Buscar

Exame físico de abdome

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CAROLINA BASTOS, RAIANA CUNHA E ROBERTA LIMA 
MEDICINA – HAB MÉDICAS 
3 SEMESTRE 
 
abdome 
PONTOS DE REFERÊNCIA 
ANATÔMICOS DO ABDOME 
Os PONTOS DE REFERÊNCIA anatômicos 
usuais são as rebordas costais, o ângulo de 
Charpy, a cicatriz umbilical, as cristas e as 
espinhas ilíacas anteriores, o ligamento 
inguinal ou de Poupart e a sínfise pubiana. 
Na parede abdominal, destacam-se as 
seguintes estruturas: pele, tecido celular 
subcutâneo, processo xifoide, umbigo, 
ligamento inguinal e músculos 
retoabdominais. 
 
REGIÕES DO ABDOME 
O abdome pode ser dividido de vários 
modos; as divisões em quatro quadrantes 
ou em nove regiões são as mais utilizadas. 
Para dividir em quadrantes denominam: 
quadrante superior direito, quadrante 
superior esquerdo, quadrante inferior 
direito e quadrante inferior esquerdo. 
 
 
A divisão em nove regiões é feita da 
seguinte maneira: 
hipocôndrios direito e esquerdo (1) e (3); 
flancos direito e esquerdo (4) e (6), 
fossas ilíacas direita e esquerda (7) e (9), 
epigástrio (2), mesogástrio ou 
região umbilical (5) e hipogástrio (8). 
 
PROJEÇÃO DOS ÓRGÃOS NAS 
PAREDES TORÁCICA E 
ABDOMINAL 
 
▪ De início, cumpre ressaltar que essas 
projeções sofrem grandes variações em 
função da idade e do biotipo, além do 
estado de nutrição e da própria posição do 
paciente. 
▪ A projeção na parede abdominal dos outros 
órgãos intra-abdominais – estômago, 
duodeno, vesícula biliar, pâncreas, intestino 
delgado, intestino grosso e rins – não será 
relatada em razão da dificuldade de se 
estabelecer com precisão seus limites. 
▪ O limite superior do fígado é delimitado pela 
percussão. 
▪ Exame: Paciente em decúbito dorsal, 
percute-se o hemitórax direito de cima para 
baixo, acompanhando a linha 
hemiclavicular direita até se obter som 
submaciço, que ao encontrar a submacicez 
marca a presença do limite superior do 
fígado. 
▪ Em condições normais, localiza-se no 5º ou 
6º espaço intercostal direito. Obtido esse 
ponto de referência, traça-se uma linha 
levemente curva, que vai corresponder ao 
limite superior do fígado. O limite inferior, 
por sua vez, é determinado pela palpação. 
▪ Normalmente, em pessoas adultas, a borda 
inferior do fígado não deve ultrapassar 1 cm 
CAROLINA BASTOS, RAIANA CUNHA E ROBERTA LIMA 
MEDICINA – HAB MÉDICAS 
3 SEMESTRE 
 
da reborda costal, tomando-se como 
referência a linha hemiclavicular direita. Em 
crianças, o limite inferior do fígado pode 
estar um pouco abaixo, ou seja, 2 a 3 cm da 
reborda. 
▪ Palpação do Baço. 
ORGÃOS DO ABDOME 
 
 
INSPEÇÃO - Estática 
FORMA E VOLUME 
▪ Atípico ou normal: Compreende grandes 
variações de acordo com cada indivíduo. 
Suas principais características morfológicas 
são a simetria e ser levemente abaulado. 
 
▪ Globoso ou protuberante: Apresenta-se 
globalmente aumentado, com predomínio 
nítido do diâmetro anteroposterior sobre o 
transversal. Pode ocorre em: gravidez, 
ascite,obesidade, obstrução intestinal, 
hepato e esplenomegalias. 
 
