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Anatomi� human� II Ana Pich ATM 251 Cabeça e pescoço Cabeça Os compartimentos principais da cabeça são: • Cavidade do crânio • Orelhas • Órbitas ◦ Câmaras de forma cônica. • Cavidades nasais ◦ Entre as órbitas; ◦ Aberturas anteriores: narinas; ◦ Aberturas posteriores: cóanos; ◦ Tem continuidade com os seios paranasais, sendo o maior deles os seios maxilares, inferiores às órbitas. • Cavidade oral ◦ Separada das cavidades nasais pelos palato duro e palato mole; ◦ Seu assoalho é formado somente por tecidos moles; ◦ Abertura anterior: rima da boca; ◦ Abertura posterior: istmo das fauces. ▪ Ambas aberturas podem ser fechadas por tecidos moles, diferentemente das aberturas da cavidade nasal. Regiões anatomicamente definidas, em cada lado da cabeça, de transição de um compartimento da cabeça para outro: • Fossa infratemporal ◦ Entre o ramo posterior da mandíbula e a lâmina lateral do processo pterigoide; ◦ Conduto para o nervo mandibular (V3). • Fossa pterigopalatina ◦ Posterior a parte superior da mandíbula; ◦ Conduto para o nervo maxilar (V2); ◦ Comunica-se com fossa infratemporal, órbitas e cavidades do crânio, nasais e oral. Resumo de anatomia II Outras áreas anatomicamente definidas são: • Face • Couro cabeludo Pescoço Limite superior: margens inferiores da mandíbula, dos processos mastóideos e do osso occipital. Limite inferior: porção superior do esterno, ao longo da clavícula e sobre o acrômio; posteriormente, em uma linha entre acrômio e processo espinhoso de C7. Possui 4 compartimentos principais, circundados por um cinturão musculofascial externo: • Compartimento vertebral ◦ Contém as vértebras cervicais e os músculos posturais associados. • Compartimento visceral ◦ Contém as glândulas tireoide e paratireoides, timo e partes dos sistemas respiratório e digestório. • Compartimentos vasculares ◦ Bilaterais; ◦ Contêm os grandes vasos sanguíneos e o nervo vago. Resumo de anatomia II As duas estruturas especializadas associadas aos sistemas respiratório e digestório são: • Laringe ◦ Parte superior da via aérea inferior; ◦ Presa inferiormente à traqueia e superiormente ao osso hioide, no assoalho da cavidade oral; ◦ Possui uma estrutura de sustentação cartilagínea; ◦ As dimensões de seu canal central oco podem ser ajustadas por estruturas de tecidos moles, as mais importantes são as duas pregas vocais; ◦ Sua abertura superior, ádito da laringe, é inclinada posteriormente e contínua com a faringe. • Faringe ◦ Câmara em forma semicilíndrica; ◦ Paredes presas às margens laterais das cavidades nasais, oral e da laringe; ◦ Nasofaringe: partes da faringe posterior às cavidades nasais; ◦ Orofaringe: parte posterior à cavidade oral; ◦ Laringofaringe: parte posterior à laringe. Funções • Proteção; • Contém as partes superiores dos sistemas respiratório e digestório; ◦ Tem características estruturais para modificar o ar ou alimentos que passam pelos sistemas. • Comunicação; ◦ Fala; ◦ Expressão facial. • Posicionamento da cabeça; ◦ Possibilita posicionar os sistemas sensitivos da cabeça relativamente as indicações ambientais sem ter de mover todo o corpo. Componentes Crânio Ossos interligados por suturas (articulações fibrosas imóveis). Em fetos e recém-nascidos há fontículos, grandes hiatos membranáceos não ossificados entre os grandes ossos planos do crânio. Eles permitem a Resumo de anatomia II deformação da cabeça para passagem pelo canal do parto e também o crescimento pós-natal. → Fechamento dos fontículos: 1o ano de vida. → Ossificação completa das suturas: 3o a 5o década de vida. Há apenas três articulações sinoviais no crânio: • Articulações temporomandibulares (ATMs); ◦ Maiores; ◦ Entre mandíbula e osso temporal. • Articulações entre os ossículos da orelha média. ◦ Entre martelo, bigorna e estribo. Vértebras cervicais Características: • Corpo pequeno; • Processos espinhosos bífidos; • Processos transversos com forames transversários. Os forames transversários formam, ao longo da coluna vertebral cervical, a passagem da a. vertebral e da veia vertebral. O processo transverso de uma típica vértebra cervical contém ainda: • Tubérculo anterior; • Tubérculo posterior. Ambos para a fixação de músculos. CI (atlas) e CII (axis) são modificadas. Osso hioide Pequeno osso em forma de U, no plano horizontal, logo acima da faringe. Ele não se articula diretamente com nenhum outro elemento ósseo da cabeça ou pescoço. Funciona como âncora óssea de grande mobilidade. Resumo de anatomia II Fixação: • Superiormente: assoalho da cavidade oral; • Inferiormente: laringe; • Posteriormente: faringe. Palato mole Estrutura semelhante a uma aba presa com uma dobradiça à parte posterior do palato duro, com a margem posterior livre. Pode ser levantado e abaixado. Músculos Cabeça • M. extrínsecos do olho; ◦ Movem o bulbo do olho e abrem a pálpebra superior. • M. da orelha média; ◦ Ajustam o movimento dos ossos da orelha média. • M. da expressão facial; ◦ Movem a face. • M. da mastigação; ◦ Movem a ATM. • M. do palato mole; ◦ Levantam e abaixam o palato. • M. da língua. ◦ Movem a língua e alteram seu contorno. Pescoço • M. da faringe; ◦ Contraem e levantam a faringe. • M. da laringe; ◦ Ajustam as dimensões da via aérea. • M. infra-hiódeos; ◦ Posicionam a laringe e o osso hioide no pescoço. • M. do cinturão cervical externo; ◦ Movem a cabeça e o membro superior. • M. posturais no compartimento muscular do pescoço. ◦ Posicionam o pescoço e a cabeça. Resumo de anatomia II Relações com outras regiões Tórax Membros superiores Há uma entrada para a axila na parte inferior do pescoço, de cada lado da abertura superior do tórax (desfiladeiro torácico). Sobre a primeira costela passam vasos sanguíneos indo para o membro superior. Pela entrada axilar passam também os componentes cervicais do plexo braquial. Características Níveis CIII/CIV e CV/CVI No nível CIII/CIV, aproximadamente na borda superior da cartilagem tireoide da laringe, a artéria carótida comum bifurca-se em artéria carótida interna e artéria carótida externa. A artéria carótida interna não tem ramos no pescoço, ela supre: cérebro, olho e órbita. Já a artéria carótida externa supre pescoço e outras regiões da cabeça. Entre CV/CVI há o limite inferior da faringe e da laringe, iniciando-se traqueia e esôfago. Nesse local é possível palpar o primeiro entalhe entre a cartilagem cricoide da laringe e o primeiro anel traqueal. Resumo de anatomia II Vias aéreas no pescoço Traqueia e laringe são anteriores ao sistema digestório no pescoço. Cricotireotomia é o acesso mais rápido e fácil. É feito através do ligamento cricotireóideo, entre as cartilagens cricóidea e tireóidea da laringe. Há apenas vasos sanguíneos, tecido conjuntivo, pele e ocasionalmente o lobo piramidal da tireoide no local. A traqueostomia, acesso através da parede anterior da traqueia, é mais complicada, pois há grandes veias e parte da tireoide sobrejacente a essa região. Resumo de anatomia II Nervos cranianos • 12 pares; • Saem do crânio por cavidades ou fissuras; • Todos inervam estruturas do pescoço e cabeça; • O nervo vago desce para tórax e abdome; Fibras parassimpáticas da cabeça são levadas para fora do encéfalo como parte de 4 NC: • III (oculomotor); • VII (facial); • IX (glossofaríngeo); • X (vago). As fibras parassimpáticas de III, VII e XI saem desses nervos e são distribuídas com ramos do nervo trigêmeo (V). Resumo de anatomia II Nervos cervicais São oito: • C1 a C7 emergem do canal vertebral acima de suas respectivas vértebras; • C8 emergem entre C7 e T1. Os ramos anteriores de C1 a C4 formam o plexo cervical. Os ramos principais do plexo cervical suprem: • M infra-hiódeos; • Diafragma (n. frênico);• Pele das partes anterior e lateral do pescoço; • Pele da parede torácica superior e das partes inferiores da cabeça. Os ramos anteriores de C5 a C8, com um grande componente de T1, formam o plexo braquial, que inerva o membro superior. Resumo de anatomia II Divisão funcional das vias dos sistemas digestório e respiratório A faringe é uma câmara comum aos dois sistemas, sendo possível respirar tanto pelo nariz quanto pela boca. Normalmente o palato mole, a epiglote e as estruturas de tecido mole na laringe agem como válvulas para impedir que alimentos passem para partes inferiores do sistema respiratório. Quando a cavidade oral está cheia de alimentos o palato mole é movido para baixo para fechar o istmo das fauces, permitindo a manipulação dos alimentos na cavidade oral simultaneamente à respiração. O esôfago normalmente fica fechado, porque não há estruturas de sustentação óssea para mantê-lo aberto. Na deglutição, o palato mole se eleva para abrir o istmo das fauces, separando parte nasal e oral da faringe para que o alimento não suba. A epiglote fecha o ádito da laringe e ela é puxada para frente e para cima. Recém-nascido possuem laringe mais alta no pescoço, com a epiglote acima do nível do palato mole, podendo mamar e respirar ao mesmo tempo. Durante o segundo ano de vida, a laringe desce para a posição característica dos adultos. Resumo de anatomia II Trígonos do pescoço Músculos trapézio e esternocleidomastoideo dividem o pescoço em trígonos anterior e posterior em ambos os lados. Limites do trígono anterior: • Linha mediana vertical do pescoço; • Margem inferior da mandíbula; • Margem anterior do músculo esternocleidomastoideo. Limites do trígono posterior: • Terço médio da clavícula; • Margem anterior do trapézio; • Margem posterior do músculo esternocleidomastoideo. Resumo de anatomia II Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Esplancnocrânio Também chamado viscerocrânio. Linha traçada a partir do arco