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Métodos de Tomada de Decisão: Conheça as etapas do processo decisório! Vamos concordar, tomar decisões nem sempre é fácil, se fosse, juízes não ganhariam tão bem. Aliás, você sabia que os seres humanos possuem um “limite” diário de tomada de decisões? Alguns cientistas fizeram um teste com juízes de um tribunal e perceberam que eles tomavam as melhores decisões no período da manhã, sendo que no período da tarde já sofriam com a fadiga de decisão. O estudo mostrou que quanto mais decisões somos obrigadas a tomar ao longo do dia, mais debilitados vamos ficando para tomar novas decisões. Na era digital somos bombardeados de informações e você pode até pensar que isso nos ajuda a tomar decisões, mas, na verdade, não é o que ocorre. No dia-a-dia não dispomos de energia, tempo ou capacidade para analisar todas as informações antes de batermos o martelo. Isso faz com que, comumente, tomemos decisões no achismo. No entanto, o Controller não pode utilizar o achismo como método para tomada de decisão para questões empresariais, certo? Ao mesmo tempo que podemos sofrer com a enorme quantidade de informações, também é comum profissionais da área financeira se verem obrigados a tomar decisões rápidas com poucas informações. Como fazer nesses casos? O que está envolvido em uma tomada de decisão? Métodos de tomada de decisão De uma maneira geral, as decisões envolvem fatores como: • Incerteza: a maioria dos fatos necessários para o processo decisório podem ser desconhecidos. • Complexidade: muitos fatores inter-relacionados a serem considerados. • Consequências de alto risco: a decisão pode ter um impacto significativo. • Alternativas: podem existir várias alternativas, cada uma com suas incertezas e consequências. • Questões interpessoais: será necessário avaliar como as pessoas reagirão. Por exemplo, suponha que sua empresa esteja em um rápido processo de expansão e cresceu em ritmo acelerado nos últimos 12 meses. As vendas aumentaram 60%, contudo, os custos e as despesas gerais também aumentaram, logo, seu lucro operacional caiu. Por ter um orçamento empresarial já bem estruturado e uma mentalidade de gestão orçamentária enraizada, os fatos principais para o processo decisório são conhecidos, o que elimina a incerteza. Você sabe, por exemplo, que o preço da matéria-prima aumentou e seu fornecedor mudou a forma de pagamento. Nesse caso, existem alternativas como trocar de fornecedor, mas a qualidade da matéria-prima pode cair. Isso significaria diminuição nas vendas e, possivelmente, perda de clientes. Podemos dizer, então, que a tomada de decisão no nosso exemplo envolve complexidade e consequências de alto risco. Exatamente por isso que, sempre que você estiver no meio de uma decisão que envolva problemas mais complexos, é essencial trabalhar baseado em um processo robusto para melhorar a qualidade da tomada de decisão gerencial e, por consequência, alcançar os melhores resultados. Métodos de Tomada de Decisão Como comentamos, tomar decisões exige disposição. Como precisamos tomar diversas delas durante o dia, a primeira dica é: -Não desperdice sua capacidade de decisões com coisas que não são importantes. -Delegue tudo aquilo que não seja essencial e busque sempre se perguntar: “quem é a pessoa mais ideal para resolver isso?”. Se não for você, transfira a responsabilidade para outro profissional. - Deixe sua disposição para questões importantes e que precisam de muita atenção. Para essas decisões complexas, descrevemos sete passos para uma tomada de decisão precisa: 1. Crie um ambiente propício a tomadas de decisão; 2. Investigue a situação em detalhes; 3. Gere boas alternativas; 4. Explore as opções; 5. Selecione a melhor solução; 6. Avalie o plano; 7. Comunique sua decisão e tome medidas. 1-Crie um ambiente propício Em uma empresa, decisões acabam sendo complexas, pois envolvem e afetam um grupo inteiro. Lembra do exemplo da organização que teve as vendas aumentadas, mas o lucro operacional reduzido? Como comentamos, trocar de fornecedor pode resultar em diminuição da qualidade, perda de clientes e lucro ainda menor. Nesse caso, a decisão precisa envolver não apenas o gestor financeiro, mas o de qualidade e o de produto, bem como outros stakeholders, como acionistas. Por isso, quando tratamos de etapas do processo decisório o primeiro passo é criar um ambiente propício, ou seja, um ambiente no qual todos se sintam à vontade para explorar a situação, avaliar as opções e expor opiniões. No nosso exemplo, o departamento financeiro controla o lucro operacional, mas para implementar a tomada de decisão será necessário contar com o apoio de outros setores. Ainda sobre o ambiente propício, podem ser utilizados métodos de tomada de decisão como: • Consulta: convidar a participação de outros; • Votação: discutir opções e depois solicitar uma votação e • Consenso: falar até que todos concordem com uma decisão. Vale ressaltar que em alguns casos a decisão é tomada sem envolvimento de outras pessoas. Nesse caso temos o método é conhecido por tomada de decisão por comando. 