 
▪ Ventre de batráquio: Paciente mesmo em 
decúbito dorsal, observa-se franco 
predomínio do diâmetro transversal sobre o 
anteroposterior. Pode ocorrer em: ascite 
em regressão. (não muito usual). 
▪ Pendular ou ptótico: estando o paciente 
de pé, as vísceras pressionam a parte 
inferior da parede abdominal, produzindo 
neste local uma protrusão. 
CAROLINA BASTOS, RAIANA CUNHA E ROBERTA LIMA 
MEDICINA – HAB MÉDICAS 
3 SEMESTRE 
 
 
▪ 
▪ Avental: Observado em obesidade de grau 
elevado, sendo consequência do acúmulo 
de tecido gorduroso na parede abdominal, 
que pende sobre as coxas do paciente. Mais 
evidente quando o paciente se pões de pé. 
 
Escavado (escafoide ou côncavo): 
Característica morfológica está contida em 
sua denominação, ou seja, percebe-se 
nitidamente que a parede abdominal está 
retraída. 
 
 
ABAULAMENTOS OU RETRAÇÕES 
▪ O abaulamento ou a retração, depende dos 
dados fornecidos pela inspeção, que se 
somam aos da palpação. 
▪ As principais causas são: hepatomegalia, 
esplenomegalia, útero grávido, tumores do 
ovário e do útero, retenção urinária, tumores 
renais, tumores pancreáticos, linfomas 
entre outros. 
CICATRIZ UMBILICAL 
▪ Normalmente apresenta forma plana ou 
levemente retraída. O encontro da protrusão 
da cicatriz umbilical, que indica geralmente 
a existência de uma hérnia ou o acúmulo de 
líquido nesta região. 
▪ Na gravidez também observa-se 
aplanamento ou mesmo protrusão da 
cicatriz umbilical. Infecções do umbigo 
(onfalites), frequentes em crianças, podem 
acompanhar-se de secreção serosa ou 
seropurulenta. 
 
VEIAS SUPERFICIAIS 
▪ O padrão venoso da parede abdominal 
geralmente é pouco perceptível. Quando as 
veias tornam-se visíveis pode caracterizar 
circulação colateral. 
CICATRIZ DA PAREDE ABDOMINAL 
 
CAROLINA BASTOS, RAIANA CUNHA E ROBERTA LIMA 
MEDICINA – HAB MÉDICAS 
3 SEMESTRE 
 
PELOS / MARCAS/ MANCHAS/ 
LESÕES 
Deve-se investigar: 
▪ Coloração da pele; 
▪ Presença de estrias, manchas 
hemorrágicas e a distribuição dos pelos; 
▪ Diástase (separação) dos músculos retos 
anteriores do abdome; 
▪ Hérnias. 
INSPEÇÃO -Dinâmica 
 MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS 
▪ Inspecione o abdome, mantendo-se à 
direita do paciente. Na inspeção dinâmica 
procura-se avaliar os movimentos 
respiratórios, que, geralmente possui um 
padrão respiratório misto (toracoabdominal) 
no sexo masculino e, um padrão de 
movimentos respiratórios torácicos nas 
mulheres. 
PULSAÇÕES 
▪ Podem ser observadas (e palpadas) no 
abdome de pessoas magras e quase 
sempre refletem as pulsações da aorta 
abdominal. 
▪ Quando há hipertrofia do ventrículo 
direito, podem surgir pulsações na região 
epigástrica. Os aneurismas da aorta 
abdominal provocam pulsações na área 
correspondente à dilatação. 
▪ Durante a realização do exame algumas 
manobras podem ser realizadas para 
facilitar a visualização de herniações e a 
localização de massas. Dentre as manobras 
que podem ser realizadas têm-se a 
MANOBRA DE VALSALVA na qual, 
solicita-se ao paciente que assopre em uma 
das mãos fechadas e com isso ocorre o 
aumento da pressão intra-abdominal 
permitindo avaliar herniações. 
 
