Buscar

RESUMO D PROCESSUAL DO TRABALHO (ESBAM)

Prévia do material em texto

Direito Processual do Trabalho 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 
 
“É um instrumento de técnica jurídica, cujo escopo principal é a aplicação da lei a um caso 
controvertido, não solucionado extraprocessualmente e cuja solução é desejada pelo autor”. Ministro 
Arruda Alvim. 
 
 
“É o ramo do Direito Processual destinado à solução judicial dos conflitos trabalhistas”. Amauri 
Mascaro. 
 
Portanto: O fim do Direito Processual do Trabalho é o de atuar o Direito do Trabalho. 
 
 
DA AÇÃO: 
 
Elementos da Ação: Identificam e individualizam a ação, tendo imensa importância na constituição 
da lide. 
 
1) Partes: São o sujeito ativo (AUTOR) e o sujeito passivo (RÉU), que compõe a lide. Tanto o 
sujeito passivo como o ativo podem ser compostos por mais de um indivíduo, ensejando o 
litisconsórcio, mas o processo continuará tendo apenas duas partes. O Juiz é, na realidade, supra-
parte. 
 Em Processo do Trabalho denominamos normalmente RECLAMANTE e RECLAMADO. 
 
2) Objeto da Ação: É a solicitação que o Autor faz ao Estado-Juiz. 
 
3) Causa de Pedir: É o motivo, a causa da solicitação, sem a qual o Autor não pediria. 
 
OBS: Na questão da Parte, é importante salientar o quesito CAPACIDADE, que em D. do Trabalho 
funciona igual a capacidade civil (CC/2002): CF/88, Art. 7º , XXXIII, de acordo com a Emenda 
Constitucional no. 20 de 15/12/98. 
 
 
 
 
TUTELA DO OBREIRO E SIMPLIFICAÇÃO DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO. 
 
 
 Processo Civil: Ação: Início (Formulação do pedido em juízo / Citação válida do réu). 
 
Processo do Trabalho: Ação: Início (A simples entrega da petição na Distribuição já implica 
ajuizamento da ação, dispensando o despacho inicial de citação do juiz). 
 
 
OBS: No Processo Civil a ação tem início com a formulação do pedido em juízo, mas, juridicamente, 
só se considera proposta com a citação válida do réu. 
No Processo do Trabalho, a simples entrega da petição inicial na Distribuição e consequentemente 
na Secretaria da Vara, implica ajuizamento da ação, porquanto dispensa o despacho de citação do 
Juiz, consubstanciando ato de ofício da Secretaria da Vara. Essa simplificação resulta da tentativa 
de facilitar o acesso do trabalhador leigo à Justiça do Trabalho. 
 
 
FONTES FORMAIS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO. 
 
 
1) Constituição Federal (mais importante fonte) 
 
Art. 22, I (competência p/ legislar sobre o direito processual) 
Disposições constitucionais gerais sobre o Poder Judiciário Art. 93 da CF 
Art. 111 Regras sobre os tribunais e juizes do trabalho e seus órgão, etc... 
 
2) CLT, Leis Esparsas e CPC (subsidiariamente) 
 
3) Decretos 
 
4) TRIBUNAIS (Jurisprudências / enunciados / súmulas / regimentos / instruções normativas / 
portarias) 
 
5) O Costume 
 
6) Direito Internacional. (tratados internacionais) 
 
 
PRINCÍPIOS SINGULARES DO PROCESSO DO TRABALHO. 
 
 
ESQUEMA: 1) Da Oralidade 
 2) Da Concentração 
 3) Da Eventualidade 
 4) Da Irrecorribilidade das decisões interlocutórias 
 5) Da Conciliação 
 6) Do Reduzido número de testemunhas 
 7) Do Efeito não Suspensivo dos recursos 
 8) Do Arquivamento da ação pelo não comparecimento do Reclamante à Primeira 
Audiência 
 9) Da Inversão do ônus da prova 
 10) Do Jus Postulandi das Partes 
 
 
 
DA ORALIDADE: Quando em cotejo com o Processo Civil, é notória a manifestação de atos verbais 
no Processo Trabalhista. Com efeito, tanto a Reclamação Trabalhista como a Contestação podem 
ser Orais. Aliás, a prova oral ou testemunhal tem relevante pedestal neste ramo processual; mesmo 
as razoes finais podem ser apresentadas oralmente em Audiência. 
 
 
DA CONCENTRAÇÃO: Colimando maior celeridade, esta particularidade procura simplificar os Atos 
Processuais. 
 
DA EVENTUALIDADE: Reclamante e Reclamado devem exaurir, na primeira oportunidade (na 
Inicial, na Contestação), tudo a respeito da Reclamação, pedindo, respondendo, provando. 
 
DA IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: Ao contrário do Processo 
Civil, no Trabalhista não há o Agravo de Instrumento como recurso para impugnar as decisões 
interlocutórias, pois estas somente podem ser combatidas quando da decisão final, na ocasião pelo 
recurso pertinente (Art. 893, parágrafo primeiro CLT). 
 
