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Letícia Custódio- Odontologia Biópsia O que é? Na área médica e odontológica, existem métodos de auxílio diagnóstico, dos quais o profissional pode lançar mão com intuito de confirmar e/ou excluir um diagnóstico, eleger a melhor alternativa terapêutica e orientar o prognóstico. Na odontologia, deveria ser rotina nos consultórios, visto ser um exame tecnicamente viável pelo cirurgião dentista clínico geral. No entanto, ainda é um procedimento bastante negligenciado, sendo uma prática mais rotineira dos patologistas, estomatologistas e bucomaxilofaciais Quando fazer uma biópsia? Na maioria dos casos a biópsia é solicitada para averiguar alterações suspeitas nas células. Na Odontologia a biópsia é indicada nas seguintes situações: ● Lesões ulceradas ou não, com suspeita de malignidade (úlceras que não cicatrizam após 10 a 20 dias); ● Lesões esbranquiçadas ou avermelhadas; ● Crescimentos teciduais; ● Lesões ósseas expansivas ou não; ● Lesões infecciosas TIPOS DE BIÓPSIAS ● Biópsia incisional – trata-se da retirada de um fragmento da lesão, sendo de grande importância a remoção de tecido normal junto com o alterado. É indicada em casos de suspeita de lesões malignas e/ou lesões muito extensas. ● Biópsia excisional – trata-se da retirada da lesão toda, sendo importante remover todo o tecido alterado e uma faixa de tecido normal ao redor. É indicada em casos nos quais não há suspeita de malignidade e em lesões pequenas. passo a passo da biópsia dentro da odontologia Após realizar a anamnese, exame clínico e o paciente ser classificado como apto a realizar o procedimento, devem ser seguidos os seguintes passos: 1 – Biossegurança A técnica de execução da biópsia, independente de ser incisional ou excisional, deve seguir os padrões de biossegurança exigidos para a realização de um procedimento cirúrgico. 2- Anestesia A anestesia deve ser feita ao redor da lesão, e não diretamente sob a mesma. Pois a solução anestésica pode mascarar a lesão. 3- Remoção do tecido Primeiramente, a remoção do tecido irá depender do tipo de biópsia a ser realizada, assim como do tipo de tecido, ósseo ou mole, e também dos aspectos clínicos da lesão. É importante que sejam seguidas as orientações faladas anteriormente, como, escolher o local ideal para remoção do tecido, remover parte de tecido Letícia Custódio- Odontologia normal junto com o alterado, remover na profundidade adequada, remover quantidade de material suficiente para análise, etc. Os instrumentais utilizados são os mesmos utilizados na cirurgia. Geralmente inclui cabo e lâmina de bisturi, tesouras comuns e para divulsão do tecido, pinças clínicas, pinças hemostáticas, porta agulha, fio de sutura, entre outros. 4 – Sutura Após a remoção do tecido deve ser feita hemostasia e sutura do local. 5- Acondicionamento O tecido retirado deve ser acondicionado em um frasco de boca larga e tampa de rosca com solução fixadora. A solução fixadora deve ser formaldeído 4% ou formalina 10%. Além disso, não devem ser utilizadas outras soluções como soro, álcool ou água, pois estas não têm a capacidade de evitar a degradação do tecido. O volume de fixador deve ser de aproximadamente 10 vezes maior que o volume da peça. O frasco deve ser identificado com as informações de nome e idade do paciente, data da realização do procedimento. Junto com o material coletado deve ser enviado ao laboratório de anatomia patológica, uma ficha com os dados do paciente, queixa principal, história da doença atual, aspectos clínicos da lesão, resultados de exames complementares (raio X, tomografia computadorizada, hemograma, etc) quando houver e a hipótese de diagnóstico do profissional solicitante. Essa ficha é disponibilizada pelo laboratório ou pode ser feita pelo solicitante. 6- Resultado O resultado será enviado ao profissional solicitante por meio de um laudo, o qual descreverá as condições observadas no tecido e o diagnóstico histopatológico. Com o resultado em mãos, o profissional pode informar ao paciente sobre a sua patologia e quais as possibilidades terapêuticas.
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