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Teoria Geral do Processo do Trabalho - Modulo 1

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06/08/2023, 00:11 Teoria Geral do Processo do Trabalho
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/40925/index.html# 1/51
Teoria Geral
do Processo
do Trabalho
Prof. Marcos Dias de Castro
Descrição
Os fundamentos do Processo do Trabalho e sua teoria geral.
Propósito
Conhecer os fundamentos do Processo do Trabalho é aspecto relevante para os profissionais que atuam na
Justiça do Trabalho. É preciso que os operadores do Direito saibam os princípios e fundamentos do Direito
Processual do Trabalho, bem como a competência desse ramo do Poder Judiciário, para que possam atuar
de forma segura na efetivação dos direitos sociais dos trabalhadores e na defesa dos interesses
empresariais.
Preparação
06/08/2023, 00:11 Teoria Geral do Processo do Trabalho
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/40925/index.html# 2/51
Antes de iniciar o nosso estudo, tenha em mãos a Consolidação das Leis do Trabalho e o Código de
Processo Civil.
Objetivos
Módulo 1
Princípios fundamentais do Direito Processual do Trabalho
Reconhecer os princípios fundamentais que regem o Processo do Trabalho e a eficácia das normas
processuais trabalhistas no tempo e no espaço.
Módulo 2
Competência da Justiça do Trabalho
Reconhecer a competência da Justiça do Trabalho em seus aspectos mais relevantes.
Módulo 3
Partes e terceiros
Identificar partes e terceiros que atuam na Justiça do Trabalho.

06/08/2023, 00:11 Teoria Geral do Processo do Trabalho
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Introdução
Ao longo deste material, analisaremos os fundamentos do Direito Processual do Trabalho. Iniciaremos pelo
estudo dos princípios fundamentais que regem a disciplina, bem como a eficácia das normas processuais
trabalhistas no tempo e no espaço.
Em seguida, abordaremos a competência da Justiça do Trabalho, tema essencial para todos aqueles que
militam nesse ramo do Poder Judiciário. Conhecer os limites de atuação da Justiça do Trabalho é
fundamental para todos aqueles que operam na seara, em parte, pelas polêmicas que o instituto ainda
provoca na doutrina e na jurisprudência.
Por fim, abordaremos os conceitos de “parte” e de “terceiros” para o Direito Processual do Trabalho, assim
como os limites e as possibilidades de ação na Justiça do Trabalho. Todos os temas são essenciais para
um trabalho de excelência na área. Vamos saber mais sobre eles?
1 - Princípios fundamentais do Direito Processual do
Trabalho
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/40925/index.html# 4/51
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os princípios fundamentais que regem
o Processo do Trabalho e a e�cácia das normas processuais trabalhistas no tempo e no
espaço.
A e�cácia das normas no tempo e no espaço
O Direito Processual do Trabalho pode ser definido como o conjunto de princípios e normas destinados a
regular a atuação jurisdicional da Justiça do Trabalho. Esse conjunto de princípios e normas visa reger a
solução dos conflitos individuais e coletivos que a Constituição atribui como de competência da Justiça do
Trabalho, tendo como norte a obtenção da pacificação social entre capital (representado pela gama de
empresas e empreendimentos econômicos) e trabalho (representado pela massa de trabalhadores, em
geral, regidos pela Consolidação das Leis de Trabalho).
Em Brasília, a sede do TST, instância superior de julgamento para temas que envolvem o direito do trabalho no Brasil.
Fundamental para compreender o caráter específico da disciplina é entender que, como todos os ramos do
Direito, há uma série de princípios que a permeiam e influenciam. Mas o que poderíamos entender por
princípio?
A palavra princípio remonta etimologicamente à noção de “começo”, “início” ou
ainda, de “primeiro momento da existência de algo”. Em tempos mais modernos,
adquiriu-se a ideia de fundamento norteador, ou ainda, de alicerce de um sistema
(como o jurídico) que delimita a compreensão de diferentes normas que o
compõem.
Assim, poderíamos compreender os princípios como esses mandamentos que formam o núcleo do sistema
jurídico, expondo sua lógica e racionalidade internas e, ao mesmo tempo, conferindo harmonia e higidez. Em
apertada síntese, os princípios desempenham tríplice função para o Direito Processual do Trabalho:
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Essa última função tem sido muito utilizada pelos tribunais, inclusive, trabalhistas, não apenas para
preencher o “vazio legislativo”, mas para levar soluções concretas a diversos casos submetidos ao
Judiciário, como é expressamente autorizado pelo art. 8º da CLT.
Princípios em espécie
Princípios do processo do trabalho
Compreenda os conceitos relacionados aos princípios do processo do trabalho.
Função informativa
Na medida em que podem inspirar soluções de forma direta ou indireta ao aplicador da lei,
além de se dirigir ao legislador no momento da criação de novas leis.
Função interpretativa
Já que orienta o intérprete no momento de entender o significado das normas jurídicas já
existentes.
Função normativa
Na medida em que ajuda na resolução dos casos que não possuem expressa previsão legal.

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Princípio da proteção
Não há dúvida de que o princípio protetor deriva da própria razão de ser do Direito do Trabalho. Existe,
contudo, controvérsia quanto à sua aplicabilidade na disciplina que estudamos. Há quem defenda que o
princípio em análise não é próprio do Direito Processual do Trabalho, em razão de seu caráter
eminentemente processual, sendo o princípio próprio para equilibrar desigualdades específicas do direito
material. Contudo, o princípio da proteção é próprio do Processo do Trabalho, em razão de alguns aspectos
relevantes:
A desigualdade econômica entre as partes (que é a regra, pois, em geral, o trabalhador está em
desvantagem econômica em relação a seu empregador).
O desequilíbrio na produção de provas (em geral, o trabalhador só possui testemunhas, meio de prova
sempre incerto e inseguro, ao contrário do empregador, que dispõe de meios de prova mais amplos, como
regra geral).
A ausência de um sistema de proteção contra despedida imotivada (já que o inciso I do art. 7º da
Constituição não se encontra regulamentado até hoje, sendo um risco para o trabalhador ingressar com
ação trabalhista enquanto vigente sua relação de emprego).
O desnível cultural entre os sujeitos da lide (realidade prática do cotidiano forense irrefutável, embora
também comporte exceções).
Podemos afirmar, portanto, que o princípio da proteção compõe o conjunto de princípios que regem o
Processo do Trabalho, com várias evidências na CLT, por exemplo:
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I
Diferença de tratamento prevista noart. 844 da CLT em razão da ausência à audiência inicial(arquivamento x
revelia).
II
Exigência de depósito recursal como pressuposto recursal objetivo,segundo consta no (art. 899 da CLT).
III
Definição da competência territorial fixada pela localidade da prestação de serviços (art. 651 da CLT), ou
seja, clara tentativa de facilitar o acesso à justiça.
Merece ressalva o princípio do in dubio pro operario. Embora seja corolário do princípio da proteção, há
consenso substancial que tal princípio não se aplica ao direito probatório, vale dizer, na avaliação da prova
produzida pelas partes. Em casos de prova “dividida”, “empatada”, “dúbia” ou “falha”, seria uma decisão
muito simplista o magistrado se inclinar para o trabalhador valendo-se desse princípio.
Tanto o Direito Processual do Trabalho quanto o Direito Processual Civil em casos como os narrados acima
impõem ao juiz a decisão conforme o ônus da prova (arts.818 da CLT e 373 do CPC), que deve ser
sopesado no caso concreto. Se a prova é pouco convincente ou deixa o juiz em dúvida, deve este decidir
contra quem tinha o ônus da prova no caso concreto. Desse modo, o princípio deve ser utilizado apenas na
intepretação da lei existente ou para inspirar o legislador, mas nunca em matéria probatória.
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Princípio da oralidade
O Direito Processual do Trabalho é marcado por um procedimento essencialmente oral, no qual
encontramos a primazia da palavra. Desde suas origens, esse ramo do Direito Processual notabilizou-se por
maior interatividade entre partes e juiz, por uma concentração dos atos processuais na audiência e pela
simplificação dos atos processuais.