DA CONCILIAÇÂO: É obrigatória a tentativa de conciliação entre as partes na primeira audiência 
(antes de formulada a defesa) e nas alegações finais (Arts. 764 parágrafo 1º, 831 e 850 da CLT). 
 
DO REDUZIDO NÚMERO DE TESTEMUNHAS: O número máximo de testemunhas permitido é 
de três, salvo no inquérito p/ apuração de falta grave, quando este número sobe para seis. 
 
DO EFEITO NÃO SUSPENSIVO DOS RECURSOS: Geralmente, os recursos trabalhistas só tem 
efeito devolutivo, permitindo-se a execução provisória até a fase de penhora (Art. 899 da CLT). 
OBS: Exceções Art. 799 CLT 
 
DO ARQUIVAMENTO DA AÇÃO PELO NÃO COMPARECIMENTO DO RECLAMANTE A 
PRIMEIRA AUDIÊNCIA: O não comparecimento do Reclamante a primeira audiência ocasiona 
mero arquivamento da Reclamação, a qual pode, portanto ser renovada. 
 
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA: Nem sempre o ônus de provar incumbe a quem alega, mas 
sim a quem tem condições de propor a prova. 
 
DO “JUS POSTULANDI”: A parte pode, pessoalmente, postular em juízo, independentemente de 
Advogado. 
 
 
OBS: Nos casos omissos, o Direito Processual Civil será fonte subsidiária do Direito Processual do 
Trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as formas deste (Art. 769 CLT). 
 De qualquer modo, sempre que se forem aplicar os institutos do Processo Civil ao Processo 
do Trabalho, deve-se adaptá-los às necessidades e rituais próprios do ramo processual específico, a 
fim de não desvirtuar a natureza e os objetivos do ramo adjetivo trabalhista. 
 
 
 
5 - ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
5.1 - CARACTERÍSTICAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
a) É uma justiça especializada, atuando exclusivamente em matéria trabalhista; 
b) Seus órgãos são colegiados na segunda e terceira instância, nas Varas do Trabalho juízo 
monocrático; 
c) No 2º grau inexistem os tribunais de alçada; 
 d) Não possui órgãos especializados para determinada matéria trabalhista, opondo-se ao 
exemplo das varas cíveis, onde há competência, questões e assuntos de família ou comerciais, etc. 
 
 5.2 – COMPETÊNCIA MATERIAL 
 
Emenda Constitucional no. 45 / Art. 114 CF 
 a) Dissídios individuais e coletivos entre empregados e empregadores; 
 b) Servidor público civil celetista (art. 114, CF). 
 Quando a administração pública, qualquer que seja a esfera, contrata alguém sob o 
regime da CLT, perde as regalias do seu “Jus Imperii”; 
 c) Trabalhadores temporários versus empresa: 
 Os trabalhadores são contratados por empresas prestadoras de serviços, que os lota onde se fizer 
necessário. 
 d) Entes de direito público externo: 
 - As questões trabalhistas envolvendo embaixadas, provocam sérias discrepâncias, abrangendo 
competência. Devido ao princípio de territorialidade, a atual CF deferiu à Justiça Obreira mais este 
ônus; 
 e) Dissídio entre empregado doméstico e empregador: 
 - É resolvido na Justiça do Trabalho; 
 f) Ações executivas e de cumprimento: 
 - Incumbe à Justiça do Trabalho, ainda, executar suas próprias decisões (art. 114, CF), 
conhecer e julgar as ações de cumprimento das sentenças normativas, bem como os dissídios que 
tenham origem no cumprimento de convenções coletivas. 
 g) Danos Morais; 
 h) Contribuições previdenciárias. 
RELAÇÃO DE TRABALHO 
 
5.3 - COMPETÊNCIA TERRITORIAL 
* Local da prestação de serviços (art. 651, CLT): 
 - Não importa tenha o contrato sido avençado em outro lugar; a Vara competente será a do 
local do trabalho. Onde houver mais de uma Vara, far-se-á a distribuição; 
* Empregados viajantes(art. 651, § 1º,CLT): 
 - A princípio a Vara competente é a do domicílio do empregador; porém, se o empregado 
estiver vinculado a uma filial ou agência, a competência será da Vara em cuja jurisdição estiver 
localizada a filial ou agência; 
* Brasileiros em outro país (art. 651, § 2º, CLT): 
 - A reclamação poderá ser promovida no Brasil ou, se houver algum tratado internacional, nos 
termos por este indicado; 
* Empresas que promovem atividades em várias localidades (art. 651, § 3º, CLT): 
 - Compete à Vara do foro da celebração do contrato ou da prestação dos respectivos serviços. 
 