2 - Investigue a situação em detalhes Para chegar ao fim do processo decisório é preciso certificar-se de que todos os detalhes do problema são conhecidos. Empresas que já fazem uma boa gestão orçamentária têm as informações necessárias para tomar decisões de maneira muito mais facilitada, bastando analisá-las com cuidado antes de decidir por uma alternativa ou outra. Ainda sobre a investigação da situação em detalhes, em alguns casos o problema pode ser abordado isoladamente, mas é bastante provável que existam fatores inter-relacionados. Voltando ao nosso exemplo, trocar o fornecedor de matéria-prima pode significar alterar a data de entrega do material, o que afetará na produção. Perceba que uma decisão errada pode significar um tiro no pé, por isso esse passo de avaliação da situação é importante. Uma dica aqui é considerar a decisão no contexto do problema a que se destina. Mais adiante falaremos sobre ferramentas de tomadas de decisão, mas adiantando um pouquinho o assunto, aqui vale utilizar a técnica dos 5 porquês para traçar a origem do problema. Voltando ao exemplo, você acabou averiguando que o aumento do preço da matéria-prima pelo fornecedor atual não é o grande responsável pela diminuição no lucro operacional. Na verdade, o setor de produção conta com máquinas antigas paradas que geram custos altíssimos de manutenção. Para resolver esse problema, foi definida a elaboração de um orçamento de investimento para substituir os equipamentos antigos por novos. 3 - Gere boas alternativas Aqui, a regra é clara: quanto maiores as opções exploradas, mais precisa será a decisão final. Acima citamos a técnica dos 5 porquês, certo? Com o problema desvendado, é hora de gerar opções diferentes de resolução e analisar o problema sob diferentes ângulos. Quando o assunto é geração de ideias, brainstorming é provavelmente o método mais popular. Por isso, aplique a técnica para discutir alternativas de tomadas de decisão. Lembra do nosso exemplo? Pois bem, enquanto o controller estava trabalhando no orçamento de investimento de uma nova máquina, foi sugerida outra alternativa, além daquela de adquirir novos equipamentos: contratar mais pessoas para operarem as máquinas paradas (e, assim, aumentar a produção). 4 - Explore as opções Após ter uma boa opção de alternativas, é hora de avaliar a viabilidade de cada uma, bem como seus riscos e implicações. Praticamente todas as decisões envolvem algum grau de risco. Por isso, a dica aqui é usar e abusar da análise de risco para avaliar as ameaças e avaliar a probabilidade de ocorrência de eventos adversos (e o que eles podem custar para a empresa). No nosso exemplo, temos que considerar: • Se comprarmos novasmáquinas teremos pessoal para operá-las? Em caso da necessidade de contratação de funcionários, teremos caixa para cobrir o investimento em equipamentos mais as contratações? • Se resolvermos colocar as máquinas antigas para operarem, quanto teremos que investir em novos funcionários? • As máquinas antigas têm capacidade para operar no mesmo ritmo que as novas? Gastam a mesma quantidade de energia? https://www.treasy.com.br/blog/fca-5-porques 5 - Selecione a melhor solução Com a avaliação das alternativas realizadas, o próximo passo é a tomada de decisão propriamente dita. Caso uma alternativa tenha sido claramente melhor do que as outras, a escolha será óbvia. Todavia, se ainda há várias opções concorrentes, será necessário decidir entre elas. Árvores de Decisão são bastante úteis ao escolher entre diferentes opções financeiras. Elas ajudam a esclarecer cada opção claramente e trazem a probabilidade de seu projeto ser bem-sucedido ou de falhar no processo de tomada de decisão (apresentam a viabilidade de execução do projeto). 6 - Avalie o plano Esta é a hora de verificar a decisão final. Com todo o esforço investido na avaliação e seleção de alternativas, pode ser tentador avançar nesta fase, mas recomendamos que esta etapa não seja pulada. Por isso, antes de começar a implementar sua decisão, os profissionais envolvidos na tomada de decisão devem certificar-se de que as informações sobre as alternativas são confiáveis. Isso ajudará a evitar que o processo decisório resulte em muito mais ganhos do que perdas. Uma dica aqui é discutir as conclusões preliminares com stakeholders para que possam detectar falhas, fazer recomendações e apoiar as conclusões. Em caso de dúvidas, tome o cuidado para examiná-las cuidadosamente para descobrir o que está preocupando você ou as outras pessoas envolvidas na tomada de decisão. 