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Ação de Consignação em Pagamento

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CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO
LEANDRA LIMA - PRODUTORA VERIFICADA 
2- Consignação em Pagamento 1
💰
2- Consignação em Pagamento
1. CONCEITO.
Devedor deseja adimplir, mas não consegue.
Permite que o devedor deposite o objeto da prestação, e deixe à disposição do credor, para que 
não conste que ele não quis adimplir a obrigação.
2. OBRIGAÇÕES CONSIGNÁVEIS.
Art. 334 do Código Civi e art. 539, caput do CPC.
Obrigações de dar:
Quantia.
Depósito em conta bancária.
Coisas.
Nomeação do depositário: nada impede que o juiz nomeie o próprio devedor.
💡 OBSERVAÇÃO! Não há consignação em pagamento de obrigações de fazer ou não 
fazer.
3. EFEITOS DA CONSIGNAÇÃO.
Quantia: afastar mora + juros.
Coisa: afastar mora + risco pelo perecimento.
4. IMPROCEDÊNCIA DA CONSIGNAÇÃO.
💡 LEMBRANDO: Ainda estamos no processo de conhecimento, então ainda será decidido 
o mérito.
Cobrança do restante + juros de mora.
Perdas e danos.
2- Consignação em Pagamento 2
5. COMPETÊNCIA E HIPÓTESES DE CABIMENTO.
5.1. COMPETÊNCIA MATERIAL.
É absoluta. O juiz pode alegar de ofício, não precisando de provocação.
Se reconhecida a incompetência, não há prorrogação de competência, ele é obrigado a passar o 
processo para o juiz competente ou extinguir a ação.
Justiça Estadual: é a regra.
Justiça Federal: art. 109, CF.
5.2. COMPETÊNCIA TERRITORIAL.
É relativa. Pode existir prorrogação de competência.
O juiz não poderá alegar de ofício a incompetência, se as partes não provocarem ele é obrigado a 
julgar aquele processo. Assim sendo, a prorrogação de competência torna o juiz incompetente, 
competente para a causa.
5.2.1. COISAS IMÓVEIS.
Art. 47, CPC.
Regra: local do imóvel.
É possível que as partes estabeleçam o foro de eleição.
5.2.2. QUANTIA E COISAS MÓVEIS.
Art. 540 do CPC.
Regra: será o local do pagamento, onde a obrigação deveria ser cumprida.
Estipulação: pode estar em contrato, em lei ou, em último caso, no domicílio do devedor.
5.3. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
Art. 335, CC.
Mora accipiens (I, II e III).
Atraso do credor em aceitar ou receber a prestação.
Incognitio (IV e V).
O devedor não sabe para quem entrega a prestação.
6. LEGITIMIDADE.
6.1. LEGITIMIDADE ATIVA.
Tem legitimidade para ser autor da ação:
2- Consignação em Pagamento 3
1. Devedor.
2. Terceiro.
3. Credor.
6.1.1. DEVEDOR.
Representa a possibilidade mais comum e óbvia à finalidade deste tipo de ação.
Objetivo: evitar sofrer qualquer prejuízo em razão da mora na obrigação.
6.1.2. TERCEIRO INTERESSADO.
É aquele que terá algum benefício jurídico em razão do cumprimento. 
Independe da concordância do devedor.
Sub-roga-se no crédito, ou seja, assume o crédito e vira credor com todas as garantias que o 
crédito tinha originalmente.
Ex: imóvel hipotecado, pagamento da dívida da hipoteca.
6.1.3. TERCEIRO DESINTERESSADO.
É aquele sem qualquer interesse jurídico no cumprimento da obrigação, sendo seu interesse 
meramente moral.
Depende de concordância do devedor.
Não sub-roga-se nas garantias, assumindo o crédito sem garantia nenhuma de pagamento.
Ex: o pai, que tem interesse de fato, mas não jurídico, em saldar dívida do filho.
6.1.4. CREDOR.
Parece absurdo, mas é um caso muito específico e especial, previsto no art. 345 do CC.
Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se 
pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a 
consignação.
Refere-se ao credor incognitio que recebeu o objeto da prestação.
É o caso do devedor que não sabia para quem pagar, podendo não ter sido decidido quem era o 
real credor da obrigação, e o devedor, diante do vencimento que se aproximava, acabou pagando 
um dos possíveis credores. Diante disso, pode o credor incerto que recebeu o montante consignar 
o pagamento nos autos para que o valor fique disponível ao verdadeiro credor na ocasião em que 
a dúvida for resolvida.
6.2. LEGITIMIDADE PASSIVA.
Credor (solidário ou não).
Litisconsórcio facultativo: não precisa todos os credores figurarem no polo passivo.
2- Consignação em Pagamento 4
Legitimidade passiva na incognitio.
O Juiz deverá decidir quem é o verdadeiro credor, garantindo a ampla defesa e contraditório.