superciliar, percorrendo a face lateral do crânio em direção ao meato acústico externo. Composição Ossos Mandíbula e vômer são ossos ímpares. ● Mandíbula; ● Maxilar; ● Zigomático; ● Etmóide; ● Temporal; ● Nasal; ● Lacrimal; ● Palatino; ● Concha nasal inferior; ● Vômer. Aberturas ● Órbita; ● Abertura piriforme (entrada da cavidade nasal). Mandíbula Maior e mais resistente osso da face e o único osso móvel do crânio, com exceção dos ossículos da audição. Em sua base está o corpo da mandíbula, encurvado. Perpendicular ao corpo há os ramos da mandíbula com dois processos: processo condilar (forma ATM) e o processo coronóide (inserção do músculo temporal). Os processos alveolares são os pontos de fixação dos dentes. Página 1 No mento há a protuberância mentual, os tubérculos mentuais e o forame mentual, por onde passa os vasos e nervo mentuais. O sulco para nervo e vasos milohioídeos é o sulco milohioídeo, o nervo alveolar inferior passa pelo forame mandibular e a fossa submandibular é inferior à linha milohioídea. Osso hióide Tem formato de U e não se articula com nenhum outro osso, ele fica suspenso por músculos e ligamentos. Localiza-se anteriormente a cervical, entre a mandíbula e a laringe. Possui um corpo e quatro cornos, dois cornos menores e dois cornos maiores. Página 2 Maxilar Articula-se com todos os ossos da face com exceção da mandíbula. Forma a maior parte do palato duro e circunda a maior parte da entrada piriforme. No forame infraorbital passam os vasos infraorbitais e o nervo infraorbital (ramo de V2). Palatino ● Lâmina horizontal; ● Lâmina vertical ou perpendicular; ● Processo piramidal. Página 3 Página 4 Vômer Forma a base do septo nasal. Suas asas se articulam com o corpo do esfenóide. Página 5 Nasal O septo nasal é formado: ● Infero-posteriormente: ○ Vômer. ● Supero-posteriormente: ○ Lâmina perpendicular do etmóide. Concha nasal inferior Em cada lado da cavidade nasal há três conchas nasais: concha nasal superior, concha nasal média e concha nasal inferior. A superior e média são parte do etmói- de. Já a concha nasal inferior é um osso independente. Osso lacrimal O osso lacrimal fica apoiado na porção medial da cavidade orbital, onde localiza-se o ducto nasolacrimal. Tem relação com o osso maxilar e com o frontal. Página 6 Cada osso lacrimal contém uma fossa da glândula lacrimal, um túnel vertical formado com a maxila e que aloja o saco lacrimal, uma estrutura que acumula as lágrimas e as repassa para a cavidade nasal. Zigomático Ossos que formam as proeminências da bochecha. O forame zigomático-facial dá passagem para os vasos e nervos zigomáticos-faciais. Há também o processo frontal e o processo temporal. O arco zigomático é formado pelo processo zigomático do osso temporal e pelo processo temporal do osso zigomático. Ossos que compõem a cavidade orbital Os ossos cranianos da órbita são o frontal, o esfenóide e o etmóide. Já os ossos da face são palatino, zigomático, lacrimal e maxila. ● Asa maior e menor do esfenóide; ● Etmóide; ● Lacrimal; ● Maxilar forma praticamente todo assoalho; ● Zigomático forma parte do assoalho e margem lateral; ● Frontal compõe toda parte cranial da órbita. Principais acidentes ósseos da fossa nasal ● Canal óptico: n. óptico (NC II) e artéria oftálmica (ramo da a. carótida interna); ● Fissura orbital superior: veia oftálmica superior e NC III, IV, VI e ramos de V1; ● Fissura orbital inferior: a. infraorbital (ramo da a. maxilar), v. oftálmica inferior e ramos de V2. Página 7 Abertura piriforme e septo nasal Componentes do septo nasal: ● Osso vômer; ● Lâmina perpendicular do osso etmóide; ● Cartilagem do septo nasal. O etmóide localiza-se entre as duas órbitas e é a principal estrutura de suporte da cavidade nasal. Ele possui seios etmoidais e espaços aéreos nas massas laterais. Sua lâmina perpendicular forma a porção posterior do septo nasal. O etmóide forma ainda as conchas nasais superior e média. Página 8 Seios paranasais Proporcionam um aumento no tamanho do crânio sem um aumento correspondente de massa. Eles também funcionam como uma câmara de ressonância, melhorando nossa qualidade de voz. O revestimento desses seios é uma mucosa semelhante à da cavidade nasal. Isso ocorre através de orifícios em sua parede lateral. Sinusite: inflamação de um ou mais desses seios. Página 9 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Articulações da região da cabeça Articulações fibrosas Suturas ● Serráteis; ○ Coronal; ○ Sagital; ○ Lambóide. ● Escamosas: uma margem se sobrepõe a outra margem óssea; ○ Temporo-parietal. ● Planas. ○ Intermaxilar; ○ Zigomáticomaxilar; ○ Frontozigomática; ○ Frontonasal; ○ Internasal; ○ Entre outras. Gonfoses São formadas entre as raízes dos dentes e o tecido ósseo dos alvéolos dentários. Articulações cartilaginosas Podem ser hialinas ou de fibrocartilagem. Articulação esfeno-occipital É uma articulação temporária que promove o crescimento docrânio em seu eixo sagital (ântero-posterior). Indivíduos com acondroplasia possuem um distúrbio na formação dos ossos a partir das cartilagens. Isso pode levar ao nanismo, com a presença de um encurtamento da base do crânio. Página 1 Articulações sinoviais Cápsula articular com cavidade preenchida por líquido sinovial. Articulação temporomandibular (ATM) Entre o processo condilar da mandíbula e a fossa mandibular do osso temporal. Permite movimentos laterais, de protrusão e retrusão e de abertura e fechamento da boca. Há um disco articular fibrocartilaginoso que impede impactos entre as superfícies ósseas. Além disso, as superfícies ósseas são revestidas por tecido cartilaginoso. Para estabilização desta articulação, há a cápsula articular e alguns ligamentos, como o ligamento temporomandibular lateral, o ligamento esfenomandibular e o ligamento estilomandibular. Página 2 Articulação atlanto-occipital Ocorre entre as faces articulares superiores do atlas e os côndilos do osso occipital e permite a flexão e a extensão da cabeça. Ela é estabilizada pela membrana atlanto-occipital anterior (de C1 até a margem anterior do forame magno) e pela membrana atlanto-occipital posterior ( de C1 até margem posterior do forame magno). Página 3 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Articulação temporomandibular Juntura sinovial entre cabeça da mandíbula e fossa mandibular do osso temporal, limitada até certo ponto pelo tubérculo articular do osso temporal. O disco articular fica ancorado ao tendão do m. pterigóideo lateral. A cápsula articular recebe a inserção do m. pterigóideo lateral. Ligamentos Ligamento lateral (temporomandibular) Do arco zigomático até a superfície late- ral do colo da mandíbula. Ligamento esfenomandibular Da espinha do osso esfenóide até a língula da mandíbula. Ligamento estilomandibular Do processo estilóide e o ângulo e borda superior do ramo da mandíbula. Inervação Ramos do nervo aurículo-temporal e massetérico e/ou temporal profundo, ramo do mandibular (V NC). Irrigação Artérias temporal superficial e maxilar. Página 1 Movimentos da mandíbula íbula A cabeça da mandíbula pode escapar em direção anterior para a fossa infra-orbital quando a boca está aberta, isto é, quando a cabeça está situada sobre o tubérculo articular. A redução é acompanhada pela depressão da parte posterior da mandíbula e elevação do mento. Página 2 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Inervaçã� d� fac� A inervação sensitiva deriva do nervo trigêmeo e a inervação motora possui grande influência do nervo facial. Nervo trigêmeo (NC V) Possui três ramos: ● V1: oftálmico; ● V2: maxilar; ● V3: mandibular. Nervo oftálmico Fornece ramos para a região da fronte e região periorbital Nervo maxilar Fornece ramos para a região do interior do esplancnocrânio e seios da face e região da maxila. Página 1 Nervo mandibular Nervo sensitivo-motor. Fornece sensibilidade para a região da cavidade oral e região temporoparietal através do nervo auriculotemporal. Possui divisão motora para os músculos da mastigação. Nervo facial (NC VII) Possui inervação motora somática e inervação motora visceral: ● Somática: ○ M. da mímica facial; ○ M. estilo-hióideo; ○ Ventre posterior do m. digástrico. ● Visceral: ○ Glândula submandibular; ○ Glândula sublingual; ○ Glândula lacrimal. Emerge de dentro da parótida, mas não a inerva (a inervação da parótida é feita pelo glossofaríngeo). Inervação sensitiva: ● Geral; ○ Pavilhão auricular; ○ Meato acústico externo. ● Especial. ○ Paladar. O nervo facial emerge do interior da parótida. No meio da glândula ele divide-se em dois troncos, o tronco temporofacial e o tronco cervicofacial. Do temporofacial nascem os ramos: ● Temporal; ● Zigomático; ● Bucal. Do cervicofacial nascem os ramos: ● Marginal da mandíbula; ● Cervical. Página 2 Os dois troncos fornecem ramos para formar o ramo bucal. Página 3 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Vascularização da face Artérias As anastomoses conectam as circulações dos dois lados da face. A maioria das artérias da face é ramo da carótida externa. Pouco antes do ramo da mandíbula a carótida em carótida interna e carótida externa. O primeiro ramo anterior da artéria carótida externa é a artéria tireóidea superior, seguida pela artéria lingual e artéria facial. Em um grande número de pessoas essas duas artérias saem de um tronco linguofacial. Passando pelo músculo digástrico, há bifurcação em artéria maxilar e artéria temporal superficial. Os ramos posteriores da carótida externa são a artéria faríngea ascendente, artéria occipital e artéria auricular posterior. Página 1 Artéria facial Termina no ângulo medial do olho, anastomosando-se com ramos da artéria oftálmica (a artéria facial é mais anterior e mais