 
ÓRGÃOS E COMPOSIÇÃO: 
 
 
 
Varas do Trabalho (art. 116 CF): 
 a.1 - Órgão de 1ª instância 
 
Composição Antiga (Juntas de Conciliação e Julgamento) 
- Compõe-se de 1 juiz togado, que preside, e de 2 juizes classistas, sendo um representante do 
empregador e outro dos empregados. OBS: Juizes Classistas Extintos (até final do mandato) 
- Juizes Classistas - são indicados por organizações sindicais, em lista tríplice ao Presidente do TRT, 
a quem caberá a nomeação. Cumprem o mandato de 3 anos, reconduzíveis por uma vez. Compete-
lhes aconselhar as partes à conciliação, votar 
no julgamento, fazer perguntas aos litigantes, testemunhas e peritos, por intermédio do Juiz 
Presidente. Funcionam apenas no processo de conhecimento. Na execução e na liquidação de 
sentença, funciona apenas o Juiz Presidente; 
Composição Atual: Apenas o Juiz Togado (Juízo monocrático) EC no. 24 CF. 
 
 
 
 
 
 a.2 - Secretaria da Vara do Trabalho: 
 - É dirigida por um funcionário, o Diretor, nomeado também pelo Presidente do TRT, 
auxiliado por vários servidores. 
 Nas audiências funciona o Auxiliar Judiciário, que redige a ata de tudo que ocorre em 
audiência. 
 A Secretaria funciona como o Cartório da Vara; o Diretor como Escrivão, sendo sua 
principal função cumprir as ordens e despachos do Juiz, lavrar atas e organizar os processos; 
 
 
 
 
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO (art. Art. 115 CF): 
 - É órgão de 2ª instância do Judiciário Trabalhista, cabendo a sua Presidência e a vice-
presidência, bem como a Presidência das Turmas aos juizes togados, eleitos pelo TRT. 
 O número de membros do TRT varia conforme a região onde este esteja situado. 
 Todavia, a CF lhe assegura uma composição com quorum de 2/3 de juizes togados e 
vitalícios, 1/3 de juizes classistas temporários (Extintos) e 1/5 dentre os membros do Ministério 
Público do Trabalho e advogados. 
 - Composição plenária mínima: 
 - Juiz Presidente e da metade mais um do número de seus juizes, com pelo 
menos de um representante classista (Extinto). 
 
 
 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (art.111-A CF) - É o órgão de cúpula do Judiciário 
Trabalhista. 
 - Compõe-se de 27 Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 
anos, nomeados pelo Presidente da República com a aquiescência do Senado Federal, assim 
dispostos: 
 - 17 togados e vitalícios, sendo 11 oriundos da magistratura de carreira, 3 dentre advogados 
e mais 3 dentre os membros do Ministério Público do Trabalho; 
 - 10 classistas temporários, indicados pelas diretorias das Confederações Nacionais, para o 
mandato de 3 anos.(Extinto) 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO NOS DISSÍDIOS INDIVIDUAIS 
 
 
 
1) DAS PARTES E DOS PROCURADORES 
 
 
À luz do já sabido, o juiz não é parte, pois está acima dos litigantes, sendo suprapartes. 
 
PARTES são Reclamante e Reclamada (D. Processual do Trabalho) = Autor e Réu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO OU CAPACIDADE PROCESSUAL 
 
 
É a Capacidade da qual estão desprovidos o menor de 16 anos, o louco, etc..., que devem ser 
representados. No Processo Trabalhista o maior de 18 anos tem capacidade de ser parte e estar em 
juízo, sem ser representado ou sem assistência de representante legal. 
 
 
2) REPRESENTAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL 
 
 
a) Processual 
b) Legal 
c) Convencional 
 
 
Representação Processual: - Quando o causídico defende o seu constituinte em juízo, pelo qual e 
em nome da qual postula e age, ele o está representando; para isso carece de instrumento 
procuratório (PROCURAÇÃO) com cláusula Ad Judicia. 
A isso chamamos de CAPACIDADE POSTULATÓRIA, de que só o profissional do direito é provido; é 
a REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. 
 
 
 
Outra hipótese de representação no processo é dos absolutamente incapazes, que deverão estar 
em juízo por seus representantes legais (pais, tutor, etc...), por estarem despidos de capacidade 
processual; é a REPRESENTAÇÃO LEGAL, imposta pela própria Lei. 
 
 
Na terceira hipótese temos a REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL, mediante a qual a parte 
embora tenha capacidade plena, exerce seus direitos e obrigações por mandatários. 
 
 
OBS: Nos três casos a parte continua sendo o representado, em nome do qual o representante, 
de posse do mandato ou da autorização legal, age e pratica os atos processuais. 
 
 
 
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL: 
 
Ao Contrário, não carece de mandato, e embora o substituído seja a parte, o substituto pede em 
nome próprio o direito daquele, praticando em benefício do titular todos os atos processuais. 
Ex. REPRESENTAÇÃO SINDICAL, o Sindicato entra com a Reclamatória em nome dos 
sindicalizados (Art. 8º, III, CF). 
 
 
 
3) ARQUIVAMENTO E REVELIA: 
 
Mesmo constituindo advogado, é indispensável a presença da parte pessoalmente a Audiência. A 
ausência injustificada do Reclamante implica arquivamento, e a do Reclamado, revelia e 
confissão quanto a matéria de fato (Art. 844 CLT, parágrafos e incisos, alterados pela Reforma 
Trabalhista). 
 
