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Apostila Auditoria Contábil e Operacional - MAIO 2020 UNIDADE III

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FACULDADES INTEGRADAS SANTA CRUZ DE CURITIBA 
Credenciada pela Portaria Ministerial Nº 1.553/2002 – D.O.U. de 29/05/2002. 
Mantenedora: UNIÃO PARANAENSE DE ENSINO E CULTURA – UNIPEC 
 
 
1 
Plano de Ensino 
Professor : Edson Degraf 
Disciplina : Auditoria Contábil e Operacional 
Carga Horária : 80 horas 
Turma : COM 7SA 2018/2 
Curso : Ciências Contábeis 
Período 7º 
 
Ementa 
Introdução e conceitos básicos; Normas de Auditoria; Controle Interno; Planejamento 
de Auditoria; Papéis de Trabalho; Técnicas ou procedimentos de auditoria; Relatório e 
Parecer em Auditoria; Auditoria em caixa e bancos; Auditoria em contas a pagar e 
contas a receber; auditoria nos estoques, auditoria em despesas antecipadas, auditoria 
em investimentos; auditoria do imobilizado, auditoria do diferido, auditoria nas 
obrigações, auditoria nos empréstimos, auditoria no Patrimônio Líquido; Auditoria em 
receitas e despesas; eventos subsequentes. 
 
Objetivos 
Geral: 
 
Capacitar os alunos na compreensão de metodologias vinculadas a Auditoria Contábil e 
Operacional nas organizações, proporcionando ao discente o espírito crítico para 
análise, identificação e correção de fatos que não estejam em conformidade com as 
normas e procedimentos de contabilização. 
 
Específicos: 
 
 1. Obter conhecimento relacionado com a auditoria contábil e operacional. 
 2. Apontar erros informados nas Demonstrações Contábeis. 
 3. Sugerir as correções necessárias nas Demonstrações Contábeis. 
 4. Utilizar as técnicas e procedimentos aplicáveis à realização de auditoria 
contábil e operacional. 
 
 
Conteúdo Programático: 
UNIDADE 01 - Introdução e conceitos básicos 
01.01 Conceito, Objetivo e aplicação da Auditoria; 
01.02 Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnicas de Auditoria (NBC TA´s); 
01.03 Normas Brasileiras do Profissional Auditor (NBC PA´s). 
01.04 Tipos de Auditoria (Interna e Externa e Fiscal) 
01.05 Aplicação da Auditoria 
01.06 Órgãos de Classe (CFC/CVM/IBRACON/IIA - AUDIBRA) 
 
 
 
FACULDADES INTEGRADAS SANTA CRUZ DE CURITIBA 
Credenciada pela Portaria Ministerial Nº 1.553/2002 – D.O.U. de 29/05/2002. 
Mantenedora: UNIÃO PARANAENSE DE ENSINO E CULTURA – UNIPEC 
 
 
2 
UNIDADE 02 - Controle Interno 
02.01 Conceito, Objetivo, Aplicação dos Controles Internos; 
02.02 Desfalques (Temporários e Permanentes); 
02.03 Avaliação dos Controles Internos; 
02.04 Auditoria Interna; 
 
UNIDADE 03 - Auditoria Externa 
03.01 Conceitos e objetivos 
03.02 Planejamento de Auditoria; Riscos de auditoria e amostragem; 
03.03 Contrato de prestação de serviços de Auditoria; 
03.04 Carta de Apresentação e Carta de Responsabilidade da Administração; 
03.05 Avaliação do Sistema Contábil e de Controles Internos; 
03.06 Procedimentos de Auditoria (Testes de Observância e Substantivos) 
03.07 Determinação do Tamanho, complexidade e extensão da auditoria 
03.08 Erro e Fraude 
03.09 Programas de Trabalho 
03.10 Papéis de Trabalho 
03.11 Testes (Testes e exames de auditoria) 
03.12 Procedimentos de Revisão Analítica 
 
UNIDADE 04 - Documentos gerados pela Auditoria 
04.01 Relatórios de Auditoria; 
04.02 Opinião de Auditoria; 
 
 
Metodologia de Ensino 
- Aulas expositivas; 
- Leituras trabalhadas; Estudos de Caso; 
- Produção escrita em sala ou com data marcada para entrega; 
- Atividades em grupo e individual; 
- Atividades com apoio de recursos tecnológicos. 
 
Atividades Discentes 
Trabalhos em grupo e ou individual sobre o conteúdo programático, as quais serão 
somadas, podendo o discente atingir até 3,0 (três pontos) no primeiro e segundo 
bimestre. 
 
Procedimentos de Avaliação 
Para o Primeiro bimestre, o sistema de avaliação compreende avaliações parciais até 
3,0 (três) pontos e avaliação bimestral 7,0 (sete) pontos sobre o conteúdo 
programático, as quais, serão somadas e obtida a média de aproveitamento do aluno 
quanto aos objetivos. 
Para o Segundo bimestre, o sistema de avaliação compreende avaliações parciais até 
3,0 (três) pontos e avaliação bimestral 7,0 (sete) pontos sobre o conteúdo 
programático, as quais, serão somadas e obtida a média de aproveitamento do aluno 
quanto aos objetivos. 
O aluno que obtiver média igual ou superior a 7 (sete), e freqüência superior a 75%, é 
considerado aprovado. Se o aluno não alcançar esta média, ele deverá realizar uma 
 
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3 
avaliação no fim do semestre, avaliação esta que abrangerá todo o conteúdo da 
disciplina. 
 
Datas das avaliações: 
Data da avaliação 1º. Bimestre: / / 
Data da avaliação 2º. Bimestre: / / 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
BÁSICA 
1. CREPALDI. Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 6ª Ed. São Paulo: 
Atlas, 2010. 
2. BOYNTON, JOHNSON, KELL. Auditoria. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
3. ATTIE, William. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 5ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
DE APOIO 
1. JUNIOR, Jose Hernandes Perez. Auditoria das Demonstrações Contábeis. 2ª Ed. 
São Paulo: Atlas, 1998. 
2. CRC-SP. Curso Básico de Auditoria. São Paulo: Atlas, 1996. 
3. FRANCO, Hilário. Auditoria Contábil. 2ª Ed. São Paulo : Atlas, 1992. 
4. ALMEIDA, Marcelo Cavalcante. Auditoria: um curso moderno e completo. 6ª. Ed. 
São Paulo: Atlas, 2003. 
5. ALMEIDA, Marcelo Cavalcante. Auditoria: um curso moderno e completo. 6ª. Ed. 
São Paulo: Atlas, 2003. Livro de Exercícios. 
6. ATTIE, William. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 1998. 
7. Conselho Federal de Contabilidade – CFC. Princípios Fundamentais de 
Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade. Brasília: Editora do Conselho, 
2003/2006. 
8. FLORENTINO. Auditoria Contábil. 5ª Ed. São Paulo: FGV, 1987. 
9. ATTIE, William. Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1987. 
10. CORDEIRO, Cláudio Marcelo Rodrigues. Auditoria e Governança Corporativa. 
Curitiba. IESDE: 2011 
11. SOUZA, Anderson. Auditoria Contábil e Operacional. 2011 
 
Programa Elaborado em FEVEREIRO/2019 
Professor Edson Degraf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
UNIDADE 03 – AUDITORIA EXTERNA 
3.1 Legislação da Auditoria Externa 
Segundo Souza (2011, p. 6) a auditoria externa é determinada também no Art. 177 da 
Lei 6.404/76. 
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros 
permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e 
desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, 
devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo 
e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de 
competência. 
§ 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver 
modificação de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, 
deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos. 
§ 2º A companhia observará exclusivamente em livros ou registros 
auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das 
demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, 
ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, 
que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou 
critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos 
ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras. 
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas 
observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores 
Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por 
auditores independentes nela registrados. (Redação dada pela Lei nº 
11.941, de 2009) 
§ 4º As demonstrações financeirasserão assinadas pelos 
administradores e por contabilistas legalmente habilitados. 
§ 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a 
que se refere o § 3o deste artigo deverão ser elaboradas em 
consonância com os padrões internacionais de contabilidade 
adotados nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído 
pela Lei nº 11.638,de 2007) 
§ 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as normas 
sobre demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de 
Valores Mobiliários para as companhias abertas. (Incluído pela Lei nº 
11.638,de 2007) 
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
(Fonte: 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/contabil/lei6404_1976.htm
) 
Para desempenhar um ótimo trabalho de auditoria, o auditor não deve se basear 
apenas no Art. 177 da Lei 6.404/76, mas sim num conjunto entre o Art. 175 a 205, 
onde poderá adquirir mais conhecimento sobre as legislações e aplica-las. Abaixo 
segue assuntos tratados por cada artigo: 
 