tortuosa do que a veia facial). Possui trajeto tortuoso e anastomoses no plano mediano. Artéria maxilar Seu primeiro ramo é a artéria meníngea média. Origina ainda o ramo alveolar inferior, ramo para os m. pterigóideos mediais, ramo para o nervo massetéricos, ramo alveolar superior, ramo infraorbital (anastomosa-se com o ramo infraorbital da artéria facial), ramos temporais profundos, entre outros. Página 2 Veias Extremamente variável. Desaguam basicamente em uma veia retromandibular que drena para constituir a veia jugular externa. A veia facial deságua na veia jugular externa. Página 3 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Múscul�� d� mímic� Músculos dérmicos ou cuticulares. São músculos localizados na região do couro cabeludo, face e pescoço. São bastante delgados e localizam-se superficialmente. Todos são inervados pelo nervo facial. O nervo esquerdo inerva a porção esquerda da face e o nervo direito inerva a porção direita. Por sua fixação na derme, são capazes de mover a pele do couro cabeludo, face e pescoço e, dessa maneira, exprimir estados emocionais. Todos possuem no mínimo uma fixação dérmica. Músculos do couro cabeludo e da orelha M. occipitofrontal Maior e mais importante. Possui dois ventres, um frontal e um occipital, entre eles há uma aponeurose (gálea aponeurótica). O ventre anterior fixa-se somente na derme. Insere-se na linha nucal superior e na derme. Eleva a pele da fronte e supercílio; forma pregas horizontais na testa. M. auriculares ● Auricular anterior; ● Auricular superior; ● Auricular posterior. Começaram a desaparecer por questões evolutivas e, normalmente, são atrofiados. Suas origens são a gálea aponeurótica e processo mastóide do temporal e inserção no pavilhão auricular. Página 1 Músculos da órbita M. corrugador do supercílio Possui fibras horizontais. Aproxima as sobrancelhas da linha média e causa rugas verticais na testa. M. orbicular do olho Fibras dispostas circularmente ao redor dos olhos. Abre e fecha os olhos e protege o bulbo do olho. Possui três porções: ● Parte orbital, mais externa; realiza o fechamento forçado das pálpebras; ● Parte palpebral, na pálpebra superior e inferior; realiza o fechamento suave das pálpebras (piscar de olhos e sono); ● Parte lacrimal, atrás do saco lacrimal; pressiona o saco lacrimal e, assim, facilita oescoamento da lágrima. A paralisia do orbicular resulta na dificuldade em fechar o olho, queda da pálpebra inferior. Isso pode causar desidratação do olho. Página 2 Músculos do nariz M. prócero Insere-se na pele da glabela e supercílio e sua origem é no osso nasal. Contrai abaixando a pele da glabela e cria pregas transversais na base do nariz. Geralmente age junto com o corrugador do supercílio para produzir uma expressão de raiva. M. nasal Possui duas partes, uma transversal que estende-se sobre as laterais do nariz e uma alar, localizada inferior aos m. da boca. Ambos originam-se no processo al- veolar da maxila. A porção transversa insere-se no dorso do nariz e a porção alar insere-se na cartilagem alar e na asa do nariz. Age afinando a ponte do nariz, ou seja, estreitando seu diâmetro transverso (parte transverso) e dilatando as narinas (parte alar). M. depressor do septo nasal Pequena lâmina muscular quadrilátera na parte inferior do septo nasal. Abaixa a asa do nariz puxando o septo nasal para baixo. Músculos da boca M. levantador do lábio superior e da asa do nariz Suas fibras inserem-se tanto na asa do nariz quanto no lábio superior e contrai levantando o nariz e o lábio superior simultaneamente. Além disso, causa a elevação e a eversão do lábio superior e a dilatação das narinas. Possui origem no processo frontal da maxila e insere-se no sulco nasolabial, pele e cartilagem da asa do nariz e a pele do lábio superior. M. levantador do lábio superior Músculo pequeno e um pouco mais profundo, vai do rebordo infraorbital e forame infraorbital até a pele do lábio superior. Ressalta o sulco nasolabial. Página 3 M. orbicular da boca Único constritor. Esfíncter, fecha a boca. Localiza-se no interior do lábio, entre a pele e a mucosa. Não possui origem óssea. Possui importante papel na mastigação e articulação das palavras. M. zigomático menor e m. zigomático maior Dispostos diagonalmente, com origem no zigomático, fixam-se no ângulo da boca e no lábio superior, puxando a boca. São responsáveis pelo sorriso largo. O m. zigomático menor é um m. inconstante. M. risório M. inconstante, frequentemente ausente. Move lateralmente a comissura labial, ou seja, puxa os ângulos da boca horizontalmente. Tem origem na fáscia do músculo masseter e inserção no ângulo da boca. M. levantador do ângulo da boca Direção de fibras vertical. Sorriso lateral. Move o lábio superior súpero-lateralmente e põe o canino descoberto. Acentua o sulco nasolabial. M. depressor do ângulo da boca Bastante superficial. Deprime o ângulo da boca, tracionando inferiormente a comissura labial. M. depressor do lábio inferior Mais medial do que o músculo depressor do ângulo da boca. Quadrilátero e com orientação oblíqua. Abaixa e desloca o lábio inferior para fora. M. mentual Próximo à linha média. Cobre a superfície do queixo e puxa a boca para baixo, causando eversão do lábio inferior e eleva a pele do mento. Torna plano o assoalho do vestíbulo. M. bucinador Localiza-se entre a pele da bochecha e a mucosa, dando forma às bochechas e formando a parede lateral da boca. Mantêm a tensão das bochechas na mastigação, atua na sucção dos recém-nascidos e atua na expressão de sorriso largo e gargalhada. Esse músculo é atravessado pelo ducto parotídeo. Página 4 Músculos da região cervical M. platisma Músculo bastante fino. Cobre a região ântero-lateral da cervical. Origina-se nas fáscias que revestem os mm. peitoral maior e deltóide e insere-se na mandíbula e pele da parte inferior da face. Retesa a pele do pescoço, puxa os ângulos da boca pra baixo, além de alargar a rima da boca. Página 5 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Múscul�� d� mastigaçã� São inervados pela divisão motora do nervo mandibular (V3) do trigêmeo (V NC). M. masseter Principal músculo da mastigação. Tem formato quadrangular, recobrindo a face lateral do ramo da mandíbula. Ajuda nos movimentos de cerrar os dentes, elevação e protrusão da mandíbula, além de auxiliar os outros músculos a mover a mandíbula lateralmente. Tem origem na borda inferior do arco zigomático e inserção no ramo e ângulo da mandíbula. O ducto da parótida passa superficialmente ao m. masseter. Página 1 M. temporal M. em forma de leque que eleva e retrai a mandíbula, além de fechar a boca. Recobre a região temporal. Tem origem no assoalho da fossa temporal abaixo da linha temporal inferior. Suas fibras convergem e inserem-se no processo coronóide na borda anterior do ramo da mandíbula. Página 2 M. pterigóide medial Em conjunto com o lateral, abaixa e protrai a mandíbula. Tanto o lateral quanto o medial, atuando isoladamente, movem lateralmente a mandíbula. Localiza-se na face medial do ramo da mandíbula. Auxilia o m. masseter na elevação da mandíbula. Suas fibras ficam embaixo das do m. temporal. Possui uma cabeça superficial e uma profunda. A cabeça profunda tem origem na face medial da lâmina lateral do processo pterigóide e do processo piramidal do osso palatino. Já a cabeça superficial tem origem no processo piramidal do palatino e tuberosidade da maxila. Sua inserção é na superfície medial da mandíbula, próximo ao ângulo. Página 3 M. pterigóide lateral Localiza-se na fossa infratemporal e atua na protração da mandíbula. Possui duas cabeças, uma superior e uma inferior. A origem da cabeça superior é na superfície infratemporal e crista da asa maior do esfenóide. A origem da cabeça inferior é na superfície lateral da lâmina lateral do processo pterigóide. Sua inserção é na cápsula da ATM. Página 4 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Glândula� salivare� ● Parótida; ● Submandibular; ● Sublingual; ● Numerosas outras glândulas na língua, lábio, bochechas e palato. Parótida Maior das três glândulas pares. Estrutura lobulada, amarela e irregular. Ocupa o espaço entre o esternocleidomastóideo e a mandíbula. Anatomia de superfície Abaixo do arco zigomático, inferior e anterior ao meato acústico externo, anterior ao processo mastóide, sobre o masseter e na extremidade inferior abaixo e atrás do ângulo da mandíbula. Relações superficial e lateral A divisão da carótida externa ocorre inferiormente à parótida. Os vasos temporais superficiais emergem da base juntamente com o nervo aurículo-temporal. A porção mais lateral/superficial tem ampla relação com linfonodos. Superfície anterior Sulcada pelo ramo da mandíbula e pelo músculo masseter, apresenta lábios lateral e medial. O ducto parotídeo, o nervo facial e a artéria transversa da face emergem pelo lábio lateral da superfície anterior. Página 1 Superfície posterior Relaciona-se com o meato acústico externo. Sulcada pelo processo mastóide, pelo músculo esternocleidomastóideo e digástrico e pelo processo estilóide e músculos que aí se inserem. Estruturas relacionadas Localizam-se parcialmente no interior da glândula da superfície e a profundidade: ● N. facial; ● Veia retromandibular, temporal superficial e maxilar; ● Artéria carótida externa. ○ Divide-se no interior da glândula em seus ramos terminais: temporal superficial e maxilar. Ducto parotídeo Cerca de 5 cm de comprimento, emerge por baixo da superfície lateral da glândula e perfura o corpo adiposo da mandíbula e o músculo bucinador. Abre-se no lado oposto da coroa do segundo molar superior no óstio do ducto parotídeo. Parotidite ou caxumba Inflamação do ducto parotídeo. O