OBS: No arquivamento há possibilidade de reajuizamento da ação. Se o Reclamante causar dois 
arquivamentos seguidos pertinentes a mesma reclamação, perde o direito de reclamar por seis 
meses (Art. 732/731, CLT). 
 
 
 
4) PREPOSTO 
 
 
Através da Carta de Preposição (ou credenciamento), o empregador pode indicar alguém que tenha 
ciência dos fatos para substituí-lo em juízo, este seria seu preposto. 
 
 
5) RECLAMAÇÃO TRABALHISTA: 
 
 
Pode ser verbal ou escrita. Se verbal, será reduzida a termo em duas vias, datadas e assinadas pelo 
Escrivão ou Diretor de Secretaria. 
Se escrita (Petição Inicial), deverá ser distribuída de forma digital no site do TRT. 
 
 
Em sua redação conterá: 
 
a) Designação do Juiz Presidente da Vara a quem for dirigida; 
 
b) Qualificação das partes; 
 
c) Breve exposição dos fatos; 
 
d) Pedido (demonstrativo de valores) Alterado pela Reforma Trabalhista; 
 
e) Provas a serem apresentadas em audiência; 
 
f) Pedido de depoimento do Reclamado; 
 
g) Pedido de Justiça Gratuita (Reclamante); 
 
h) Valor da causa; 
 
i) Data e assinatura. 
 
 
 
DA NOTIFICAÇÃO: 
 
A CLT chama de Notificação tanto a Citação como a intimação; somente na fase de Execução se 
reporta a Citação. 
 
CITAÇÂO: 
 
É o chamamento que o Juiz faz ao Réu para integrar a Lide, apresentando a defesa que tiver. 
A Citação só ocorre uma vez no processo: No início. 
A Citação é ato “ex officio” da Secretaria da Vara. O Juiz só participa dela ordenando-a por 
dependência e na Execução. É feita pelo Correio; na Execução é feita pelo Oficial de Justiça. 
 
 
INTIMAÇÃO: 
 
É a comunicação de ato praticado por uma das partes a outra, ou de ato que as mesmas devam 
realizar. 
A Intimação faz-se várias vezes, tanto quanto for preciso. 
 
 
DA CONTESTAÇÃO: 
 
 
Instalada a audiência e malograda a tentativa de conciliação entre as partes, o Reclamado dispõe 
de 20 minutos para aduzir sua defesa, escrita ou verbalmente (reduzida a termo). 
A prática, porém, é da Contestação escrita, que será juntada aos autos até a audiência (art. 847, 
parágrafo único, CLT). 
Na Contestação deve-se combater fato por fato, pois os não contestados, presumir-se-ão aceitos 
pelo Reclamado como verdadeiros. 
 
 
DA AUDIÊNCIA : 
 
 
Às Audiências devem comparecer o Juiz Presidente, Os Classistas e o funcionário de audiência, além 
das partes (Reclamantee Reclamado) Art. 843 CLT. São públicas e realizar-se-ão na Vara do 
Trabalho em dias úteis, previamente fixados. 
 
 
A Audiência é una e contínua, nela realizando-se todos os atos processuais: 
 
1) Tentativa de acordo ou conciliação; 
2) Contestação; 
3) Provas; 
4) Arrolamento de testemunhas; 
5) Depoimento das partes e testemunhas; 
6) Julgamento. 
 
A praxe tem-na repartido em 03 seções: 
 
a) Para proposta de conciliação e defesa (audiência inaugural); 
b) Para instrução; 
c) Para Julgamento. 
 
A divisão decorre da impossibilidade fática, sobretudo nas grandes metrópoles, de concluir várias 
Reclamatórias num único dia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO: 
 
 
Formalmente, o Juiz Presidente senta-se ao centro da mesa de audiência, a sua frente sentam-se 
as partes, acompanhadas de seus advogados; também próximo à mesa senta-se o funcionário de 
audiência, que lavrará a ata e redigirá tudo quanto o Juiz Presidente lhe ordenar. 
 
 Antes da defesa, obrigatoriamente, propõe-se a conciliação (Art. 846 CLT), a qual se dá em qualquer 
fase do processo, mesmo na execução (Art. 764, parágrafo 3º CLT). Fracassada a proposta de 
conciliação, parte-se para a instrução processual e depois para a Sentença (decisão). 
 
 
 DAS PROVAS 
 
 PROVAS são meios através dos quais as partes tentam formar o convencimento do juiz; 
de outra feita, são expressões do amplo direito de defesa, assegurado constitucionalmente. 
Constituem-se: DOCUMENTOS, PERÍCIAS, VISTORIAS, DEPOIMENTOS DAS PARTES, 
TESTEMUNHOS, etc. 
 No Processo do Trabalho nem sempre o “ônus probandi” é de quem alega, mas de quem 
possui os meios para provar, resultando uma certa inversão da incumbência probatória. Alterado 
pela Reforma Trabalhista. 
 