7 - Comunique sua decisão e tome medidas Uma vez que a decisão tenha sido tomada, é hora de comunicá-la a todos os afetados por ela. Nesta etapa é primordial envolvê-los na implementação da solução, discutindo os motivos que levaram a tal decisão. Seja o mais preciso possível, pois quanto mais informações sobre riscos e benefícios projetados forem fornecidas, mais provável será que as pessoas apoiem a decisão. Caso outros colaboradores apontem uma falha no resultado do processo decisório, faça uma revisão dos planos adequadamente. Lembre-se que é muito melhor fazer isso agora, quando a decisão ainda não foi implementada, do que ter que fazê-lo mais para frente caso o plano falhe. Ferramentas para tomada de decisão gerencial Já que discutimos sobre as etapas do processo de tomada de decisão, é importante sabermos que podemos contar com ferramentas e técnicas que podem ser utilizadas nas diversas etapas do processo decisório. Abaixo destacamos as que consideramos como principais. A dica aqui não é escolher uma, mas sim utilizar a combinação dessas técnicas para uma tomada de decisão mais precisa: • Análise SWOT: representa pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças. É também conhecida como Matriz SWOT ou Matriz FOFA. • Análise PEST: um acrônimo para Política (P), Economia (E), Social (S) e Tecnologia (T). Sendo assim, a Análise Pest é utilizada para analisar mudanças políticas, econômicas, socioculturais e tecnológicas no ambiente de negócios. Ela ajuda a trazer uma visão mais macro das ameaças e oportunidades externas a que empresas estão expostas. Portanto, a PEST pode melhorar a tomada de decisões e o tempo, analisando fatores externos. Este método considera as tendências atuais para ajudar a prever as futuras. • Princípio de Pareto: O Princípio de Pareto (também chamado de regra 80/20), afirma que para muitos fenômenos, 80% das consequências advêm de 20% das causas. Esta técnica é utilizada quando há a necessidade de se tomar um grande número de decisões. Isso ajuda a priorizar quais devem ser realizadas primeiro, determinando quais decisões terão o maior impacto geral. • Metodologia FCA (os 5 porquês): análise de Fato, Causa, Ação, é uma ferramenta de análise de causa raiz utilizada para auxiliar profissionais a entenderem o que deu errado após um resultado inesperado. A Metodologia FCA permite que sejam planejadas ações corretivas para que o problema seja eliminado e não ocorra novamente. Também conhecida como técnica dos 5 porquês ela auxilia os gestores nas tomadas de decisão para a resolução de problemas. • 5W2H: esta ferramenta é especialmente indicada para colocar a tomada de decisão em prática. Trata-se de um checklist de atividades, prazos e responsabilidades que devem ser desenvolvidos com o máximo de clareza e eficiência por todos os envolvidos em um projeto. A sigla é formada pelas iniciais, em inglês, das sete diretrizes que, quando bem estabelecidas, eliminam quaisquer dúvidas que possam aparecer ao longo de um processo ou de uma atividade: o que será feito (what), por que será feito (why), https://www.treasy.com.br/blog/matriz-swot-analise-swot-matriz-fofa https://www.treasy.com.br/blog/analise-pest https://www.treasy.com.br/blog/o-que-o-principio-de-pareto-pode-ensinar-para-a-gestao-orcamentaria https://www.treasy.com.br/blog/fca-5-porques https://www.treasy.com.br/blog/5w2h onde será feito (where), quando será feito (when), por quem será feito (who), como será feito (how) e quanto custará (how much). Referências bibliográficas: Camargo. Renata Freitas De. Disponível em: Aprenda os métodos de tomada de decisão e outras dicas! (treasy.com.br) Acesso em 13 de Out de 2021 https://www.treasy.com.br/blog/tomada-de-decisao/ https://www.treasy.com.br/blog/tomada-de-decisao/ Métodos de Tomada de Decisão: Conheça as etapas do processo decisório! O que está envolvido em uma tomada de decisão? Métodos de Tomada de Decisão 1-Crie um ambiente propício 2 - Investigue a situação em detalhes 3 - Gere boas alternativas 4 - Explore as opções 5 - Selecione a melhor solução 6 - Avalie o plano 7 - Comunique sua decisão e tome medidas Ferramentas para tomada de decisão gerencial
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