona vírus terá efeitos grandes sobre a forma de aprender pois o devido ao isolamento social, novos hábitos e comportamentos estão sendo criados, tanto nas famílias, quanto nas instituições de ensino, que estão revendo uma série de processos, estruturas e metodologias. Aprendemos que lidar com a imprevisibilidade exige um trabalho em grupo muito mais alinhado e que, mesmo distantes, podemos unir esforços em prol de um bem maior. Espera-se que, depois dessa pandemia a educação volte melhor e mais forte.
4- REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Gabinete do Ministro. Portaria nº 343, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ed. 53, 18 mar. 2020. Disponível em: < https://www.in.gov.br/en/web/dou/- /portaria-n-343-de-17-de-marco-de-2020-248564376>. Acesso em: 19 Ago. 2020.
BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. M. (Org.). Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação.
 Porto Alegre: Penso, 2015. CAFARDO, Renata. Educação a distância para alunos de escolas públicas deve ser feita por meio de celulares. 
Desafios da Educação.02.04.2020. Disponível em: https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/coronavirus-ensino-remoto> 2020 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Corona vírus. Disponível em https://coronavirus.saude.gov.br/>.PERRY, G. T. et al. 
Desafios da gestão de EAD: necessidades específicas para o ensino científico e tecnológico. RENOTE-Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 4, n. 1, 2006. 
SILVA, T. S. C.; MELO, J. C. B.; TEDESCO, P. C. de A. R. Um modelo para promover o engajamento estudantil no aprendizado de programação utilizando gamification. Revista Brasileira de Informática na Educação, v. 26, n. 03, p. 120, 2018.

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