A Lei nº 5.584/70 e os procedimentos que se desenvolvem no rito sumaríssimo, por exemplo, dispensam a
transcrição dos depoimentos, dando máxima ênfase à “palavra falada”, bastando ao juiz reduzir a termo a
conclusão a que chegou a partir desses depoimentos (art. 2º, §3º da Lei nº 5584/70 e art. 852-F da CLT).
A oralidade é parte essencial em uma audiência, por exemplo.
Tal oralidade atingiu o ápice com as audiências telepresenciais, que são inteiramente gravadas e dispensam
a transcrição dos depoimentos das partes e testemunhas (Resolução 105 de 2010 do Conselho Nacional de
Justiça e Resolução 185 de 2017 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho). São consequências diretas
do princípio da oralidade (que se opõe ao princípio da escritura), os princípios da imediatidade, da
concentração dos atos processuais em audiência e da irrecorribilidade imediata das decisões
interlocutórias.
Exemplo de audiência telepresencial, que conta com a facilidade de ser gravada.
Princípio da irrecorribilidade imediata
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Um dos princípios mais próprios do Direito Processual do Trabalho é a irrecorribilidade imediata das
decisões interlocutórias. A doutrina mais clássica enxerga nesse princípio decorrência própria da oralidade
marcante de tal ramo do Direito. Com sede no art. 893, §1º da CLT, por tal princípio não se admite recurso
imediato das decisões interlocutórias proferidas por juízes em processos de competência da Justiça do
Trabalho.
Irrecorribilidade é um dos princípios mais importantes do Direito.
Assim, se um magistrado trabalhista indeferea produção de uma prova pericial, por exemplo, entendendo-a
desnecessária e passando à oitiva de testemunhas, somente apósa prolação da sentença poderá a parte
prejudicada suscitar, em recurso ordinário, a nulidade do ato judicial por cerceamentode defesa.
Nos termos da lei, “o merecimento das decisões interlocutórias” só pode ser avaliado quando do recurso da
decisão definitiva (sentença). Por fim, vale destacar que o princípio da irrecorribilidade imediata das
decisões interlocutórias possuem algumas exceções. Vamos conferi-las?
I
As decisões prolatadas em incidentes de desconsideração da personalidade jurídica na fase de execução
ou recursal (art. 855-A, incisos II e III da CLT).
II
As decisões denegatórias da admissibilidade de recursos (que podem ser atacadas por agravo de
instrumento, nos termos do art. 897, “b” da CLT).
III
Decisões interlocutórias de Tribunal Regional do Trabalho que contrariem Súmula ou OJ do TST (Súmula
214,I do TST).
IV
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Decisões suscetíveis deimpugnação medianterecurso para o mesmo tribunal (conforme item II da Súmula
214do TST, casos de hipótesesde uso do agravo regimental).
V
Decisão que acolhe exceção de incompetência territorial com remessa dos autos a tribunal regional distinto
daquele a que se vincula o juízo excepcionado (Súmula 214, III do TST em interpretação lógica do art. 799,
§2º da CLT).
Princípio da simplicidade do procedimento
A ideia de uma informalidade ou simplicidade do procedimento trabalhista remonta à sua própria origem.
Ou seja, ressaltar que o Direito Processual do Trabalho nasceu quando ainda vigorava o CPC de 1939, que
era marcado por um formalismo excessivo, do qual o legislador trabalhista quis fugir de forma clara.
Basta observar o teor do art. 769 da CLT, a fim de verificar que a exigência de compatibilidade
principiológica para aplicação subsidiária das normas processuais civis não tinha outro escopo. De fato, o
Direito Processual do Trabalho é claramente informal, orientando-se por normas menos formais com o
propósito de conferir celeridade à resolução dos conflitos na Justiça do Trabalho.
Direito Processual tem foco em resolver conflitos com agilidade.
Os sintomas desse princípio se encontram em várias circunstâncias próprias da nossa disciplina, por
exemplo:
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Princípio da ampliação dos poderes instrutórios do juiz
Princípio expresso no art. 765 da CLT, a ampliação dos poderes instrutórios do magistrado trabalhista, em
certa medida, decorre de certo protagonismo conferido ao juiz pelas regras de Direito Processual do
Trabalho. Se também na seara trabalhista não se admite que o início do processo se dê por ato ex officio,
uma vez instaurada a relação jurídica processual, exige-se do juiz uma postura ativa.
I
A notificação inicial é efetuada pelo cartório (art. 841 da CLT) logo após a distribuição do
processo.
II
A inexistência de despacho liminar ou de despacho saneador como regra, sendo o primeiro
contato do magistrado com o processo na audiência, salvo exceções.
III
A existência de procedimentos ainda mais abreviados (como aquele previsto no art. 2º da Lei
nº 5.584/70, que dispensa, inclusive, transcrição de depoimentos colhidos em juízo).
IV
A inaplicabilidade de uma série de regras do CPC por conta de prejuízo à celeridade própria
do Processo do Trabalho (vide, por exemplo, o teor da OJ 310 da SDI-1 do TST).
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CLT ampliou poderes instrutórios do magistrado trabalhista.
Contudo, não há que se concluir que a CLT adotou procedimento inquisitivo, instaurado de ofício e sem a
possibilidade de ampla participação das partes. Trata-se de um procedimento permeado pelo contraditório,
mas que, uma vez instaurado, permite ao magistrado maiores poderes na direção do processo na formação
do seu convencimento e na busca pela verdade.
É nesse sentido que temos o art. 878 da CLT (admitindo a execução de ofício quando não assistido o
reclamante por advogado), o art. 114, VIII da Constituição e o art. 43 da Lei nº 8.212 de 1991 (determinam a
execução de ofício das contribuições previdenciárias sobre os valores que forem objeto de condenação na
Justiça do Trabalho).
Princípio da conciliação
O princípio da conciliação (ou da conciabilidade) é tão antigo quanto a instituição da Justiça do Trabalho,
que já foi, por isso, tida por muitos como a “Justiça da Conciliação”. Desde o seu nascedouro, com as
antigas Juntas de Conciliação e Julgamento, esse ramo do Judiciário sempre foi marcado pela conciliação
a ponto de o parágrafo primeiro, art. 764 da CLT, expressamente determinar que os juízes enviem “seus bons
ofícios e persuasão” para obter a conciliação.
Nesse passo, é importante frisar que a tentativa de conciliação é um dever para os magistrados trabalhistas,
nos termos do caput do art. 764 da CLT. Sendo a conciliação, em última análise, solução da lide que tem
origem nas partes, parece-nos a melhor forma de resolução de conflitos, ainda que haja a intermediação do
juiz.
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A conciliaçãoé um dever para os magistrados trabalhistas.
Salienta-se que a CLT prevê expressamente dois momentos para a tentativa de conciliação:
Primeiro momento
Antes do recebimento da contestação em audiência (art. 846 da CLT).
Segundo momento
Após as razões finais (art. 850 da CLT).
Tal previsão legal é amparada na circunstância de que os ânimos para negociação variam de acordo com o
resultado prático da instrução. Após o encerramento desta e as razões finais das partes, o magistrado tem
uma ideia melhor das possibilidades de ajuste entre as partes. Por fim, precisamos ressaltar dois aspectos
importantes:
1. O primeiro é que, malgrado a previsão legal para momentos específicos para a conciliação, nada impede
que a conciliação seja proposta em qualquer fase ou momento processual. A dicção do caput do art. 764
da CLT deixa evidente a possibilidade de tentativas de conciliação na fase recursal, na fase de liquidação
de sentença, ou até mesmo na fase de execução (fato muito comum no cotidiano forense trabalhista).
2. Outro aspecto relevante é que parte da doutrina tem entendido que a falta das tentativas conciliatórias
previstas nos arts. 846 e 850 da CLT levaria à nulidade do processo, já que o juiz do Trabalho deve, ao
menos, tentar a última proposta conciliatória (aquela descrita no art. 850 da CLT). Não pensamos assim,
alinhando-nos com a doutrina mais moderna.
É preciso enxergar a questão à luz do princípio da transcendência ou do prejuízo. Se a conciliaçãopode ser
viabilizada a qualquer tempo no processo, como já dito, nada impediria sua efetivação em grau recursal, em
qualquer instância, sanando eventual nulidade que apenas retardaria a soluçãoda demanda.

