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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI CURSO GRADUAÇÃO EM MEDICINA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 MAÍRA DA SILVA COÊLHO 1 2 3 4 5 6 VASCULITE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 TERESINA 2021 Vasculite segundo KUMAR (2010) é a inflamação dos vasos sanguíneos que pode afetar somente um ou vários vasos, e até mesmo diferentes órgãos do corpo. Assim, a parede dos vasos é invadida por células do sistema imunológico causando estenose, oclusão, formação de aneurismas e hemorragias. A principal consequência da Vasculite é a redução ou bloqueio do fluxo sanguíneo no vaso afetado, podendo ocasionar em isquemia e, por consequência, em necrose da área inflamada. Arterite de Células Gigantes (Temporais)- A arterite de células gigantes (temporais) é a forma mais comum de vasculite em idosos nos países desenvolvidos.Acomete artérias de pequeno a grande calibre, principalmente na região da cabeça, as artérias vertebrais e oftálmicas, bem como a aorta (aortite de células gigantes), também podem ser afetadas. Características Clínicas da Arterite de Células Gigantes: Os sinais e sintomas podem ser vagos e constitucionais — febre, fadiga, perda de peso — ou incluir dor facial ou cefaleia, que é mais intensa ao longo do curso da artéria temporal superficial, a qual é dolorosa à palpação. Os sintomas oculares (associados ao envolvimento da artéria oftálmica. Arterite de Takayasu A arterite de Takayasu é uma vasculite granulomatosa das artérias de médio e grande calibre caracterizada, principalmente, por apresentar distúrbios oculares e acentuado enfraquecimento dos pulsos nas extremidades superiores. Aqueles com idade superior a 50 anos são diagnosticados como portadores de aortite de células gigantes, e os mais jovens como portadores de aortite de Takayasu. Características Clínicas da Aortite de Takayasu- Os sinais e sintomas iniciais geralmente são inespecíficos, incluindo fadiga, perda de peso e febre. Com a progressão da aortite, aparecem os sinais e sintomas vasculares que dominam o quadro clínico. Eles incluem redução da pressão arterial e pulso mais fraco na extremidade superior, déficits neurológicos e distúrbios oculares, incluindo defeitos no campo visual, hemorragias da retina e cegueira total. A doença da aorta distal pode manifestar-se como claudicação na perna, e o envolvimento da artéria pulmonar pode causar hipertensão pulmonar. Poliarterite Nodosa (PAN) A poliarterite nodosa (PAN) é uma vasculite sistêmica das artérias musculares de pequeno ou médio calibre que normalmente envolve os vasos renais e viscerais, não afetando a circulação pulmonar. Características Clínicas da PAN- A PAN é uma doença que acomete principalmente adultos jovens, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária. O curso clínico pode variar desde agudo a crônico, mas é frequentemente episódico, com longos intervalos sem sintomatologia. Os achados sistêmicos — mal-estar, febre e perda de peso — são inespecíficos, e o envolvimento vascular é amplamente disperso, de forma que as manifestações clínicas sejam variadas e desafiadoras. A apresentação “clássica” pode envolver a combinação do aumento brusco de hipertensão devida ao acometimento da artéria renal, dor abdominal e melena, causada por lesões vasculares gastrointestinais, dores musculares difusas e neurite periférica, que afeta predominantemente os nervos motores. Doença de Kawasaki A doença de Kawasaki é aguda, febril, geralmente autolimitada, afeta lactentes e crianças (80% dos pacientes têm menos de quatro anos de idade) e está associada à arterite, principalmente, dos vasos de médio e grande calibre. Seu significado clínico é decorrente do envolvimento das artérias coronarianas. Características Clínicas da Doença de KawasakI- manifesta-se por eritema e vesiculação na mucosa conjuntiva e oral, edema nas mãos e pés, eritema das palmas e plantas, rash descamativo e aumento de linfonodos cervicais (denominada também síndrome dos linfonodos mucocutâneos). Poliangiite Microscópica A poliangite microscópica é uma vasculite necrosante que afeta geralmente capilares, bem como pequenas arteríolas e vênulas. Manifestações Clínicas da Poliangiite Microscópica- Dependendo do leito vascular envolvido, as principais características clínicas incluem hemoptise, hematúria, proteinúria, dor ou sangramento abdominal, dor ou fraqueza muscular e púrpura cutânea palpável. Granulomatose de Wegener A granulomatose de Wegener é uma vasculite necrosante caracterizada por uma tríade específica de achados: Granulomas no pulmão e/ou trato respiratório superior (ouvido, nariz, seios da face e garganta; Vasculite afetando os vasos de pequeno a médio calibre (capilares, vênulas, arteríolas e artérias), sendo mais proeminente no pulmão e no trato respiratório superior; Glomerulonefrite. Características Clínicas da Granulomatose de Wegener- As apresentações clínicas clássicas incluem pneumonite bilateral com nódulos e lesões cavitárias (95%), sinusite crônica (90%), ulcerações na mucosa da nasofaringe (75%) e doença renal (80%). Síndrome de Churg-Strauss É uma vasculite necrosante dos pequenos vasos, classicamente associada à asma, a rinite alérgica, ao infiltrado pulmonar, à eosinofilia periférica, aos granulomas necrosantes vasculares e à marcante infiltração dos vasos e tecido perivascular por eosinofilia. Tromboangiite Obliterante (Doença de Buerger) é um distúrbio distinto que frequentemente resulta em severa insuficiência vascular e gangrena das extremidades. Inflamação aguda e crônica focal das pequenas e médias artérias, especialmente a tibial e a radial, associadas à trombose, e, ocasionalmente, extensão secundária para as veias e nervos adjacentes. Manifestações Clínicas da Doença de Buerger- As manifestações clínicas iniciais são fenômeno de Raynaud induzido pelo frio, dor no peito do pé induzida pelo exercício (claudicação do peito do pé) e flebite nodular superficial (inflamação venosa). A insuficiência vascular dessa doença tende a ser acompanhada por dor severa. Podemos relacionar esse assunto com nossos estudos nas aulas de APG, em que aprendemos sobre os fatores os a circulação sistêmica e o vasos sanguíneos. Os estudos sobre a vasculite se torna muito importantes na prática clínica, possibilitando que se possa oferecer um melhor auxílio para os pacientes que sofrem com essa doença. Referências: KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N. Robbins e Cotran – Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010; Villa-Forte A, Mandell BF. Systemic vasculitis syndromes. ACP Medicine. 2012.
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