 
PERISTÁLTICOS VISÍVEIS 
▪ Também chamada de “ondas 
peristálticas”, faz-se a diferenciação entre 
peristaltismo normal e ondas peristálticas 
anormais correlacionando-se o achado com 
o quadro clínico do paciente. 
▪ Movimentos peristálticos visíveis 
indicam obstrução em algum segmento do 
tubo digestivo; por isso, ao encontrá-los o 
examinador deve analisar as duas 
características semiológicas que orientam o 
raciocínio diagnóstico: a localização e a 
direção das ondas peristálticas. 
DESCRIÇÃO DO EXAME FÍSICO 
Descrição fisiológica: Inspeção estática 
do abdome apresentando abdome plano, 
sem retrações ou abaulamentos, sem 
circulação colateral, sem cicatrizes 
patológicas e herniações, sem lesões e com 
presença de cicatriz fisiológica. 
Descrição fisiológica: Inspeção dinâmica 
do abdome apresentando padrão 
respiratório misto, ausência de movimentos 
peristálticos ou pulsação da aorta 
abdominal visíveis, ausência de herniações 
e massas na parede abdominal, através da 
manobra de vasalva. 
ausculta 
➢ Ouvir por 2-5 minutos 
➢ Ruídos HIDRO-AÉREOS 
➢ A ausculta fornece informações importantes 
sobre a motilidade intestinal. 
CAROLINA BASTOS, RAIANA CUNHA E ROBERTA LIMA 
MEDICINA – HAB MÉDICAS 
3 SEMESTRE 
 
➢ Ausculte o abdome antes de efetuar a 
percussão ou a palpação, porque essas 
manobras modificam a frequência dos sons 
intestinais. 
➢ Os sons normais consistem em estalidos e 
gorgolejos, que ocorrem em uma frequência 
estimada de 5 a 34 por minuto. 
 
 Ruídos peristálticos. 
peristaltismo normal 
peristaltismo ausente (auscultepelo menos 
30 segundos, o ruídos cardíacos e 
respiratórios podem ser ouvidos) 
aumento do peristaltismo 
sons peristálticos anormais (por exemplo 
gargarejo ou borbulhar) 
 Determinar se algum sopro pode ser ouvido. 
Sopros sempre indicam patologia 
DESAPARECIMENTO→ íleo paralítico, 
síndrome caracterizada pelo 
desaparecimento do peristaltismo intestinal. 
BORBORIGMOS→ som audível sem a 
utilização de estetocopio 
 
1 = artéria 
abdominal 
2 = bifurcação 
3 = artérias 
ilíacas, 
esquerda e 
direita 
4 = artérias femorais, esquerda e direita 
5 = artérias renais, esquerda e direita 
percussão 
 A percussão auxilia a avaliar a quantidade e 
a distribuição dos gases no abdome, 
possíveis massas sólidas ou cheias de 
líquido e as dimensões do fígado e do baço. 
 POSIÇÃO: DECÚBITO DORSAL 
 → pesquisar 4 quadrantes, fígado e baço 
 
AVALIAÇÃO DA SONORIDADE DO 
ABDOME 
 SONS: 
 1. TIMPANISMO 
 2. HIPERTIMPANISMO 
 3. SUBMACICEZ 
 4. MACICEZ 
 → obtém-se som maciço ao se percutirem 
as áreas de projeção do fígado e do baço 
 →vísceras que contêm alguma quantidade 
de gás – estômago, duodeno, intestino 
delgado e intestino grosso – produzem som 
timpânico. 
DELIMITAÇÃO HEPÁTICA 
→ na altura do 5° ou 6° espaço intercostal, 
observa-se som submaciço. Este ponto 
corresponde ao limite superior do fígado. 
CAROLINA BASTOS, RAIANA CUNHA E ROBERTA LIMA 
MEDICINA – HAB MÉDICAS 
3 SEMESTRE 
 
→ Som claro pulmonar para submaciço. Essa 
mudança na tonalidade do som indica o 
encontro da borda hepática superior. 
→ De baixo para cima. A mudança de som 
timpânico para submaciço indica a borda 
hepática inferior. 
→ O limite superior do fígado estando abaixo 
do 5o ou 6o espaço intercostal direito 
significa ptose hepática ou diminuição o do 
volume do fígado. 
 