 
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5 
Art. 175 – Exercício Social 
Art. 176 – Disposições Gerais das Demonstrações Financeiras 
Art. 177 – Escrituração 
Art. 178 – Grupo de Contas do Balanço Patrimonial 
Art. 179 – Ativo 
Art. 180 – Passível Exigível 
Art. 181 – Resultado de Exercícios Futuros 
Art. 182 – Patrimônio Líquido 
Art. 183 – Critérios de Avaliação do Ativo 
Art. 184 – Critérios de Avaliação do Passivo 
Art. 185 – Correção Monetária 
Art. 186 – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados 
Art. 187 – Demonstração do Resultado do Exercício 
Art. 188 – Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos 
Art. 189 – Dedução de Prejuízos e Imposto sobre a Renda 
Art. 190 – Participações 
Art. 191 – Lucro Líquido 
Art. 192 – Proposta de Destinação de Lucros 
Art. 193 - Reserva Legal – Retenção de Lucros 
Art. 194 – Reservas Estatuarias 
Art. 195 – Reservas para contingencia 
Art. 196 – Retenção de Lucros 
Art. 197 – Reserva de Lucros a realizar 
Art. 198 – Limite da Constituição de Reservas e Retenção de Lucros 
Art. 199 – Limite de Saldo das Reservas de Lucros 
Art. 200 – Reservas de Capital 
Art. 201 – Origem – Dividendos 
Art. 202 – Dividendo Obrigatório 
Art. 203 – Dividendo de Ações Preferenciais 
Art. 204 – Pagamento de Dividendos 
 
Conforme Crepaldi (2011, p. 224), a partir das Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 e a 
criação do Regime Tributação de Transição, separou a contabilidade para fins fiscais e 
outra para fins societários. O autor relata que a adoção das normas internacionais de 
contabilidade no Brasil é um conjunto completo de normas tanto para sociedades 
anônimas de capital aberto e sociedade de grande porte. Além disso, as normas 
internacionais passam a valer para todas as empresas brasileiras independente de 
porte, tipo societário e opção pela tributação. 
Art. 3º Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não 
constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições da 
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escrituração e 
elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de 
auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores 
Mobiliários. 
Parágrafo único. Considera-se de grande porte, para os fins 
exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de sociedades sob 
 
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6 
controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total 
superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) 
ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos 
milhões de reais). 
(Fonte: http://www.camara.gov.br/sileg/integras/613916.pdf) 
 
3.2 Trabalhos de Asseguração 
Conforme Souza (2011, p. 29) relata, existem dois tipos de trabalhos de asseguração, 
baseado na NBC TA 01 – Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração. São 
eles: trabalhos de asseguração razoável e trabalhos de asseguração limitada. 
Ainda segundo o autor, o trabalho de asseguração significa uma atividade que o 
auditor externo emite sua opinião com finalidade de aumentar o grau de confiança dos 
demais usuários acerca dos resultados avaliados e levantados. Vale ressaltar que nem 
todos os serviços prestados pelos auditores são trabalhos de asseguração, como: 
trabalhos cobertos pelas Normas Técnicas para Serviços Correlatos, elaboração de 
declarações de impostos em que não há conclusão que expresse uma asseguração e 
trabalhos de consultoria, tais como gerencial e de impostos. 
Trabalho de Asseguração significa um trabalho no qual o auditor independente 
expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros 
usuários previstos, que não seja a parte responsável, acerca do resultado da avaliação 
ou mensuração de determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis. 
Nem todos os trabalhos executados por auditores independentes são trabalhos de 
asseguração. Outros trabalhos frequentemente executados que não satisfazem a 
definição acima (e por isso não são previstos nesta Estrutura Conceitual) incluem: 
(a) trabalhos cobertos pelas Normas Técnicas para Serviços Correlatos (NBC TSC), 
tais como trabalhos de procedimentos previamente acordados e compilações de 
informações financeiras ou de outras informações. 
(b) a elaboração de declarações de impostos em que não há uma conclusão que 
expresse qualquer forma de asseguração. 
(c) trabalhos de consultoria (ou de assessoria), tais como consultoria gerencial e de 
impostos. 
3.3 – Concordâncias com os Termos do Trabalho de Auditoria 
Com a adequação das normas brasileiras às normas internacionais, o CFC editou a 
NBC TA 210 que busca parametrizar a contratação de auditoria e seus adjacentes, 
tais como: carta de contratação de auditoria e aceitabilidade de estrutura contábil para 
propósitos gerais. Certamente, esta norma complementa a NBC TA 200, devendo ser 
aplicada com observância das duas simultaneamente. 
 
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7 
Esta Norma trata da responsabilidade do auditor independente em estabelecer os 
termos de um trabalho de auditoria com a administração e, quando apropriado, com os 
responsáveis pela governança. Isso inclui considerar que existem certas condições 
prévias a um trabalho de auditoria, que são de responsabilidade da administração e, 
quando apropriado, dos responsáveis pela governança. A NBC TA 220 – Controle de 
Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis trata dos aspectos de aceitação 
do trabalho de auditoria pelo auditor. 
3.4 - Objetivo 
O objetivo do auditor independente é aceitar ou continuar um trabalho de auditoria 
somente quando as condições em que esse trabalho deve ser realizado foram 
estabelecidas por meio de: 
(a) determinação da existência das condições prévias a um trabalho de auditoria; e 
(b) confirmação de que há um entendimento comum entre o auditor independente e a 
administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança sobre os 
termos do trabalho de auditoria. 
3.5 - Condições prévias para uma auditoria 
Para determinar se existem as condições prévias a um trabalho de auditoria, o auditor 
independente deve: 
(a) determinar se a estrutura de relatório financeiro a ser aplicada na elaboração das 
demonstrações contábeis é aceitável; 
(b) obter a concordância da administração de que ela reconhece e entende sua 
responsabilidade: 
(i) pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável, incluindo, quando relevante, sua adequada 
apresentação;(ii) pelo controle interno que a administração determinou como necessário para 
permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorções relevantes, 
independentemente se causadas por fraude ou erro; e 
(iii) fornecer ao auditor: 
a. acesso a todas as informações relevantes de que a administração tem 
conhecimento para a elaboração das demonstrações contábeis, como registros, 
documentação e outros assuntos; 
 
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8 
b. informações adicionais que o auditor pode solicitar da administração para fins da 
auditoria; e 
c. acesso irrestrito a pessoas da entidade que o auditor determina ser necessário para 
obter evidência de auditoria. 
3.6 – Limitação no alcance da auditoria antes da aceitação do trabalho 
Se a administração ou os responsáveis pela governança impõem uma limitação no 
alcance do trabalho do auditor, nos termos de um trabalho de auditoria proposto, de 
modo que o auditor entenda que a limitação resultará na emissão de relatório com 
abstenção de opinião sobre as demonstrações contábeis, o auditor não deve aceitar 
esse trabalho de natureza limitada como um trabalho de auditoria, a menos que 
exigido por lei ou regulamento. 
3.7 – Profissional de Auditoria 
Segundo Cordeiro (2011, p. 19), existem pré-requisitos para que alguém possa 
exercer a função de auditor, como a franqueza, sinceridade, honestidade e zelo, além 
de ter uma postura imparcial diante dos seus trabalhos. Outras virtudes, por exemplo, 
integridade, objetividade, independência, confidencialidade, habilidade e competência 
são muito valorizados e cobrados deste profissional. 
3.8 – Carta de Apresentação 
Carta de apresentação, também conhecida como carta proposta é onde o auditor 
especifica os serviços propostos. 
Imprescindível conter breve histórico da empresa e dos sócios, bem como a descrição 
dos serviços, destacando o benefício ao contratar a auditoria, também as formas de 
contratação e pagamento. 
O Conselho Federal de Contabilidade (2003) afirma que através da carta de 
apresentação, o profissional formalizará o assessoramento e a solução dos problemas 
relacionados à empresa. 
O CFC (2003) ainda cita alguns requisitos que deverão constar na Carta Proposta de 
acordo com a NBC P 1 – IT - 03, aprovada pela Resolução CFC nº 976/03. São eles: 
- descrição e abrangência dos serviços a serem realizados, inclusive 
referências às leis e aos regulamentos aplicáveis ao caso; 
- que os trabalhos serão efetuados segundo as Normas Profissionais 
e Técnicas emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade; 
- qual o objetivo do exame das demonstrações contábeis; 
- a responsabilidade da administração do cliente sobre as 
demonstrações contábeis, e que o cliente fornecer· ao auditor 
independente Carta de Responsabilidade da Administração da 
empresa auditada, de acordo com o item 11.2.14 da NBC 
 
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9 
T 11 - Normas de Auditoria Independente das Demonstrações 
Contábeis; 
- as limitações de um exame da auditoria devido ao risco inerente 
relacionado ao processo de testes adotado numa auditoria; 
- o prazo estimado para a realização dos serviços; 
- os relatórios a serem emitidos; 
- os honorários e sua forma de pagamento; 
- a necessidade formal de confirmação da aceitação da proposta 
apresentada. 
 
