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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

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Clivagem: 
- Por meio da fecundação há a ativação do 
metabolismo do óvulo, que se manteria adormecido e 
não sofreria divisão. Ao transformar-se em zigoto há a 
continuidade desse processo de ativação metabólica e 
início do processo de clivagem. Esse processo consiste 
em divisões celulares sucessivas, rápidas e coordenadas, 
gerando um maior número de células, entretanto, não 
há aumento no volume de massa geral da célula. 
- A consequente diminuição do volume celular individual 
das células formadas, chamadas de blastômeros tem a 
finalidade de normalizar tamanhos de células somáticas, 
uma vez que o zigoto é uma célula muito grande 
Gastrulação 
Finalizada a primeira semana de desenvolv imento 
embrionário, o embrião estará no processo de 
implantação no epitélio uterino. Até então a mulher não 
tem conhecimento da sua gravidez, entretanto, algumas 
mulheres relatam até a ocorrência de um pequeno 
sangramento, o que corresponde ao início da segunda 
semana de desenvolvimento embrionário. Sendo muitas 
vezes confundido com a menstruação em si, o que 
justifica o fato de muitas mulheres só descobrirem a 
gravidez mais tarde. 
O começo dessa segunda semana é marcado pela 
continuação do processo 
de instalação do blastoc isto no epitél io uterino. Os 
sangramentos podem ser decorrentes do rompimento 
de pequenos vasos sanguíneos do epitélio. As células do 
trofoblasto, imediatamente sobre o embrioblasto, 
sofrem modificação assim que iniciam o processo de 
implantação, dividindo-se em duas camadas: o 
c itotrofoblasto, mais interna e mononucleada; e o 
s inc ic iotrofoblasto, mais externa, multinucleada e sem 
limites definidos. 
O sinciciotrofoblasto tem função de realizar essa 
“invasão” do epitélio endometrial, com erosão através 
de enzimas 
metaloproteinases, permitindo com 
que se abra espaço o suficiente no epitélio endometrial 
para que toda a estrutura do blastocisto se instale 
dentro da camada epitelial. O s inc ic iotrofoblasto 
necess ita se expandir muito, entretanto é o 
c itotrofoblasto que possui capac idade mitótica. Sendo 
assim, as células dessa camada que se dividem e 
 
 
 
migram para o 
sinciciotrofoblasto, fusionando-se e perdendo as 
características de mononucleada e de limites bem 
definidos, permitindo a expansão pelo endométrio. 
As células do próprio embrioblasto também sofrem 
modificações, diferenciando-se em duas camadas: 
 