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E�cácia da norma processual trabalhista no tempo e no
espaço
O tema “eficácia” pode ser usado em dois sentidos usuais:
1. Como um problema a ser investigado pela Sociologia do Direito, para concluir se a norma tem
cumprimento por parte dos destinatários ou se não possui qualquer reverberação (eficácia social da
norma).
2. Como uma questão de exame da aptidão da norma para a produção de efeitos jurídicos (eficácia técnica).
A seguir, passamos a investigar a eficácia jurídica ou técnica, considerando sua aplicação no tempo e no
espaço. A eficácia da norma processual no tempo é guiada por dois princípios fundamentais:
Princípio I
O princípio da irretroatividade, previsto no art. 5º, XXXVI da Constituição (inviabilizando a retroação da
norma em prejuízo do ato jurídico perfeito, do direito adquirido e da coisa julgada).

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Princípio II
O princípio do efeito imediato, previsto nos art. 912 e 915 da CLT, permitindo a aplicabilidade, desde
logo, das novas normas processuais trabalhistas aos processos pendentes.
É de se notar que o art. 14 do CPC, de plena aplicabilidade do Direito Processual do Trabalho (conforme art.
1º da Instrução Normativa 41 de 2018 do TST), sintetiza tais princípios ao impingir que a norma processual
não pode retroagir e é aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais
praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.
Nesse passo, a melhor doutrina defende que adotamos no Direito Processual do Trabalho a teoria do
isolamento dos atos processuais, restando claro que a lei nova regula apenas os atos processuais que se
praticarão sob sua vigência, mantendo os atos processuais praticados sob o império da lei anterior, sua
validade e seus efeitos.
No que diz respeito à eficácia da lei processual trabalhista no espaço, o princípio
que prevalece é o da territorialidade. Em outras palavras, conforme o disposto no
art. 1º da CPC, a lei processual trabalhista vigora em todo o território nacional e
tem por destinatários tanto os trabalhadores brasileiros quanto os estrangeiros
residentes no Brasil.
Por fim, merece ser sublinhado que sentenças estrangeiras (mesmo que versem sobre matérias
trabalhistas), dependem de homologação por parte do Superior Tribunal de Justiça (art. 105, I, “i” da
Constituição) e não por parte do Tribunal Superior do Trabalho. A execução dessas sentenças, portanto,
será realizada em Vara Federal, não em Varas do Trabalho, diante do expresso comando constitucional.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/40925/index.html# 17/51
Questão 1
O fato de a notificação inicial ser efetuada pelo cartório logo após a distribuição do processo espelha
qual princípio do Direito Processual do Trabalho?
Parabéns! A alternativa C está correta.
O Direito Processual do Trabalho é marcado pela informalidade, uma vez que se orienta por normas
menos formais, as quais buscam conferir celeridade à resolução de conflitos. Nessa direção, uma das
projeções do princípio da informalidade é a notificação inicial ser efetuada pelo cartório logo após a
distribuição do processo (art. 841 da CLT).
Questão 2
Em execução que tramita na 18ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, após várias tentativas de
encontrar bens da empresa Bem Viver S/A, o trabalhador solicitou ao juízo a instauração de IDPJ
(incidente de desconsideração da personalidade jurídica). Instaurado o incidente, o juiz indeferiu a
inclusão de sócios na lide, sob a alegação de que não foram comprovados os requisitos do art. 50 do
Código Civil. Sabendo o trabalhador que a jurisprudência majoritária trabalhista aplica a teoria menor
aos casos de desconsideração da personalidade jurídica, indaga-se: o que deve fazer o advogado do
exequente?
A Oralidade
B Proteção
C Informalidade
D Conciliação
E Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias
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Parabéns! A alternativa C está correta.
Estamos diante de exceção ao princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias,
conforme art. 855-B, II da CLT, cabendo agravo de petição de forma imediata. Não cabe mandado de
segurança, pois não há recurso cabível de imediato, nem pedido de reconsideração (que não interrompe
o prazo recursal e não possui previsão legal, sendo tolerado seu uso para despachos). A conciliação é
sempre possível, mas não seria medida adequada para insistir na inclusão dos sócios na lide, sendo
que, no caso concreto, parece inócua a inexistência de bens da pessoa jurídica.
A
Não há nada a fazer, pois a decisão é interlocutória, nos termos do §1º do art. 893 da
CLT.
B
Deve ingressar com pedido de reconsideração, já que a decisão contraria a
jurisprudência dominante dos tribunais trabalhistas.
C
Deve ingressar com recurso imediato (agravo de petição), eis que estamos diante de
exceção ao princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias.
D
Deve pedir pauta de conciliação, para tentar um acordo com a pessoa jurídica, ante o
princípio da conciabilidade.
E
Deve ingressar com mandado de segurança, pois a decisão do juiz violou direito líquido
e certo da parte.
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2 - Competência da Justiça do Trabalho
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a competência da Justiça do Trabalho
em seus aspectos mais relevantes.
Competência da Justiça do Trabalho
Noções preliminares
A palavra “competência” deriva do latim competentia, que significa “proporção”, “simetria”. Nesse sentido, a
doutrina clássica conceitua competência como a “medida da jurisdição”,significando que, por esse termo,
designa-se uma porção ou um segmento da jurisdição. Muitas críticas foram feitas a essa conceituação sob
a alegação de que a jurisdição é una e indivisível, sendo que não ser poderia “medir” a “quantidade” de
jurisdição.
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Sede do Tribunal Regional do Trabalho, em São Paulo.
Muitas críticas foram feitas a essa conceituação sob a alegação de que a jurisdição é una e indivisível,
sendo que não ser poderia “medir” a “quantidade” de jurisdição. Parece então mais adequado entender a
competência como o poder de ação e atuação atribuído ao órgão do Judiciário para exercer legitimamente a
jurisdição.
Melhor seria até falar em poder-dever, já que o Judiciário é obrigado a se pronunciar, dentro dos limites que
lhes são traçados, não se admitindo mais o non liquet (faculdade do Direito romano que permitia que o juiz
“deixasse de julgar”). Fato é que a competência é dividida segundo três critérios, conforme a doutrina mais
abalizada. Confira!
Considera partes, pedido, causa de pedir envolvidos na relação processual, englobando as
competências em razão da matéria, em razão das pessoas e em razão do valor da causa.
Considera as funções de cada magistrado no processo, levando à distinção entre competência
originária e recursal, por exemplo.
Leva em conta a área geográfica atribuída por lei a cada órgão jurisdicional.
Critério objetivo 
Critério funcional ou hierárquico 
Critério territorial 
06/08/2023, 00:11 Teoria Geral do Processo do Trabalho
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/40925/index.html# 21/51
É importante destacar que as competências em razão da matéria e em razão do território, que serão objeto
de estudo detalhado nas próximas seções, assumem maior relevo no cotidiano processual trabalhista.
Competência material da justiça do trabalho
Compreenda agora os conceitos relacionados à competência material da justiça do trabalho.
Competência material
Prevista no art. 114 da Constituição, a competência em razão da matéria na Justiça do Trabalho encontra
relevo em razão de sua natureza especial. Em razão de sua especialização, determinar a sua competência
material é tarefa primordial para qualquer agente do direito, quando se depara com os conflitos a serem
resolvidos pelo Estado-Juiz.
A maior parte da doutrina enxerga nos incisos do art. 114 da Constituição apenas critérios ratione materiae
e, com esse posicionamento, passaremos a analisar os principais aspectos que regem a competência da
Justiça do Trabalho em seu arcabouço constitucional e infraconstitucional.
Competência matriz
O inciso I do art. 114 da Constituição atribui à Justiça do Trabalho competência para processar e julgar as
ações oriundas da relação de trabalho. Menciona ainda o dispositivo legal que estão abrangidos os entes de
direito público externo e a administração pública direta e indireta de todos os entes federativos do país. O
primeiro aspecto importante é estabelecer qual o conceito de relaçãode trabalho.