3.8.1 – Modelo de Carta de Apresentação 
Ao representante apropriado da administração ou aos responsáveis pela governança 
da empresa ABC: 
[Objetivo e alcance da auditoria] 
Fomos solicitados por V.Sas. a examinar as demonstrações contábeis da Empresa 
ABC, que compreendem o balanço patrimonial de 31 de dezembro de 20X1, e as 
respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos 
fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de dezembro de 20X1, incluindo as 
respectivas notas explicativas. Temos o prazer de confirmar nossa aceitação e nosso 
entendimento desse trabalho de auditoria por meio desta carta. Nosso exame será 
conduzido com o objetivo de expressar nossa opinião sobre as demonstrações 
contábeis. 
[Responsabilidade do auditor] 
Nosso exame será conduzido de acordo com as normas profissionais e éticas relativas 
à auditoria independente, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade. Essas 
normas requerem o cumprimento das exigências éticas e que a auditoria seja 
planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as 
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a 
realização de procedimentos para obtenção de evidência de auditoria a respeito dos 
valores e divulgações nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados 
dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção 
relevante das demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude 
ou erro. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas 
contábeis usadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela 
administração, bem como a avaliação da apresentação geral das demonstrações 
contábeis. 
Devido às limitações inerentes de auditoria, juntamente com as limitações inerentes de 
controle interno, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes podem 
não ser detectadas, mesmo que a auditoria seja adequadamente planejada e 
executada de acordo com as normas de auditoria. 
 
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10 
Em nossa avaliação de risco, o auditor considera o controle interno relevante para a 
elaboração das demonstrações contábeis da entidade, para planejar procedimentos de 
auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma 
opinião sobre a eficácia do controle interno da entidade. Entretanto, comunicaremos 
por escrito quaisquer deficiências significativas no controle interno relevantes para a 
auditoria das demonstrações contábeis que identificarmos durante a auditoria. 
[Responsabilidade da administração e identificação da estrutura de relatório 
financeiro aplicável (para fins desse exemplo, presume-se que o auditor não 
determinou que a lei ou o regulamento prevê essas responsabilidades em 
termos apropriados; portanto, as descrições da NBC TA 210 são utilizadas)]. 
Nosso exame será conduzido com base no fato de que a administração [e, quando 
apropriado, os responsáveis pela governança] reconhece e entende que é 
responsável: 
(a) pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis de 
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; 
(b) pelo controle interno que a administração determinar ser necessário para permitir a 
elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, 
independentemente se causada por fraude ou erro; e 
(c) por nos fornecer: 
(i) acesso a todas as informações relevantes de que a administração tem 
conhecimento para a elaboração das demonstrações contábeis, como registros, 
documentação e outros assuntos; 
(ii) informações adicionais que o auditor pode solicitar da administração para fins da 
auditoria; e 
(iii) acesso irrestrito às pessoas dentro da entidade que o auditor determinar como 
necessário para obter evidência de auditoria. 
Como parte de nosso processo de auditoria, solicitaremos da administração [e, 
quando apropriado, dos responsáveis pela governança] confirmação por escrito sobre 
declarações feitas a nós em relação à auditoria. 
Esperamos contar com a total cooperação de sua equipe durante nossa auditoria. 
[Outras informaçõesrelevantes] 
[acordos de honorários, faturamento e outros termos específicos, conforme 
apropriado] 
 
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11 
[Relatório a ser emitido) 
[Inserir a devida referência para a forma e o conteúdo esperados do relatório de 
auditoria independente] 
A forma e o conteúdo do nosso relatório podem precisar ser alterados considerando 
nossas constatações decorrentes da auditoria. 
Favor assinar e nos devolver a cópia desta carta anexada, indicando seu 
reconhecimento e concordância com os termos para realização da nossa auditoria das 
demonstrações contábeis, e sua concordância com eles, incluindo nossas respectivas 
responsabilidades. 
Att. Firma de auditoria 
Assinatura do sócio ou responsável técnico 
Assinatura e “de acordo” em nome da Empresa ABC 
...................... 
Nome e Cargo 
Data 
 
 
À 
INDÚSTRIA TÊXTIL SUL LTDA. 
a/c Sr. 
 
Curitiba, XX de __________ de 20x1. 
 
Prezados senhores, 
 
Temos a satisfação de apresentar a empresa S & S AUDITORES 
INDEPENDENTES para prestação de serviços de auditoria das demonstrações 
contábeis da Empresa INDÚSTRIA TÊXTIL SUL LTDA, que compreendem o 
balanço patrimonial de 31 de dezembro de 20X1, e as respectivas 
 
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12 
demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos 
de caixa para o exercício findo em 31 de dezembro de 20X1, incluindo as 
respectivas notas explicativas. Temos o prazer de confirmar nossa aceitação e 
nosso entendimento desse trabalho de auditoria por meio desta carta. Nosso 
exame será conduzido com o objetivo de expressar nossa opinião sobre as 
demonstrações contábeis. 
Nosso exame será conduzido de acordo com as normas profissionais e 
éticas relativas à auditoria independente, emitidas pelo Conselho Federal de 
Contabilidade. Essas normas requerem o cumprimento das exigências éticas e 
que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança 
razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção 
relevante. Uma auditoria envolve a realização de procedimentos para obtenção 
de evidência de auditoria a respeito dos valores e divulgações nas 
demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do 
julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante 
das demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou 
erro. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas 
contábeis usadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela 
administração, bem como a avaliação da apresentação geral das 
demonstrações contábeis. Devido às limitações inerentes de auditoria, 
juntamente com as limitações inerentes de controle interno, há um risco 
inevitável de que algumas distorções relevantes podem não ser detectadas, 
mesmo que a auditoria seja adequadamente planejada e executada de acordo 
com as normas de auditoria. 
Em nossa avaliação de risco, o auditor considera o controle interno 
relevante para a elaboração das demonstrações contábeis da entidade, para 
planejar procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, 
mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia do controle 
interno da entidade. Entretanto, comunicaremos por escrito quaisquer 
 
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13 
deficiências significativas no controle interno relevantes para a auditoria das 
demonstrações contábeis que identificarmos durante a auditoria. 
Nosso exame será conduzido com base no fato de que a administração 
reconhece e entende que é responsável: 
(a) pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações 
contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; 
(b) pelo controle interno que a administração determinar ser necessário 
para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção 
relevante, independentemente se causada por fraude ou erro; e 
(c) por nos fornecer: 
(i) acesso a todas as informações relevantes de que a administração tem 
conhecimento para a elaboração das demonstrações contábeis, como 
registros, documentação e outros assuntos; 
(ii) informações adicionais que o auditor pode solicitar da administração 
para fins da auditoria; e 
(iii) acesso irrestrito às pessoas dentro da entidade que o auditor 
determinar como necessário para obter evidência de auditoria. 
Como parte de nosso processo de auditoria, solicitaremos da 
administração [e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança] 
confirmação por escrito sobre declarações feitas a nós em relação à auditoria. 
Esperamos contar com a total cooperação de sua equipe durante nossa 
auditoria. 
 
Teremos o prazer em agendar uma reunião para apresentar os serviços 
ou prestar os esclarecimentos adicionais que V.Sas. julgarem convenientes. 
 
Atenciosamente, 
S & S AUDITORES INDEPENDENTES 
_______________________________ 
ANTONIO SILVA E SILVA 
 
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14 
SÓCIO 
DATA 
 
3.9 – Contrato de Trabalho 
Com a publicação no DOU de 13.12.2013 a Resolução CFC nº 1.457/2013 altera o 
caput do Art. 1º da Resolução CFC nº 987/03 que passa a vigorar com a seguinte 
redação: 
"Artigo 1º O profissional da Contabilidade ou a organização contábil deverá manter 
contrato por escrito de prestação de serviços." 
Os contratos de prestação de serviços profissionais de auditoria são um acordo entre 
o auditor e a empresa, em que de acordo com Lopes de Sá (1998), temos a situação 
contratual definidas desta forma: 
a) auditor como locador; 
b) empresa como locatária. 
Cita Soares (2015) que: 
O contrato deve ser entendido como um instrumento estratégico, que 
tem por escopo preservar a empresa, sobretudo, evitar graves riscos, 
[...]. A minuta deve ser clara, objetiva, elaborada de modo a propiciar 
fácil compreensão, uma vez que, caso haja divergências, necessitará 
de menor intervenção de terceiros para a resolução dessas situações. 
 
