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Resumo da tutoria 1 - Organização e funcionamento celular e conceitos em farmacologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
MEDICINA
TALLES ALBERTO BISPO DA SILVA
SÍNTESE DO CASO UM, PRIMEIRO MÓDULO DE TUTORIA
TALLES ALBERTO BISPO DA SILVA
SÍNTESE DO CASO UM, PRIMEIRO MÓDULO DE TUTORIA
Trabalho de síntese dos conteúdos abordados no primeiro caso do primeiro módulo do eixo Tutoria.
Solicitado por: Miyuki Yamashita
Conteúdos abordados: organização e o funcionamento das células e seus tipos, os constituintes gerais da célula (orgânicos e inorgânicos), conceito de fármaco, remédio, drogas, medicamentos de referência, genérico, similar e princípio ativo, análise da contribuição de Pasteur, Koch e Fleming, definir o conceito geral de microrganismo.
 
 O saber básico biológico nos diz que todo ser vivo é formado por células, e elas podem ser classificadas em dois grupos: procariontes e eucariontes. As células procariontes não têm núcleo organizado e revestido pela carioteca, e geralmente, não apresentam membranas que dividem o citoplasma em compartimentos, possuem apenas a membrana plasmática, e também apresentam uma parede celular. Já as células eucariontes são maiores, possuem mais DNA, cromossomos complexos, mais proteínas, núcleo separado do citoplasma pela carioteca. Ou seja, células eucarionte possuem mais membranas, as quais delimitam mais compartimentos, dando assim um maior funcionamento através desses compartimentos, que seriam as organelas. 
 Portanto, tendo foco nas células eucariontes, pode-se perceber que ela possui estruturas que promovem sua forma e seu funcionamento. Essas células possuem membrana plasmática, citoplasma, núcleo, organelas citoplasmáticas e citoesqueleto. A membrana plasmática é a camada exterior da célula. Ela é basicamente composta por uma bicamada fosfolipídica, por proteínas, carboidratos, lipídios (como o colesterol, que dá estabilidade térmica a ela), e pelas junções desses últimos três. A sua função ultrapassa o pensamento de apenas revestimento e proteção, ela, através da sua permeabilidade seletiva, promove transportes ativos (gasto de energia) e passivos (sem gasto). Esses transportes podem ser chamados de difusões simples e facilitada, e osmose, quando o for do tipo passivo. Já quando envolve o gasto de ATP, pode-se chamar de transporte por bombas (como a de sódio e potássio) ou de macromoléculas (como fagocitose, pinocitose e exocitose). 
Já no citoplasma encontram-se as organelas, depósitos de substâncias diversas, como grânulos de glicogênio e gotículas lipídicas, água, íons, aminoácidos e outras moléculas. Além disso, seu citosol pode apresentar duas consistências, dependendo de que ação a célula pretende relizar, a gel e a sol. Nele é visto núcleo, nucléolo, e como já dito, organelas como mitocôndrias, retículos endoplasmáticos, complexos de golgi, lisossomos, peroxissomos.
O núcleo é revestido por uma membrana dupla (carioteca), a qual possui poros que possibilitam a passagem de macromoléculas para o citoplasma. Todas as moléculas de RNA no citoplasma são sintetizadas no núcleo. Possui a cromatina, que é constituída por DNA e proteínas (que organizam esse DNA, tanto em períodos sem divisão celular, quanto em perídios de divisão celular, a mitose). Já o nucléolo possui altas quantidades de RNA. A mitocôndria é uma organela quase oval, acumulam-se na parte que tenha maior gasto energético. Ela participa processos metabólicos, como liberação gradativa de energia (ATP) através das moléculas de ácidos graxos e glicose, e com isso promove movimentação, secreção e divisão mitótica. Os retículos endoplasmáticos podem ser lisos ou granulosos. O retículo rugoso possui ribossomos, e é abundante nas células especializadas na secreção de proteínas, como as células acinosas do pâncreas (enzimas digestivas). O retículo endoplasmático liso participa de diversos processos funcionais, de acordo com o tipo de célula. Por exemplo, nas células que produzem esteroides, como as da glândula adrenal, ele ocupa grande parte do citoplasma e contém algumas das enzimas necessárias para a síntese desses hormônios.
 O complexo de Golgi apresenta múltiplas funções, mas, dentre elas, cabe destacar que ele é muito importante na separação e no endereçamento das moléculas sintetizadas nas células, encaminhando-as para as vesículas de secreção (que serão expulsas da célula), os lisossomos, as vesículas que permanecem no citoplasma ou a membrana celular. Os lisossomos possuem o interior ácido, e contém diversas enzimas hidrolíticas (enzimas que rompem as moléculas, adicionando átomos de moléculas de água). Os lisossomos são depósitos de enzimas utilizadas pelas células para digerir moléculas introduzidas por pinocitose, por fagocitose, ou, então, organelas da própria célula. Por fim, os peroxissomos oxidam substratos orgânicos específicos, retirando átomos de hidrogênio e cominando com o oxigênio molecular (O2). 