DELIMITAÇÃO DO BAÇO 
→ Existem formas 
de percutir o quadrante 
superior esquerdo com 
o intuito de se pesquisar 
esplenomegalia 
O espaço de Traube é 
um espaço semilunar 
semiológico no qual há timpanicidade a 
percussão em situação de normalidade. 
O primeiro método é a percussão com o 
paciente em decúbito dorsal a partir da 
borda da macicez cardíaca, no 6º espaço 
intercostal, em trajeto oblíquo até a linha 
axilar anterior e rebordo costal esquerdos, 
perpassando o espaço de Traube 
. Há suspeita de esplenomegalia quando há 
macicez no espaço de Traube, apesar de 
outras causas como derrame pleural 
também ocasionarem tal achado. 
 
O paciente deve estar em decúbito lateral 
direito com antebraço direito sob a 
cabeça, assim o baço está sobre o 16 
estômago e cólon. A percussão começa na 
linha axilar posterior e continua em uma 
linha imaginária perpendicular ao meio do 
rebordo costal esquerdo 
A percussão começa no meio do rebordo 
costal esquerdo e continua por uma linha 
imaginária perpendicular ao rebordo em 
direção a linha axilar média 
Um detalhe importante é que se o estômago 
estiver cheio, a macicez pode estar 
presente desde o rebordo costal. 
SINAL DE TORRES-HOMEM 
➢ Caracteriza-se pela sensação dolorosa 
provocada pela percussão hepática. É 
provocado pelo desenvolvimento de um 
abcesso, de causa amebiana 
principalmente. 
SINAL DE JOBERT 
➢ Corresponde ao aparecimento de um som 
timpânico na direção da linha hemiclavicular 
direita, por volta do 6º espaço intercostal. 
Normalmente, essa região deve possuir um 
som maciço em virtude da presença do 
fígado. 
PESQUISA DE ASCITE 
➢ → A percussão é o método mais seguro 
para o reconhecimento de ascite. Para 
sistematizar este procedimento, é 
necessário levar em conta a quantidade de 
líquido na cavidade abdominal 
CAROLINA BASTOS, RAIANA CUNHA E ROBERTA LIMA 
MEDICINA – HAB MÉDICAS 
3 SEMESTRE 
 
PESQUISA DE ASCITE PEQUENO E 
MÉDIO E GRANDE VOLUME 
 PIPIROTE 
→ Assim se procede: o paciente adota o 
→ decúbito dorsal e, ele próprio ou um 
auxiliar, coloca a borda cubital da mão 
sobre a linha mediana do abdome, 
exercendo ligeira pressão de modo a 
impedir a transmissão do impacto 
provocado pelo piparote. 
→ O examinador coloca-se do lado direito do 
paciente e repousa a mão esquerda no 
flanco do outro lado. Passa-se então a 
golpear com o indicador a face lateral do 
hemiabdome direito. Se houver líquido em 
quantidade suficiente, a mão esquerda 
captará os choques das ondas. 
PESQUISA DE MACICEZ MÓVEL 
1. a primeira etapa consiste em percutir todo o 
abdome com o paciente em decúbito dorsal. 
Este procedimento possibilita a 
determinação de macicez nos flancos e som 
timpânico na parte média do abdome, o que 
levanta a suspeita de haver uma 
determinada quantidade de líquido na 
cavidade peritoneal. 
2. Posiciona-se o paciente em decúbito lateral 
direito e percute-se todo o abdome; 
havendo ascite, encontra-se timpanismo no 
flanco esquerdo e macicez no flanco direito. 
3. Em seguida, o paciente adota o outro 
decúbito lateral, percutindo-se de novo todo 
o abdome; se, de fato, houver ascite, o 
resultado desta percussão será o contrário 
do obtido na etapa anterior da manobra, ou 
seja, haverá timpanismo no hemiabdome 
direito e macicez no esquerdo 
 
 
PALPAÇÃO DO ABDOME 
OBEJTIVOS 
• Avaliar o grau de resistência da parede abdominal. 
• Explorar a sensibilidade do abdome. 
• Estabelecer as condições físicas das vísceras . 
NORMAS BÁSICAS: 
• O exame deve ser feito com o paciente em decúbito 
dorsal, usando-se a técnica da palpação com a mão 
espalmada. 
• Sempre inicie a palpação em uma região do 
abdome o mais distante possível do local da dor. 
• A palpação compreende 4 etapas que precisam ser 
cumpridas, uma após a outra: 
Palpação superficial→Palpação profunda 
→Palpação do fígado →Palpação do baço e outro 
órgãos 
 
O QUE É POSSÍVEL PALPAR? 
 
