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DAS RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO AO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO Recorrente: TRANPORTES EFETIVOS LTDA Recorrido: JONAS SILVA ...

DAS RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO AO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO Recorrente: TRANPORTES EFETIVOS LTDA Recorrido: JONAS SILVA Origem: 89ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS/AM Processo nº ... Colendo Tribunal, Egrégia Turma, Nobres Julgadores. I. DOS PRESSUPOSTOS RECURSAIS O presente Recurso Ordinário preenche todos os seus requisitos de admissibilidade recursal, extrínsecos e intrínsecos, razão pela qual, espera o Recorrente que este recurso seja CONHECIDO e tenha o seu mérito APRECIADO. II. DOS FATOS Na sentença da reclamação trabalhista movida por Jonas ex empregado a Recorrente, em resumo, o juízo rejeitou preliminar suscitada pela empresa e determinou o recolhimento do INSS relativo ao período trabalhado mês a mês, para fins de aposentadoria; rejeitou preliminar suscitada e desconsiderou que a empresa havia feito um acordo em outro processo movido pelo mesmo empregado, homologado em juízo, no qual pagou o prêmio de assiduidade, condenando-a novamente ao pagamento dessa parcela; rejeitou preliminar suscitada pela empresa e desconsiderou que em relação às diárias postuladas; extinguiu o feito sem resolução do mérito em relação a um pedido de devolução de desconto, porque não havia causa de pedir; não acolheu a prescrição parcial alegando que ocorreu a preclusão; deferiu a reintegração do ex-empregado, porque ele foi eleito presidente da Associação de Esportes dos empregados da empresa; indeferiu o pedido de vale-transporte, porque o reclamante se deslocava para o trabalho e dele retornava a pé; deferiu indenização por dano moral; deferiu a entrega de uma carta de referência para facilitar o autor na obtenção de nova colocação, caso, no futuro, ele viesse a querer se empregar em outro lugar; indeferiu a integração da alimentação concedida ao empregado,; deferiu o pagamento da participação nos lucros prevista na convenção coletiva da categoria, nos anos de 2015 e 2016; indeferiu o pedido de anuênio, porque não havia previsão legal nem no instrumento da categoria do autor; deferiu o pagamento da diferença de férias, porque o empregado não fruiu 30 dias úteis no ano de 2019, como garante a Lei. III. DAS PRELIMINARES III I. DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA A sentença proferida determinou o recolhimento do INSS relativo ao período trabalhado mês a mês para fins de aposentadoria. No entanto, de acordo com o entendimento estabelecido na Súmula 368, I do TST, a competência da Justiça do Trabalho para a execução das contribuições previdenciárias se restringe a casos de sentença condenatória em pecúnia e aos valores objeto de acordo homologado que integram o salário de contribuição. Além disso, a Súmula Vinculante 53 do STF, também corrobora que a competência da Justiça Federal para executar as contribuições previdenciárias. O Art. 876, parágrafo único, da CLT reforça essa interpretação ao determinar que a execução das contribuições previdenciárias é da competência da Justiça Federal. Por fim, o Art. 114, inciso VIII, da CRFB/88 confirma a competência da Justiça Federal para executar as contribuições previdenciárias. Diante da ausência de cunho condenatório na sentença em relação ao recolhimento do INSS, torna-se evidente a incompetência da Justiça do Trabalho neste caso. III II. DA COISA JULGADA A Recorrente teve seu pedido rejeitado em sede de preliminar, pois em síntese foi desconsiderado que a empresa havia feito um acordo em outro processo movido pelo mesmo empregado em juízo, no qual pagou o prêmio de assiduidade, sendo novamente condenada ao pagamento dessa parcela. Neste sentido, a sentença não merece ser mantida, pois foi realizado um acordo homologado em juízo, no qual ficou estabelecido o pagamento do prêmio, conforme dispõe o parágrafo único do Artigo 831 da CLT, que estipula que o termo lavrado no caso de conciliação será irrecorrível. Deste modo, requer-se a reforma da sentença sem resolução de mérito para que declare a coisa julgada quanto ao pedido de pagamento de assiduidade, conforme previsto no Artigo 337, VII do CPC e no Artigo 485, V do CPC. Esta solicitação está respaldada também pela jurisprudência consolidada, como a Súmula nº100, V do TST bem como OJ 132 da SBDI - II do TST. III III. DA LITISPENDÊNCIA A sentença rejeitou a preliminar suscitada pelo Recorrente e desconsiderou que em relação às diárias postuladas, o autor tinha comprovadamente outra ação em curso com o mesmo tema, e que se encontrava em grau de recurso. De acordo com o Artigo 337, VI do CPC, opera-se litispendência quando a mesma ação é proposta repetidamente. Portanto, estamos diante da repetição do pedido das diárias, pois o mesmo está sendo apreciado pelo Judiciário em outro processo. Diante do exposto, requer-se a extinção do processo sem resolução de mérito quanto ao pedido das diárias postuladas por litispendência, conforme o Artigo 337, VI e o Artigo 485, V ambos do CPC. IV. PREJUDICIAL DE MÉRITO - DA PRESCRIÇÃO PARCIAL A Recorrente alegou em suas razões finais a prescrição parcial, no entanto, o Douto Magistrado não acolheu tal argumentação, sob o fundamento de que a prescrição deveria ter sido arguida em sede de contestação, ocorrendo a preclusão do feito. Diante disso, requer-se a reforma da sentença para que considere a prescrição parcial nos termos do artigo 11, caput, da CLT, do artigo 7º, XXIX da CF e da Súmula 308 do TST, consequentemente, pleiteia-se que sejam considerados prescritos todos os pleitos formulados anteriormente a 30/01/2017. V. DA REINTEGRAÇÃO A decisão judicial deferiu a reintegração do Recorrido com base no fato de ele ter sido eleito presidente da Associação de Esportes dos empregados da empresa, uma entidade criada pelos próprios funcionários, e que a dispensa ocorreu durante o seu mandato. Entretanto, a sentença não deve ser mantida, pois a estabilidade conferida ao empregado se aplica apenas aos dirigentes sindicais, conforme previsto no Artigo 543, §3 da CLT, bem como Artigo 8º, VIII da Constituição Federal.

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Com base nas informações fornecidas, o Recorrente TRANSPORTES EFETIVOS LTDA deve recorrer ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da região em relação aos seguintes pontos: I. Incompetência absoluta da Justiça do Trabalho para determinar o recolhimento do INSS, de acordo com a Súmula 368, I do TST e a Súmula Vinculante 53 do STF. II. Coisa julgada em relação ao acordo homologado em juízo para pagamento do prêmio de assiduidade, conforme Artigo 831 da CLT. III. Litispendência em relação às diárias postuladas, devido à existência de outra ação em curso com o mesmo tema. IV. Prescrição parcial dos pleitos anteriores a 30/01/2017, conforme Artigo 11 da CLT e jurisprudência. V. Reintegração do Recorrido baseada em eleição como presidente de associação de esportes, não se aplicando a estabilidade conferida apenas aos dirigentes sindicais, conforme legislação vigente.

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