óstio do ducto parotídeo fica hiperemiado, indicando que a doença envolve a glândula parótida e não os dentes. Inervação Todas as glândulas salivares são inervadas por fibras simpáticas e parassimpáticas. Sua inervação simpática é realizada pelo glossofaríngeo. Fibras simpáticas pré-ganglionares: glossofaríngeo → timpânico → petroso menor. Sinapse no gânglio ótico. Fibras simpáticas pós-ganglionares: seguem até a parótida pelo auriculotemporal. Pelas comunicações entre o glossofaríngeo e o facial (através do nervo corda do tímpano e o gânglio ótico), é possível que o nervo facial também envie fibras secretoraspara as parótidas. A inervação simpática da glândula salivar inclui fibras vasomotoras. Submandibular Parte superficial (cervical) e uma parte profunda (oral), que se continua ao redor da borda posterior do m. milo-hióideo. Parte profunda se localiza: ● Lateralmente ao m. milo-hióideo; ● Medialmente ao m. milo-hióideo; ● Abaixo do n. lingual e acima do hipoglosso. Página 2 Inervação Assim como a sublingual, recebe inervação parassimpática do nervo facial pelo nervo corda do tímpano. Fibras simpáticas pré-ganglionares: corda do tímpano → nervo lingual. Sinapse no gânglio submandibular e distribui-se para as glândulas submandibular e sublingual. Fibras simpáticas também secretomotoras. Devido a presença de comunicação entre o n. facial e o glossofaríngeo é possível que haja fibras de ambos nervos cranianos. Ducto submandibular Cerca de 5 cm de comprimento, emerge do processo profundo. O ducto se abre por intermédio de um a três orifícios da cavidade oral, sobre a papila sublingual, ao lado do frênulo da língua. Ramos terminais do nervo lingual ascendem medialmente ao ducto submandibular. Relação com vasos faciais: a artéria facial emerge profundamente à glândula, a veia facial é mais superficial. Sublingual A menor das três principais glândulas salivares pares. Ductos em número de 10 a 30 aproximadamente. Abrem-se, na maioria das vezes, separadamente na cavidade oral, porém alguns podem abrir no ducto submandibular. Inervação semelhante a glândula submandibular. Página 3 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Boc� � cavidad� ora� A boca pode ser dividida em duas regiões, cavidade própria da boca e vestíbulo da boca (região entre os lábios e os arcos dento-alveolares). Limites anatômicos da cavidade oral Anterior: vestíbulo e dentes; Posterior: laringe, faringe e tonsilas; Inferior: língua e pavimento da boca; Superior: palato duro e palato mole. Lábios Os lábios são pregas cutâneo-mucosas músculo-fibrosas e o espaço entre eles é chamado rima da boca. O tamanho da rima da boca é controlado pelos músculos periorais, como o orbicular da boca (esfíncter da rima), bucinador, risório e depressores e elevadores da boca (dilatadores da rima). Freios labiais superior e inferior prendem os lábios às gengivas. Às vezes há outro frênulo menor situado lateralmente nas regiões vestibulares pré-molares. Vascularização As artérias labiais superior e inferior, ramos das artérias faciais, anastomosam-se entre si nos lábios para formar um anel arterial. O lábio superior é irrigado por ramos labiais superiores das artérias facial e infraorbital. O lábio inferior é vascularizado por ramos labiais inferiores das artérias facial e mentual. A vascularização dos lábios é abundante e superficial, com anastomoses arteriovenosas inervadas pelo sistema simpático. Frente a uma baixa temperatura ambiente, há redirecionamento de uma parte considerável do sangue de volta para o centro do corpo, reduzindo a perda de calor e, ao mesmo tempo, provocando a cianose labial. Porém, quando a coloração azul-arroxeada não resulta do frio, pode ser um indicativo de muitas doenças. Inervação O lábio superior é suprido por ramos labiais superiores dos nervos infraorbitais (ramo maxilar do trigêmeo), e o lábio inferior é suprido pelos ramos labiais inferiores dos nervos mentuais (do ramo mandibular do trigêmeo). Drenagem linfática Lábio superior e das partes laterais do lábio inferior: linfonodos submandibulares. Parte medial do lábio inferior: linfonodos submentuais. Página 1 Bochechas São as partes móveis da cavidade oral. Os principais músculos são os bucinadores, superficialmente a eles há gordura encapsulada, maiores em lactentes. As bochechas são supridas por ramos bucais da artéria maxilar e inervadas por ramos bucais do nervo mandibular. Língua Nos ⅔ anteriores da língua estão as papilas: Circunvaladas próximas ao sulco terminal; Fungiformes e filiformes anteriormente; Foliáceas localizadas lateral e posteriormente. Dividindo as porções ante- rior e posterior da língua está o sulco terminal ou V lingual, o qual apresenta em seu vértice um forame cego, resquício do ducto tireoglosso (origem da tireóide e da língua). O ⅓ posterior ou raiz da língua associa-se intimamente com a epiglote pelas pregas glossofaríngeas medianas e laterais. Nessa região estão as tonsilas linguais, um acúmulo de tecido linfóide. Inervação ● Inervação motora: hipoglosso (NC XII); ● Inervação sensitiva: ○ ⅓ posterior: glossofaríngeo (NC V); ○ ⅔ anteriores: ■ Inervação sensitiva geral: trigêmeo (NC V); ■ Inervação sensitiva especial: facial (NC VII), através do nervo corda do tímpano. Musculatura ● Intrínseca; ○ Longitudinal superior; ○ Longitudinal inferior; ○ Vertical; ○ Transverso. Página 2 ● Extrínseca. ○ Palatoglosso; ○ Genioglosso; Tubérculos genianos na porção posterior do mento. ○ Hioglosso; Osso hióide. ○ Estiloglosso Processo estilóide. Além desses músculos, o músculo bucinador possui importante papel na movimentação do bolo alimentar. Palato Palato duro Forma o teto da cavidade oral e assoalho das cavidades nasais. O palato duro é a base óssea, presente nos ⅔ anteriores do palato, formada pelos processos palatinos das maxilas e pela lâmina horizontal do osso palatino. Os forames que são atravessados pelos nervos nasopalatinos situam-se na fossa incisiva, uma depressão na linha mediana do palato ósseo. Medial ao dente serotino (siso), o forame palatino maior perfura a margem lateral do palato ósseo, por onde os vasos e o nervo palatinos maiores emergem e seguem anteriormente. Os forames palatinos menores, posteriores ao forame palatino maior, perfuram o processo piramidal do palatino, dando passagem aos nervos e vasos palatinos menores até o palato mole e estruturas adjacentes. Palato mole ⅓ posterior móvel do palato, o palato mole é uma estrutura muscular e mucosa que pende longitudinalmente (véu palatino). Abaixo dessa mucosa encontram-se glândulas salivares menores. Sua parte aponeurótica anterior é reforçada pela aponeurose palatina, que se fixa à margem posterior do palato duro. A aponeurose tem a parte anterior espessa e a parte posterior fina. O palato mole é formado por dois arcos, palatoglosso e palatofaríngeo, e entre eles há a fossa palatina alojando a tonsila palatina. Na parte postero-inferior o palato mole tem margem livre curva da qual pende um processo cônico, a úvula palatina. Os arcos (pilares das fauces), junto com a base da língua, delimitam a região das fauces, a passagem da boca para a orofaringe. O istmo das fauces é o espaço estreito e curto que faz a conexão entre a cavidade própria da boca e a parte oral da faringe. Página 3 Vascularização A artéria palatina descendente ramifica-se em artérias palatina maior e menor. A principal responsável pela irrigação do palato é a artéria palatina maior. A artéria palatina menor se anastomosa com a artéria palatina ascendente, um ramo da artéria facial. As veias do palato são tributárias do plexo venoso pterigoideo. Inervação Os nervos sensitivos do palato são ramos do nervo maxilar. Os nervos palatinos acompanham as artérias através dos forames palatinos maior e menor. Dentes Uma criança possui 10 dentes e um adulto 16. São 3 molares, 2 pré-molares, 1 canino e 2 incisivos em cada metade do arco. Partes dos dentes: ● Coroa: projeta-se da gengiva; ● Colo: situado entre a coroa e a raiz; ● Raiz: fixada no alvéolo dental pelo periodonto. A maior parte do dente é formada por dentina, coberta por esmalte sobre a coroa e por cemento sobre a raiz. As raízes dos dentes são unidas ao osso do alvéolo por uma suspensão maleável que forma um tipo especial de articulação fibrosa denominada sindesmose dentoalveolar ou gonfose. Termos utilizados na localização de lesões: vestibular/bucal (lateral); oral/lingual (mediana); mesial (anteriormente); distal (posteriormente). Glândulas salivares ● Glândulas salivares menores; ● Glândulas salivares maiores. ○ Parótidas; ○ Submandibulares; ○ Sublinguais.Parótidas Maior das glândulas salivares. Localiza-se posterior ao ramo da mandíbula e anterior ao músculo esternocleidomastóideo. Não raramente, possui uma pequena extensão sobre o músculo masseter, denominada glândula parótida acessória. O ducto parotídeo atravessa transversalmente o ramo da mandíbula e o músculo masseter. Anteriormente a esse músculo, faz praticamente 90ͦ e penetra no músculo bucinador, alcançando o vestíbulo da boca em sua parte superior. O óstio do ducto Página 4 parotídeo localiza-se na papila do ducto parotídeo, na altura do segundo molar superior. O nervo facial deixa o crânio pelo forame estilomastóideo e atravessa a parótida, dividindo-a em duas porções, uma superior e outra inferior a ele. Dentro da glândula forma o plexo parotídeo, de onde saem seus ramos terminais rumo aos músculos da mímica. Processos infecciosos (parotidite) podem levar a alterações na inervação dos músculos da mímica. Além disso, intervenções cirúrgicas devido, por exemplo, a tumores de parótida, devem evitar lesar o nervo facial. Submandibulares e sublinguais Desembocam