Litisconsórcio necessário e simples: o juiz deve incluir todos no polo passivo para que o 
processo siga e seja válido. Além disso, é simples pois dá decisões diferentes para 
litisconsorces diferentes.
💡 Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a ação consignatória pode 
envolver a cumulação dos pedidos, como a revisão de cláusulas contratuais (Resp 
645756).
7. CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL.
Art. 539, §1º a 4º do CPC + Resolução 2814/2001 BACEN.
Procedimento facultativo e autotutela. Pode-se consignar em juízo, conta vinculada ao processo 
etc.
Obrigações consignáveis: somente pagar quantia.
Sempre feita em banco.
7.1. NÃO CABIMENTO.
Contra o Poder Público.
A Fazenda Pública possui um regime processual diferente, como quanto à intimação, aos prazos. 
Por isso, somente poderá ser através da via judicial.
Incognitio.
Desconhecimento de endereço ou dados essenciais do credor.
O devedor é responsável por dar os dados certos do credor, a fim de fazer o depósito.
7.2. RESPOSTA DO CREDOR.
10 dias: carta com AR em mãos próprias para o credor. Ele poderá:
a) Fazer levantamento do valor.
Considera-se quitada a obrigação. O credor abrirá mão de questionar. Não poderá ser ajuizada 
uma ação.
b) Inércia.
O silêncio importa anuência.
c) Recusa.
Forma: Carta escrita endereçada ao banco onde o valor foi depositado.
Efeitos para o devedor: mora fica afastada por 1 mês.
2- Consignação em Pagamento 5
O devedor poderá ajuizar uma ação e consignar judicialmente em pagamento.
8. PETIÇÃO INICIAL.
8.1. REQUISITOS.
Específicos (Art. 542, CPC) + Gerais (art. 319, CPC).
⚖ Sempre que as regras específicas forem omissas, recorrem-se às regras gerais.
Art. 542: A petição deve ter o pedido do depósito do valor e pedido da citação do réu.
Art. 319: Qualificação das partes etc.
⚖ Audiência de conciliação e mediação não se aplicará.
8.2. LIMITAÇÃO DAS MATÉRIAS ALEGADAS.
8.2.1. CAUSA DE PEDIR.
Limitada à cinco (que se resumem em duas) possibilidades de alegações pelo autor, que são as 
hipóteses do art. 335 do Código Civil. Quais sejam:
1. Mora accipiens.
Mora do credor em receber a prestação.
2. Incognitio.
Dúvida sobre quem seja o credor.
8.2.2. PEDIDO.
1. Depósito em 5 dias.
É o mais importante e indispensável.
É condição da ação, caso não ocorra, é extinta sem resolução de mérito.
2. Citação do réu.
3. STJ admite cumulação com revisional.
Não é obrigatório, mas pode ser feito.
Pedido revisional de contrato: o devedor deve, quer consignar o valor, mas também quer 
questionar o valor da dívida.
8.3. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE.
O juiz poderá:
2- Consignação em Pagamento 6
1. Deferir: admitir.
2. Indeferir: extingue a ação.
3. Emendar: se o autor não emendar, ele indefere.
A diferença está no fato do depósito ser uma condição específica da ação.
Exceção: tutela antecipada. O devedor acreditar dever menos do que o credor alega, podendo 
depositar valor inferior ao previsto no contrato, e ainda assim dar prosseguimento na ação.
⚖ Observação: Consignação extrajudicial frustrada, não precisará depositar novamente.
8.4. ADMISSÃO DA INICIAL.
Três medidas devem ser tomadas pelo juiz:
1. Apreciar o pedido de tutela antecipada.
2. Autorizar depósito.
3. Citar réu para levantar depósito ou contestar em 15 dias.
9. CONTESTAÇÃO E SENTENÇA.
9.1. CONTESTAÇÃO.
9.1.1. LIMITAÇÃO DE MATÉRIAS ALEGÁVEIS.
Princípio da paridade de armas, por isso deve haver a mesma limitação da petição, na 
contestação. Princípio da celeridade, não podendo ser alegada toda e qualquer coisa, se não 
tornaria o processo mais demorado.
Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que: 
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida; 
II - foi justa a recusa; 
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; 
IV - o depósito não é integral. 
Parágrafo único. Nocaso do inciso IV, a alegação somente será admissível 
se o réu indicar o montante que entende devido.
9.1.2. ALEGAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA.
Autor: completar em 10 dias.
Réu: levantar valores incontroversos.
9.1.3. PROCEDIMENTO COMUM.
2- Consignação em Pagamento 7
Especialidade vai até a resposta do réu, seguindo para o procedimento comum.
9.2. SENTENÇA.
Procedente: O autor da ação estava certo, em prazo, forma e o valor.
Improcedente: O juiz reconhece que o devedor descumpriu de alguma forma.