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Há unanimidade em dizer que esta é gênero, ao passo que a relação de emprego é
espécie. Essa última caracteriza-se como a relação jurídica entre uma pessoa
física, empregado, e uma pessoa física ou jurídica, empregador, caracterizada pela
prestação de serviços com subordinação, pessoalidade, onerosidade e
habitualidade, elementos que podem ser colhidos dos arts. 2º e 3º da CLT.
Pode-se dizer, portanto, que as ações que tenham origem na relação de emprego são de competência da
Justiça do Trabalho, mesmo que envolvam terceiros, por exemplo, as questões que envolvem a
habilitação/indenização referente ao seguro-desemprego (Súmula 389 do TST) ou que digam respeito ao
cadastramento no PIS ou indenização substitutiva (Súmula 300 do TST).
Ações empregatícias são de competência da Justiça do Trabalho.
Contudo, a Constituição não limitou a competência da Justiça do Trabalho às relações de emprego. Como
conceituar, então, relação de trabalho?
A doutrina prevalecente estabeleceu que, na relação de trabalho, existe uma pessoa física, prestador de
serviços; e uma pessoa física ou jurídica, tomador, na qual existe labor em situação de vulnerabilidade. Isto é: é
necessário que o prestador de serviços esteja em uma situação de desigualdade em face do tomador, a
exemplo do que ocorre na relação de emprego, em que a subordinação é o elemento de desequilíbrio.
Na relação trabalhista, existe um prestador de serviço e, uma pessoa física ou jurídica, tomador.
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Há exemplos na própria legislação infraconstitucional, onde a CLT elenca na competência da Justiça do
Trabalho:
O operário ou artífice nos casos de “pequena empreitada”, conforme art. 652, “a”, III da CLT.
O caso dos trabalhadores portuários (avulsos) em face dos operadores portuários ou do OGMO, nos
termos do art. 652, “a”, V da CLT.
Seguindo a lógica do conceito, seriam da competência da Justiça do Trabalho:
Os trabalhadores eventuais, sem habitualidade, mas submetidos às ordens de seus tomadores.
Os trabalhadores autônomos, desde que apurada sua vulnerabilidade em face de uma “parassubordinação”
ou de uma acentuada dependência econômica.
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As diaristas domésticas, marcadas pela ausência de continuidade.
Fundamental é que a hipossuficiência do prestador, pessoa física, esteja evidenciada. Finalmente, ressalta-
se que estão excluídos do conceito, em razão da jurisprudência dos Tribunais Superiores:
Os profissionais liberais, já que, neste caso, não há vulnerabilidade do prestador de serviços, conforme
Súmula 363 do STJ.
As relações de consumo, mesmo que o fornecedor de serviços seja pessoa física, (art. 3º, §2º do CDC).
O representante comercial (STF, Tema 550 de repercussão geral, RE 606.003).
O transportador de cargas autônomo (STF, ADC 48).
O cabelereiro parceiro (STF, ADI 5625, salvo se o parceiro alegar fraude e sustentar a existência de uma
relação de emprego).
Servidores públicos
Embora o art. 114 em seu inciso I da Constituição mencione expressamente a administração pública direta
e indireta, doutrina e jurisprudência fixaram limites para a competência material da Justiça do Trabalho em
relação aos servidores públicos. Utilizando a classificação de Maria Sylvia Di Pietro (2016), podemos
elencar na categoria genérica de servidores públicos:
Servidores estatutários
Em relação aos servidores estatutários, não há dúvida quanto à incompetência absoluta da Justiça do
Trabalho, conforme fixado pelo STF no julgamento da ADI 3.395. Assim, aqueles servidores regidos por
estatuto jurídico único possuem uma relação administrativa com o Estado, e a competência será da Justiça
Federal ou da Justiça Estadual, conforme o ente federativo a que pertencerem (Súmulas 137 e 218 do STJ).
Empregados públicos
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Quanto aos empregados públicos, assim considerados aqueles que são regidos pela CLT, por conta do
disposto no art. 173, §1º, II da Constituição, a competência será da Justiça do Trabalho. Ressalta-se que,
mesmo aqueles que prestam serviços para a administração pública direta, quando o regime jurídico único
eleito for a CLT, deverão propor suas demandas perante a Justiça do Trabalho, conforme já fixado pelo STF
(ex.: ARE 906.941).
Servidores temporários
Quanto aos servidores públicos temporários (art. 39, IX da Constituição), firmou-se o entendimento de que a
competência será da Justiça Comum, Federal ou Estadual. Oentendimento do STF caminhou no sentido de
que esses servidores também teriam uma relação jurídico-administrativa com o Estado, e não meramente
contratual. Em razão desse entendimento, o TST cancelou a OJ 205 da SDI-1.
Finalmente, ressalta-se que o STF também pacificou que questões pré-contratuais que envolvem os
empregados públicos não se inserem na competência da Justiça do Trabalho. No Tema 922 de repercussão
geral (RE 960.429), ficou expresso que as fases de seleção e admissão de pessoal e eventual nulidade de
concurso público representam questões administrativas que devem ser dirimidas pela Justiça Comum,
mesmo que esses empregados se submetam a regime celetista após a posse.
Con�itos sindicais
Compete à Justiça do Trabalho, também, dirimir os conflitos que envolvem o Direito Coletivo do Trabalho.
Nem sempre foi assim, mas, após a Emenda Constitucional 45 de 2004, os incisos II e III inseridos no art.
114, passaram a atribuir à Justiça do Trabalho a competência para resolver conflitos sindicais, inclusive os
decorrentes do exercício do direito de greve.
Registro de manifestação sindical na cidade de São Paulo.
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Duas posições se formaram acerca da interpretação do disposto nos incisos mencionados. Uma primeira,
restritiva, que enxergava competência apenas para as demandas que envolvessem as questões de
representação sindical, vale dizer, disputas entre sindicatos acerca da legitimidade, para falar em nome de
determinada categoria, em determinado âmbito territorial.
Contudo, prevaleceu posição ampliativa, de modo a interpretar os dois incisos de maneira mais expansiva.
Pode-se dizer que compete à Justiça do Trabalho, com base na norma constitucional, processar e julgar:
Ações que visem à garantia do exercício do direito de greve (inclusive as que visem às tutelas inibitórias e
obrigações de fazer).
Os dissídios coletivos de greve (de competência originária dos Tribunais e que versam sobre a legalidade
ou abusividade do movimento paredista).
As ações indenizatórias decorrentes do exercício abusivo do direito de greve (Súmula 189 do TST e
Precedente 29 da SDC/TST).
As ações possessórias (conforme Súmula Vinculante 23 do STF).
As ações que envolvem a (ir)regularidade das eleições sindicais.
As ações que envolvem a representação sindical.
As ações que envolvem a cobrança de contribuições sindicais (STF, Tema 944 de repercussão geral, RE
1.089.282).
Ações que envolvem a intervenção em sindicatos irregulares, em geral, propostas pelo Ministério Público
do Trabalho, para assegurar a garantia da liberdade sindical.
Dissídios coletivos de natureza jurídica ou econômica, competência existente desde a fundação da
Justiça do Trabalho no Brasil.
Uma palavra final sobre este item específico: muito se questionou quanto à competência para apreciação da
greve dos servidores públicos. Afinal, só a Justiça do Trabalho dispunha de um instrumento específico,
próprio, para resolver a greve, o “dissídio coletivo de greve”.
Contudo, tanto a Súmula Vinculante 23 do STF (que alude à greve dos trabalhadores da iniciativa privada),
quanto o julgamento do Tema 544 de repercussão geral (RE 846.854), estabeleceram que a competência da
Justiça do Trabalho se limita à greve dos empregados públicos da administração pública indireta, não
atingindo, em nenhuma hipótese os servidores da administração pública direta.
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Danos morais e patrimoniais
Nota marcante da competência da Justiça do Trabalho, que mereceu distinção específica entre os incisos
do art. 114 da Constituição, é a possibilidade de exame das demandas que envolvam danos patrimoniais e
morais decorrentes das relações de trabalho.
Danos de diversas naturezas são analisados pela Justiça.