Os principais temas processados em tais contratos são: 
1. quanto aos limites do objeto (uma vez que o objeto é sempre o 
mesmo, ou seja, a auditoria); 
2. quanto ao prazo ou duração do contrato; 
3. quanto ao preço ou remuneração do profissional 
4. quanto à forma de pagamento; 
5. quanto às relações de trabalho. 
(SÁ, Antonio Lopes de. 1998, pág. 67) 
 
De acordo com Lopes de Sá (1998, pág. 67) o prazo pode ser variável, entre um 
exercício social, um semestre ou uma gestão completa de auditoria. E ainda o preço 
oscila de acordo com o tempo para execução e a utilidade do trabalho prestado. 
 
 
 
 
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15 
3.9.1 – Modelo de Contrato de Trabalho 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE AUDITORIA 
 
CONTRATANTE – INDÚSTRIA TÊXTIL SUL LTDA com sede na, na 
Rua Da Faculdade, No. 9, na cidade de Curitiba, estado do Paraná no bairro 
Capão Raso, inscrita no CNPJ sob o nº 11.111.111/0001-11, representada, 
neste ato, por sua sócia administradora, Maria Antonia Cardoso, daqui por 
diante, denominada simplesmente CONTRATANTE, e 
CONTRATADA – S. & S. AUDITORES INDEPENDENTES, com sede 
na Rua Itupava, nº 111, no bairro Cristo Rei na cidade de Curitibaestado do 
Paraná, inscrita no CNPJ sob o nº 22.222.222/0001-22, com registro no 
CRC/PR sob o nº 99999/O-9, representada pelo sócio-gerente, Antonio Silva e 
Silva, contador, com registro no CRC/PR sob o nº 55555/O-5, daqui por diante, 
denominada simplesmente CONTRATADA 
1 - A CONTRATADA executará a auditoria das demonstrações 
contábeis da CONTRATANTE relativas ao exercício encerrado em 31 de 
dezembro de 20X1; 
2 - Os exames serão efetuados de acordo com as normas de auditoria 
geralmente aceitas e incluirão os testes nos registros contábeis e outros 
procedimentos de auditoria que a CONTRATADA considerar aplicáveis nas 
circunstâncias. O objetivo dos trabalhos é a emissão por parte da 
CONTRATADA de uma opinião não qualificada com relação às demonstrações 
contábeis examinadas, todavia, é possível que fatos ou circunstâncias 
encontradas obriguem-na de emitir uma opinião adversa. 
3 - Os procedimentos a serem adotados pela CONTRATADA incluirão 
Testes Observância visando à obtenção de razoável segurança de que os 
 
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16 
procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão em 
efetivo funcionamento e cumprimento. Testes Substantivos visando à obtenção 
de evidencia quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos 
pelo sistema contábil da entidade, dividindo-se em “testes de transações e 
saldos” e “procedimentos de revisão analítica”. Os testes serão aplicados de 
acordo com as Normas Brasileiras de Auditoria. Ao final dos trabalhos a 
CONTRATADA solicitará à CONTRATANTE certas informações, por escrito, 
sobre as demonstrações contábeis e assuntos a ela relacionados. 
4 - Os procedimentos a serem adotados pela CONTRATADA serão 
baseados na NBC TA 500 sendo de inspeção, observação, confirmação (carta 
de Circularização), recálculo, reexecução, procedimentos analíticos e a 
indagação quando necessário. 
5 - A CONTRATANTE compreende que a programação da 
CONTRATADA não elimina a possibilidade de que erros materiais, 
irregularidades ou atos ilegais, incluindo fraudes e desfalques, porventura 
existentes, não venham a ser descobertos. Todavia, a CONTRATADA 
comunicará a quem de direito, qualquer um destes fatos que venha a ser 
revelado no decorrer de seus trabalhos; 
6 - Baseada em sua experiência e nas informações obtidas sobre a 
CONTRATANTE, a CONTRATADA estima consumir, para a execução dos 
serviços 152 horas/homem; 
7 - Pelos serviços mencionados na cláusula primeira, a CONTRATADA 
cobrará os honorários de R$ XXX,XX a hora/homem conforme planilha 
orientativa para cobrança de honorários sobre serviços de contabilidade/20X1 
disponibilizada pelo Sincotiba quadro VII serviços especiais item (c) Auditoria 
Independente, perfazendo um total de R$ XX.XXX,XX (descrição por extenso 
do valor). Os honorários acima serão cobrados da seguinte forma: 
 
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17 
(a) Na data da assinatura deste contrato R$ X.XXX,XX (descrição por 
extenso); 
(b) 3 (três) parcelas mensais, iguais e consecutivas de R$ XX.XXX,XX 
(descrição por extenso) a serem pagas no décimo quinto dia útil dos 
meses de mmmmmm, mmmmmm, e mmmmmm de 20X1, totalizando o 
valor de R$ XX.XXX.XX (descrição por extenso). 
7.1 - Os honorários acima poderão ser reajustados durante o período 
se houver aumento substancial nos custos da CONTRATADA, mediante 
aplicação da variação do IGP-M ou outro índice oficial; 
7.2 - Os honorários acima não incluem despesas para execução dos 
trabalhos fora do logradouro da sede, tais como, despesas de viagem e com 
refeições, caso necessário, as quais serão cobradas à parte; 
8 - A quantidade de horas/homem mencionadas na cláusula sexta, foi 
estimada levando-se em consideração que a CONTRATADA receberá ajuda do 
pessoal da CONTRATANTE, fato esse que reduz substancialmente o custo da 
auditoria. A CONTRATANTE concorda que caso esta ajuda não venha a 
concretizarem-se, os honorários da CONTRATADA serão reajustados em 
função do acréscimo de horas/homem ocorrido; 
9 - Ao final dos trabalhos a CONTRATADA emitirá relatório 
expressando a sua opinião sobre a apresentação das operações da 
CONTRATANTE refletidas nas demonstrações contábeis, consoante objetivo 
mencionado na cláusula segunda deste contrato; 
10 - A auditoria formará sua opinião baseada na NBC TA 700 de 2009, 
podendo ser sem ressalva, com ressalva, adverso ou abstenção de opinião; 
 
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18 
11 - É prática da CONTRATADA estender os seus trabalhos, revisando 
as rotinas contábeis e de controle interno. A esse respeito poderá ela sugerir 
melhorias, sistemas mais eficientes, simplificações ou ainda, reforço nos 
controles; 
12 - O prazo de conclusão dos trabalhos é de 60 (sessenta) dias, 
contados a partir da data em que a CONTRATADA receber as demonstrações 
contábeis em sua forma definitiva; 
13 - No caso de pretender a CONTRATANTE publicar ou reproduzir as 
demonstrações contábeis examinadas fazendo referência à CONTRATADA, 
deverá submeter-lhe a uma prévia revisão e aprovação do material a ser 
divulgado; 
14 - As omissões deste contrato serão regidas pela legislação 
específica em vigor; 
15 - Fica eleito o foro da cidade de Curitiba, renunciando, desde já, os 
contratantes, qualquer outro por mais privilegiado que seja. 
E, por estarem assim, justos e contratados, assinam o presente 
instrumento, em 2 (duas) vias de igual teor e forma para os efeitos legais, em 
presença de 2 (duas) testemunhas. 
 
Curitiba, XX de mmmmmm de 20X1. 
 
___________________________ 
INDÚSTRTIA TÊXTIL SUL LTDA 
 
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19 
Maria Antonia Cardos 
 
 
________________________________ 
S. & S. AUDITORES INDEPENDENTES 
Antonio Silva e Silva 
 
 
Testemunhas: 
 
_____________________ _____________________ 
Marcelo Marcondes Silvio Dantas 
CPF: 555.444.333.22 CPF: 111.777.000-11 
 
 
3.10 – Carta de Responsabilidade da Administração 
A Carta de Responsabilidade da Administração é o documento emitido pelos 
Administradores da entidade auditada e endereçada ao auditor independente, 
confirmando as informações e dados fornecidos ao auditor, as bases de preparação, 
apresentação e divulgação das demonstrações contábeis submetidas à auditoria. 
Sua emissão passou a ser obrigatória a partir das Normas de Auditoria Independente, 
aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, através da Resolução n.º 700 – 
item 11.2.14 de 24.04.91 e que entraram em vigor em 1º de junho de 1991. 
Sempre que o auditor independente executa um trabalho de auditoria, aplica 
procedimentos com a finalidade de obter evidências ou provas suficientes para 
fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis examinadas. 
Como nem todas as evidências podem ser obtidas através de documentos, mas 
também a partir de informações verbais da administração, das gerências e do 
responsável pela contabilidade, torna-se necessário confirmá-las através da Carta de 
Responsabilidade da Administração. 
 