lateralmente ao freio da língua. Além disso, a sublingual desemboca em vários ductos menores na prega que estende-se lateralmente ao freio da língua. Página 5 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Dente� Porções dos dentes ● Coroa: parte visível na boca co- berta por esmalte; ● Colo: parte da raiz adjacente a coroa, incrustado na gengiva; ● Raiz: fixada num alvéolo, coberta por cemento. Cemento prende os dentes aos ligamentos, ele cobre o colo e a raiz do dente. O esmalte é mais externo. Profunda- mente há dentina, coberta por esmalte na coroa e por cemento no colo. A cavidade do dente ou cavidade pulpar: ocupada pela polpa, tecido conectivo, vasos sanguíneos e nervos. Na coroa, a cavidade do dente chama-se câmara pulpar. Nas raízes, cada um abre-se por forames apicais na ponta da raiz. Os vasos e nervos entram e saem do dente pelo forame apical. Tipos de dentes Incisivos ● Cortam a comida; ● Bordas cortantes; ● Raiz única. Caninos ● Dentes longos; ● Uma cúspide proeminente; ● Auxiliam no corte dos alimentos. Pré-molares (bicúspides) ● Frequentemente apresentam 2 cúspides ou tubérculos; ● Auxiliam na trituração dos alimentos. Molares ● Trituram e moem os alimentos; ● Possuem de 3 a 5 cúspides; ● Cada molar superior apresenta três raízes e os inferiores duas raízes. Página 1 Dentições Dentes decíduos 10 na maxila e 10 na mandíbula. O primeiro nasce entre o sexto e oitavo mês de vida e o último entre o vigésimo e o vigésimo quarto mês. Se desprendem entre sexto e décimo segundo ano de vida. A migração dos dentes permanentes em direção a cavidade oral causa a reabsorção da raiz do dente decíduo. Dentes permanentes 16 dentes em cada arco dental no adulto. ● 4 incisivos (cortadores); ● 2 caninos (perfuradores); ● 4 pré-molares; ● 6 molares (trituradores). A erupção inicia aos 6 e termina aos 18 anos, exceto os terceiros molares (até os 30 anos). Nomenclatura dental ● Quadrante superior D = 1 ● Quadrante superior E = 2 ● Quadrante inferior E = 3 ● Quadrante inferior D = 4 Para os dentes decíduos os quadran- tes são numerados de 5 a 8 e os elementos de 1 a 5. Cárie Desintegração localizada de um ou mais tecido dental. Inicia-se quando os resíduos alimentares e as bactérias interagem, produzindo ácidos que podem destruir o esmalte e a dentina e, em alguns casos, a raiz do dente. Se não for diagnosticada e tratada a tempo, atinge a dentina, produzindo a sensibili- dade. Seu progresso continua gerando a dor até provocar a morte da polpa e, finalmen- te, um abcesso. Placa dental Acúmulo de bactérias da flora bucal sobre a superfície dos dentes. Tártaro ou cálculo dental Camada de sais de cálcio derivados da saliva. Página 2 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Nari� � cavidad� nasa� O termo nariz descreve o nariz externo, visível na face, e a cavidade nasal, que se estende consideravelmente para trás. Funções ● Libertar a si próprio de substâncias estranhas extraídas do ar; ● Olfação; ● Fornecer uma via aérea para a respiração; ● Filtrar, aquecer e umidificar o ar inspirado. Nariz externo Apresenta uma extremidade livre ou ápice livre, que se prende à parte da fronte através de uma raiz ou ponte do nariz. O dorso do nariz fica localizado entre o ápice e a ponte do nariz. O nariz possui duas narinas, limitadas medialmente pelo septo nasal e lateralmente pelas asas do nariz. A parte superior do nariz está presa aos ossos nasal, frontal e maxilar. A parte inferior apresenta uma estrutura de cartilagem hialina que inclui: ● Cartilagem do septo nasal; ● Expansões laterais denominadas cartilagens laterais. Vascularização Ramos da artéria facial (a. nasal lateral) e oftálmica (a. etmoidal anterior). Inervação cutânea Nervos oftálmico (n. etmoidal anterior) e maxilar (n. nasal interno do infraorbital). Página 1 Cavidade nasal Estende-se desde as narinas até as coanas. Relaciona-se: ● Lateralmente: ○ Seio maxilar e etmoidal. ● Abaixo; ○ Palato duro. ● Posteriormente; ○ Nasofaringe. ● Superiormente. ○ Com o seio frontal; ○ Fossa anterior do crânio; ○ Seio esfenoidal; ○ Fossa média do crânio. Limites da cavidade nasal: ● Teto; ○ Cartilagens nasais; ○ Osso nasal; ○ Lâmina crivosa do etmóide; ○ Corpo do esfenóide; ○ Partes do vômer; ○ Palatino. ● Assoalho; ○ Processo palatino da maxila; ○ Lâmina horizontal do palatino. ● Posterior; ○ Coanas (comunicam a cavidade nasal com a orofaringe). ● Parede lateral; ○ Caracterizada pelas projeções mediais das conchas nasais e dos meatos subjacentes; ○ Nasal; ○ Maxilar; ○ Lacrimal; ○ Etmóide; ○ Concha nasal inferior; ○ Palatino; ○ Esfenóide. ● Parede medial ou septo nasal. ○ Cartilagem do septo; ○ Lâmina perpendicular do etmóide; ○ Vômer. Página 2 Subdivisões Vestíbulo: discreta dilatação no interior de cada narina. Região respiratória: coberta por membrana mucosa. Região olfatória: limitada pela conch nasal superior e pelo ⅓ superior do septo nasal. Conchas nasais Concha nasal suprema (inconstante); Concha nasal superior; Concha nasal média; Concha nasal inferior: um osso separado, sua borda superior articula- -se com maxilar, lacrimal, etmóide e palatino. Indivíduos que sofrem de alergias e atopias costumam ter as conchas nasais edemaciadas, o que diminui o espaço para o ar passar, levando a uma respiração oral. Página 3 Recessos e meatos Recesso esfenoetmoidal: atrás da concha superior. Meato superior: coberto pela concha superior. Meato médio: coberto pela concha média. Meato inferior: entre a concha inferior e o palatino. Recesso esfenoetmoidal Espaço acima e atrás da concha superior. Recebe a abertura do seio esfenoidal. A concha suprema e o meato supremo podem estar presentes. Meato superior Espaço coberto pela concha superior. Recebe as aberturas do grupo posterior de células etmoidais. Em um crânio seco vê-se o forame esfenopalatino. Meato médio Coberto pela concha média. Continua-se anteriormente com uma depressão denominada átrio, o qual localiza-se acima do vestíbulo e é limitado por uma crista. Recebe as aberturas dos seios maxilar e frontal e do grupo anterior das células etmoidais. O átrio do meato nasal médio é delimitado do vestíbulo nasal por uma crista. Hiato semilunar: fenda curva que recebe a abertura do seio maxilar. Página 4 Infundíbulo etmoidal: passagem estreita que corre em direção superior e anterior. Recebe as aberturas do seio frontal e de algumas células etmoidais anteriores. Células etmoidais médias abrem-se no meato nasal médio, na bolha ou bulha etmoidal. Meato inferior Entre a concha inferior e o osso palatino. Recebe a terminação do ducto nasolacrimal. Inervação sensitiva Sensibilidade geral: derivados das duas primeiras divisões do V NC (V1 e V2, oftálmico e maxilar). A porção anterior da cavidade nasal é inervada pelo nervo etmoidal anterior, ramo nasociliar do n. oftálmico. A porção posterior e maior parte da cavidade é por fibras derivadasdo nervo maxilar (talvez facial )que partem do gânglio pterigopalatino. A principal inervação simpática e parassimpática da cavidade nasal provém do gânglio pterigopalatino: fibras parassimpáticas do nervo facial (nervo intermédio) passam pelo nervo petroso maior para o gânglio pterigopalatino; as fibras pós-ganglionares são de função vasodilatadora e secretora. Fibras simpáticas, dos segmentos torácicos superiores da medula espinhal, fazem sinapse no gânglio cervical superior; fibras pós-ganglionares passam através do plexo carotídeo interno, para alcançar o gânglio pterigopalatino. São, sobretudo, vasoconstritores. Página 5 Inervação especial A mucosa da porção olfatória possui uma coloração amarelada. As células olfatórias são neurônios bipolares. As fibras nervosas passam através dos forames da lâmina crivosa do etmóide e entram no bulbo olfatório onde fazem sinapse. Vascularização As artérias mais importantes para a cavidade nasal são a esfenopalatina (ramo da maxilar) e a etmoidal anterior (ramo da oftálmica). Quando há epistaxe pode ser ramo de uma das duas que está lesionada. Página 6 Veias e linfáticos As veias formam um plexo abaixo da mucosa e geralmente acompanham as artérias. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos cervicais profundos. Recesso esfenopalatino Drena seio esfenoidal Meato nasal superior Células etmoidais posteriores Meato nasal médio Células etmoidais anteriores e médias pela bulha etmoidal; os seios frontal e maxilar deságuam no hiato semilunar; abertura no abertura do ducto nasolacrimal Página 7 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Sei�� paranasai� São cavidades encontradas no interior dos ossos maxilar, frontal, esfenóide e etmóide. Aumentam de tamanho durante o período embriológico e infância. Desenvolvem-se a partir da cavidade nasal, de onde todos são drenados, direta ou indiretamente para o interior da cavidade. Inervados por ramos dos nervos oftálmico e maxilar (ramos do trigêmeo). Desenvolvimento São muito pequenos ao nascimento, porém aumentam muito durante a puberdade e vida adulta. Seio maxilar Maior dos seios paranasais, situado no corpo do maxilar. Inervado pelos nervos alveolares superior, anterior e posterior e infra-orbital. Drena por uma ou mais aberturas no meato médio da cavidade nasal, através do hiato semilunar. Seio etmoidal Compreende numerosas pequenas cavidades no labirinto etmoidal , entre a órbita e a cavidade nasal. As partes do seio são denominadas células etmoidais. Segundo suas aberturas elas podem ser classificadas como: ● Grupo anterior: drenam para o meato médio; ● Grupo posterior: drenam para o meato superior e supremo. Seio frontal Abre-se no meato médio, diretamente através de uma passagem (ducto frontonasal) em uma das seguintes localizações: ● Anterior ao meato