Primeiro ponto é que, malgrado a remissão constitucional mencione apenas os “danos morais”, fato é que a
competência da Justiça do Trabalho engloba também postulações que envolvam danos estéticos, danos
existenciais, danos morais coletivos, danos biológicos, perda de uma chance, vale dizer, qualquer dano que
possua natureza extrapatrimonial e atinja a honra, imagem, intimidade, autoestima, saúde, integridade física,
ou qualquer bem imaterial, desde que o nexo causal seja a relação de trabalho.
Outro ponto relevante diz respeito à competência para as lides que envolvam acidentes de trabalho e
doenças ocupacionais. A questão encontra-se dirimida pela Súmula Vinculante 22 do STF, que deixa clara a
competência da Justiça do Trabalho para apreciar ações que envolvam danos morais e patrimoniais
decorrentes de acidente de trabalho, desde que proposta por empregado contra empregador.
Não está a se falar da ação acidentária, de natureza previdenciária, que o trabalhador propõe em face do
INSS, quando este não reconhece o nexo causal com a atividade laborativa. Essa última demanda deve ser
proposta em face da Justiça Estadual, por aplicação do disposto no inciso I do art. 109 da Constituição.
Compete à Justiça do Trabalho apreciar ações que envolvam danos decorrentes de acidente de trabalho.
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Por fim, deve-se ressaltar que, no caso de acidentes de trabalho típicos ou atípicos, a competência para
apreciação de demandas onde se postulem danos indiretos ou em ricochete, também incumbe à Justiça do
Trabalho. Nesse sentido, a Súmula 392 do TST consolidou o entendimento de que os
dependentes/sucessores do falecido devem buscar tal reparação na Justiça do Trabalho.
Execução das contribuições sociais
Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, “a” e
II da Constituição, eis a dicção do inciso VIII do art. 114 da Lei Maior. Tal competência é repetida também
pelo art. 43 da Lei 8.212/91. Duas questões ocuparam o centro da controvérsia acerca da interpretação do
mencionado dispositivo constitucional:
Questão I
Qual seria o alcance desta competência.
Questão II
Qual seria a sua amplitude.
No que diz respeito ao primeiro aspecto, a jurisprudência firmou-se no sentido de que apenas sentenças
condenatórias, em relação aos valores em pecúnia integrantes da condenação, comportariam a execução
de ofício. Nesse sentido, a Súmula 368, item I do TST e a Súmula Vinculante 53 do STF.
Assim, sentenças meramente declaratórias, que reconhecessem vínculos de empregos pretéritos, não
dariam ensejo à execução das contribuições previdenciárias que deveriam ter sido recolhidasa tempo e
modo. Esse encargo incumbe ao INSS, entidade autárquica destinatária detais contribuições, e em juízo
adequado, não o trabalhista.
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Quanto ao segundo aspecto, por contribuições previdenciárias executáveis, deve-se excluir contribuições de
terceiros e salário-educação, limitando-se àquelas descritas no art. 195, I, “a” e II da Constituição (cota parte
do empregado e do empregador). A única exceção diz respeito ao RAT (antigo SAT), que, por representar
percentual que mede o risco da atividade econômica do empregador e que serve para financiar benefícios
previdenciários decorrentes de acidente de trabalho, houve uma interpretação analógica permitindo sua
execução de ofício, conforme Súmula 454 do TST.
Competência penal da Justiça do Trabalho
Parte da doutrina enxergou competência penal para a Justiça do Trabalho, em razão de interpretação
sistemática dos incisos I e IV do art. 114 da Constituição.
Ora, se o legislador conferiu competência para apreciação de habeas corpus (inciso
IV), que é uma ação tipicamente penal, e se conferiu competência para ações
oriundas da relação de trabalho(inciso I), sem distinguir se cíveis ou penais, seria
consequência lógica a competência penal para crimes que envolvessem a
“organização do trabalho” ou “a administração da Justiça” (do Trabalho), ambos
previstos no Código Penal.
Contudo, o STF, no julgamento da ADI 3684, fixou entendimento que competência penal não pode ser
“deduzida” ou “implícita”, necessita ser expressamente prevista, o que não foi o caso da Justiçado Trabalho.
Competência territorial da Justiça do Trabalho
A regra geral
A regra geral da competência territorial prevista no art. 651 da CLT é o do lugar da prestação de serviços. O
caput do art. 651 da CLT deixa evidente que o trabalhador deve ajuizar a demanda utilizando o critério da
localidade onde o contrato é executado, e as razões tem claro intuito de propiciar o acesso à justiça. É lição
comezinha entre os doutrinadores que a opção do legislador pela localidade da prestação de serviços levou
em conta:
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O acesso mais fácil aos meios de prova por parte do trabalhador.
O comparecimento do empregado sem maiores gastos de locomoção (como regra, embora, na prática,
haja exceções).
A exceção do §1º do art. 651 da CLT
Exceção à regra geral é o §1º do art. 651 da CLT, que trata do agente ou viajante comercial de forma
expressa, embora possa ser aplicado a todo aquele trabalhador que tenha uma “zona” ou “área” que englobe
vários municípios simultaneamente.
Exemplo
Um trabalhador que preste serviços nos munícipios que compõem a zona da mata mineira ou o ABC
paulista deve ajuizar a demanda em qual localidade? A resposta se dá pela conjugação de duas regras
inscritas no dispositivo em comento:
Em primeiro lugar, será competente a vara da localidade em que a empresa tenha agência ou se filiar, e a
esta o empregado esteja subordinado.
Em segundo lugar, sucessivamente, se não existir agência ou filial, será competente a vara do local do
domicílio do autor ou da localidade mais próxima de seu domicílio.
A exceção do §2º do art. 651 da CLT
Outra regra que se consubstancia em exceção à regra geral é aquela disposta no §2º do art. 651 da CLT.
Afinal, se o trabalhador presta serviços no exterior, se a Justiça do Trabalho brasileira possui competência
para dirimir o litígio, a regra geral perde a razão de ser. Questão relevante e polêmica diz respeito ao critério
que deveria então substituir a regra geral. A posição dominante, que é a majoritária, defende que seria a
localidade da sede da empresa no Brasil (ou da agência ou filial).
Tal posição fundamenta-se no fato de que os termos do §2º do art. 651 da CLT, a
contrario sensu, se o autor é transferido para filial ou agência no exterior, é porque
esta empresa encontra-se no Brasil.
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Defende-se, portanto, que não haveria possibilidade de ajuizamento da demanda no Brasil se a empresa não
tivesse sede/agência/filial no país. Esse tem sido o posicionamento dominante nas cortes trabalhistas.
Flexibilização jurisprudencial da regra geral
Por fim, merece ser ressaltado que a jurisprudência, com o passar do tempo, passou a flexibilizar a regra
geral. Podemos fixar três etapas dessa mitigação a partir da construção jurisprudencial do próprio TST.
Trabalhadores circenses são considerados itinerantes.
A primeira etapa consistiu na interpretação ampliativa do §3º do art. 651 da CLT. Esse dispositivo,
originariamente, dizia respeito a trabalhadores que não tinham um lugar de prestação de serviços
previamente fixado. Pensemos nos trabalhadores de circo, itinerantes por natureza, ou engenheiros que
fossem empregados de uma empresa especializada em pavimentação de estradas.
Contudo, tal norma que tinha destinação específica, acabou por ser ampliada para todos os trabalhadores
contratados em uma localidade, mas que prestavam serviços em outra localidade. Isso ficou claro na OJ
149 da SDI-2, que deixou evidente a faculdade do empregado na escolha de um ou outro foro, com base na
dicção do §3º do art. 651 da CLT.
A segunda e terceira etapas de mitigação da regra geral foram consubstanciadas em vários julgados do TST,
como os constantes nos Informativos 198 (TST-E-ED-RR-278-87.2015.5.20.0003, SDI-1), 206 (TST-RO-679-
10.2018.5.05.0000, SDI-2) e 214 (TST-CC-7301-46.2018.5.00.0000, SDI-2), os quais admitiram:
O ajuizamento da reclamação trabalhista no foro em que foi proposta a relação de emprego (para evitar o
recrutamento de trabalhadores em regiões longínquas do país).