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20 
O auditor independente pode utilizar-se de inúmeras formas de confirmação da 
administração sobre os atosde gestão. As atas de reuniões do Conselho de 
Administração e da Diretoria são documentos importantes para atestar a aprovação 
dos órgãos de administração para determinados atos e fatos administrativos. Cópias 
de cartas ou memorandos podem ser documentos suficientes à comprovação de 
transações específicas. 
É comum o auditor elaborar pedidos, por escrito, a quem tenha poder de decisão, 
como forma de esclarecer determinada transação. 
A Carta, todavia, tem uma finalidade mais ampla, ou seja, de resumir no final de um 
período todas as informações relevantes que dizem respeito a uma das 
demonstrações contábeis. 
É possível que o auditor tenha evidências de fatos que contradigam os termos da 
Carta de Responsabilidade. Neste caso o auditor deve investigar as circunstâncias das 
contradições e, inclusive, questionar e investigar outras informações transmitidas pela 
administração da entidade. 
Quando o auditor não obtiver evidências, através da aplicação dos procedimentos de 
auditoria, sobre fato substancial que tenha relevância na formação de sua opinião 
sobre as demonstrações contábeis do período examinado, isso constituirá uma 
limitação de amplitude de exame, independentemente da existência da Carta de 
Responsabilidade da Administração. 
Existindo fatos, decisões, projeções e contingências que não possam ser evidenciados 
pelo auditor, cabendo, no caso, a Carta de Responsabilidade da Administração como 
um elemento de suporte para o trabalho de auditoria. Isto não elide o auditor 
independente de avaliar os termos da informação e comprovação da administração, 
aceitando-a ou não, em face das circunstâncias por ele conhecidas. 
A Carta de Responsabilidade ou qualquer outra informação dada por escrito pela 
administração da entidade auditada não elimina a necessidade do auditor de obter 
evidências sobre transações realizadas, pois não objetiva a eliminação de 
procedimentos de auditoria e nem substitui o trabalho do auditor independente. 
A Carta de Responsabilidade da Administração deve ser emitida no final de um 
período com a mesma data do parecer de auditoria sobre as demonstrações contábeis 
a que se refere. 
A Carta constitui papel de trabalho do auditor, devendo ser arquivada junto aos demais 
papéis do exercício como uma das evidências dos trabalhos realizados. 
 
 
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21 
3.10.1 – Objetivos 
Os objetivos do auditor independente em obter a Carta de Responsabilidade da 
Administração podem ser resumidos como segue: 
(a) atender às Normas de Auditoria Independente; 
(b) obter evidência auditorial por escrito; 
(c) delimitar as responsabilidades do Auditor e da Administração; 
(d) dar mais confiabilidade as informações verbais obtidas durante a auditoria; 
(e) dar garantias ao auditor independente quanto às responsabilidades posteriores à 
realização do trabalho, onde o nome do auditor esteja diretamente envolvido, tais 
como a apresentação das demonstrações aos sócios ou acionistas, a divulgação 
perante terceiros, e outros. 
(f) possibilitar esclarecimento sobre pontos não constantes das demonstrações 
contábeis tais como contingências ou responsabilidades não divulgadas, 
possibilidades efetivas de realização de determinados ativos e também aspectos de 
continuidade operacional. 
3.10.2 – Conteúdo da Carta de Responsabilidade da Administração 
A Carta de Responsabilidade da Administração deve conter o que segue: 
(a) ter data igual àquela do parecer do auditor independente; 
(b) ser endereçada ao auditor independente; 
(c) fazer referência às demonstrações contábeis objeto da auditoria; 
(d) mencionar que a administração cumpriu com as normas e regulamentos a que a 
entidade está sujeita; 
(e) mencionar que o sistema contábil e os controles internos adotados pela entidade 
são de responsabilidade da administração e adequados ao seu tipo de atividade e 
volume de transações; 
(f) confirmar que todas as transações efetuadas no período foram devidamente 
registradas no sistema contábil, de acordo com a legislação vigente; 
(g) confirmar que as estimativas contábeis foram efetuadas com base em dados 
consistentes; 
 
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22 
(h) confirmar que não há contingências fiscais, trabalhistas, previdenciárias e legais 
que possam afetar substancialmente a situação financeira e patrimonial da entidade, 
influindo significativamente na sua avaliação; 
(i) confirmar que não há nenhum fato conhecido que possa impedir a continuidade 
normas e das atividades da entidade; 
(j) confirmar que não há qualquer evento subsequente que possa afetar a posição 
patrimonial e financeira da entidade, bem como o resultado do período; 
(k) confirmar que todos os livros e registros contábeis e documentos comprobatórios 
foram colocados à disposição dos auditores; 
(l) confirmar que foram adequadamente contabilizados e divulgados nas 
demonstrações contábeis, os saldos e transações com "partes relacionadas", os 
prejuízos decorrentes de compromissos de compra e venda, os acordos para a 
recompra de ativos anteriormente e vendidos, e os ativos dados em garantia; 
3.10.3 – Providências para Situações de Recusa da Administração em Fornecer a 
Carta de Responsabilidade 
No caso da administração se recusar a fornecer a Carta de Responsabilidade ao 
auditor independente, isto constituirá uma limitação no escopo do seu exame. Se a 
administração transmitiu em informação verbal, mas se recusa a confirmá-la por 
escrito, isto constituirá uma limitação no escopo do exame do auditor. 
3.10.4 – Exemplo de Carta de Responsabilidade da Administração 
(cidade) (dia) (mês) (ano) 
___________________, ____________ de ___________ de ________. 
À 
(nome do auditor) 
(endereço do escritório que vai emitir o parecer) 
Prezados Senhores: 
REFERENTE: Carta de Responsabilidade da 
Administração da (nome da entidade), referente 
às Demonstrações Contábeis levantadas em 
(data)_________________. 
 
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23 
A presente refere-se aos exames procedidos por V. Sas. nas demonstrações 
contábeis de nossa entidade, correspondentes ao exercício (ou período – quando se 
tratar de menos de 12 meses) findo em ______ de _______ de _______ e está sendo 
emitida em atendimento às exigências das Normas de Auditoria Independente, 
aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade. 
Nesse sentido, estamos confirmando a V. Sas. as seguintes informações: 
01 – O sistema contábil e de controles internos adotados pela entidade no período são 
de nossa responsabilidade, sendo adequados ao tipo de atividade e volume de 
transações que tem nossa entidade. 
02 – Confirmamos que todas as transações efetuadas no período pela nossa entidade 
foram devidamente registradas na contabilidade de acordo com a legislação vigente. 
03 – A entidade tem cumprido todas as disposições de seus contratos que poderiam, 
em caso de Descumprimento, ter um efeito relevante sobre as demonstrações 
contábeis. 
04 – Nossa administração cumpriu todas as normas e regulamentos a que a entidade 
está sujeita e não houve qualquer comunicação referente à inobservância de 
exigências de autoridades regulamentadoras com respeito a aspectos financeiros. 
05 – Foram adequadamente contabilizados e divulgados nas demonstrações 
contábeis: 
(a) Transações e saldos com "partes relacionadas"; 
(b) Prejuízos ou lucros decorrentes de compromissos de compra e venda; 
(c) Acordos para a recompra de ativos anteriormente vendidos;(d) Ativos dados em garantia. 
06 – Não temos planos ou intenções que possam afetar substancialmente o valor ou a 
classificação de ativos e passivos constantes das demonstrações contábeis. 
07 – Que todos os livros, registros contábeis, documentação comprobatória e todas as 
atas das reuniões dos Acionistas (ou Sócios, Associados e Diretores), foram 
colocados à sua disposição. 
08 – Não existem irregularidades pendentes envolvendo a administração ou 
empregados que possam ter efeito significativo sobre as demonstrações contábeis. 
09 – A entidade não tem ônus ou gravames sobre os seus ativos que não os 
mencionados na nota explicativa n.º ___. 
 