médio; ● Anterior ao infundíbulo etmoidal; ● Acima do infundíbulo etmoidal. Página 1 Inervado pelo nervo supra-orbital do oftálmico. Seio esfenoidal Situado no corpo do esfenóide. Abre-se por um orifício na parte superior de sua parede anterior no recesso esfenoidal da cavidade nasal. Inervado principalmente por ramos do nervo maxilar. Página 2 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Faring� Túbulo fibromuscular localizado posteriormente às cavidades nasal, oral e da laringe. Estende-se desde a base do crânio até o nível inferior da cartilagem cricóidea (VI vértebra cervical). Tem 15 cm de comprimento. Mais larga ao nível do osso hióide (5 cm) e mais estreita na sua extremidade inferior (1,5 cm). É uma via comum para ar e alimentos. Recebe as coanas superiormente, o istmo das fauces na porção média e a abertura da laringe inferiormente, através do ádito da laringe. A parede posterior repousa contra a lâmina pré-vertebral da fáscia cervical. Entre a lâmina pré-vertebral e a faringe existe um espaço retrofaríngeo virtual, o espaço retrofaríngeo. Porções Divide-se em: ● Nasofaringe ou epifaringe: da base do crânio ao ápice da úvula; ● Orofaringe ou mediofaringe: do ápice da úvula ao ápice da epiglote ; ● Laringofaringe ou hipofaringe. Camadas A parede da faringe é composta por cinco túnicas: ● Túnica mucosa; ● Tela subcutânea: tec. conjuntivo; ● Túnica fibrosa (formada pela fáscia faringobasilar): forma semicircular com a parte anterior aberta, exceto na aderência com a laringe, onde é circular; fixa-se ao tubérculo faríngeo do occipital; ● Túnica muscular: camada interna longitudinal e camada externa circular (ao contrário do resto do tubo digestivo); ● Túnica de tecido conectivo frouxo que forma a fáscia bucofaríngea (contém o plexo faríngeo de nervos e veias). Músculos externos Pares de músculos constritores (sobrepõem-se uns aos outros): ● Superior (mais interno); ● Médio; ● Inferior (mais externo). Função: constringir a faringe na deglutição. Inervados pelo plexo faríngeo (IX e X NC). Página 1 M. constritor superior Origem: hâmulo pterigóideo, rafe pterigomandibular, linha milo-hióidea. Inserção: rafe mediana da faringe. M. constritor médio M. constritor inferior Origem na linha oblíqua da cartilagem tireóidea, fáscia sobre o músculo cricotireóideo, lado da cartilagem cricóide. Inserção na rafe mediana da faringe. As fibras inferiores (porção cricofaríngea) não inserem-se na rafe mediana, elas são completamente circulares, formando praticamente um esfíncter no local onde a faringe liga-se ao esôfago. Suas fibras dirigem-se para cima, horizontalmente e para baixo. No arranjo dos músculos constritores existem 4 deficiências (ou lacunas) para que estruturas entrem na faringe: 1. Acima do constritor superior: tuba auditiva, m. levantador do véu palatino. 2. Entre o constritor superior e médio: entrada para a boca - n. glossofaríngeo, n. lingual, a. lingual e n. hipoglosso. 3. Entre o constritor médio e inferior: ramo interno do n. laríngeo superior. 4. Abaixo do constritor inferior: n. laríngeo recorrente. O nervo vago origina os ramos laríngeo superior e inferior (= recorrente), o superior gera um ramo interno e um externo. Página 2 Músculos internos A túnica muscular interna (longitudinal consiste em três músculos): ● M. estilofaríngeo; ● M. palatofaríngeo; ● M. salpingofaríngeo. Função de levar a laringe e a faringe na deglutição e na fala. Músculo estilofaríngeo Desce entre as carótidas externa e interna. Inserção na cartilagem tireoide Inervação pelo nervo glossofaríngeo. Músculo palatofaríngeo Forma o arco palatofaríngeo. Origem no palato mole. Inserção na cartilagem tireóidea. Músculo salpingofaríngeo Origina a prega salpingofaríngea. Origem na parte cartilaginosa da tuba auditiva. Inserção: funde-se com o palatofaríngeo. Suas ações são elevar a faringe e a laringe e abre o óstio faríngeo da tuba auditiva. Página 3 Nasofaringe Situa-se acima do palato Mole. Comunica-se com o nariz através das coanas. Tonsila faríngea. Página 4 Superiormente na nasofaringe localiza-se a tonsila faríngea, a qual pode crescer e ocluir a faringe, formando o que é conhecido como adenóide (a respiração bucal leva a fácies adenoideana). Essa massa de tecido linfóide, cresce durante a infância, porém involui após a puberdade. O conjunto músculo-membranoso localizado em torno da parte faríngea da tuba auditiva é chamado de toro tubal/tubário. Ele estende-se da faringe até a orelha média e a passagem de contaminação por ele pode causar otite média. O óstio faríngeo da tuba auditiva situa-se na parede lateral da porção nasal da faringe. A presença de ar na orelha média permite a propagação de ondas sonoras. Há ainda: ● Prega salpingofaríngea; ● Prega salpingopalatina; ● Tonsila tubária; ● Recesso faríngeo. Orofaringe Comunica-se com a cavidade oral pelo istmo das fauces. Limites: palato mole, raiz da língua e arcos palatoglosso e palatofaríngeo. Componentes importantes: ● Tonsilas palatinas; ● Criptas tonsilares; ● Fossa tonsilar. Vascularização: a. tonsilar e ramos da a. palatina ascendente e da faríngea ascendente. Drenagem venosa: veia palatina externa. Linfáticosque drenam a tonsila palatina: linfonodos próximos ao ângulo da mandíbula, nodo jugulodigástrico-linfonodo tonsilar (facilmente palpável em uma infecção de garganta). Tonsilectomia Cuidados: ● Sangramento abundante principalmente pela a. palatina externa; ● Nervo glossofaríngeo - parede lateral da faringe; ● Nervo lingual - próximo a parte anterior da tonsila; ● Artéria carótida interna. Margem inferior da orofaringe ● Epiglote; ● Prega glossoepiglótica mediana; ● Prega glossoepiglótica lateral; ● Valécula. Página 5 Anel tonsilar ● Tonsila lingual ântero-posteriormente; ● Tonsilas palatinas e tubárias lateralmente; ● Tonsila faríngea superior e posterior. Laringofaringe Atrás da laringe. Margem superior da epiglote. Margem inferior da cartilagem cricóidea. Atrás está relacionada com corpos da quarta à sexta vértebras cervicais. Ádito da laringe. Recesso piriforme. Recesso piriforme Localizado de cada lado do ádito da laringe. Separado deste pela prega ariepiglótica. Fossa profunda revestida com túnica mucosa. Profundamente a túnica mucosa passam os nervos laríngeo recorrente e ramo interno do n. laríngeo superior. Corpos estranhos podem alojar-se aí e lesar o ramo interno do n. laríngeo superior. Na lesão dos nervos laríngeos recorrentes ocorre paralisia dos músculos nas pregas ariepiglóticas e consequentemente o ádito da laringe não se fecha completamente na deglutição e o alimento pode entrar na laringe. Inervação da faringe Ramos do glossofaríngeo, vago e tronco simpático cervical. Inervação motora e grande parte sensitiva. Formado pelo glossofaríngeo, vago e ramos simpáticos. Fibras motoras provém da raiz craniana do acessório e se distribui através do vago para todos os músculos do palato mole e faringe (exceto o estilofaríngeo IX). Fibras sensitivas principalmente do glossofaríngeo. Deglutição Ocorre em 3 partes: Na boca: voluntário, o bolo alimentar é empurrado da boca para a parte oral da faringe pela língua. Na faringe: involuntário, respiração e mastigação cessam e os constritores da faringe movem o alimento através da parte oral e laríngea da faringe. Página 6 ● Palato mole impede a passagem do alimento para a cavidade nasal; ● A epiglote curva-se para trás, fechando o ádito da laringe. Na terceira parte, o constritor inferior da laringe manda o alimento para o interior do esôfago. Divertículo de Zencker (faringoesofágico) Mau desenvolvimento embriológico na região do triângulo de Killian. A fraqueza muscular nesse local origina o divertículo, benigno ou maligno, que devido à estase de alimentos pode causar processos infecciosos. Página 7 Resumo de Anatomia II - Ana Pich (ATM 251) Esôfag� Túbulo muscular que inicia-se na junção faringoesofágica e termina na junção esofagogástrica. O limite inferior da cartilagem cricóide coincide com o início do esfíncter esofagiano superior. O esôfago segue pelo mediastino posterior e passa atrás do coração (região do átrio esquerdo). Pode-se utilizar uma sonda de ecocardiografia transesofágica para uma imagem mais nítida do coração. São três pontos de constrição: ● Cervical: causada pela parte crico faríngea do músculo constritor inferior da faringe, forma o esfíncter superior esofagiano; ● Broncoaórtica: arco aórtico e brônquio esquerdo; ● Diafragmática: onde o esôfago atravessa o hiato esofágico do diafragma. O esôfago tem lâminas musculares circulares internas e longitudinais externas. Em seu terço superior, a lâmina externa consiste em músculo estriado voluntário. O terço inferior é formado por músculo liso, e o terço médio tem os dois tipos de músculo. Esôfago cervical Sua porção cervical estende-se da VI vértebra cervical à II vértebra torácica e tem cerca de 5 cm. Camadas ● Adventícia: tecido conjuntivo; ● Músculo: ○ 2 camadas: ■ Longitudinal externa (potente); ■ Circular interna (delgada). ● Submucosa; ● Mucosa: presença de glândulas. Relações ● Posterior: coluna cervical e músculos pré-vertebrais ● Anterior: face posterior da traquéia (mais a esquerda) ● Lateral: a. carótida comum, glândula tireoide e nervo laríngeo recorrente. Vascularização Artérias esofágicas superiores: ramos da a. tireóidea inferior. Drenam para as veias tireóideas inferiores. Inervação Parassimpática: através do n. laríngeo recorrente. Página 1 Simpática: chega ao esôfago através dos vasos. Esôfago abdominal Ele atravessa o hiato esofágico elíptico no pilar muscular direito do diafragma, logo à esquerda do plano mediano no nível da vértebra T10, e termina entrando no estômago no óstio cárdico do