Buscar

Aula 3 - Historiografia brasileira no período colonial -Capistrano de Abreu

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Historiogra�a brasileira
Aula 3: A produção historiográ�ca brasileira no início Do século
XX – Capistrano de Abreu
Apresentação
Nessa aula, teremos o prazer de entrar em contato com a obra de Capistrano de Abreu, nascido em 1853, que �cou
conhecido como o “Heródoto do Povo Brasileiro”.
O cienti�cismo de Capistrano o fará reinterpretar a história brasileira dando destaque não mais ao Estado Imperial, mas
sim, ao povo e a sua formação étnica. A sua contribuição é uma referência da do que se transformaria na concepção
moderna de história, se apoiava em documentos que até então não eram privilegiados. A abordagem de Capistrano vai por
em destaque temas sobre o cotidiano, a intimidade, procurando ressaltar a individualidade e a singularidade das ações
humanas. É um historicista e recusa o positivismo, e elaborou uma interpretação do Brasil que traz à tona a temporalidade
histórica brasileira, por meio da valorização do seu povo, de suas lutas, dos seus costumes, da miscigenação, e da
geogra�a brasileira. Ele fará do povo brasileiro o sujeito da sua história.
Capistrano foi procurar as identidades do povo brasileiro, não no  português ou no Estado Imperial e nas suas elites luso-
brasileiras. Sua obra de 1907, Capítulos de História Colonial, não faz uma história somente político-administrativa, mas
buscava a complexidade dos fenômenos humanos. Ao historiador cabe a recriação da vida cotidiana. Valorizou o conceito
de “cultura” no lugar do conceito de “raça” e por isso pode ser considerado um precursor de Gilberto Freyre e de Sérgio
Buarque de Holanda. Capistrano buscou valorizar a contribuição da cultura indígena, pondo em destaque o Brasil
mameluco e sertanejo mais do que mulato e litorâneo. Foi adentrando o território brasileiro que o colonizador se
transformou e plasmou uma identidade propriamente brasileira.
Não perca e acompanhe com satisfação!
Objetivos
Analisar os discursos constitutivos da produção historiográ�ca no início do século XX na sociedade brasileira;
Identi�car as principais questões abordadas por Capistrano de Abreu, principal expoente da tradição do saber
histórico na época em questão.
Contextualização
Foi no interior do Brasil que se
constituiu para a história universal
uma nova personalidade: a do
“brasileiro”.
Capistrano elaborou uma história
social e econômica do povo, de sua
vida, passando pela alimentação,
pelos tipos étnicos, pelas condições
geográ�cas, pelos caminhos
percorridos, pelas diferentes formas
econômicas, tipos de povoamentos,
diferentes modos de vida,
acompanhadas de diferentes formas
psicológicas, variados costumes e
crenças, as diferenças sociais, seja na
vida urbana ou rural.
Entretanto, ele não desconsidera a
unidade brasileira integrada apesar de
suas diferenças regionais.
 Fonte: Google
Capistrano enfatiza a diferença entre
o projeto colonizador e o projeto que
gradualmente, se constituirá como
sendo o brasileiro.
Enquanto Varnhagen defendeu o
projeto português, Capistrano
defenderá o projeto brasileiro.
Ele recupera as ideias de Antonil e
dos que se rebelaram durante o
período colonial.
A obra: “Capítulos de História Colonial”
Capistrano inicia sua obra apresentando a geogra�a do Brasil. Ele também descreve o indígena, seus hábitos e
comportamentos, suas atividades, técnicas, guerras tribais, sua vida sexual, seu trabalho, sua educação, sua
religiosidade, suas artes e seus mitos. Posteriormente, Capistrano acrescenta o europeu e o africano.
 Índio da tribo Pataxó | Fonte: Google
A história do Brasil durante o século XVI se passou em trechos do litoral.
Esta colonização era realizada pelos portugueses que faziam a ocupação, povoamento e miscigenação.
Os brancos, munidos de armas faziam humilhações, ofensas, estupros, escravizavam e exterminavam os
índios, os negros e os mestiços.
Capistrano se pergunta se seria possível sair dessa situação uma “nação”.
O século XVI acabava com uma colonização dispersa e fragmentada.
Já o século XVII, acabou com a formação de um projeto de nação independente. Mudou o sujeito da
história do Brasil e Capistrano percebe o surgimento de um novo povo: o brasileiro, conquistador do
sertão.
A ocupação do interior se deu a partir das entradas pelo território, feita pelos bandeirantes. Os paulistas
são os mamelucos e Capistrano destaca que o brasileiro é, primeiramente, um mestiço de índio e branco,
pois o mestiço de negro e branco é litorâneo e dominado pelo mundo português.
A ação desbravadora dos bandeirantes é uma ação brasileira, marcada pela violência e pela brutalidade