 
 
 
 
 
CAROLINA BASTOS, RAIANA CUNHA E ROBERTA LIMA 
MEDICINA – HAB MÉDICAS 
3 SEMESTRE 
 
PALPAÇÃO SUPERFICIAL 
• A palpação superficial compreende o estudo da parede 
abdominal e das vísceras que podem alcançar a 
parede. 
• À palpação superficial do abdome, propriamente dita, 
investiga-se : 
→ A sensibilidade 
→ A resistência da parede 
→ A continuidade da parede abdominal 
→ As pulsações e o reflexo cutâneo abdominal. 
SENSIBILIDADE 
• A técnica para avaliação da sensibilidade consiste em 
palpar de leve a parede abdominal. Se esta manobra 
despertar dor é porque existe hiperestesia cutânea. 
• Cumpre ressaltar que a dor sentida na parede 
abdominal pode originar-se nos órgãos abdominais, ou 
em outras estruturas – torácicas, retroperitoneais ou 
coluna vertebral. 
• Daí a importância de se conhecerem os chamados 
“pontos dolorosos”. 
 
• PONTOS DOLOROSOS: HÁ ALGUMAS ÁREAS NA 
PAREDE ABDOMINAL CUJA COMPRESSÃO, AO 
DESPERTAR SENSAÇÃO DOLOROSA, COSTUMA 
INDICAR COMPROMETIMENTO DO ÓRGÃO ALI 
PROJETADO. OS PRINCIPAIS PONTOS 
DOLOROSOS SÃO: PONTOS GÁSTRICOS (PONTO 
XIFOIDIANO + PONTO EPIGÁSTRICO), PONTO 
CÍSTICO OU BILIAR, PONTO APENDICULAR, 
PONTO ESPLÊNICO E PONTOS URETERAIS. 
 
 
 
PONTOS DOLOROSOS 
• O ponto xifoidiano localiza-se logo abaixo do 
apêndice xifoide. A presença da dor nessa área é 
observada na cólica biliar e nas afecções do esôfago, 
do estômago e do duodeno que incluem principalmente 
as esofagites, as úlceras e as neoplasias. 
• O ponto epigástrico corresponde ao meio da linha 
xifoumbilical e é particularmente sensível nos 
processos inflamatórios do estômago (gastrite), nos 
processos ulcerosos e tumorais. 
• O ponto biliar ou ponto cístico situa-se no ângulo 
formado pela reborda costal direita e a borda externa 
do músculo reto abdominal. 
• O ponto apendicular (ponto de McBurney) situa-se 
geralmente na extremidade dos dois terços da linha 
que une a espinha ilíaca anterossuperior direita ao 
umbigo. 
• O ponto esplênico localiza-se logo abaixo da reborda 
costal esquerda no início do seu terço externo; o infartoesplênico provoca dor nesse local. 
• Os pontos ureterais situam-se na borda lateral dos 
músculos retos abdominais em duas alturas: na 
interseção com uma linha horizontal que passa pelo 
umbigo e no cruzamento da linha que passa pela 
espinha ilíaca anterossuperior. Dor nos pontos 
ureterais surge nos pacientes com cólica renal e traduz 
quase sempre a migração de um cálculo renal pelos 
ureteres. 
 
CAROLINA BASTOS, RAIANA CUNHA E ROBERTA LIMA 
MEDICINA – HAB MÉDICAS 
3 SEMESTRE 
 
 
SINAIS E MANOBRAS 
SINAL DE MURPHY 
 Ao se comprimir este local, pede-se ao paciente 
que inspire profundamente. Neste momento, o 
diafragma fará o fígado descer, o que faz com que 
a vesícula biliar alcance a extremidade do dedo 
que está comprimindo a área. Nos casos de 
colecistite aguda, tal manobra desperta uma dor 
inesperada que obriga o paciente a interromper 
subitamente a inspiração;este fato denomina-
se sinal de Murphy 
SINAL DE ROVSING: 
Dor na fossa ilíaca direita à palpação da fossa ilíaca 
esquerda. Palpação no cólon descendente desloca os 
gases para o cólon 
ascendente, 
atingindo o 
apêndice inflamado 
hipersensível, 
provocando dor. 
. 
 