estômago à esquerda da linha mediana ao nível da VII cartilagem costal esquerda e da vértebra T11. O esôfago vai alargando-se à medida que se aproxima do estômago. O esôfago está fixado às margens do hiato esofágico no diafragma pelo ligamento frênico esofágico, uma extensão da fáscia diafragmática. Esse ligamento permite o movimento independente do diafragma e do esôfago durante a respiração e a deglutição. A junção esófago gástrica situa-se à esquerda da vértebra T11 no plano horizontal que atravessa a extremidade do processo xifoide. Linha Z, uma linha e regular, é o local em que ocorre a mudança abrupta da mucosa esofágica para a mucosa gástrica. Quando uma pessoa não está comendo o lúmen do esôfago normalmente encontra-se colapsado acima desse nível para evitar a regurgitação de alimentos ou suco gástrico para o esôfago. Vascularização A irrigação arterial da parte abdominal do esôfago é feita pela artéria gástrica esquerda, um ramo do tronco celíaco, e pela artéria frênica inferior esquerda. A drenagem venosa das veias submucosas dessa parte do esôfago se faz para o sistema venoso porta através da veia gástrica esquerda, e para o sistema veno- so sistêmico pelas veias esofágicas que entram na veia ázigo. Drenagem linfática A drenagem linfática da parte abdominal do esôfago se faz para os linfonodos gástricos esquerdos. Os vasos linfáticos eferentes desses linfonodos drenam principalmente para os linfonodos celíacos. Inervação O esôfago é inervado pelo plexo esofágico, formado pelos troncos vagais, que se formam nos ramos gástricos anteriores e posterior, e pelos troncos simpáticos torácicos por meio dos nervos esplâncnicos maiores e plexos periarteriais ao redor das artérias gástrica esquerda e frênica inferior. Correlações clínicas Varizes esofágicas As veias submucosas da parte inferior do esôfago constituem uma anastomose portossistêmica. Na hipertensão portal há inversão do fluxo na tributária esofágica. Os canais colaterais distendidos podem se romper e causar hemorragia grave. Página 2 As varizes esofágicas são frequentes em portadores de cirrose alcoólica do fígado. Pirose A sensação de queimação na parte abdominal do esôfago geralmente é causada pela regurgitação de pequenas quantidades de alimento ou líquido gástrico para a parte inferior do esôfago (doença do refluxo gastresofágico –DRGE). A pirose também pode estar associada à hérnia de hiato e é frequentemente percebida como uma sensação torácica. Hérnia de hiato É a protrusão de uma parte do estômago para o mediastino através do hiato esofágico do diafragma. As hérnias são mais frequentes após a meia-idade, provavelmente devido ao enfraquecimento da parte muscular do diafragma e alargamento do hiato esofágico. Embora clinicamente haja vários tipos de hérnias de hiato, os dois principais tipos são a hérnia de hiato paraesofágica e a hérnia de hiato por deslizamento. Na hérnia de hiato paraesofágica, menos comum, a cárdia permanece em sua posição normal. Entretanto, uma bolsa de peritônio, frequentemente contendo parte do fundo gástrico, estende-se através do hiato esofágico anteriormente ao esôfago. Nesses casos, geralmente não há regurgitação do conteúdo gástrico porque o óstio cárdico está em sua posição normal. Na hérnia de hiato por deslizamento, mais comum, a parte abdominal do esôfa- go, a cárdia e parte do fundo gástrico deslizam superiormente através do hiato esofágicopara o tórax, sobretudo quando a pessoa se deita ou se curva para a frente. É possível que haja alguma regurgitação do conteúdo gástrico para o esôfago, pois a ação de clampeamento do pilar direito do diafragma na extremidade inferior do esôfago é fraca. Página 3 Laring� Localizada na região anterior do pescoço, mede cerca de 5 cm de comprimento, entre a terceira e a sexta vértebras cervicais. Atua como válvula impedindo que o alimento deglutido e corpos estranhos penetrem nas vias aéreas inferiores. É estruturada para a fonação. Esqueleto da laringe Formado por nove cartilagens: ● Três pares; ○ Cartilagem epiglote; ○ Cartilagem cricóide; ○ Cartilagem tireóide. ● Três ímpares (as grandes são essas). ○ Cartilagens aritenóides; ○ Cartilagens corniculadas; ○ Cartilagens cuneiformes. Epiglote Íntima relação com a raiz da língua, fica posterior a raiz da língua e ao osso hióide. Sua extremidade superior é livre e a extremidade inferior é fixada ao ligamento tireoepiglótico. Face anterior fixada ao osso hióide pelo ligamento hioepiglótico. A mucosa da epiglote é unida à raiz da língua por uma prega glossoepiglótica mediana e duas pregas glossoepiglóticas laterais. Entre as pregas mediana e laterais há depressões denominadas valéculas epiglóticas. Tubérculo epiglótico: parte inferior da face posterior da cartilagem epiglótica que se projeta para trás. Página 1 Cartilagem cricóide Forma o limite inferior da laringe. Tem formato de um anel com sinete, com o aro olhando para a frente. Menor que a cartilagem tireóidea, mas mais grossa e mais resistente. A parte posterior se chama lâmina e a parte anterior arco. Na lâmina, encontramos a crista da cartilagem cricóide e duas depressões. Na margem superior da lâmina estão as facetas articulares para as cartilagens aritenóides e na margem lateral a faceta articular para o corno inferior da tireóide. Fixada a margem inferior da cartilagem tireóide pelos ligamentos cricotireoideos medial ou mediano (cricotomia), e pelos ligamentos cricotireoideos laterais pelos dois lados. Página 2 Cartilagem tireóide Maior cartilagem da laringe. Possui duas lâminas, fundidas nos terços anteriores na linha mediana, formando a proeminência laríngea (pomo de adão). Na proeminência laríngea há uma incisura tireóidea superior, em forma de V. A linha oblíqua é limitada superiormente pelo tubérculo tireoideo e inferiormente pelo tubérculo tireoideo inferior. Cornos superiores e inferiores (com face articular para cartilagem cricóide). No interior do ângulo da tireóide localizam-se as pregas vocais. Na região posterior ascende a lâmina da cartilagem cricóide. A margem superior da cartilagem tireóide é fixada ao osso hióide pela membrana tireo-hioídea. Os cornos inferiores se articulam com a cartilagem cricóide em facetas que permitem uma inclinação ou deslizamento anterior ou posterior da cartilagem tireóide. A face lateral de cada uma das lâminas da cartilagem tireóide é marcada por uma linha oblíqua, que fornece fixação ao músculo constritor inferior da faringe e aos músculos esternotireóideo e tireo-hioídeo. Cartilagens aritenóides Par de cartilagens com formato piramidal, articula-se com as partes laterais da margem superior da cartilagem cricóide. Tem um ápice voltado para cima, um processo vocal na frente e um processo muscular lateralmente. Há ainda um sulco para a fixação do ligamento vestibular e um sulco para a fixação do ligamento vocal (na face lateral). Sua face interna é plana. Página 3 O ápice é fixado a prega ariepiglótica e onde estão apoiadas as cartilagens corniculadas. O processo vocal fixado ao ligamento vocal. O processo muscular é fixação para os m. cricoaritenóideos posterior e lateral. Cartilagens corniculadas e cuneiformes Pequenos nódulos cartilagíneos, localizados na parte posterior/interior das pregas ariepiglóticas. As cartilagens corniculadas são fixadas aos ápices das cartilagens aritenóides e servem para prolongá-las. As cartilagens cuneiformes localizam-se nas pregas ariepiglóticas. Página 4 Articulações da laringe Algumas cartilagens da laringe se articulam livremente, permitindo, deste modo, que elas se movam durante a fonação. Há dois pares de articulações sinoviais da laringe: ● Articulações cricotireoideas: movimentos de rotação, e deslizamento da cartilagem tireóide. Afrouxam ou retesam os ligamentos vocais. ● Articulações cricoaritenoideas: movimentos das cartilagens aritenóides, deslizamento de uma em direção ou para longe da outra, inclinando para frente e para trás e movimento rotatório. Fraturas da laringe Resultam de golpes recebidos durante a prática do boxe e do karate ou da compressão causada pelo cinto de segurança em um acidente automobilístico. Tais fraturas resultam em hemorragia e edema submucoso, obstrução respiratória, rouquidão e, às vezes, incapacidade de falar Obstrução de vias aéreas Se algum alimento ou corpo estranho penetra na laringe, os músculos da laringe entram em espasmo,e isto retesa as pregas vocais. Em consequência a rima da epiglote é fechada e nenhum ar chega a traquéia, brônquios e pulmões. Obviamente a pessoa em perigo de asfixia. Se o corpo estranho não é removido, deve-se instituir tratamento de emergência para abrir a via aérea. Ligamento vocal O ligamento vocal vai da junção das lâminas da cartilagem tireóide na frente até processo vocal da cartilagem aritenóide atrás. O ligamento vocal é o miolo fibroso da prega vocal. Membrana quadrangular Lâmina submucosa de tecido conectivo que liga aritenóide à cartilagem epiglote. A margem inferior livre desta membrana constitui o ligamento vestibular (falsa prega vocal), que situa-se acima da prega vocal e estende-se da cartilagem aritenóide até a cartilagem tireóide. Página 5 Membrana fibroelástica da laringe Ligamento cricotireóideo e a membrana quadrangular, embora separados pelo intervalo entre os ligamentos vocal e vestibular, são referidos como membrana fibroelástica da laringe. Interior da laringe A cavidade da laringe estende-se desde o ádito da laringe, até o nível inferior da cartilagem cricóide. Vestíbulo da laringe Acima dos lig. vestibulares. Ventrículo da laringe Entre a prega vestibular e a prega vocal, o menor espaço. Espaço infraglótico Entre a prega vocal e a cartilagem cricóide. Glote Região