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24 
10 – As estimativas foram contabilizadas com base em dados consistentes 
confirmados por nossos assessores jurídicos (ou outros assessores), quando 
necessário. 
11 – Não há quaisquer contingências fiscais, trabalhistas, previdenciárias, comerciais 
e legais que possam afetar a situação financeira e patrimonial da entidade e influir 
significativamente na sua avaliação como empreendimento em continuidade. 
OU 
As contingências fiscais, trabalhistas, previdenciárias, comerciais e legais, que 
reconhecemos existir nesta data são: 
a) 
b) 
c) 
O não reconhecimento destas contingências está fundamentado no parecer de nossos 
assessores jurídicos, cuja cópia já entregamos a V.Sas. 
12 – Não é de nosso conhecimento qualquer evento subseqüente à data do 
encerramento do exercício até a presente data, que possa afetar de forma relevante a 
posição patrimonial e financeira, bem como o resultado do período. 
13 – Não há nenhum fato conhecido que possa impedir a continuidade normal das 
atividades da entidade. 
14 – Julgamos que os seguros contratados foram efetuados em valores suficientes 
para cobrir eventuais sinistros que possam ocorrer, impedindo a continuidade normal 
dos negócios sociais. 
15 – Outros esclarecimentos (se houver). 
Atenciosamente, 
DIRETOR (ES) CONTABILISTA 
(NOME E CARGO) (NOME E N.º DE REGISTRO NO 
CRC) 
 
 
 
 
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25 
3.11 – Planejamento de Auditoria 
O processo de planejamento é um conjunto de procedimentos que estabelece as 
atividades do auditor e funciona como um guia estratégico montado para atingir o alvo. 
Para Attie (2011), “o planejamento estabelece antecipadamente o que deve ser feito, 
como, onde, quando e por quem, em um nível de detalhes suficiente, sem se perder 
em múltiplos detalhes a essência do significado global”. 
Conforme a NBC TA 300, o planejamento de auditoria envolve a constituição da 
estratégia global para o trabalho e desenvolvimento do plano de auditoria, assim o 
planejamento não é uma fase isolada, mas um processo contínuo. 
Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis 
de várias maneiras, inclusive para: 
• auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria; 
• auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais; 
• auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja 
realizado de forma eficaz e eficiente; 
• auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de 
capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação 
apropriada de tarefas; 
• facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do 
seu trabalho; 
• auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e 
especialistas. 
A NBC T 11.07 cita que os principais objetivos do planejamento da auditoria são: 
a) obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar 
eventos e transações relevantes que afetem as demonstrações 
contábeis; 
b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade 
dentro dos prazos e compromissos previamente estabelecidos; 
c) assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores 
relevantes contidos em suas demonstrações contábeis recebam a 
atenção requerida; 
d) identificar os problemas potenciais da entidade; 
e) identificar a legislação aplicável à entidade; 
f) estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a 
serem efetuados, em consonância com os termos constantes na sua 
proposta de serviços para a realização do trabalho; 
 
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26 
g) definir a forma de divisão das tarefas entre os membros da equipe 
de trabalho, quando houver; 
h) facilitar a supervisão dos serviços executados, especialmente 
quando forem realizados por uma equipe de profissionais; 
i) propiciar a coordenação do trabalho a ser efetuado por outros 
auditores independentes e especialistas; 
j) buscar a coordenação do trabalho a ser efetuado por auditores 
internos; 
k) identificar os prazos para entrega de relatórios, pareceres e outros 
informes decorrentes do trabalho contratado com a entidade. 
 
Para Crepaldi (p. 334, 2004): 
O planejamento correto de um serviço de auditoria compreende a 
preparação de um plano de auditoria, o desenvolvimento de um 
programa de auditoria e a compilação de uma previsão de horas de 
trabalho, assim como a seleção dos auditores e a distribuição de 
serviços entre eles. 
 
Portanto, o planejamento de auditoria deve envolver o conhecimento minucioso das 
normas e técnicas contábeis para assegurar a apropriada avaliação das 
Demonstrações Contábeis. 
3.8.1 - Requisitos 
O objetivo do auditor é planejar a auditoria de forma a realizá-la de maneira eficaz. 
Para isso, observam-se alguns requisitos. 
3.8.1.1 – Envolvimento de membros-chave da equipe de trabalho 
O sócio do trabalho e outros membros-chave da equipe de trabalho devem ser 
envolvidos no planejamento da auditoria, incluindo o planejamento e a participação na 
discussão entre os membros da equipe de trabalho. 
3.8.1.2 – Atividades preliminares do trabalho de auditoria 
O auditor deve realizar as seguintes atividades no início do trabalho de auditoria 
corrente: 
(a) realizar os procedimentos exigidos pela NBC TA 220 – Controle de Qualidade da 
Auditoria de Demonstrações Contábeis: 
O sócio encarregado do trabalho deve estar satisfeito de que foram 
seguidos os procedimentos apropriados em relação à aceitação e 
continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos de auditoria, 
e deve determinar que as conclusões obtidas sobre esses aspectos 
sejam apropriadas. Se o sócio encarregado do trabalho obtém 
informações que teriam levado a firma a declinar do trabalho se essas 
informações estivessem disponíveis anteriormente, o sócio 
 
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27 
encarregado deve comunicar essas informações prontamente à firma, 
de modo que a firma e ele próprio possam tomar as medidas 
necessárias; 
 
(b) avaliação da conformidade com os requisitos éticos, inclusive independência, 
conforme exigido pela NBC TA 220: 
Durante todo o trabalho de auditoria, o sócio encarregado do trabalho 
deve permanecer alerta, observando e fazendo indagações, conforme 
necessário, para evidenciar o não cumprimento de exigências éticas 
relevantes pelos membros da equipe de trabalho. 
No caso de algum assunto chegar ao conhecimento do sócio 
encarregado dotrabalho, por meio do sistema de controle de qualidade 
ou de outra forma, que indique que membros da equipe de trabalho 
não cumpriram as exigências éticas relevantes, o sócio encarregado do 
trabalho, mediante consulta a outros profissionais da firma, deve 
determinar as medidas apropriadas. 
Independência 
O sócio encarregado do trabalho deve concluir sobre o cumprimento 
dos requisitos de independência aplicáveis ao trabalho de auditoria e, 
com isso, deve: 
(i) obter informações relevantes da firma e, quando aplicável, das 
firmas da rede, para identificar e avaliar circunstâncias e 
relacionamentos que criam ameaças à independência; 
ii) avaliar as informações sobre violações identificadas de políticas e 
procedimentos de independência da firma para determinar se elas 
criam uma ameaça à independência para o trabalho de auditoria; e 
(iii) tomar as medidas apropriadas para eliminar essas ameaças ou 
reduzi-las a um nível aceitável mediante a aplicação de salvaguardas, 
ou, se considerado apropriado, retirar-se do trabalho, quando a retirada 
é possível de acordo com lei ou regulamento aplicável. O sócio 
encarregado do trabalho deve comunicar prontamente à firma, para 
tomar as medidas apropriadas, sobre qualquer impossibilidade de 
resolver o assunto. 
 
 
(c) estabelecimento do entendimento dos termos do trabalho, conforme exigido pela 
NBC TA 210 – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria (Carta de 
Contratação de Auditoria). 
3.8.2 – Informações e Condições para Elaborar o Planejamento de Auditoria 
3.8.2.1 – Conhecimento das atividades da entidade 
O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento das atividades, os fatores 
econômicos, a legislação aplicável, as práticas operacionais da entidade e o nível de 
competência de sua administração. 
 
 
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28 
3.8.2.2 – Fatores econômicos 
Para o auditor independente completar o conhecimento do negócio da entidade a ser 
auditada, deve avaliar os fatores econômicos desta, abrangendo: 
a) O nível geral da atividade econômica na área de atuação da entidade e fatores 
que podem influenciar seu desempenho, tais como níveis de inflação, 
crescimento, recessão, deflação, desemprego, situação política, entre outros; 
b) As taxas de juros e as condições de financiamento; 
c) As políticas governamentais, tais como monetária, fiscal, cambial e tarifas para 
importação e exportação; e 
d) O controle sobre capitais externos. 
A análise preliminar desses fatores é a base para identificar riscos que possam afetar 
a continuidade operacional da entidade, a existência de contingências fiscais, legais, 
trabalhistas, previdenciárias, comerciais, ambientais, obsolescência de estoques e 
imobilizações e outros aspectos do negócio com impacto potencial nas 
Demonstrações Contábeis. 
 3.8.2.3 – Legislação aplicável 
 O conhecimento prévio da legislação que afeta a entidade a ser auditada é 
fundamental para a avaliação, pelo auditor, dos impactos que a inobservância das 
normas pertinentes pode ter nas Demonstrações Contábeis. Neste sentido o auditor 
deve considerar os seguintes aspectos: 
a) Os impostos, as taxas e as contribuições a que a empresa está sujeita; 
b) As contribuições sociais a que a entidade está sujeita; 
c) A regulamentação própria do setor de atividade; e 
d) As informações que a entidade deve fornecer a terceiros em função de suas 
atividades, como, por exemplo, bancos, companhias abertas, seguradoras, 
fundos de pensão etc. 
3.8.2.4 – Práticas operacionais da entidade 
Uma entidade tem sua dinâmica nas transações regulares que se propõe no seu 
objeto social. Dentro do conceito de continuidade, devem ser considerados, entre 
outros, os seguintes aspectos da entidade: 
a) A natureza das atividades e o tipo de operações que ela realiza; 
 