9.2.1. AÇÃO DÚPLICE.
Quando a condição dos litigantes é a mesma, não podendo falar-se em autor e réu, pois ambos 
assumem concomitantemente as duas posições (...). A discussão judicial propiciará o bem da vida 
a uma das partes, independentemente de suas posições processuais. A simples defesa do réu 
implica exercício de pretensão; não formula pedido o réu, pois a sua pretensão já se encontra 
inserida no objeto de uma equipe com a formulação do autor (FREDIE DIDIER JR.).
Exemplo: cabo de guerra, a defesa é ao mesmo tempo ataque.
9.2.2. REMUNERAÇÃO DO DEPOSITÁRIO DA COISA.
Antes da sentença, a remuneração é encargo do autor da ação, mas, ao final do processo, deve-
se determinar quem é de fato, encarregado de pagar esses valores (ônus da sucumbência).
Se ficar determinado, na sentença, que a obrigação é do réu, ele deve reembolsar o autor pelos 
pagamentos já dados ao depositário e prosseguir com eles até a quitação do valor.
10. SITUAÇÕES ESPECIAIS.
10.1. INCOGNITIO.
10.1.1. HIPÓTESES.
Paira algum tipo de dúvida sobre quem é a pessoa.
Até se sabe quem são os potenciais credores mas existe um litígio entre eles, acerca da 
titularidade sobre a coisa.
Art. 547.  Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o 
pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares 
do crédito para provarem o seu direito.
Art. 548.  No caso do art. 547: I - não comparecendo pretendente algum, 
converter-se-á o depósito em arrecadação de coisas vagas; II - 
comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano; III - comparecendo mais 
de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, 
continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, 
observado o procedimento comum.
2- Consignação em Pagamento 8
10.1.2. LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO E SIMPLES.
Nesse tipo de ação, configurar-se-á litisconsórcio simples, vez que, os litisconsortes receberão 
tratamentos únicos peculiares à sua posição no processo, pois, dentre os possíveis credores, 
apenas um deles é o verdadeiro.
Ademais, tem-se que o litisconsórcio será necessário pois não se sabe ainda quem é o credor, 
então, para que a situação seja resolvida, será essencial a participação de todos os envolvidos, 
garantindo-se a ampla defesa e o contraditório a todos os possíveis credores.
10.1.3. SITUAÇÕES DE COMPARECIMENTO NO PROCESSO PELOS 
CREDORES.
1. Não comparecimento de nenhum deles: o juiz considera a obrigação quitada e determina a 
arrecadação de coisas vagas, ou seja, o dinheiro ficará na conta indefinidamente à disposição 
do credor até ele aparecer, mas este quando não poderá questionar o valor que encontrar;
Portanto há a quitação e arrecadação de coisas vagas.
2. Apenas 1 dos credores aparece: o juiz deverá apreciar suas alegações e decidir se é justa 
sua pretensão. Assim, poderá declarar revelia em relação ao credor que não apareceu, 
recebendo o outro o valor total do depósito.
O juiz já pode dar decisão.
⚖ Atenção: a revelia tem apenas os efeitos normais de tomar como verdadeiros os 
fatos alegados pelo réu que compareceu.
3. Mais de 1 credor apareceu: o processo prossegue normalmente quanto à existente relação 
entre o devedor e os possíveis credores, e surge mais uma relação processual dada entre os 
credores em si. 
Neste caso, se nenhum dos credores questionar o valor depositado pelo autor, este terá sua 
obrigação extinta e poderá retirar-se da ação, continuando esta comente a respeito das 
pendências entre os pretensos credores.
Prossegue processo para decidir, com ou sem exclusão do autor.
10.2. PRESTAÇÕES PERIÓDICAS.
Conexão: mesma causa de pedir e pedido.
Regra de prevenção do juízo: o devedor dará entrada no primeiro processo e as prestações 
seguintes ficarão conexas a esse procedimento inicial sem a necessidade de entrada com mais 
ações, atendendo a causa inteira um mesmo juiz, tornando-se um juízo prevento.
Prazo do depósito: este devedor não precisa depositar exatamente até a data do vencimento, 
pois possui um prazo extra de 5 dias.
10.3. LEI DO INQUILINATO (LEI 8.245/91). 
2- Consignação em Pagamento 9
As prestações periódicas mencionadas acima são a regra geral, mas a Lei do Inquilinato traz regra 
especial, tendo preferência em sua aplicabilidade.
10.3.1. PRINCIPAIS DIFERENÇAS (ART. 67).
Petição Inicial indica o valor a título de aluguéis e acessórios.
Autor deposita em até 24h.
Aluguéis consignados na data do vencimento, e não em até 5 dias, como nas prestações 
periódicas.
Possível reconvenção para despejo.
⚖ Reconvenção é um pedido realizado pelo réu de um processo ao apresentar 
contestação sobre as alegações do autor na petição inicial. Tem natureza de ação 
autônoma.
Complemento do depósito: depósito insuficiente, deverá ser complementado, tendo prazo de 
5 dias e multa de 10% no caso de perda do prazo.

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