 
 MEIOS DE PROVA 
 
 1 - PROVA DOCUMENTAL - O documento poderá ser juntado em cópias simples e 
atestado conferindo com o original pelo próprio Advogado. (art. 830, CLT). 
 O documento pode ser anexado ao processo durante toda a fase instrutória. O documento 
apresentado por uma das partes, e não impugnado pela outra, presume-se como verdadeiro. 
 
 2 - PROVA TESTEMUNHAL - No Processo do Trabalho, ante o informalismo do pacto 
laboral e por ser este contrato-realidade, há, em comparação ao Processo Comum, uma super 
valorização da prova testemunhal. “A priori”, qualquer pessoa pode funcionar como testemunha, 
porém o NCPC excepciona os incapazes, os impedidos e os suspeitos (art. 447 NCPC). 
OBS.: Sendo estritamente necessário, o juiz ouvirá testemunhas impedidas ou suspeitas, mas 
apenas como mero informantes (art. 829, CLT). 
 
 3 - PROVA PERICIAL - A perícia é típica dos processos que envolvem adicionais de 
periculosidade e de insalubridade, oportunidade nas quais tem-se sustentado ser obrigatória. É 
realizada por um perito único, designado pelo juiz, mas é permitido a cada parte indicar um 
assistente técnico. 
 
 
 
SENTENÇA E COISA JULGADA 
 
SENTENÇA é o ato do juiz que põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa. Nos 
Tribunais recebem o nome de acórdão. É terminativa ou definitiva. 
SENTENÇA TERMINATIVA - quando não aprecia o mérito, como por exemplo, quando se acolhe 
exceção de incompetência, a falta de pressupostos processuais ou a ausência de condições da 
ação. 
SENTENÇA DEFINITIVA - quando aprecia o mérito, acolhendo ou não o pedido do Reclamante. 
 
Quanto à natureza a sentença pode ser: 
DECLARATÓRIA; 
CONSTITUTIVA; 
CONDENATÓRIA ou MANDAMENTAL. 
 
SENTEÇA DECLARATÓRIA - não altera a situação anterior à lide, apenas a reconhece declarando-
a; limita-se a declarar a existência ou não de uma relação jurídica, assim como a autenticidade ou 
falsidade de um documento. 
SENTENÇA CONSTITUTIVA - constitui o que não existia, ou desconstitui o substrato já 
existente; nem se limita a uma simples declaração de reconhecimento de um direito, nem impõe 
o cumprimento de uma obrigação, mas cria, modifica ou extingue uma relação jurídica, assim a 
sentença que dissolve o contrato de um empregado estável, dando pela procedência do inquérito 
proposto pelo empregador. 
SENTENÇA CONDENATÓRIA ou MANDAMENTAL - traz uma declaração e uma sanção, 
ordenando ao devedor (parte) dar, fazer ou não fazer alguma coisa; é proferida no processo em 
que se pede o cumprimento de uma prestação: dá ao vencedor o direito de promover a respectiva 
execução, como no caso de uma reclamação visando ao pagamento de salários vencidos. 
 
A ESTRUTURA FORMA da sentença deve obedecer a seguinte ordem: 
RELATÓRIO; 
FUNDAMENTAÇÃO; 
CONCLUSÃO. 
 
A sentença há de ser clara, precisa e noticiada às partes. Se apresentar dubiedade, obscuridade, 
contradição ou omissão em ponto sobre o qual deveria o juiz se pronunciar, cabível será o recurso 
embargos declaratórios para sanar a irregularidade. A sentença traz ínsita a eficácia da coisa 
julgada, quando dela não mais couber recurso. 
 
 
 
 
DOS RECURSOS 
 
 Como o juiz é falível, pois é humano, a lei estabelece o duplo grau de jurisdição, a 
possibilidade de pessoas mais experientes e colegiado (turmas) mais numeroso rever os atos 
decisórios da autoridade judiciária de instância inferior, cujo meio adequado é o recurso. 
 
O recurso é o ato processual que visa o reexame de sentença que não transitou em julgado. 
 
Seus pressupostos são de 3 ordens: 1 - OBJETIVOS; 2 - SUBJETIVOS; 3 - ESPECIAIS. 
 
1 - PRESSUPOSTOS OBJETIVOS (referem-se ao recurso em si mesmo) - São eles: 
RECORRIBILIDADE - o ato decisório deve ser recorrível; 
 
TEMPESTIVIDADE - deve ser interposto em tempo hábil, previsto por lei, o que no Processo do 
Trabalho, em geral, é de 8 (oito) dias; 
 
SINGULARIDADE - mais de um recurso não pode ser interposto simultaneamente, relativo à 
mesma decisão; 
 
PREPARO - é o pagamento prévio das despesas do seu processamento e também das custas, sem 
o que será deserto; 
 
ADEQUAÇÃO - o recurso interposto deverá ser o estabelecido em lei, não outro. Porém, se o erro 
não for grosseiro, um recurso poderá ser recebido por outro (Princípio da Fungibilidade). 
 