 Além de tudo isso, cabe falar do citoesqueleto. Ele promove a organização celular, fazendo com que cada organela de um mesmo tipo de célula tenha localização semelhante, é também responsável por movimentos celulares, formação de pseudópodos, dentre outras ações.
 Se seres vivos são constituídos por células, essas são constituídas por substâncias inorgânicas e orgânicas. Os principais elementos que constituem os seres vivos são o carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre. O carbono constitui a estrutura básica de todas as moléculas orgânicas. Graças a “versatilidade” da natureza do carbono de ligar-se (através de ligações covalentes) a diversos átomos que tornam possível a variedade de moléculas orgânicas. Como exemplos de substâncias inorgânicas têm-se sais minerais e água. Os principais constituintes dos sais são o cálcio, iodo, fósforo, potássio, sódio, magnésio, ferro. Eles desempenham papéis importantes no corpo humano, como o ferro, que participa na respiração celular e do transporte de oxigênio no sangue, e como o cálcio, que participa da formação de ossos e dentes, e no processo de coagulação sanguínea. A água tem extrema importância, pois compõe de 70 a 85% da massa dos indivíduos, é conhecida como solvente universal, participa das reações químicas dos seres vivos, que podem ser de síntese por desidratação (como a reação de união de aminoácidos para formar proteínas) ou reações de hidrólise (como a digestão da sacarose, que se transforma em glicose e frutose), além de ser moderadora de temperatura.
 Já como substâncias orgânicas, têm-se as fundamentais: proteínas, carboidratos e lipídios. Os carboidratos (glicídios) são a principal fonte de energia dos animais (ex: glicogênio), possuem função estrutural (ex: quitina) e participam da formação de DNA e RNA (desoxiribosse e ribose). Eles podem ser classificados em monossacarídeos (glicose), dissacarídeos (sacarose) e polissacarídeos ( glicogênio e amido). Os lipídios têm função de armazenamento energético, de participação na produção de hormônios, isolante térmico, de dissolver vitaminas lipossolúveis, participam de processos inflamatórios, contração da musculatura lisa e agregação de plaquetas do sangue através da síntese de prostaglandinas. Eles podem ser classificados como cerídeos, esteroides, fosfolipídios, carotenoides e glicerídeos. As proteínas são as junções de vários aminoácidos, através de ligações peptídicas, que é resultado da tradução do DNA. Elas têm grande variedade, tem a função de estruturação (queratina), de catalisação (enzimas), de adesão (caderinas) e de transporte (como as proteínas transmembrana). Elas são desnaturadas diferenciação do pH, temperatura e concentração do meio. 
 Outras substâncias orgânicas importantes são as vitaminas, que podem ser lipossolúveis ou hidrossolúveis, e os ácidos nucléicos. Os principais exemplos de vitaminas são as do complexo B, C, A, D e K. Elas possuem funções importantes, como: a vitamina A, que garante bom funcionamento dos olhos, do nariz, da boca, ouvidos e pulmões, e como a vitamina C, que mantem a integridade dos vasos sanguíneos, previne infecções e escorbuto. Os ácidos nucléicosformam DNA e RNA. 
 Através desse conhecimento, é possível definir o que é microrganismo. Microrganismo é uma definição operacional, que congrega táxons variados de organismos unicelulares microscópicos, que vivem na natureza como células isoladas ou em agregados celulares. Definição que abarca os grupos das bactérias, arqueas, fungos, protozoários e vírus. 
 Ademais, ao olhar o passado, percebe-se que houve cientistas que foram além de mera definição, e contribuíram para a ciência contemporânea por estudarem profundamente os microrganismos (mesmo que em sua época não houvesse uma definição exata). Dentre eles vale destacar Pasteur, Koch e Fleming. Pasteur foi importante ao comprovar que não existia a geração espontânea e firmar o conceito da biogênese, ao descobrir que muitas doenças eram causadas por micróbios. Nesse quesito, fez muitos avanços, incluindo a introdução do conceito de vírus, melhoria das práticas hospitalares de modo a minimizar infecções, contribuiu ao realizar estudos imunológicos e microbiológicos que levaram aos conceitos da imunidade e das vacinas, como a raiva, ao estabelecer os princípios da fermentação, e ao criar um dos principais métodos de controle de micro-organismos, que é a pasteurização.