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O ajuizamento de reclamação trabalhista no foro do domicílio do autor, quando se tratar de empresa de
atuação nacional ou regional que tenha sede/filial na localidade onde o autor reside, viabilizando o pleno
exercício do direito de defesa da reclamada.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O Ministério Público do Trabalho ajuíza dissídio coletivo de greve na Justiça do Trabalho em razão da
greve dos policiais civis do estado do Pará, sustentando que tal greve trará sérios prejuízos aos
cidadãos do estado, além de ser inconstitucional. Em sua opinião
Parabéns! A alternativa C está correta.
A
a competência é da Justiça do Trabalho, em razão do disposto no inciso II do art. 114
da Constituição, que não fez qualquer distinção entre os sujeitos da greve.
B
a competência é da Justiça Federal, em razão do autor ser instituição federal (MPT), o
que atrai o disposto no inciso I do art. 109, da Constituição.
C
a competência é da Justiça Estadual, por se tratar de greve de servidores públicos
estaduais existindo RJU (Lei nº 5.810/1994).
D
a competência é da Justiça Militar, já que os policiais civis se equiparam aos policiais
militares, o que atrai a competência dessa Justiça Especializada.
E
a competência é do TST, já que policiais se constituem em carreira de Estado e o
conflito de natureza trabalhista deve ser julgado pela corte máxima nessa matéria.
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A competência é, sem sombra de dúvida, da Justiça Estadual do Pará. Os policiais civis são servidores
públicos civis estaduais e, existindo regime jurídico único no qual eles se enquadram, a competência é
da Justiça Estadual. Mesmo em se tratando do direito de greve, a questão já foi dirimida pelo STF no
julgamento do RE 846.854 (Tema 544 de Repercussão Geral) e na Súmula Vinculante 23 (já que
policiais não se enquadram no conceito de “iniciativa privada”).
Questão 2
O juiz da 18ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro recebeu ação penal ajuizada pelo Ministério Público do
Trabalho requerendo a condenação de ex-sócios de uma organização social em razão de crimes contra
a organização do trabalho. Indaga-se: o que deve fazer o magistrado?
Parabéns! A alternativa A está correta.
O STF, no julgamento da ADI 3684, já fixou entendimento que competência penal não pode ser
“deduzida” ou “implícita”, mas necessita ser expressamente prevista, o que não foi o caso da Justiça do
A
Declarar de ofício a incompetência absoluta da Justiça do Trabalho, pois esta não
possui competência penal.
B
Prosseguir no processamento da ação penal, pois a Justiça do Trabalho tem
competência específica para julgar crimes contra a organização do trabalho.
C
Declarar de ofício a incompetência absoluta da Justiça do Trabalho, pois esta só possui
competência penal no caso de crimes contra a administração da Justiça do Trabalho.
D
Prosseguir no processamento da ação penal, pois, embora a Justiça do Trabalho não
tenhacompetência penal, tal fato tem que ser suscitado pelos réus.
E
Prosseguir no processamento da ação penal, pois a Justiça do Trabalho tem ampla
competência penal nos termos do art. 114, I c/c IV da Constituição.
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Trabalho. Portanto, a resposta correta é a letra A, pois não há qualquer competência penal atribuída à
Justiça do Trabalho no art. 114 da Constituição.
3 - Partes e terceiros
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car partes e terceiros que atuam na Justiça
do Trabalho.
Partes no Processo do Trabalho
Conceito
Pode-se conceituar “parte” como todo aquele que participa do processo, assumindo as prerrogativas e
posições processuais com parcialidade. São conhecidos como autor e réu, em síntese, poderíamos defini-
los como aqueles que pedem a tutela jurisdicional do Estado (autor) e como aquele contra quem é pleiteada
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a respectiva tutela e que resiste à tal pretensão (réu). O Direito Processual do Trabalho, dependendo do tipo
de ação, adota denominações diferentes:
No inquérito judicial (art. 853 da CT) denomina-se “requerente” e “requerido” a autor/réu.
Nos dissídios coletivos, encontramos “suscitante” e “suscitado”.
E principalmente na própria reclamação trabalhista, onde é comum a denominação “reclamante” e
“reclamado”. Isso ocorre em razão da origem administrativa da Justiça do Trabalho. Fato é que essa
última denominação tem sido prestigiada para sublinhar a autonomia do Direito Processual do Trabalho.
Por fim, resta-nos diferenciar o conceito de “partes no processo” e de “partes na demanda”.
Parte em sentido material é aquele que suscita em nome próprio direito que lhe pertence, em face do
devedor originário da relação jurídica de direito material.
Parte em sentido processual é aquele que se afigura como sujeito do processo, mas que não
necessariamente se identifica com os sujeitos da res in iuditio deducta.
Nem sempre os conceitos coincidem, como é o caso da substituição processual, em que o substituto é
parte em sentido processual, mas não o é em sentido material.
Substituição processual por sindicatos
Compreenda os aspectos importantes da substituição processual por sindicatos.


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Substituição processual no Processo do Trabalho
Por substituição processual, temos o instituto jurídico no qual a parte que comparece em juízo (parte em
sentido processual) o faz em nome próprio para defender direito alheio. É prevista expressamente no
parágrafo único do art. 18 do CPC.
A questão mais polêmica na Justiça do Trabalho diz respeito à substituição
processual por parte do sindicato. Depois de uma interpretação mais restritiva, em
que se admitia a substituição processual apenas nos casos do §2º do art. 195 da
CLT (OJ 121 da SDI-1, TST), do art. 872, parágrafo único da CLT, do art. 25 da Lei
8.036/90, vale dizer em hipóteses específicas.
Contudo, o STF, em vários julgados (RE 555-720-AgR, RE 363.860-AgR, RE 210.029, mandado de injunção
20936), passou a interpretar o disposto no art. 8º, inciso III da Constituição de forma ampla.
O próprio TST curvou-se ao entendimento do Excelso Supremo, cancelando o antigo Enunciado 310 e
entendendo que o sindicato tem plena legitimidade para atuar na defesa dos interesses da categoria, o que
inclui direitos difusos, coletivos e também individuais, independentemente de autorização ou lista
(indicação nominal) de substituídos.
Sindicatos podem atuar em defesa dos trabalhadores.
Em verdade, a única questão que ainda remanesce diz respeito aos direitos individuais:A legitimidade
extraordinária do sindicato prevista no inciso III do art. 8º da Constituição inclui apenas os direitos
individuais “homogêneos”, ou inclui também a defesa dos direitos individuais “puros” ou “heterogêneos”?
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Uma primeira posição entende que apenas os direitos individuais homogêneos (aqueles de origem comum,
com titulares determinados, em que há o predomínio da questão comum sobre as questões individuais)
poderiam ser objeto de substituição processual. Isso porque a missão constitucional e institucional do
sindicato é defender a categoria como um todo, sendo certo que, para a defesa de um único trabalhador, já
existe a figura da representação processual (§1º do art. 791 da CLT) e da assistência judiciária, na qual o
sindicato fornece advogados para postular em juízo pelo trabalhador.
Manifestação sindical no centro da cidade de São Paulo.
Não nos parece ser este o melhor entendimento. A leitura do inciso III do art. 8º da CLT, não deixa dúvida de
que não ocorreu qualquer condicionamento à substituição de direitos individuais homogêneos,
classificação, diga-se de passagem, que só surgiu no ordenamento jurídico com o CDC de 1990.
Nesse sentido, a OJ 359 da SDI-1 do TST aponta para tal posicionamento, pois admite que a ação movida
por sindicato, como substituto processual, interrompe a prescrição de ações individuais pelo trabalhador,
ainda que seja declarada sua ilegitimidade. Por fim, merece ser bem delineada a distinção entre
litisconsorte, substituto processual e representante. Em apertada síntese, podemos explicitar que:
Litisconsorte
É parte no processo e parte na demanda, que defende interesse próprio, em nome próprio.
Substituto processual
É parte no processo, mas não é parte na demanda, que defende interesse alheio, mas em
nome próprio.