2 - PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS (diz respeito ao Recorrente): 
 - LEGITIMAÇÃO - Tem-na o sucumbente ou o terceiro interessado, com fundamento no 
NCPC. 
 
 OBS.: Além destes, genéricos, cada recurso possui seus pressupostos específicos. 
 
 
3 - PRESSUPOSTOS ESPECIAIS (art. 899, § 1º, CLT e Lei nº 8.542/92, art. 8º) 
 - DEPÓSITO RECURSAL - consiste no valor a ser depositado pelo empregador (quando 
Recorrente), na conta vinculada (do FGTS) do empregado, correspondendo ao teto do valor da 
condenação (liquidada ou arbitrada na sentença) ou aos valores fixados pelo TST. 
A inexistência do depósito recursal acarreta a deserção do apelo e, portanto,. O seu não seguimento 
ou não conhecimento. 
 
 
 
OBSERVAÇÃO: Os recursos do Processo Trabalhista, geralmente, têm efeito devolutivo, não 
suspensivo, e o prazo geral é de 8 dias, a contar do dia seguinte da intimação da decisão. Igual 
prazo é conferido para o Recorrido apresentar suas contra-razões, após notificado daquela 
interposição (art. 900 CLT). 
 
 
 
 
 
 ESPÉCIES DE RECURSOS 
 (Art. 893 CLT) 
 
 1 - RECURSO ORDINÁRIO (RO - art. 895 CLT) - Corresponde a apelação cível do C.P.C. 
e destina-se a atacar sentença definitiva da instância “a quo” (Vara) para a instância “ad quem” 
(TRT). O TRT deve ser o da região cuja Vara prolatou a decisão. 
 É dirigido ao Juiz “a quo” (Vara) por simples petição na Secretaria da Vara, e o despacho 
denegatório do seu recebimento enseja o Agravo de Instrumento. 
 No Tribunal ”ad quem” os autos são enviados à Procuradoria do Trabalho para oferecimento 
de parecer. Devolvido o processo à Secretaria da Corte, sorteia-se o relator e, observadas as normas 
do Regimento Interno do Tribunal, define-se o revisor. 
 O processo é colocado em pauta para julgamento, após as vistas do relator e revisor. Na 
Seção designada, faculta-se às partes, após o relatório feito pelo relator, sustentar oralmente suas 
alegações. Em seguida, colhem-se osvotos dos integrantes da Turma ou Seção. Os Presidentes 
das Turmas e do Tribunal têm votos de desempate. 
 
 
 2 - RECURSO DE REVISTA (RR - art. 896 CLT) - Dirige-se ao TST. O termo última instância 
dá-lhe o caráter de extraordinariedade, ou seja, só é cabível após esgotadas as possibilidades do 
Recurso Ordinário. 
 Interposto ao Presidente do TRT recorrido, dentro de 8 dias, este emitirá despacho de 
admissibilidade, no qual exporá fundamentos pelos quais nega ou dá seguimento ao apelo. Se 
negada a subida, o despacho é atacável por Agravo de Instrumento. Se recebido, o Presidente 
do Tribunal recorrido decretará o efeito em que o recebe (art. 896. Parágrafo 2º CLT), podendo ser 
promovida a execução provisória (Efeito Devolutivo). 
 Fôssemos fazer um paralelo com o Processo Civil, diríamos que o Recurso de Revista se 
assemelha ao Recurso Especial dirigido ao STJ. Para evitar qualquer dúvida, no entanto deixa-se 
registrado que das decisões da Justiça do Trabalho não cabe Recurso Especial ao STJ. 
 3- AGRAVO DE INSTRUMENTO (AI – art. 897, “b”, CLT) – É cabível dos despachos 
denegatórios de seguimento dos recursos, em qualquer instância. 
Muito embora o Agravo de Instrumento do Processo Civil tenha sofrido alterações pela Lei nº 
9.139/95, a Instrução Normativa nº 16/99, do TST, a Resolução Administrativa no. 1.418 de 2010 
do TST, conferiu-lhe caráter restritivo. 
 Deve ser dirigido à autoridade judiciária prolatora do despacho agravado, no prazo de 8 dias 
e processado em autos apartados. 
Desta forma, o TST vedou a aplicação ao Processo Trabalhista da regra insculpida no NCPC, 
segundo o qual o Agravo é interposto diretamente ao Tribunal “ad quem”. 
 O agravado será intimado a oferecer suas razões (contra-minuta) quando mantida a decisão 
agravada (isto é, quando no Juízo de retratação o magistrado mantiver a denegação do apelo 
principal). 
 O Agravo de Instrumento não dispensa depósito recursal. 
 
 
 
 4 - AGRAVO DE PETIÇÃO (AP - art. 897, “a “, CLT) - Tem cabimento no processo de 
execução contra as decisões do juiz. Destina-se à instância superior no prazo de 8 dias, dispensado 
de pagamento de custas processuais. 
 É cabível das decisões interlocutórias, mistas ou terminativas, e das definitivas. Assim, é 
admissível o Agravo das decisões que julguem Embargos à Penhora, Embargos à Praça e, também, 
das decisões que julguem Impugnação à Sentença de Liquidação. 
 O Agravo de Petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as 
matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente, até o 
final, nos próprios autos ou por Carta de Sentença. 
 