 Koch teve sua contribuição atrelada aos seus quatro postulados, que diziam que: todos os micróbios deveriam estar presentes em todos doentes (foi o que Koch chamou de interação patógeno-hospedeiro), os micróbios deveriam ter suas características registradas, sendo isolados em meio de cultura nutritivo, que permitam o seu crescimento (isolamento do patógeno), o micróbio isolado, quando inoculados em plantas sadias, devem causar doença nas mesmas (inoculação do patógeno e reprodução dos sintomas) e os micróbios deveriam ser isoladas anteriormente e apresentar as mesmas características já descritas anteriormente (reisolamento do patógeno).
 Fleming em um dos seus experimentos com Estafilococos percebeu que uma de suas placas havia crescido um fungo e que em volta deste fungo o micróbio não crescia. Fleming reproduziu o experimento diversas vezes e observou que a substância produzida pelo fungo era capaz de inibir o crescimento de micróbios que causavam doenças, e por esta substância ter sido isolada do fungo Penicilium, recebeu o nome de Penicilina.Portanto, percebe-se que estes cientistas tiveram grande importância no desenvolvimento da ciência moderna, principalmente na área médica. 
 Além disso, ultrapassando o conhecimento histórico e da biologia molecular e celular, é necessário conhecer definições que vão acompanhar a vida médica. São elas: droga, fármaco, princípio ativo, medicamento de referência, medicamento similar, medicamento genérico e remédio. 
 Droga é qualquer substância que cause alguma alteração no funcionamento do organismo por ações químicas, com ou sem intenção benéfica. Essas alterações podem ter efeitos tanto benéficos quanto maléficos. Os efeitos benéficos causados pelas drogas são estudados pela farmacologia, enquanto os efeitos maléficos são objetos de estudo da toxicologia. De uma forma resumida, podemos dizer que uma droga pode ser ou um fármaco ou um agente tóxico. O fármaco, como dito anteriormente, é uma droga que tem uma estrutura química já definida e, devido a imensos estudos, são conhecidos os seus efeitos no organismo. Tem como finalidade o uso para um efeito benéfico no organismo. Princípio ativo é a substância química principal responsável pela ação farmacológica, terapêutica do medicamento. Pode ter mais que um no medicamento. Medicamento de referência é um medicamento inovador que possui marca registrada, com qualidade, eficácia terapêutica e segurança comprovadas através de testes científicos, registrado pela Anvisa. Ele servirá de parâmetro para registros de posteriores medicamentos similares e genéricos, quando sua patente expirar. 
 Medicamentos similares são produzidos após vencer a patente dos medicamentos de referência e são identificados por um nome de marca. Possuem eficácia, segurança e qualidade comprovadas através de testes científicos e são registrados pela Anvisa. Possuem o mesmo fármaco e indicação terapêutica do medicamento de referência, podendo diferir em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos. Não podem ser substituídos pelo medicamento de referência nem pelo medicamento genérico. Medicamento genérico é igual ao medicamento de referência e possui qualidade, eficácia terapêutica e segurança comprovadas através de testes científicos, é registrado pela Anvisa. Não possui nome de marca, somente a denominação química de acordo com a Denominação Comum Brasileira (DCB). Pode ser substituído pelo medicamento de referência pelo profissional farmacêutico ou vice-versa. A ideia de remédio está associada a todo e qualquer tipo de cuidado utilizado para curar ou aliviar doenças, sintomas, desconforto e mal-estar. Alguns exemplos de remédio são: banho quente ou massagem para diminuir as tensões; chazinho caseiro e repouso em caso de resfriado; hábitos alimentares saudáveis e prática de atividades físicas para evitar o desenvolvimento de doenças.
 
 
Referências bibliográficas:
Junqueira & Carneiro, Biologia Celular e Molecular 9º edição;
Junqueira & Carneiro, Histologia Básica, Texto e Atlas;
Amabis & Martho, Biologia das Células Vol 1;
Cartilha: O que devemos saber sobre os medicamentos?, ANVISA;
Fundamentos da Farmacologia, Clarice Cunha Taveira & Ringo Star Fernandes Guimarães;
Estudo da Farmacologia, Júlio de Mesquita Filho, UNESP;
Artigo: Contribuição de Louis Pasteur revolucionou os estudos médicos, de Alane Beatriz Vermelho, pesquisadora do Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Goés, UFRJ;
A História do surgimento da Microbiologia: Fatos Marcantes, de Ingrid da Silva Dias, site do Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Goés, UFRJ;
Microorganismos , de Gilson Paulo Manfio, disponibilizado no site do Ministério do Meio Ambiente. 
 Arapiraca-AL, 01/03/2019

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