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29 
b) A localização das instalações e o grau de integração entre elas; 
c) Os produtos que fabrica, comercializa, ou os serviços que executa; 
d) Os mercados de atuação e sua participação neles; 
e) Sistemas de controle interno das principais atividades: vendas, compras, 
produção, pessoal, estocagem, tesouraria etc.; 
f) As margens de resultado operacional bruto, de contribuição e de resultado 
líquido; 
g) As políticas de vendas e marketing, compras, estocagem, produção, 
manutenção e conservação de bens e de recursos humanos; 
h) As políticas de importação e exportação e de formação de preços, as 
tendências, a qualidade dos produtos e a garantia dos produtos pós-venda; 
i) A identificação de clientes e fornecedores estratégicos ou importantes e a 
forma de relacionamento com eles; 
j) As modalidades de inventário; 
k) As franquias, licenças, marcas e patentes; 
l) A pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos ou serviços; 
m) Os sistemas de informações sobre as operações; 
n) O uso de manuais operacionais; 
o) O grau de interferência da administração e dos controladores nas operações da 
entidade; 
p) Os controles gerenciais. 
3.8.2.5 – Competência da administração 
Uma entidade é gerida por uma administração, que tem a responsabilidade pelo 
registro, controle, análise e aprovação das transações. O conhecimento da 
competência da administração é fundamental para que o auditor tenha uma percepção 
razoável da organização da entidade e dos reflexos que uma gestão não confiável 
pode determinar nas Demonstrações Contábeis. Para isso, tem de considerar itens 
como: 
a) A estrutura corporativa e o grau de relacionamento com os controladores; 
b) As formas de relacionamento com partes relacionadas; 
 
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30 
c) As formas de eleições e designações da administração; 
d) A composição e a propriedade do capital social e suas modificações em 
relação ao exercício anterior; 
e) A estrutura organizacional, os limites de alçada e as definições de linhas de 
responsabilidade; 
f) Os objetivos e o plano estratégico da administração; 
g) As aquisições, as fusões, as incorporações ou as cisões efetuadas no período, 
ou os efeitos decorrentes dessas operações realizadas em períodos anteriores, 
e suas influências na administração; 
h) A independência da administração para a tomada de decisões; 
i) A frequência das reuniões da administração e o grau de decisões tomadas. 
3.8.2.6 – Práticas contábeis adotadas 
O Planejamento da Auditoria deve abranger o conhecimento detalhado das práticas 
contábeis adotadas pela entidade, para propiciar uma adequada avaliação da 
consistência das Demonstrações Contábeis, considerando os seus efeitos sobre o 
programa de auditoria em face das novas normas de contabilidade que passarem a 
ser aplicáveis à entidade. 
A alteração das práticas contábeis pode determinar modificações na comparabilidade 
das Demonstrações Contábeis. Daí a necessidade de: 
a) Comparar as práticas contábeis adotadas no exercício com as adotadas no 
exercício anterior; 
b) Dimensionar seus efeitos na posição patrimonial e financeira e no resultado da 
entidade. 
3.8.2.7 – Sistema contábil e de controle interno 
O conhecimento do sistema contábil e de controles internos é fundamental para o 
Planejamento da Auditoria e necessário para determinar a natureza, a extensão e a 
oportunidade dos procedimentos de auditoria, devendo o auditor: 
a) Ter conhecimento do sistema de contabilidade adotado pela entidade e de sua 
integração com os sistemas de controles internos; 
b) Avaliar o grau de confiabilidade das informações geradaspelo sistema contábil, 
sus tempestividade e sua utilização pela administração; e 
 
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31 
c) Avaliar o grau de confiabilidade dos controles internos adotados pela entidade, 
mediante a aplicação de provas de procedimentos de controle. 
 
3.8.2.8 – Áreas importantes da entidade 
Existem muitos tipos de entidades industriais, comerciais e de serviços, dos mais 
variados portes e atuado em diferentes mercados. Portanto, o auditor independente 
deve iniciar pela análise da natureza do negócio da entidade e, a partir daí, definir um 
tipo de planejamento para o trabalho de auditoria. 
O conhecimento do negócio passa pela identificação da espécie de produtos e 
serviços, mercado de atuação, tipo e perfil dos clientes e fornecedores, formas de 
comercialização, nível de dependência da entidade em relação a clientes e 
fornecedores, níveis de custos de pessoal, impostos, matéria-prima, financeiros e 
outros no custo total da entidade. 
A identificação das áreas importantes de uma entidade deve abranger o que se segue: 
a) Verificação dos casos em que elas têm efeitos relevantes sobre as transações 
da entidade e se refletem nas Demonstrações Contábeis; 
b) A localização das unidades operacionais em que a entidade realiza suas 
transações; 
c) A estrutura de recursos humanos, a política de pessoal adotada, a existência 
de fundo de pensão, os compromissos com sindicatos, os níveis salariais e os 
tipos de benefícios indiretos; 
d) A identificação de clientes importantes, a participação no mercado, as políticas 
de preços, as margens de lucro, a qualidade e a reputação dos produtos e 
serviços, as estratégias mercadológicas, garantia dos produtos e outros fatores 
comerciais; 
e) A identificação de fornecedores importantes de bens e serviços, a avaliação da 
qualidade dos produtos e serviços, as garantias de entrega, os contratos de 
longo prazo, as importações, as formas de pagamento e os métodos de 
entrega de produtos; 
f) Os inventários, com identificação de locais, quantidades, tipos de 
armazenamento, pessoal envolvido e outros fatores; 
g) As franquias, as licenças, as marcas e as patentes quanto a contratos e 
registros existentes; 
 
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32 
h) Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento; 
i) Os ativos, os passivos e as transações em moeda estrangeira; 
j) A legislação, as normas e os regulamentos que afetam a entidade; 
k) A estrutura do passivo e os níveis de endividamento; 
l) A qualidade e a consistência dos níveis de informação gerencial para a tomada 
de decisão; 
m) Os índices e as estatísticas de desempenho físico e financeiro; 
n) A análise da tendência da entidade 
 3.8.2.9 – Volume de transações 
A avaliação do volume de transações deve ser feita para que o auditor independente 
tenha: 
a) O conhecimento e o dimensionamento mais adequados dos testes a serem 
aplicados e dos períodos em que tais volumes são mais significativos; 
b) A identificação de como as normas internas são seguidas, as suas diversas 
fases, as pessoas envolvidas e os controles internos adotados sobre elas; e 
c) A definição das amostras a serem selecionadas e a noção da existência de um 
grande volume de transações de pequeno valor ou de um volume pequeno de 
transações, mas com valor individual significativo. 
3.8.2.10 – Complexidade das transações 
A complexidade das transações de uma entidade é fator determinante do grau de 
dificuldade que o auditor independente pode encontrar para realizar seu trabalho. 
Desse modo, deve levar em conta que: 
a) A complexidade das transações de uma entidade pode significar a necessidade 
de planejar a execução dos trabalhos com profissionais mais experientes ou de 
haver uma supervisão mais direta durante sua realização; 
b) As operações complexas podem ser passíveis de erro e fraude, com maior 
frequência, se não possuírem controles que atendam às exigências e riscos 
das operações; 
c) As transações complexas podem determinar um ciclo mais longo para a 
realização do negócio e margens de lucros não uniformes para um mesmo tipo 
de operação, visto existir, muitas vezes, o fator oportunidade; 
 
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33 
d) Uma entidade com operações complexas exige maior grau de especialização e 
experiência da administração. 
3.8.2.11 – Entidades associadas, filiais e partes relacionadas 
Para definir a abrangência de seu trabalho, o auditor independente deve considerar, 
no seu planejamento, a existência de entidades controladas, coligadas, filiais e 
unidades operacionais. Para tanto, é necessário: 
a) Definir se os exames são extensivos ás partes relacionadas, como controladas 
e coligadas, e se abrangem as filiais e as unidades operacionais da entidade; 
b) Definir a natureza, a extensão e a oportunidade dos procedimentos de auditoria 
a serem adotados em relação às partes relacionadas, podendo ocorrer, 
inclusive, a necessidade de elaboração de um programa de auditoria 
específico, porém, coordenado com o planejamento global para o grupo de 
entidades; 
c) Entender a natureza das operações com as partes relacionadas e seu impacto 
nas Demonstrações Contábeis; 
d) Ter em conta que situação semelhante pode ocorrer com o planejamento nas 
filiais e unidades operacionais, pois estas podem ter, além das atividades 
próprias, outras decorrentes de uma política de descentralização determinada 
pela matriz. Cabe observar que, em muitas entidades, as unidades 
operacionais têm muita autonomia, como se fossem outras entidades, cabendo 
ao auditor independente avaliar esses aspectos para definir um planejamento 
adequado. 
3.8.2.12 – Trabalho de outros auditores independentes, especialistas e auditores 
internos 
O planejamento deve considerar a participação de auditores internos e de 
especialistas na execução do trabalho na entidade auditada e a possibilidade de as 
controladas e coligadas serem examinadas por outros auditores independentes. 
Nestas circunstâncias, o auditor independente deve levar em conta as seguintes 
questões: 
a) A necessidade do uso do trabalho de outros auditores ocorre quando estes 
realizam trabalhos para partes relacionadas, em especial quando os 
investimentos da entidade são relevantes, ou se faz necessário consolidar as 
Demonstrações Contábeis. No planejamento de auditoria, este aspecto é muito 
importante, pois deve haver uma coordenação entre os auditores 
independentes, de forma que sejam cumpridos as normas profissionais e os 
prazos estabelecidos com as entidades auditadas; 
 