 
 
 
 5 - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (Novo C.P.C.) - São cabível nas Varas e nos Tribunais, 
quando a sentença ou o acórdão omitirem ponto sobre o qual deveriam se pronunciar melhor, ou 
quando exprimirem obscuridade, dúvida ou contradição. 
 O prazo em primeira instância e nos Tribunais é de 5 dias, contados da publicação da 
sentença ou do acórdão, e (interrompe) o prazo para interposição de outro recurso, porventura 
cabível. 
 Julgados os Embargos o prazo é devolvido (Novo C.P.C.). 
 Não se submetem a preparo. 
 
 
 
 
 
 EXECUÇÃO TRABALHISTA 
 
 FASE PRELIMIAR 
 (Art. 876 CLT) 
 
 
 Executam-se os acordos feitos em processo litigioso e as sentenças condenatórias 
transitadas em julgado, ou pendentes de recurso sem efeito suspensivo. 
São executados, porém, a penas as condenações específicas, isto é, certas e definidas quanto ao 
seu valor e o seu objeto. Por motivos de conveniência, para evitar despesas e poupar tempo na 
fase cognitiva, são proferidas sentenças ilíquidas, que necessitam ser liquidadas numa fase 
preliminar de execução; acordos ilíquidos também precisam ser liquidados. 
Para ganhar tempo, faculta a lei seja procedida a liquidação em Carta de Sentença, extraída dos 
autos e remetida à corte ad quem para julgado do recurso sem efeito suspensivo. 
 
 
 
 
 
LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA (ART. 879 CLT) 
 
 
 
A sentença deverá ser fielmente executada, sem ampliação ou restrição do que nela estiver 
determinado. Na liquidação não se poderá modificar ou inovar a sentença liquidanda, nem discutir 
matéria pertinente à causa principal (art. 879, § 1º). 
Nas execuções, e portanto na liquidação, funciona apenas o Juiz Presidente da Junta, que julgou o 
feito. 
A liquidação pode ser promovida por qualquer interessado e até pelo juiz ex officio. Em princípio, a 
iniciativa é do vencedor, mas o vencido também poderá propor a liquidação. 
Segundo a Lei nº 8.432/92, que inovou o procedimento através do parágrafo 2º, do art. 879, da 
CLT “elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) 
dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, 
sob pena de preclusão”. A interpretação desta norma é ainda muito controvertida. A praxe corrente 
é de as partes, ou uma delas, espontaneamente ou provocadas pelo Juiz, apresentar seus cálculos, 
sobre o quais se manifestará a parte contrária. A partir daí, o Juiz irá homologar ou não os referidos 
cálculos. 
A liquidação será feita por arbitragem quando as partes o convencionarem expressamente ou for 
determinada na sentença, e ainda quando o exigir a natureza do objeto da liquidação. 
A convenção das partes, único caso em que a lei lhes faculta a escolha da forma de liquidação, 
somente poderá ser feita após a sentença. 
O árbitro, único, nomeado pelo Juiz (não facultado às partes o oferecimento de quesitos), agirá 
como um avaliador, limitando-se a estimar o valor em dinheiro dos direitos assegurados ao 
Exeqüente pela sentença (Novo CPC). 
A liquidação por artigos será feita quando houver necessidade de provar fatos novos, que devem 
servir de base para se fixar o montante da condenação (Novo C.P.C.). Na liquidação por artigos, 
observar-se-á, no que couber, o procedimento comum. É defeso na liquidação, discutir de novo a 
lide ou modificar a sentença que a julgou. 
 
 
 CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 
 
 
 
Não cumprida espontaneamente a sentença ou o acordo, inicia-se sua execução forçada, mas se a 
condenação estipular condições para o seu cumprimento, a execução começa somente após 
verificada a condição. 
É competente para a execução o juiz presidente que tiver conciliado ou julgado originalmente o 
feito. Na execução e na liquidação das decisões funciona apenas o presidente. 
A execução provisória, pendente de recurso sem efeito suspensivo é permitida até a penhora (art. 
899 CLT), entendendo-se, porém, cabíveis EMBARGOS À EXECUÇÃO, para livra-la de vícios e 
aperfeiçoa-la, a fim de que garanta efetivamente o cumprimento da condenação. 
No processo trabalhista, a execução é provisória contra a empresa. Diante do fenômeno da 
sucessão de empresas, a execução de herdeiros somente tem lugar caso se trate de empregador 
pessoa física, cujos bens particulares se confundem com os bens sociais. 
São objeto da execução todos os bens presentes e futuros do executado, inclusive aqueles em 
poder de terceiros ou alienados ou gravados em fraude à execução; fazem exceção apenas os 
bens absolutamente impenhoráveis (art. 833 CPC). 
A execução para entrega de coisa é rara nos processos trabalhistas. 
Tratando-se de coisa incerta, o executado será citado para entrega-la individualizada, se lhe 
couber a escolha, ou para entregar a indicada pelo exeqüente, caso contrário (Novo C.P.C.). Se, 
no prazo de 48 horas, qualquer das partes impugnar a escolha da outra, caberá ao juiz decidir de 
plano ou decidir após ouvir perito (Novo C.P.C.). 
Se a coisa se deteriorar ou não for encontrada, converte-se a obrigação de entregar em obrigação 
de pagar o equivalente, apurado em liquidação. 
Nos processos trabalhistas, as condenações mais freqüentes em obrigação de fazer são: 
1 - reintegrar o empregado; 
2 - entregar as guias de levantamento do depósito do FGTS; 
3 - entregardocumentos necessários à obtenção do seguro-desemprego; 
4 - anotações na CTPS do empregado; 
5 - promovê-lo. 
 