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Capacidade postulatória na Justiça do Trabalho
Costuma-se definir a capacidade postulatória como a aptidão para postular em juízo, ou seja, de fazer
petições ao Estado-Juiz. Para o direito processual civil, a regra é que a capacidade postulatória é privativa
do advogado (art. 1º, Lei nº 8.906/94), mas, no Direito Processual do Trabalho, há regra específica. Diante da
previsão expressa no art. 791 da CLT, empregados e empregadores podem reclamar pessoalmente e
acompanhar suas reclamações até o final. Tal circunstância tem sido conhecida como jus postulandi da
parte e também encontra previsão no art. 4º da Lei 5.584 de 1970.
Contudo, tal comando seria constitucional, diante do art. 133 da Constituição, que prevê o advogado como
indispensável à administração da justiça? Mesmo do ponto de vista infraconstitucional, tal dispositivo não
violaria o disposto no art. 1º, inciso I da Lei nº 8.906/94 (prevê a postulação a qualquer órgão do Poder
Judiciário como privativa da advocacia)?
Sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
Em verdade, a questão já se encontra pacificada pelo STF. Em vários julgados, desde o paradigmático HC
673902 (julgado em 06 de abril de 1990), passando pelas ADIs 1.127-8 e 3.168, a Corte Suprema já definiu
que são constitucionais as normas especiais que garantam às partes a prática de atos processuais sem
advogado, sendo perfeitamente compatível com a Lex Maior, o disposto no art. 791 da CLT.
Registre-se, por fim, que existem algumas limitações ao jus postulandi, que foram consagradas na Súmula
425 do TST e no art. 855-B da CLT. Assim, podemos condensar as exceções nos seguintes casos:
Representante processual
Não é parte no processo, nem da demanda, pois fala em nome da parte e defende os seus
interesses, ou seja, comparece no processo em nome alheio para defender interesses do
representado (como é o caso do disposto no art. 793 da CLT).
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Caso I
Ações civisaplicáveis ao Direito Processual do Trabalho, regidas pelas normas de origem, como a ação
rescisória e o mandado de segurança (possuem legislação específica que afasta a capacidade postulatória
das partes).
Caso II
Recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho, considerando que, em geral, esses recursos
exigem prequestionamento e um debate jurídico sobre a sentença (princípio da dialeticidade).
Caso III
Ações de homologação de acordo, pois há a exigência de que ambas as partes estejam assistidas por
advogado nos termos da lei.
Litisconsórcio e intervenção de terceiros
Conceitos
O conceito de “terceiro” está diretamente relacionado ao conceito de “parte”. Terceiro é quem não é parte,
logo a intervenção de terceiros pode ser conceituada pelo ingresso na relação processual de quem não é
parte. Já o litisconsórcio é uma das situações em que o esquema mínimo da relação processual é alterado.
Nessa hipótese, há em um processo pluralidade de autores ou de réus. Todas as vezes que, em um
processo, mais de uma pessoa pleiteia em seu favor, a tutela jurisdicional, ou tal tutela é direcionada a mais
de um demandado, tem-se o litisconsórcio.
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Em outras palavras, o litisconsórcio consiste na cumulação subjetiva na relação
processual em que duas ou mais pessoas litigam em conjunto, ativa ou
passivamente. Seu objetivo é a busca de harmonia processual (evitar decisões
conflitantes) e a economia processual.
Vejamos a seguir, as principais hipóteses de litisconsórcio e intervenção de terceiros aplicáveis ao Direito
Processual do Trabalho.
Cabimento das intervenções de terceiro
Vimos que terceiros são sujeitos estranhos à relação jurídica processual, que se tornam partes a partir do
momento em que intervenham no processo. Por certo, releva salientar que o acréscimo de sujeitos ao
processo, em qualquer modalidade de intervenção de terceiros, importa na criação de processo novo, ainda
que o terna mais complexo. Questão importante diz respeito ao cabimento ou não das intervenções
previstas nos arts. 119 a 138 do CPC ao Direito Processual do Trabalho. Basicamente três posições se
formaram na doutrina:
A primeira entende pela plena inaplicabilidade das intervenções de terceiro ao Direito Processual do
Trabalho, defendida por Campos Batalha (1995). Os fundamentos residiriam na
simplicidade/informalidade das normas processuais trabalhistas, que repeliriam a complexificação
das causas na seara laboral, mas também a aplicação subsidiária do art. 10 da Lei nº 9.099/95. A
intervenção de terceiros criaria complicadores ao procedimento, que representariam óbices para que
o processo se concentrasse no seu foco central: a efetividade do crédito trabalhista.
A segunda posição, defendida por Schiavi (2022), concentra-se na ideia de que apenas no rito
sumaríssimo seria inviável a intervenção de terceiros. Apenas neste rito abreviado, que tem a
peculiaridade de não admitir incidentes processuais que impliquem prolongamento do procedimento
(vide o disposto no art. 852-G da CLT), poder-se-ia rechaçar as intervenções de terceiros.
Posição I 
Posição II 
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Contudo, a posição dominante é a de plena aplicabilidade do instituto. Em primeiro lugar, porque o
art. 769 da CLT permite a aplicação subsidiária, já que as intervenções de terceiro trazem economia e
celeridade processual, evitam decisões conflitantes e trazem maior efetividade para a legislação
trabalhista, pois alcança mais sujeitos que, originariamente, não seriam alcançados pela coisa
julgada, como regra geral. O que tem se admitido, contudo, é que a intervenção de terceiros seja
analisada e subordinada ao interesse do autor, tendo em vista a utilidade do provimento final de
mérito. Nesse sentido, vários julgados do TST e também o Enunciado 68, da 1ª Jornada de Direito
Material e Processual do Trabalho.
Assistência
A assistência é uma intervenção ad coadjuvandum, pela qual um terceiro (assistente), integra a relação
processual com o fim de auxiliar uma das partes da demanda (assistido). Divide-se em assistência simples
(ou comum), em que o terceiro é uma espécie de parte auxiliar e assistência adesiva (qualificada ou
litisconsorcial), em que o terceiro intervém porque a sentença tem o condão de influir na relação jurídica
entre ele e o adversário do assistido.
A assistência é perfeitamente compatível com as regras processuais trabalhistas, sendo expressamente
mencionada no art. 896-C, §8º da CLT e admitida pela Súmula 82 do TST. Podemos citar como exemplos de
assistência:
Exemplo I
A intervenção de empresa sucedida (arts. 10 e 448 da CLT), quando há cláusula de responsabilização da
empresa sucedida em caso de condenação do sucessor (assistência simples).
Posição III 
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Exemplo II
Sindicato patronal que intervém em uma ação coletiva movida pelo sindicato dos trabalhadores em face de
empresas determinadas da categoria econômica (Precedente RE 550.769 QO/RJ, Informativo 496, STF).
Exemplo III
Empregados que ingressam como assistentes litisconsorciais em demanda movida pelo sindicato como
substituto processual em face do empregador (caso de assistência litisconsorcial).
Denunciação da lide
Trata-se de intervenção de terceiros que se constitui em verdadeira ação regressiva in simultaneus
processus. A denunciação da lide em verdade, na metáfora conhecida na doutrina, representa um “enxerto”
no processo de uma nova lide, entre denunciante e denunciado, em torno do direito de garantia ou de
regresso do primeiro em face do segundo. É prevista no art. 125 do CPC. Seria possível a aplicação ao
Direito Processual do Trabalho?
Depois do cancelamento da OJ 227 da SDI-1 do C. TST, a posição dominante passou a ser pela resposta
afirmativa. A doutrina, em geral, aponta como casos possíveis:
I
O d ã t b lhi t t d l i d i
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Contudo, importante ressalva merece ser feita neste particular. A jurisprudência trabalhista tem entendido
que, como o novo CPC não mais declara a perda do direito de regresso quando não efetuada a denunciação
da lide, esta intervenção de terceiros deve ser deferida tendo em vista os interesses dos trabalhadores.
Se o deferimento da intervenção se constituir em óbice para uma rápida solução do litígio, o indeferimento
da denunciação não representará nulidade, já que não há perda do direito de regresso (vide, por exemplo, os
acórdãos proferidos pela 8ª Turma do TST, RR-1440-68.2012.5.22.0003 e 5ª Turma do TST, RR-3500-
16.2006.5.01.0421).