SINAL DE BLUMBERG 
• Dor que ocorre à 
descompressão brusca 
da parede 
abdominal.ESSA 
MANOBRA – 
DESCOMPRESSÃO 
RÁPIDA – PODE SER 
APLICADA EM 
QUALQUER REGIÃO 
DA PAREDE ABDOMINAL, E SEU SIGNICADO É 
SEMPRE O MESMO,OU SEJA,PERITONITE. 
• Nos casos de peritonite generalizada,o sinal de 
Blumberg é observado em qualquer área do abdome 
em que for pesquisado. (Porto) 
Definição: Dor ou piora da dor à compressão e 
descompressão súbita DO PONTO DE MCBURNEY. 
IMPORTANTE NOTAR QUE O VERDADEIRO SINAL 
DE BLUMBERG POSITIVO OCORRE somente 
QUANDO A DOR OCORRE EM DOIS TEMPOS: 
COMPRESSÃO E DESCOMPRESSÃO. 
SINAL DO OBTURADOR 
É um sinal indicador de irritação do músculo obturador 
interno. Para realizá-lo, com o paciente em decúbito 
dorsal, faz-se a flexão passiva da perna sobre a coxa e 
da coxa sobre a pelve, então procede-se com uma 
rotação interna da coxa. É um dos sinais da 
apendicite.Tem maior sensibilidade nas apendicites 
com posição retrocecal, aderido ao músculo obturador. 
Dá-se positivo quando refere-se dor no hipogastro 
 
O SINAL DO PSOAS 
É INDICATIVO DE IRRITAÇÃO DO MÚSCULO 
PSOAS, SENDO UM DOS SINAIS DE APENDICITE 
AGUDA. Posiciona-se o paciente em decúbito lateral 
esquerdo, e o examinador deve realizar a 
hiperextensão passiva de membro inferior direito (ou 
flexão ativa contra resistência). Em caso de dor a 
hiperextensão passiva ou a flexão ativa, o sinal é 
positivo. 
O SINAL DE GIORDANO 
→ é pesquisado durante o exame físico através de uma 
manobra como Giordano. 
CAROLINA BASTOS, RAIANA CUNHA E ROBERTA LIMA 
MEDICINA – HAB MÉDICAS 
3 SEMESTRE 
 
→ A manobra é realizada pelo médico ou pelo enfermeiro 
com o paciente estando sentado e inclinado para 
frente. 
→ Para realizar a manobra o profissional faz uma súbita 
punho-percussão, com a borda ulnar da mão, na 
região da fossa lombar do paciente, mais 
especificamente, na altura da loja renal (flancos). Se a 
manobra evidenciar sinal de dor aguda, em pontada, 
no paciente, o sinal de Giordano é positivo, o que indica 
grande probabilidade doença renal (litíase e 
pielonefrite aguda). 
 
SINAL DE CULLEN E SINAL DE GREY-
TURNER 
:é um sinal de hemorragia retroperitonial, seja ela 
por pancreatite aguda necro-hemorrágica, ruptura de 
gravidez ectópica, ou em menor numero de casos 
quando há rompimento de um aneurisma de aorta ou 
de órgão como o baço em caso de trauma. Este sinal é 
caracterizado por uma equimose periumbilical de 
coloração azul-preta e pode estar associado ao SINAL 
DE GREY-TURNER, caracterizado por equimose em 
flancos. Estes achados se devem à drenagem de 
líquido ascítico hemorrágico ao longo dos planos das 
fáscias, infiltrando o tecido subcutâneo. 
 
