Buscar

WL-P & R-51-TGE-05-Ordem Jurídica e Constituição-003


Continue navegando


Prévia do material em texto

Waldeck Lemos 
Perguntas & Respostas 
 
Disciplina: 
Teoria Geral do Estado 
Folha: 
1 de 2 
 
Perguntas & Respostas/WLAJ/DP 
QUESTÕES 
 
Fonte: CRETELLA JUNIOR, J. e CRETELLA NETO, J. - 1.000 Perguntas e Respostas Sobre Teoria Geral do 
Estado – Editora Forense Jurídica (Grupo GEN). 
 
CAPÍTULO 05 - ORDEM JURÍDICA E CONSTITUIÇÃO. 
ESPÉCIES DE CONSTITUIÇÃO. CONSTITUIÇÕES DO BRASIL. 
 
01) Em que consiste a chamada Constituição-dirigente? 
R.: Constituição-dirigente é a denominação que se dá à Constituição cujas normas estabelecem diretrizes para o 
exercício do poder, de forma a atingir objetivos políticos, sociais e econômicos, e que contém, para tal, normas 
constitucionais programáticas. 
 
02) Como pode ser classificada a Constituição, quanto ao modo de elaboração? 
R.: A Constituição pode ser classificada, quanto ao modo de elaboração, em dogmática (sempre escrita, elaborada 
por órgão constituinte, consagra os dogmas políticos e jurídicos dominantes na época da elaboração) e histórica 
(sempre não escrita, ou costumeira, quando resulta de longo processo de sedimentação política, social e jurídica, 
não se conseguindo determinar ao certo sua fonte). 
 
03) Como pode ser classificada a Constituição, quanto à origem? 
R.: A Constituição pode ser classificada, quanto à origem, em popular (ou democrática), quando elaborada por 
uma Assembléia Constituinte, composta por representantes eleitos pelo povo, ou outorgada (ou imposta), quando 
o governante ou interposta pessoa elabora o texto constitucional, sem participação do povo. 
 
04) Que são regras materialmente constitucionais? 
R.: Regras materialmente constitucionais são aquelas que dispõem sobre as formas de governo, do Estado, de 
aquisição e exercício do poder, da estrutura dos órgãos de poder do Estado e dos limites da ação estatal, contidas 
ou não na Constituição. 
 
05) Que são regras formalmente constitucionais? 
R.: Regras formalmente constitucionais são aquelas que, embora contidas na Constituição, não têm conteúdo 
constitucional. 
 
06) Qual a origem histórica das Constituições? 
R.: A origem histórica das Constituições costuma ser apontada como a Magna Carta, de 1215, um documento 
escrito, outorgado pelo Rei João Sem Terra a seus nobres, celebrado na Inglaterra, garantindo-lhes determinados 
direitos e benefícios. 
 
07) A Magna Carta estabelecia limites à atuação do rei, relativamente aos direitos de todas as pessoas do povo? 
R.: Não. Era um pacto visando o respeito aos direitos dos senhores feudais, exclusivamente, por parte da Coroa, 
não incluindo garantias às pessoas do povo. 
 
08) Que outros diplomas legislativos são apontados como formadores do moderno conceito de Constituição? 
R.: Aponta-se: a) a Petition of Rights, de 1628, imposta pelo Parlamento inglês ao Rei Carlos I, da Inglaterra, para 
que a Coroa respeitasse os direitos de todos os cidadãos ingleses; e b) os contratos de colonização, celebrados na 
América do Norte pelos peregrinos ingleses (como o Compact, de 1620, firmado a bordo do navio Mayflower e as 
Fundamental Orders of Connecticut, de 1639). 
 
09) Em que diferem esses diplomas legais do século XVII de diplomas legais anteriores, tais como a Magna Carta? 
R.: Embora a Magna Carta constitua inegável avanço no campo jurídico constitucional, tanto ela quanto os forais e 
as cartas de franquia eram destinadas a determinados grupos de pessoas, sendo sempre outorgadas pelo 
monarca; os diplomas legais do século XVII diferenciam-se destas porque refletem o estabelecimento e a 
organização do governo pelos próprios cidadãos, que a eles se submetem, consistindo em uma espécie de pacto 
(ou contrato) social, idéia desenvolvida pelos filósofos Locke, Hobbes e Rousseau. 
 
10) Que avanços surgiram no século XVIII, em relação à organização social do Homem? 
 
Waldeck Lemos 
Perguntas & Respostas 
 
Disciplina: 
Teoria Geral do Estado 
Folha: 
2 de 2 
 
Perguntas & Respostas/WLAJ/DP 
R.: No século XVIII surge o Iluminismo, doutrina que individualiza os direitos do Homem, separando-os dos da 
sociedade; essa visão ideológica é fonte do liberalismo econômico, que privilegia a livre-concorrência em face do 
dirigismo estatal, sendo representada pela expressão laissez-faire. A ênfase nos direitos naturais do Homem 
impõe limites à atuação do Estado, prevendo remédios à violação de direitos dos cidadãos. Do ponto de vista 
organizacional, surge a doutrina da separação dos poderes, elaborada por John Locke no livro Segundo Tratado 
do Governo Civil e por Montesquieu, em seu livro O Espírito das Leis. 
Em 1789, eclode a Revolução Francesa, ocasião em que foi promulgada a Declaração dos Direitos do Homem e 
do Cidadão (26.08.1789), que a consagra no art. 16. 
 
 
==XXX==