As duas camadas formam um disco bilaminar achatado. 
A cavidade amniótica surge ao mesmo tempo que há 
a formação dessa bicamada no embrioblasto, iniciando-
se como uma pequena cavidade no epiblasto. Com a 
formação do disco bilaminar, há a designação do eixo 
dorsal-ventral do embrião, sendo o epiblasto dorsal e o 
hipoblasto ventral. 
Quando se alcança o nono dia de desenvolv imento 
embriológico, o blastoc isto já se encontra 
profundamente implantado no epitélio uterino. O orifício 
de implantação formado pela entrada do 
blastocisto no endométrio é revestido por um tampão 
de fibrina. O sinciciotrofoblasto continua em franca 
expansão, com formação de vacúolos que, quando se 
juntam, formam lacunas configurando o chamado 
estágio lacunar. Essas lacunas são preenchidas por 
sangue e posteriormente irão se organizar para formar 
a extensa rede de vasos sanguíneos da placenta. Não 
há, sob nenhuma condição fis iológica, a mistura de 
sangue materno com o sangue do embri ão. 
Ao examinarmos o polo embrionário, observamos a 
formação da vesícula vitelínica primitiva, formada a 
partir de células do hipoblasto alinhadas às células do 
citotrofoblasto. Apesar de ser formada no embrião 
humano, tem pouca função no quesito de armazenar 
substância para nutrição do embrião, uma vez que ele 
implantado no útero rapidamente se forma uma rede 
de suplementação nutricional para o mesmo. 
Ao final da segunda semana , o embrião encontra-se 
como um disco bilaminar, com o epiblasto e o 
hipoblasto; e 
o trofoblasto divide-se em duas porções, o 
c itotrofoblasto e o s inc ic iotrofoblasto, e formará as 
estruturas acessórias para a manutenção do embrião. É 
o responsável ainda pela produção do hormônio da 
gonadotrofina coriônica (HCG). Esse hormônio também 
é responsável por enviar sinalização para os ovários , 
Camada 
hipoblástica 
Possui células cuboides, pequenas e 
 adjacentes à camada blastocística.. 
Camada 
epiblástica 
É constituída de células colunares altas 
e adjacentes à cavidade amniótica, 
recém formada. 
Desenvolvimento embrionário 
para que haja a manutenção do corpo lúteo func ional , 
para que possa continuar secretando progesterona e 
assim haja a manutenção da gestação no primeiro 
tr imestre. 
Nos trimestres seguintes, a manutenção dos níveis de 
progesterona será mantida pela placenta que já estará 
funcional. Externamente, o embrião está 
completamente implantado na parede uterina, 
fenômeno esse também 
conhecido como nidação. 
No início da semana seguinte, a terceira semana de 
desenvolvimento embrionário, temos a maior chance 
de resultados laboratoriais confirmatórios da gestação, e 
percepção do atraso menstrual, com detecção 
de níveis confiáveis de β-HCG na maioria dos casos. 
Também nessa semana o embrião passa por uma 
importante transformação: há a transformação do disco 
bilaminar em disco trilaminar. Esse fenômeno é 
chamado de gastrulação, com a formação dos três 
folhetos embrionários que darão origem a todos os 
tecidos de todo o corpo. 
As três camadas germinativas ou folhetos embrionários 
são: ectoderma, mesoderma e endoderma. Em 
humanos, a gastrulação se inicia com a formação da 
linha primitiva, um aglomerado de células na linha média 
da 
superfície do epiblasto. Inicia-se bem sutil, mas, em 
torno do 15º dia, é possível delimitar um sulco, com 
bordas 
proeminentes, chamado de sulco primitivo. Com a 
formação destas estruturas, conseguimos então 
estabelecer mais dois eixos no embrião: a extremidade 
cranial do sulco primitivo formará o nó primitivo, que 
contém a chamada fosseta primitiva, continua 
caudalmente com o sulco primitivo. Ao se olhar o 
epiblasto em uma visão para baixo, em direção à 
cavidade amniótica, tem se a delimitação dos eixos 
craniocaudal e o 
eixo mediolateral pela linha primitiva. 
No processo de gastrulação, células da linha primitiva 
invaginam-se para dentro do sulco primitivo deslocando 
o hipoblasto e formando o endoderma embrionário; 
outras se posicionam entre o endoderma recém-criado 
e o epiblasto gerando o mesoderma. As células que 
permanecem no epiblasto, formam o ectoderma. 
São esses folhetos embrionários que darão origem a 
todos os tecidos do nosso corpo. 
ECTODERMA 
Responsável pela origem da epiderme, sistema nervoso 
central e periférico e a várias outras estruturas. 
MESODERMA 
Responsável pelas camadas musculares lisas, tecidos 
conjuntivos, e é fonte de células do sangue e da 
medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos 
órgãos reprodutores e excretor. 
ENDODERMA 
Origina os revestimentos epiteliais do trato respiratório 
e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas 
Indução embrionária 
Os eventos das semanas iniciais de formação 
embriológica são cruciais para todo o restante da 
gestação. Todas 
as estruturas do corpo têm ali, nessas semanas, os seus 
pontapés iniciais de formação. Dentre os sis temas que 
são inic iados a sua formação nessas 
semanas iniciais, temos a formação do sistema nervoso. 
Um dos fenômenos observados primeiramente ainda 
nos anos de 1900, a indução neural , que cons iste na 
indução de células do ectoderma através de secreção 
de substânc ias . 
Neuralizadoras são induzidas a migrarem para a região 
cranial e para se tomarem o seu destino de formação 
de tecido nervoso, posteriormente. 
Após a formação da linha primitiva há a formação do 
processo notocordal, que dará origem à notocorda. 
Essa é uma espécie de haste celular, posicionada no 
eixo longitudinal do embrião, numa posição ventral ao 
sistema nervoso central. Ou seja, a sinalização das 
substâncias neuralizadoras, citadasanteriormente, levam 
a estimulação 
para conversão de células do ectoderma da superfície 
que o recobre em células neurais. 