contra os indígenas. O brasileiro deu sequência a ação colonizadora do português e utilizou os mesmos
métodos. A conquista do território brasileiro foi feita com a expulsão, exterminação e escravização do
indígena.
Os paulistas encontraram o ouro no �nal do século XVIII, os bandeirantes tornaram-se mineiros. Com as
minas, uma parte do sertão brasileiro tornou-se português, os tributos aumentaram, a exploração do
ouro foi disciplinada em favor da Coroa. No sertão mineiro, o domínio português tornou-se severo e os
sentimentos patrióticos brasileiros a�oraram o que desencadeou os primeiros movimentos pela
Independência.
No �nal do século XVIII, os diversos grupos que compunham a nação brasileira se conscientizaram da lei
opressora e repressiva do colonizador.  A consciência brasileira foi se formando lentamente durante três
séculos.
Capistrano realiza um balanço sobre o �nal do século XVIII, a população se concentra no litoral e nas margens dos rios que
adentram o interior. A maioria da população é mestiça:
No interior existe o
predomínio do
mameluco.
No litoral e minas
predomina o mulato.
Os negros são maioria
no litoral.
No sul, os brancos é
que constituem a
maioria.
Capistrano apresenta as diferentes atividades regionais, compara as
diferentes identidades dos brasileiros regionais. Mesmo sendo difícil
distinguir os diferentes interesses e sentimentos, Capistrano esforça-se por
de�nir uma brasilidade.
Depois da Independência, começa o processo de uni�cação que se consolida durante o Segundo Reinado.
Comentário
Podemos dizer que Capistrano é um antivarnhageniano. Capistrano faz uma história que se diferencia da feita pelo IHGB e por
Varnhagen. Ele elabora sua concepção histórica entre duas outras concepções de história: a narrativa dos fatos empíricos, feita
por Varnhagen, e a história inserida no quadro das ciências sociais, que será feita no Brasil pós-1930.
Ele seria um elo entre a geração do século XIX/IHGB e a geração do século XX/Universidades.
 João Capistrano Honório de Abreu
Capistrano questiona a tradição, fazendo uma crítica radical da
memória brasileira.
A verdade histórica procurada por Capistrano não é a repetição do
passado. Capistrano desconstrói o passado o�cial. Seu método crítico
o faz reinterpretar as verdades consolidadas.
O sujeito da história do Brasil não é mais o da história do Estado
Imperial, mas é a história do povo brasileiro com toda a sua diversidade
e a busca pela construção de uma unidade.
Atividade Dissertativa
1. Percorrendo o pensamento histórico brasileiro entre a consolidação da Monarquia e do seu IHGB como fonte emanadora da
historiogra�a brasileira e que teve como seu mentor-mor Varnhagen até o aparecimento de uma forma com as mesmas
pretensões cientí�cas do fazer histórico. Muito mais comprometida estava essa concepção historicista com a cultura nacional,
em um sentido pleno do termo, e que até hoje se revela atual, em especial na obra de Capistrano de Abreu, “Capítulos de História
Colonial”, publicada em 1907.
Analise a in�uência do historicismo na obra de Capistrano de Abreu.
Notas
Documentação 1
Antes de Varnhagen havia pouca documentação disponível e ela se encontrava dispersa e esperando um trabalho de inventário
e de catalogação.  Existiam poucos meios para se estudar a história do Brasil Colônia. Pouco se sabia sobre os documentos do
Nordeste holandês, ou qual seriam suas quantidades e a qualidade dos documentos que existiam se estivessem eles presentesna Bahia ou em Pernambuco, em Portugal ou na Holanda.
Título modal 1
Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente
uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da
indústria tipográ�ca e de impressos.
Referências
FREITAS, Marcos Cezar de (Org). Historiogra�a Brasileira em Perspectiva. Editora Contexto, São paulo, 2005.
IGLÉSIAS, Francisco. Historiadores do Brasil. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2000.
REIS, José Carlos. As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. 9.ed. ampl. Rio de Janeiro: FGV, 2007.
Próxima aula
O pensamento liberal-oligárquico e autoritário na historiogra�a brasileira.
Explore mais
Pesquise na internet, sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto.
Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem./p>
Leia os textos:
Historiogra�a Brasileira em Perspectiva, Marcos Cezar de Freitas (Organizador) Editora Contexto, São Paulo, 2005.
Capítulo: Sociedade Brasileira e a Historiogra�a Colonial Autoria: Laima Mesgravis (páginas 39 até 56).
Abreu, Capistrano “Capítulos de História Colonial”
javascript:void(0);

Continue navegando