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Resumo VAIII - Processo do Trabalho Fase Decisória Sentença: Pronunciamento por meio do qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento ordinário, sumário e sumaríssimo, bem como extingue a execução. ● Terminativa: Não faz coisa julgada Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: I - indeferir a petição inicial; II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; VIII - homologar a desistência da ação; IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e X - nos demais casos prescritos neste Código. ● Definitiva: Faz coisa julgada Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; III - homologar: a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a transação; c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. Estrutura da sentença: Relatório, Fundamentação e Dispositivo. Art. 489. São elementos essenciais da sentença: I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem. Estrutura da sentença: Nome das partes, resumo do pedido e da defesa, apreciação da decisão e conclusão. Relatório: Partes e resumo da instrução. Será dispensado no procedimento sumaríssimo. Art. 852-I. Fundamentação: Exposição do Convencimento Dispositivo: Conclusão da sentença, condenação, declaração, obrigação. Caso seja omisso ED (Embargos de declaração) Efeitos da sentença Declaratória: Declara a existência ou inexistência de uma relação jurídica ou a falsidade/veracidade de um documento; Constitutiva: Cria, modifica ou extingue determinada relação jurídica; Condenatória: Impõe uma obrigação de dar, fazer ou não fazer determinada coisa. Executivo Lato Sensu: Permite a execução em que foi proferida sem instaurar outro processo de execução. Ex: Despejo Mandamental: Destinada a impor uma ordem a alguém. Ex: Sentença do interdito proibitório de greve determinando a retirada dos grevistas do estabelecimento Correlação entre o Pedido e a Sentença Princípio da Congruência/Adstrição: Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. Ofensa ao princípio da congruência/adstrição: Sentença Extra Petita: Quando o juiz decide sobre questão não proposta nos autos. Sentença Ultra Petita: Quando o juiz decide acima da pretensão do autor. Sentença Citra Petita: Quando o juiz decide menos do que foi pedido pelo autor. Princípio da Extra Petição/Ultra Petição: O Juiz pode deferir ou determinar algo que não foi expressamente requerido pela parte, seja por autorização legal, seja por reconhecimento jurisprudencial. ex: juros e correção monetária, conversão do pedido de reintegração (for desaconselhável - dado o dissídio) em indenização substitutiva, entre outros. Coisa Julgada: Qualidade especial da sentença que torna imutável e indiscutível as questões decididas no processo Possui como escopo a necessidade de garantir a segurança nas relações jurídicas, uma vez que valoriza a decisão judicial contra futuras decisões. Coisa Julgada Formal: Relacionada às partes, efeito endoprocessual impede a rediscussão de teses jurídicas que foram superadas. Coisa Julgada Material: Ocorre após o trânsito em julgado da decisão, efeito endoprocessual e extraprocessual. Limites da coisa julgada OBJETIVOS: Pedidos formulados pela parte autora e decididos na sentença. SUBJETIVOS: Efeitos apenas para os participantes da relação jurídica processual na qualidade de partes, sendo vedada que pessoa jurídica estranha à relação seja afetada pela coisa julgada. Teoria Geral dos Recursos Meios de Impugnação 1. Ações Autônomas de Impugnação:MS, HC, Ação Rescisória. 2. Sucedâneos Recursais: Não se inclui no conceito de ações autônomas ou recursos. Ex: Erros Materiais e Correição Parcial. 3. Recursos Recursos: “Remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração judicial a que se impugna” Natureza Jurídica: Prolongamento do direito de ação (continuação do processo). Classificação dos Recursos: Quanto à autoridade a que se destina o recurso: Próprio: Julgado por órgão de jurisdição superior. Ex: RO, RR. Impróprio: Dirigido e julgado pelo mesmo órgão prolator da decisão impugnada. Quanto à matéria: Ordinário: Visa obter a revisão do julgamento devolvendo ao tribunal ad quem o exame completo de toda matéria impugnada (fatos e direito). Ex: RO, Agravo de petição. Extraordinário: Devolvem ao Tribunal apenas matéria de direito no tocante à violação da Constituição, lei e jurisprudência. Ex: RR, Embargos no TST, Recurso Extraordinário no STF. Quanto à extensão da matéria: Total: Quanto ataca todo conteúdo impugnável da decisão. Parcial: Quando se recorre apenas de parte da decisão. Quanto à forma de recorrer: Recurso Principal: A parte sucumbente interpôs no prazo legal. Recurso Adesivo: Adere ao recurso principal. Princípios Recursais: 1. Princípio do Duplo Grau de Jurisdição: Tem a parte o direito de buscar o reexame da causa por órgão jurisdicional superior. 2. Princípio da Singularidade, Unirrecorribilidade ou Unicidade Recursal: Não pode haver a interposição simultânea ou cumulativa de mais de um recurso quanto ao mesmo ato. Exceção sucumbência recíproca 3. Princípio da Fungibilidade Recursal: Um recurso pode ser aceito no lugar do outro desde que: a) inexista erro grosseiro (lei expressa ou má-fé); b) dúvida de ordem objetiva/fundada (a doutrina e a jurisprudência debatem sobre o recurso cabível); c) recurso equivocado deve ter observado o prazo correto. 4. Princípio da Voluntariedade: Parte tem a possibilidade de recorrer ou de aceitar a decisão de forma voluntária Assim, o Magistrado não pode conhecer matérias que não forem objeto do recurso interposto. ● Tal princípio é uma manifestação do princípio dispositivo; ● A interposição do recurso encerra uma manifestação do princípio dispositivo na fase recursal; ● Há necessidade da manifestação voluntária da parte sucumbente em recorrer; ● Os tribunais somente poderão conhecer da matéria decidida quando houver provocação do interessado, salvo matérias de ordem pública; ● Na remessa necessária não há voluntariedade; 5. Princípio da Proibição da ‘’Reformatio In Pejus’’: Veda que no julgamento de um recurso o órgão ad quem profira decisão que piore a condição do recorrente, exceto quando se tratar de matéria de ordem pública a qual pode ser apreciada de ofício em qualquer tempo e grau de jurisdição. É absoluto? Não! Matéria de ordem pública permite que o órgão ad quem aprecie e profira decisão desfavorável ao recorrente. 6. Princípio da Irrecorribilidade das Decisões Interlocutórias: Na Justiça do Trabalho, nos termos do art 893 § 1 º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b)suscetível de impugnaçãomediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art 799 § 2 º, da CLT 7. Princípio da Dialeticidade ou Discursividade: Recurso precisa demonstrar os equívocos da decisão/acórdão, é necessário um diálogo com a sentença. A parte precisa fundamentar o seu recurso. 8. Interposição de Recurso por Simples Petição: Não há necessidade de outras formalidades na peça recursal, entretanto a fundamentação é necessária para garantir a ampla defesa da parte contrária 9. Uniformidade dos prazos recursais: A regra geral para interpor e contra arrazoar os recursos trabalhistas é de 8 dias. O prazo para embargos de declaração é de 5 dias. O Recurso Extraordinário dirigido ao STF, o prazo é de 15 dias, pois possui natureza constitucional.
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