 
 
RESISTÊNCIA DA PAREDE ABDOMINAL 
• Em condições normais, a resistência da parede 
abdominal é a de um músculo descontraído. 
• Quando se encontra a musculatura contraída é 
necessário diferenciar a contratura voluntária da 
contratura involuntária. 
• Para diferenciá-las: pode-se iniciar uma conversa com 
o paciente sobre outros assuntos, solicita-se que 
respire profundamente ou pede-se que flexione as 
pernas. 
CONTINUIDADE DA PAREDE ABDOMINAL 
• Deve-se avaliar a continuidade da parede abdominal 
deslocando-se a mão que palpa por toda a parede e, 
ao encontrar uma área de menor resistência, tenta-se 
insinuar uma ou mais polpas digitais naquele local. 
• Desse modo, é possível reconhecer diástases e 
hérnias. 
• Diástase: A diástase dos músculos retos consiste na 
separação desses músculos, quer abaixo ou acima da 
cicatriz umbilical, sendo possível insinuar-se um ou 
mais dedos entre eles. A diástase dos músculos retos 
diferencia-se de uma grande hérnia por não haver saco 
herniário nem anel palpável. 
• Hérnias: são alterações da parede abdominal 
caracterizadas basicamente por haver, em alguma 
parte, uma solução de continuidade por onde penetram 
uma ou mais estruturas intra-abdominais. Quase 
sempre se trata da protrusão do grande epíploo ou de 
alças intestinais por meio de defeitos congênitos ou 
adquiridos da parede abdominal. Os tipos mais comuns 
de hérnia são inguinal, femoral ou crural, escrotal, 
umbilical, ventrolateral e incisional. 
 
 
PULSAÇÕES 
• As pulsações da parede abdominal podem ser visíveis 
e palpáveis, ou apenas palpáveis. 
• As pulsações epigástricas podem ser a transmissão 
das contrações do ventrículo direito hipertrofiado ou 
pulsações da aorta abdominal. 
• Em pessoas magras, as pulsações da aorta costumam 
ser facilmente percebidas. 
• Para se admitir a hipótese de dilatação aneurismática, 
além do encontro de pulsações é necessário observar 
se há outros elementos, como a existência de massa 
https://www.sanarflix.com.br/portal/pancreatite-aguda-diagnostico-sintomas-e-tratamento/
https://www.sanarflix.com.br/portal/caso-clinico-de-cirurgia-gravidez-ectopica-rota/
https://www.sanarflix.com.br/portal/caso-clinico-de-cirurgia-gravidez-ectopica-rota/
https://www.sanarflix.com.br/portal/caso-clinico-de-clinica-cirurgica-aneurisma-de-aorta-abdominal-roto/
CAROLINA BASTOS, RAIANA CUNHA E ROBERTA LIMA 
MEDICINA – HAB MÉDICAS 
3 SEMESTRE 
 
palpável ou o reconhecimento de alteração da forma do 
vaso. 
 
 
 
PALPAÇÃO PROFUNDA 
• Por meio da palpação profunda investigam-se os 
órgãos contidos na cavidade abdominal e eventuais 
“massas palpáveis” ou “tumorações”. 
• O encontro de órgãos, massas palpáveis ou 
“tumorações” obriga o examinador a analisar as 
seguintes características: localização, forma, 
volume, sensibilidade, consistência, mobilidade e 
pulsatilidade. 
→ A localização: é definida em relação às divisões 
clínicas do abdome. 
→ A forma e o volume: das massas palpáveis para fins 
práticos, recorre-se a designações comparativas 
(tamanho de azeitona, limão, laranja e assim por 
diante). 
→ A sensibilidade: refere-se à dor. 
→ A consistência é avaliada pela sensação tátil 
despertada pela massa ou “tumoração”. Pode ser 
cística, borrachosa, dura ou pétrea. 
→ Quanto à mobilidade, interessa saber se ela ocorre em 
função dos movimentos respiratórios ou se depende 
apenas da palpação. 
→ Pulsatilidade implica, inicialmente, em diferenciar 
pulsações próprias de pulsações transmitidas. 
PALPAÇÃO DO FIGADO 
• O procedimento fundamental para o exame do fígado 
consiste em palpar o hipocôndrio direito, o flanco direito 
e o epigástrio, partindo do umbigo até a reborda costal. 
• Técnicas: 
→ Lemos-Torres 
→ Mathieu 
• As informações clínicas são obtidas da análise da 
borda e da superfície do fígado. 
• Quanto à borda, a primeira e principal característica 
semiológica é sua distância da reborda costal, a ser 
referida em centímetros ou, como é mais usual, em 
dedostransversos. Essa distância é avaliada tomando-
se como referência o prolongamento da linha 
hemiclavicular direita 
• Completa-se a investigação da borda hepática 
analisando-se a espessura (fina ou romba), a 
superfície (lisa ou nodular), a consistência (diminuída, 
normal ou aumentada) e a sensibilidade (indolor ou 
dolorosa). 
• No que se refere à superfície do fígado, cumpre 
determinar se é lisa ou nodular, anotando-se as 
características dos nódulos quanto ao número, 
consistência – dura ou cística – e a sensibilidade. 
 