Por volta do 16º dia, na parede caudal do saco vitelino, 
há a formação do alantoide. O alantoide persistira como 
uma linha que irá da bexiga urinária até a região 
umbilical. Em adultos, a percepção do alantoide é dada 
pelo l igamento umbi l ical . 
A ação dessas substâncias secretadas sobre células do 
ectoderma e sua transformação em células neurais foi 
comprovada por alguns laboratórios de pesquisa. 
Descobriu-se também que há substâncias que induzem 
formação de células neurais com certo posicionamento 
anatômico, isso é, há indutores que induzem a 
formação de células para estruturas mais anteriores, 
outras mais posteriores do sistema nervoso, e assim 
sucessivamente. 
Neurulação 
A formação das estruturas bases para a geração do 
sistema nervoso pode constituir como sendo um 
momento cruc ial na formação de um embrião. 
Curiosamente, esse processo se inicia quando a mulher 
malmente tomou conhecimento de seu estado 
gravídico ou ainda não tem esse conhecimento. A 
suplementação alimentar com 
vitaminas normalmente não iniciou ainda e ela ainda 
pode estar exposta a fatores ambientais prejudiciais à 
saúde da formação dessa nova vida. Após o processo 
de gastrulação, o segundo grande processo que ocorre 
no período embrionário é a neurulação. Esse é um 
processo que consiste na formação do tubo neural a 
partir da placa neural. Em resumo, há formação da 
estrutura do sistema nervoso central a partir do 
dobramento da placa 
neural. 
O processo de neurulação pode ser dividido em fases: 
formação da placa neural, dobramento da placa 
neural e consequente formação do sulco neural e a 
formação do tubo neural. 
A notocorda constitui o início necessário para a 
neurulação e formação de suas estruturas, e é 
formada, por sua 
vez, na continuação da linha primitiva. O crescimento da 
notocorda ocorre de maneira concomitante a 
regressão da linha primitiva. Pode ser considerada uma 
estrutura transitória, com aspecto cartilaginoso e, 
portanto, flexível. Ela se estende da região caudal até a 
região cranial . No início da quarta semana de 
desenvolvimento humano, acima da notocorda, há a 
formação da placa neural, na porção dorsal do 
ectoderma, ao longo de todo o 
eixo central. A porção rostral da notocorda dará origem 
à região craniofacial do embrião. 
Em torno do 18º dia, há uma invaginação da placa neural 
ao longo do eixo central, que formará o sulco neural 
mediano, com pregas neurais ladeando-o. A notocorda 
é importante na indução de muitas estruturas axiais, tais 
como o sistema nervoso e somitos. A formação da 
cabeça é coordenada pelo endoderme visceral anterior 
(h ipoblasto) e pela placa precordal . 
Os blastômeros inIcialmente formados são considerados 
totipotentes , isso é, tem a capacidade de se 
transformar em qualquer tipo celular do embrião ou dos 
anexos embrionários. À medida que o embrião passa 
por estágios de formação, as células passam por 
pontos de restrição e passam a limitar sua 
diferenciação. 
A indução neural discutida anteriormente, designa as 
células o ectoderma que irão formar o chamado 
neuroectoderma e darão origem ao sistema nervoso 
do embrião. Essa camada de células se torna espessa, 
com células pseudoestratificadas, cilíndricas. A sua 
primeira formação é na porção mais cefálica, depois 
havendo formação em direção à caudal. 
Essa placa neural sofre um dobramento, levando a 
formação do chamado tubo neural , que dará origem 
ao s is tema nervoso central . As células de sua 
extremidade formam as células da crista neural, 
responsáveis por formar inúmeras estruturas tais como 
esqueleto craniofacial, neurônios dos gânglios craniais, 
células da glia, 
melanócitos e outros tios celulares 
Desse modo, ao final da quarta semana de 
desenvolvimento humano, teremos um embrião com 
um sistema 
nervoso primitivo, que ainda sofrerá inúmeras 
transformações para formar estruturas mais complexas. 
Ainda na quarta semana de desenvolvimento 
embrionário, há o dobramento do disco embrionário 
trilaminar. Ocorre 
que nesse período é de um rápido crescimento do 
embrião, em especial do encéfalo e medula espinal, 
formados (a estrutura primitiva) na terceira semana de 
desenvolvimento embrionário. O dobramento no eixo 
cefálica caudal e latero-lateral ocorrem 
simultaneamente, transformando o embrião de 
praticamente reto no início desta 
semana, para curvado ao final desta. De fato é a 
semana que possui maior alteração do período 
embrionário. 
À medida que o embrião cresce, há a formação de 
uma espécie de cauda que se projeta sobre a 
membrana 
cloacal. Na superfície ventral, o pedúnculo do embrião 
(primórdio do cordão umbilical) se prende nessa 
superfície. 
Durante a quinta semana de desenvolvimento 
embrionário: não há eventos de alteração morfológica 
significativa. Já na sexta semana é possível visualizar, 
por meio de exames ultrassonográficos, movimentos 
espontâneos dos embriões, com contrações do tronco 
e membros. Entretanto, ressaltamos que essas 
movimentações não são percebidas pela mãe, pois o 
peso e tamanho do embrião ainda são bastante 
reduzidos. 
A formação dos membros superiores começa na sexta 
semana, com o desenvolvimento dos brotos dos braços 
e posteriormente formação dos raios digitais para 
formação dos dedos das mãos. Os membros inferiores 
vão ser formados dias após. Na sétima semana de 
desenvolvimento, a grande transformação morfológica 
diz respeito a 
uma intensa modificação dos membros, tanto 
superiores quanto inferiores. 
A oitava e última semana do período embrionário é 
marcada pela presença dos membros superiores e 
inferiores bem desenvolvidos, com separação dos 
dedos (mas que permanecem conectados por uma 
membrana) e aparecimento do plexo do couro 
cabeludo.

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