Chamamento ao processo
Trata-se de intervenção prevista no art. 130 do CPC. Constitui-se no ato pelo qual o réu postula a integração
de terceiro ao processo, para que, em caso de procedência, também este terceiro seja condenado e a
sentença lhe seja atribuível como título executivo. Estamos diante, portanto, de intervenção para
solidarização no resultado da demanda. Tal intervenção é aplicável ao Direito Processual do Trabalho?
Os casos de sucessão trabalhista, em que o sucessor apontado no polo passivo denuncia a
lide ao sucedido (art. 10 e 448 da CLT), quando há, no contrato entre as empresas, cláusula de
responsabilização exclusiva do sucedido, com previsão do direito de regresso.
II
Os casos de responsabilização do empregador por atos de preposto (art. 932, III do Código
Civil), como assédio moral ou sexual, em que o empregador exerce o direito de regresso nos
próprios autos em que o trabalhador assediado postula indenização por danos morais.
III
Os casos em que os agentes de integração são responsáveis civilmente nos contratosde
estágio (art. 5º, §3º da Lei nº 11.788/2008).
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Existe certo consenso de que os casos do inciso III do art. 130 do CPC, em tese, admitiriam a ampliação
subjetiva da demanda. Assim, poderíamos elencar os seguintes casos:
Subempreiteira que pode chamar a empreiteira principal (art. 455 da CLT).
Empresas integrantes de um mesmo grupo econômico (art. 2º, §2º da CLT).
O caso previsto no art. 16 da Lei 6.019/74, quando há a falência de empresa de trabalho temporário.
São casos em que os réus poderiam chamar devedores solidários para que também sobre eles incida os
efeitos da coisa julgada.
Amicus curiae
Trata-se do terceiro que, espontaneamente, ou a requerimento (da parte ou de determinado órgão judicial),
intervém no processo com o objetivo de fornecer subsídios ou elementos que possam ajudar o magistrado
a compreender melhor a situação de fato e/ou de direito, de modo a proferir decisão com qualidade mais
acurada. É previsto no art. 138 do CPC.
Comentário
Não é um instituto que seja novidade no direito brasileiro, eis que o art. 31 da Lei nº 6.385/76 ou o art. 118
da Lei nº 12.529/2011 já previam a possibilidade, bem como a de terceiros auxiliarem em processos
administrativos.
Registre-se que não há qualquer dúvida quanto à aplicabilidade do instituto na seara trabalhista. A Instrução
Normativa 39 de 2016, em seu art. 3º, inciso II, expressamente admitiu a adoção do instituto, sendo certo
que é o juiz quem vai fixar os poderes do amigo da corte (conforme o disposto no art. 138, §2º do CPC). Por
fim, registre-se que também no processo trabalhista, o amicus curiae, no mínimo, terá poderes para:
Manifestar-se no prazo de 15 dias.
Opor embargos de declaração.
Recorrer nos casos de julgamento de incidente de resolução de demandas repetitiva, que, no nosso sentir,
incluir o julgamento dos recursos de revistas repetitivos pelo TST, por razões lógicas.
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Incidente de desconsideração da personalidade jurídica
O incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IDPJ) é modalidade de intervenção de terceiros
expressamente prevista na CLT. O art. 855-A da CLT expressamente autoriza a aplicação do disposto no art.
133 a 137 do CPC aos processos trabalhistas. A questão relevante que envolve o IDPJ diz respeito aos
recursos cabíveis em face das decisões proferidas pela Justiça do Trabalho. Se todas as regras
procedimentais previstas no CPC se aplicam na seara laboral, fato é que, nas causas trabalhistas, as regras
recursais são específicas.
Desse modo, vale salientar que, na fase de conhecimento, a decisão proferida no
IDPJ não comporta recurso, em razão do princípio da irrecorribilidade imediata das
decisões interlocutórias (§1º do art. 893 da CLT).
Na fase de execução, o recurso cabível é o agravo de petição, com base no art. 897, “a” da CLT, ainda que se
trate de decisão interlocutória. Já, na fase recursal, cabe agravo interno se proferida pelo relator. Ressalta-se
que a instauração do incidente suspenderá o processo, embora seja possível a concessão de tutela de
urgência de natureza cautelar nos termos do art. 301 do CPC. Em outras palavras, é permitido o
arresto/bloqueio de bens do sócio, mesmo antes da instauração do IDPJ ou de sua decisão final, caso
presentes os requisitos específicos para a concessão da tutela provisória.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
São exceções ao jus postulandi na Justiça do Trabalho:
A
A apresentação de defesa em audiência trabalhista, o que somente pode ser feito por
advogado.
B
A celebração de acordo em demanda trabalhista ajuizada pelo empregado, sem
advogado, pois, nesse caso, a presença de advogado é obrigatória.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
Nos termos da Súmula 425 do TST, os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho, como
o recurso de revista, só podem ser oferecidos por advogado. A razão é simples: trata-se de recurso
técnico, de fundamentação vinculada, e a presença de advogado é indispensável para sua elaboração e
seu conhecimento.
Questão 2
O juiz da 18ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro instaurou IDPJ na fase de execução a requerimento do
exequente. Após incluir o sócio da empresa no polo passivo da execução, qual seria o recurso cabível
para que o sócio possa reformar a decisão da 1ª instância?
C A apresentação de recurso de revista para o Tribunal Superior do Trabalho.
D A apresentação de petição nomeando bens à penhora, conforme art. 882 da CLT.
E
O oferecimento de embargos de declaração em face de sentença proferida por juiz de
Vara do Trabalho.
A
Nenhum recurso seria cabível, ante o princípio da irrecorribilidade das decisões
interlocutórias (art. 893, §1º da CLT).
B
O recurso cabível seria o agravo de instrumento, pois a decisão tem natureza
interlocutória.
C
O recurso cabível seria o agravo de petição, já que se trata de uma decisão em
execução.
D
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Parabéns! A alternativa C está correta.
O IDPJ quando decidido na execução, comporta impugnação por agravo de petição, nos termos do art.
855-A, §1º, inciso II da CLT.
Considerações �nais
Como tivemos a oportunidade de estudar, conhecer os fundamentos do Direito Processual do Trabalho, é de
fundamental importância. Tivemos a oportunidade de examinar os princípios fundamentais que regem o
processo trabalhista, bem como a competência da Justiça do Trabalho em seus aspectos mais relevantes.
Por igual, as circunstâncias que envolvem as partes e os terceiros na Justiça do Trabalho foram objeto de
análise escorreita, possibilitando àqueles que militam na área laboral o pleno domínio dos institutos
apresentados para uma atuação segura e precisa na defesa dos direitos e interesses de trabalhadores e
empregadores.
Podcast
Para encerrar, ouça mais sobre os princípios fundamentais do Processo do Trabalho, assim como sobre a
eficácia da lei processual trabalhista no tempo e no espaço.
O recurso cabível seria o recurso ordinário, considerando que o IDPJ é uma intervenção
de terceiros que implica cognição.
E Deveria ingressar com embargos à execução após a garantia do juízo.

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Confira as indicações que separamos especialmente para você!
• Pesquise os acórdãos da 8ª Turma do TST, RR-1440-68.2012.5.22.0003 e da 5ª Turma do TST, RR-3500-
16.2006.5.01.0421.
• Assista à gravação do julgamento público da ADI 5625 (Lei do Salão Parceiro, Lei nº 13.352/2016) do STF,
disponível no YouTube.
Referências
ALMEIDA, C. L. de. Direito Processual do Trabalho. 7. ed. Salvador: Juspodivm, 2019.
BATALHA, W. de S. C. Tratado de Direito Judiciário do Trabalho - volumes I e II. São Paulo: LTr, 1995.
BERNARDES, F. Manual de Processo do Trabalho. 4. ed. Salvador: Juspodivm, 2022.
CAIRO JR., J. Curso de Direito Processual do Trabalho. 13. ed. Salvador: Juspodivm, 2019.
DI PIETRO, M. S. Z. Direito administrativo. 29. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
SCHIAVI, M. Manual de Direito Processual do Trabalho. 18. ed. São Paulo: LTr, 2022.
SILVA, H. B. M. da S. Curso de Direito do Trabalho Aplicado - volume 9. 3. ed. São Paulo: RT, 2016.
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