Para início da execução, extrair-se-á mandado que conterá a transcrição da sentença exeqüenda 
ou do acordo não cumprido, o modo e as condições de cumprimento do acordo ou da decisão, ou, 
tratando-se de condenação em dinheiro, a consignação no prazo de 48 horas, para o pagamento, 
sob pena de penhora. A citação é feita por um único Oficial de Justiça. Se o executado, 
procurado por duas vezes no espaço de 48 horas, não for encontrado, a citação será feita por 
edital, publicado no jornal oficial e afixado na sede da Junta (art. 880, § 3º). 
O executado poderá pagar a condenação pondo fim ao processo, ou garantir a execução para 
discuti-la, oferecendo bens à penhora, ou depositando a quantia devida. A indicação de bens à 
penhora não será aceita, entretanto, se desobedecida, sem a anuência do exeqüente, a ordem 
preferencial estabelecida pelo art. 835 do novo C.P.C. 
Se a impugnação for realizada na nomeação será reduzida a termo, intimando-se o executado a vir 
assiná-la como depositário, salvo se o exeqüente assim não o desejar, caso em que será nomeado 
outro depositário. 
Se, entretanto, o executado não pagar nem nomear bens ou não efetuar o depósito da 
condenação será feita a penhora de seus bens, tanto quanto bastem para satisfazer o julgado, 
inclusive os juros, as custas processuais e correção monetária (art. 883 CLT). 
 
 
 
 EMBARGOS À EXECUÇÃO 
 
 
 
 
Os Embargos à Execução constituem um meio de defesa à ação executiva formulada pelo devedor 
contra o credor. Vem sendo recebido com efeito suspensivo, embora nem sempre. 
Dois requisitos fundamentais direcionam a defesa por Embargos à Execução: 
1 - O prazo de 05 dias da notificação ou do depósito dos bens penhorados; 
2 - A garantia da execução (art. 884 CLT). 
A impugnação dos Embargos também se dá em 05 dias, a contas da notificação do Exeqüente. 
A matéria discutível se limita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo de 
quitação ou prescrição da dívida, ocorridas após a sentença. Permite-se, ainda, discutir 
a inexigilibilidade da sentença ou do acordo, a ilegitimidade da parte, a incompetência 
do Juízo, o excesso e a nulidade da execução. 
Não serão admitidos Embargos de matéria velha, ou seja, de matéria já discutida e rejeitada na 
fase cognitiva. 
Da decisão proferida, notificada as partes, caberá Agravo de Petição (único recurso admitido na 
fase de execução trabalhista). 
 
 
 TRÂMITES FINAIS NO PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
 
 
 
A avaliação dos bens penhorados é feita por Oficial de Justiça Avaliador, estando o valor dos bens 
arrecadados no próprio Auto de Penhora. 
Os bens penhorados serão colocados à venda em hasta pública, praça ou leilão. O produto da 
venda será entregue ao Exeqüente para final satisfação da decisão ou do julgado. 
Se o adquirente for Terceiro, haverá arrematação; se for o próprio Exeqüente, dar-se-á 
adjudicação; e se for o Executado ocorrerá a remição. 
 
 
 
 
 SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
 
 
 
O juiz suspenderá o curso da execução enquanto não for localizado o devedor ou não for 
encontrado bens sobre os quais possam recair a penhora. Decorrido o prazo máximo de um ano, 
sem que seja localizado o devedor ou encontrados bens, o juiz ordenará o arquivamento dos 
autos, que serão desarquivados a qualquer tempo, para prosseguimento da execução. 
A execução será suspensa, ainda, se os Embargos houverem sido recebidos com o efeito 
suspensivo. 
Extingue-se a execução quando: 
1 - o devedor satisfaz a obrigação; 
2 - o devedor obtém, por transação ou por qualquer outro meio, a remissão total da dívida; 
3 - o credor renunciar ao crédito. 
 
OBS.: A extinção só produz efeito quando declarada por sentença. 
	Direito Processual do Trabalho
	PROCEDIMENTO NOS DISSÍDIOS INDIVIDUAIS
	SENTENÇA E COISA JULGADA
	CONSTITUTIVA;
	DOS RECURSOS

Continue navegando