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34 
b) Dependendo das circunstâncias, pode ocorrer a necessidade de revisão dos 
papéis de trabalho do outro auditor independente; 
c) Quando o auditor de uma entidade investidora não examinar as 
Demonstrações Contábeis das entidades investidas e se os ativos detas 
representem parte relevante dos ativos totais daquela, deve considerar se pode 
assumir a incumbência; 
d) O uso do trabalho dos auditores internos deve ser avaliado quando da 
contratação dos serviços, e, ao elaborar o seu planejamento, o auditor 
independente deve ter a noção clara do envolvimento com a auditoria interna 
da entidade a ser auditada, doo nível de coordenação e colaboração a ser 
adotado e do tipo de trabalho que a auditoria interna vairealizar como suporte 
ao auditor independente; e 
e) O uso de especialistas permite duas situações: a primeira, quando o 
profissional é contratado pelo auditor independente, respondendo este pelo 
trabalho efetuado por aquele. Nesta circunstância, o planejamento dos 
trabalhos é facilitado, já que existe maior entrosamento e vinculação entre o 
especialista e o auditor independente. A segunda ocorre quando o especialista 
é contratado pela entidade a ser auditada, sem vínculo empregatício, para 
executar serviços que tenham efeitos relevantes nas Demonstrações 
Contábeis. 
 
3.8.2.13 – Natureza, conteúdo e oportunidade dos pareceres e relatórios 
Quando a contratação dos serviços de auditoria, o auditor independente deve 
identificar com a administração da entidade os pareceres e os relatórios a serem por 
ele emitidos, os prazos para sua apresentação e os conteúdos dos relatórios. 
Os relatórios e os pareceres a serem emitidos devem obedecer aos prazos 
previamente estabelecidos. 
3.8.2.14 – Exigências e prazos estabelecidos por órgãos reguladores 
Muitas atividades têm normas estabelecidas por órgãos reguladores, que têm de ser 
cumpridas pela entidade. O auditor deve verificar o nível de cumprimento dessas 
normas e, também, emitir relatórios específicos sobre elas. Assim, ao efetuar o seu 
planejamento, o auditor independente deve considerar as seguintes situações: 
a) Determinadas atividades estão sujeitas ao controle e à regulamentação por 
organismos oficiais, como as áreas de mercado de capitais, mercado 
financeiro, mercado segurador e outras. As entidades que exercem atividades 
 
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35 
reguladas por estes organismos têm de submeter-se às exigências por eles 
estabelecidas, que, muitas vezes, fixam prazos para entrega de 
documentações contábeis, relatórios e pareceres de auditor independente e 
informações periódicas sobre dados contábeis, financeiros, econômicos e 
físicos, visando informar terceiros interessados sobre o desempenho da 
entidade. O auditor independente, ao executar seu planejamento, deve 
observar o enquadramento da entidade auditada em tais exigências, de modo 
que cumpra as responsabilidades com ela assumidas; 
b) A identificação de tais exigências também deve ser feita quando da avaliação 
dos trabalhos a serem oferecidos à entidade auditada, conforme estabelece a 
NBC P 1 – Normas Profissionais de Auditor Independente; 
c) O auditor deve estar suficientemente esclarecido quanto às penalidades a que 
está sujeito pelo não cumprimento de prazos para a entrega dos trabalhos sob 
sua responsabilidade; e 
d) Sempre que a entidade auditada estabelecer limitações para que o auditor 
possa cumprir os prazos a que estiver sujeito por força de compromissos 
contratuais; deve formalizar tais circunstâncias à administração, destacando os 
efeitos pecuniários respectivos. 
3.9 – Conteúdo do Planejamento 
3.9.1 – Cronograma 
O planejamento deve evidenciar as etapas e as épocas em que serão executados os 
trabalhos, de acordo com o teor da proposta de prestação de serviços e sua aceitação 
pela entidade auditada. 
No cronograma de trabalho, devem ficar evidenciadas as áreas, as unidades e as 
partes relacionadas que serão atingidas pela auditoria, para comprovar que todos os 
compromissos assumidos com a entidade auditada foram cumpridos. 
3.9.1.1 – Cronograma de trabalho 
Ao iniciar um trabalho de auditoria deve ser elaborado um cronograma de 
horas, onde deve ser detalhado as atividades pretendidas e acordadas, assim 
como o tempo para se realizar essas tarefas, e informar às pessoas que 
realizarão esse trabalho. 
A sua obrigatoriedade é citada na NBC T 11.07: “Ao elaborar sua proposta de 
trabalho, o auditor independente deve apresentar uma estimativa de honorários 
e horas ao cliente - conforme determinam as Normas Profissionais de Auditoria 
 
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Independente -, na qual prevê o cumprimento de todas as etapas do trabalho a 
ser realizado. No planejamento devem constar as horas distribuídas entre as 
várias etapas do trabalho e entre os integrantes da equipe técnica.” 
Segundo Crepaldi (2011, pág. 492), “No cronograma de trabalho, devem ficar 
evidentes as áreas, as unidades e as partes relacionadas que serão atingidas 
pela auditoria, para comprovar que todos os compromissos assumidos com a 
entidade auditada foram cumpridos”. 
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Áreas
PLANEJAMENTO
Contrato de trabalho
Carta de apresentação
Cronograma
Determinação dos objetivos
Determinação das técnicas
ATIVO CIRCULANTE
Caixa e Equivalentes de Caixa
Clientes
Estoques
ATIVO NÃO CIRCULANTE
Investimentos
Imobilizado
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores
Encargos Sociais
Empréstimos e Financiamentos
Salários e Ordenados à Pagar
Obrigações tributárias
Contas à pagar
Dividendos
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Empréstimos e Financiamentos
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
RESERVAS
Reservas de Lucro
DEMONSTRAÇÕES
Demonstrações do resultado
Demonstrações Contábeis
Livros Fiscais
PARTE FINAL
Ajustes de Reclassificação
Relatórios
Parecer
Reunião e apresentação da auditoria
Total horas de auditoria
Data:
Elaborado por:
Auditores
Final
Sênior - Total: __ h
Total: __ h
Total: __ h
Total: __ h
Preliminar
Semissênior - 
Assistente I - 
Assistente II - 
 
 
 
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3.9.2 – Procedimentos 
O planejamento deve documentar todos os procedimentos de auditoria programados, 
bem como sua extensão e oportunidade de aplicação, objetivando comprovar que 
todos os pontos da entidade considerados relevantes foram cobertos pelo auditor 
independente. Pode-se utilizar da técnica de determinação das unidades a serem 
auditadas para a obtenção de evidência de auditoria denominada de rotação de 
empresa. 
3.9.3 – Relevância e planejamento 
O auditor independente deve, no planejamento da auditoria, considerar a ocorrência 
de fatos relevantes que possam afetar a entidade e a sua opinião sobre as 
Demonstrações Contábeis. 
3.9.4 – Riscos de auditoria 
O auditor independente deve, na fase de planejamento, efetuar a avaliação dos riscos 
de auditoria para que os trabalhos sejam programados adequadamente, evitando a 
apresentação de informações errôneas nas Demonstrações Contábeis. 
3.9.5 – Pessoal designado 
Quando incluir a designação de equipe técnica, o planejamento deve prever a 
orientação e a supervisão do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos 
trabalhos a serem executados. 
A responsabilidade pelo planejamento e pela execução dos trabalhos realizados é do 
auditor independente, inclusive quando participarem, da equipe técnica, especialistas 
designados por ele. 
3.9.6 – Épocas oportunas dos trabalhos 
Para definir as épocas oportunas de realização dos trabalhos de auditoria, o auditor 
independente deve considerar em seu planejamento: 
a) O conteúdo da proposta de trabalho aprovada pela entidade; 
b) A existência de épocas cíclicas nos negócios da entidade; 
c) As épocas em que a presença física do auditor é recomendável para efetuar 
avaliações sobre as transações da entidade; 
d) As épocas adequadas para a inspeção física dos estoques e de outros ativos; 
e) O momento adequado para solicitar confirmações de