(Lemos-Torres 
 Mathieu) 
 
PALPAÇAO DA VESICULA BILIAR 
• A vesícula biliar normalmente não é identificada pela 
palpação, e somente se torna palpável em condições 
patológicas. É necessário, portanto, que ocorra 
alteração na consistência de suas paredes, como no 
câncer vesicular, ou que haja aumento de tensão no 
seu interior por dificuldade de escoamento de seu 
conteúdo em consequência de obstrução do ducto 
cístico ou do colédoco. 
PALPAÇÃO DO BAÇO 
• Procede-se da mesma maneira como foi descrito para 
a palpação do fígado, sendo a região examinada, 
então, o quadrante superior esquerdo. 
• Não se conseguindo palpar o baço empregando-se as 
manobras anteriormente descritas, utiliza-se outro 
CAROLINA BASTOS, RAIANA CUNHA E ROBERTA LIMA 
MEDICINA – HAB MÉDICAS 
3 SEMESTRE 
 
recurso que consiste em fazer a palpação deste órgão 
com o paciente na posição de Schuster. 
• Posição de Schuster:decúbito lateral direito, estando 
o paciente com a perna direita estendida e a coxa 
esquerda fletida sobre o abdome em um ângulo de 90°; 
ademais, o ombro esquerdo é elevado, colocando-se o 
braço correspondente sobre a cabeça. 
• A característica 
semiológica 
principal é a 
distância entre a 
reborda costal e 
a extremidade 
inferior do baço, 
medida em 
centímetros ou 
em dedos 
transversos, 
tomando-se 
como referência 
a linha 
hemiclavicular 
esquerda. 
 
PALPAÇÃO DO CECO 
• O ceco pode ser reconhecido com relativa facilidade na 
fossa ilíaca direita. 
• Efetua-se sua palpação deslizando-se a mão 
palpadora ao longo de uma linha que une a cicatriz 
umbilical à espinha ilíaca anterossuperior. 
• Ao deslizar a mão sobre esta víscera, produzem-se 
ruídos hidroaéreos conhecidos como “borborigmos”. 
 
PALPAÇÃO DO COLON TRANSVERSO 
• Para se palpar o cólon transverso, desliza-se uma ou, 
de preferência, ambas as mãos, de cima para baixo e 
de baixo para cima no abdome. 
• Sua localização é variável, sendo percebido 
geralmente na região mesogástrica como uma corda 
de direção transversal. 
PALPAÇÃO DO SIGMOIDE 
• A alça sigmoide é o segmento do trato digestivo de 
mais fácil percepção ao exame palpatório. 
• Situa-se no quadrante inferior esquerdo e assemelha--
se a uma corda de consistência firme e pouco móvel. 
• Se contiver fezes, sua consistência varia de pastosa a 
pétrea. 
 
PALPAÇÃO DO RINS 
• Com o paciente em decúbito dorsal, a palpação do rim 
é feita de preferência pelo método bimanual, com uma 
das mãos aplicada transversalmente na região lombar 
enquanto a outra se apoia longitudinalmente sobre a 
parede abdominal, à altura do flanco. 
• A mão palpadora é a homônima do lado que se palpa, 
de modo que o rim direito será palpado com a mão 
direita do examinador e o rim esquerdo com a mão 
esquerda. 
• O paciente deve respirar tranquila e profundamente, e, 
a cada inspiração, procura-se sentir sob as pontas dos 
dedos a descida do rim, cujo polo inferior é reconhecido 
por sua superfície lisa, sua consistência firme e seu 
contorno arredondado.

Continue navegando