onde estão as pregas vocais. O termo glote refere-se as pregas vocais, rima da glote e parte estreita da laringe ao nível das pregas vocais. A rima da glote é a abertura entre as pregas vocais. As variações de tensão e comprimento das pregas vocais, na largura da rima da glote e na intensidade do esforço expiratório determinam alterações na altura da voz. O registro mais grave da voz masculina resulta do maior comprimento das pregas vocais. Músculos da laringe Divididos em grupos extrínsecos e intrínsecos. Os músculos extrínsecos são muito maiores e movem a laringe como um todo. Página 6 ● Músculos infra-hióideos: abaixam o hióide e a laringe; ○ Omo-hióideo; ○ Esterno-hióideo; ○ Esternotireóide. ● Músculos supra-hióideos: elevam o hióide e a laringe; ○ Estilo-hióideo; ○ Digástrico; ○ Milo-hióideo; ○ Geniohioideo. ● Músculo tireohioideo: aproxima o hióide e a cartilagem tireóide. Músculos intrínsecos da laringe Responsáveis por movimentos de partes da laringe. Produzem alterações no comprimento e tensão das pregas vocais e no tamanho e forma da rima da glote na produção da voz. Todos os músculos intrínsecos são supridos pelo nervo laríngeo recorrente, ramo do X, exceto o músculo cricotireóideo que é suprido pelo nervo laríngeo superior. Fecham o ádito da laringe na deglutição: ● M. aritenoideos transversos: cobrem as cartilagens aritenóides atrás. ● M. aritenoideo oblíquo: superficial ao músculo aritenoideo transverso, consiste de dois fascículos que se cruzam formando um X, algumas fibras oblíquas continuam como músculo ariepiglótico. Página 7 M. tireoepiglóticos: da face antero-medial das lâminas da cartilagem tireóidea, são inseridos na margem lateralda cartilagem epiglótica. Alargam o ádito da laringe. Músculos das Pregas Vocais Abrem e fecham a rima da glote: ● Adutores das pregas vocais: ○ M. cricoaritenoideos laterais nascem das porções laterais da cartilagem cricóide e inserem-se nos processos musculares das cartilagens aritenóides. ● Abdutores das pregas vocais: ○ M. cricoaritenoideos posteriores, nascem de cada lado da face posterior da lâmina da cartilagem cricóide e seguem lateral e superiormente para inserir-se nos processos musculares das cartilagens aritenóides. Tensores das pregas vocais: ● Músculos cricotireoideos: origina-se da parte ântero-lateral da cartilagem cricóidea e é inserido na margem inferior e face anterior do cornoinferior da cartilagem tireóidea. Aumentam a distância entre as pregas, em consequência os ligamentos vocais são alongados e retesados, elevando a altura da voz. Página 8 Músculos relaxadores das pregas vocais: ● Músculos tireoaritenoideos: nascem da face posterior da cartilagem tireóidea próximo a linha mediana e inserem-se nas faces ântero-laterais das cartilagens aritenóides. Puxam as cartilagens aritenóides para a frente, afrouxando os ligamentos vocais. Vascularização da laringe Artéria laríngea superior Ramo da artéria tireóidea superior. Acompanha o nervo laríngeo superior através da membrana tireohioidea supre a face interna da laringe. Artéria laríngea inferior Ramo da artéria tireóidea inferior. Acompanha o nervo laríngeo inferior e supre a túnica mucosa e músculos da face inferior da laringe. Página 9 Inervação da laringe Derivados do Vago (X NC) através dos ramos interno e externo dos nervos laríngeo superior e do nervo laríngeo recorrente. Nervo laríngeo superior Divide-se no interior da bainha carótica em dois ramos terminais, o ramo laríngeo interno (sensitivo e autônomo) e o ramo laríngeo externo (motor). Nervo laríngeo recorrente Sobe entre a traquéia e o esôfago, intimamente relacionado com a face medial da glândula tireóide, envia ramos para a faringe, esôfago e traquéia. Vulnerável a lesões durante tireoidectomias, endarterectomia de carótida e outras cirurgias no trígono anterior do pescoço. Fornece ramos para todos os músculos da laringe, exceto o m. cricotireóideo. Também supre de fibras sensitivas a túnica mucosa abaixo das pregas vocais incluindo a face inferior destas pregas. A parte terminal deste nervo é conhecida como nervo laríngeo inferior. Página 10 Ouvid� São órgãos vestibulococleares, relacionados com a audição e com o equilíbrio. Divide-se em três porções: ● Ouvido externo: conduz o som em direção aos componentes da orelha média e interna e protege estas porções de lesões externas. ○ Pavilhão auricular; ○ Meato acústico externo. ● Ouvido médio; ○ Cavidade timpânica; ○ Recesso epitimpânico. ● Ouvido interno ou labirinto. Ouvido externo Pavilhão auricular Anterior ao processo mastóide e atrás da ATM. Constituído por uma cartilagem elástica, revestida por um revestimento cutâneo fino (com pêlos, glândulas sudoríparas e sebáceas), músculos e ligamentos. Face lateral da orelha Só não há cartilagem no lóbulo da orelha. Porções: ● Hélice ou hélix; ● Antélice ou anti-hélix; ● Concha da orelha; ● Ramo da hélice; ● Ramos da antélice; ● Fossa triangular da orelha; ● Escafa; ● Trago; ● Anti-trago; ● Incisura intertrágica. Músculos auriculares ● Superior; ● Anterior; ● Posterior. Não tem valor funcional. Inervados pelo nervo facial. Vascularização Ramos da artéria temporal superficial e da artéria auricular posterior. Drenagem linfática ● Face medial: linfonodos mastóideos; ● Face lateral: linfonodos pré-auriculares e parotídeos. Página 1 Inervação sensitiva Nervo aurículo temporal: ramo de V3; N. occipital menor; N. auricular magno. Fibras vagais chegam a orelha através do nervo auriculotemporal. O n. facial contribui para a inervação do meato acústico externo. Meato acústico externo Canal sinuoso que vai da concha à membrana do tímpano. Cerca de 2,5 cm de comprimento. Possui cartilagem em seu ⅓ lateral e os ⅔ medias possui osso. Revestimento por pele contínua a do pavilhão auricular. Esta pele é fortemente aderida ao pericôndrio e periósteo. É estreitado na junção da parte cartilagínea e óssea e próximo a sua extremidade medial (istmo). Vascularização Artéria auricular posterior, artéria temporal superficial e artéria timpânica. Inervação Nervo auriculotemporal, nervo auricular magno, ramo auricular do nervo vago e facial. Relações do ouvido externo ● Anterior: ATM; ● Posterior: mastóide; ● Superior: fossa cerebral média; ● Inferior: glândula parótida. Membrana timpânica Membrana oval, semitransparente, oblíqua, coloração cinza-pérola e brilhante. Constituída por três camadas: ● Externa: formada por pele contínua com a do meato acústico externo; ● Interna: mucosa da cavidade timpânica; ● Média: fibrosa. Cabo do martelo = manúbrio. Página 2 Ouvido médio É uma cavidade (cavidade timpânica) cheia de ar escavada no osso temporal. Conecta-se anteriormente com a parede nasal da faringe pela tuba auditiva. Conecta-se póstero-superiormente com as células mastóideas e antro mastóideo através do ádito do antro mastoideo. A cavidade timpânica constitui-se de duas partes: ● Cavidade timpânica própria, ao nível da membrana do tímpano; ● Recesso epitimpânico, acima do nível do tímpano. Conteúdo: ● Ossículos da audição: ○ Martelo; ○ Bigorna; ○ Estribo. ● Músculos estapédio e tensor do tímpano; ● Nervo corda do tímpano: ramo do nervo facial; ● Plexo timpânico de nervos (localizado na frente do promontório). A cavidade timpânica é revestida com túnica mucosa que é contínua com a que reveste a tuba auditiva, células mastóideas e antro mastoideo. Essa mucosa reveste tudo dentro da cavidade timpânica, inclusive ossículos e ligamentos, deixando uma série de recessos. A vascularização arterial é rica e proveniente das artérias estilomastoidea, timpânica e meníngea média. Sua inervação sensitiva é realizada pelo n. auriculotemporal (V par), n. timpânico (IX par) e ramo auricular do vago. Página 3 Essa cavidade tem o formato de uma caixa de 6 lados ou o formato de uma hemácia, com paredes medial e lateral côncavas. Teto ou parede tegmentar Fina lâmina óssea da parte petrosa do osso temporal designada de tegmen timpani (revestida superiormente por dura-máter) e separa a cavidade timpânica da fossa média do crânio. Parede jugular ou inferior Assoalho da cavidade timpânica. Separa a cavidade timpânica do bulbo da veia jugular interna. Página 4 O nervo timpânico passa através de uma abertura no assoalho da cavidade timpânica e ramifica-se para formar o plexo timpânico (óstio do canalículo do nervo timpânico). Parede lateral ou membranácea Constituída pela membrana do tímpano e logo acima por uma porção óssea denominada muro da lojeta. Parede medial ou labiríntica Centralmente ao nível da membrana do tímpano há o promontório. O plexo timpânico de nervos é formado por fibras dos nervos facial e glossofaríngeo que atravessam no interior do nervo timpânico. A janela do vestíbulo ou oval é fechada pela base do estribo que é ligado as suas margens pelo ligamento anular do estribo. A janela da cóclea ou redonda é fechada pela membrana mucosa da orelha média ou membrana secundária do tímpano. Existem também duas proeminências, a do canal para o nervo facial e do canal semicircular lateral. Parede posterior ou mastoidea Parte superior - ádito do antro mastoideo. Abaixo há uma pequena projeção óssea, a eminência piramidal ou pirâmide. Seu ápice é perfurado e, por ele, sai o tendão do músculo estapédio cujo ventre está localizado no interior da eminência piramidal. Lateralmente a eminência piramidal há uma abertura através da qual o nervo corda do tímpano (ramo do nervo facial) penetra na cavidade do tímpano. O estapédio é inervado pelo facial. Parede anterior ou carótica Há duas aberturas: ● Abertura superior; ○ Comunica-se com um canal ocupado pelo músculo tensor do tímpano cujo tendão insere-se
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