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TRABALHO DE FISIOLOGIA E PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO

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TRABALHO DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
DISCIPLINA – Fisiologia do Exercício e Prescrição de Exercícios
PROFESSOR – Cícero Figueiredo
ALUNO – Rodrigo Paula Aguiar Silva
MATRÍCULA - 201607175975
ESTUDO DIRIGIDO
1 - O que é homeostase?
A homeostase, de modo geral, é caracterizada como uma condição de equilíbrio do ambiente interno corporal, independentemente das alterações do ambiente externo. Isso garante, por exemplo, a regulação da temperatura corporal mesmo em ambientes frios.
2 - Descreva o estado estável em repouso e durante o exercício
Em resumo, para a manutenção do equilíbrio do meio interno: a homeostasia no repouso, e quando realizando exercício, o estado estável, que é a estabilização do meio interno, a partir do esforço, distinguindo do repouso, pois este estágio só ocorre quando existe uma demanda energética maior do que nas condições normais. Quando o corpo está praticando algum exercício físico, o repouso desaparece e também a homeostase, precisando de um período para equilibrar o metabolismo de energia.
3 - Explique os mecanismos de ação hormonal.
São proteínas as quais, os hormônios correspondentes, com alta especificidade e afinidade, provocam mudanças conformacionais que desencadeiam reações modificadoras do metabolismo da célula-alvo, constituindo a resposta celular.
4 - Cite 4 tipos de hormônios e explique suas características gerais e propriedades.
Peptídeos
Estes hormônios são compostos por aminoácidos, podendo ser de 3 aminoácidos (TRH), até mais de 180 aminoácidos. Podem ser referidos como peptídeos ou polipeptídeos, ou proteínas, dependendo do seu comprimento de cadeia específica. É o grupo mais numeroso de hormônios. Os principais locais de produção são o hipotálamo, hipófise, ilhotas pancreáticas, placenta, paratireóide e trato gastrointestinal.
Esteróides
Produzidos a partir do colesterol, nos tecidos esteroidogênicos das adrenais, gônadas, placenta. Nas adrenais são produzidos os glicocorticóides (cortisol, corticosterona e cortisona), e os mineralocorticóides (aldosterona). As gônadas produzem os andrógenos (testosterona), estrógeno e progesterona. A placenta, durante a gestação é uma fonte de estrógeno e progesterona. Neste grupo está incluída a vitamina D3 ativa (1,25-dihidroxi-colecalciferol).
Aminas
Produzidos pela medula adrenal, algumas células nervosas, e a tireóide. Tem as catecolaminas e as iodotironinas. Os mecanismos de ação das catecolaminas são similares aos peptídeos. As iodotironinas têm o seu mecanismo similar aos hormônios esteroidais.
Eicosanóides
São produzidos exclusivamente na membrana plasmática das células de quase todos os tecidos e podem ser considerados como segundos mensageiros intrecelulares. São derivados do ácido araquidônico, liberado por fosfolipídeos originados da ação das fosfolipases, ativadas por estímulos hormonais. O ácido araquidônico é formado essencialmente por ácidos graxos, principalmente o ácido linoléico. Os eicosanóides incluem as prostaglandinas, os leucotrienos e os tromboxanos.
5 - O que é segundo mensageiro?
Segundos mensageiros intracelulares são moléculas de sinalização liberadas pela célula para provocar alterações fisiológicas tais como a proliferação, diferenciação, translocação de vesículas, produção de enzimas e a apoptose (morte celular programada).
6 - Descreva as vias metabólicas aeróbicas e anaeróbicas e em que atividades físicas essas vias estão mais ativadas?
O metabolismo aeróbico utiliza o oxigênio para remover a energia da glicose e a armazena em uma molécula biológica chamada trifosfato de adenosina (ATP).
O metabolismo aeróbico também é chamado de respiração aeróbica, respiração celular e respiração celular aeróbica.
É necessário em atividades de baixa intensidade.
O metabolismo Anaeróbico O metabolismo anaeróbico refere-se a processos biológicos que produzem energia para um organismo sem usar oxigênio.
É baseado em reações químicas dentro do corpo nas quais os carboidratos são decompostos para liberar energia química.
É necessário em atividades de alta intensidade.
Esse processo ocorre principalmente quando um organismo precisa de uma explosão repentina de energia a curto prazo ou durante períodos de intenso esforço.
7 - Explique o mecanismo de ativação da produção de lactato durante exercícios de alta intensidade e a relação com o limiar aeróbico. Descreva sobre mecanismo de remoção do lactato pelo fígado e coração.
A dosagem sanguínea do lactato é uma forma prática de se obter uma avaliação do metabolismo do lactato e do limiar anaeróbico do atleta. Para se entender como funciona esse teste, precisamos antes entender a produção de energia no músculo e sua relação com a produção do lactato. A produção de energia para a realização de um exercício físico se dá a partir da “quebra” de uma molécula de ATP (adenosina trifosfato), que funciona como o combustível para a contração muscular.
Sistema de metabolismo aeróbico, também sem a produção de lactato. No metabolismo anaeróbico láctico, o lactato é o produto final da degradação da molécula de glicose (açúcar) utilizada para a produção de energia (ATP). Isso ocorre porque não há oxigênio (O2) suficiente para que ocorra o sistema de metabolismo aeróbico. Na realidade, o metabolismo anaeróbico láctico, com a produção do lactato, é o principal sistema de produção de energia que é utilizado em atividades físicas que têm duração relativamente curta, de 30 segundos a 90 segundos, como por exemplo em corridas de 400 metros, provas de natação de 200 metros, no futebol, no tênis, etc. O lactato produzido no músculo vai para a corrente sanguínea e daí para o fígado, onde é removido do sangue e metabolizado. A concentração de lactato no sangue é de aproximadamente 1,0 mmol/L a 1,8 mmol/L, em repouso e durante o exercício leve, quando existe equilíbrio entre sua produção muscular e sua remoção hepática. À medida que o exercício físico se intensifica, ocorre um desequilíbrio entre a produção e remoção, com consequente	 acúmulo de lactato no sangue e aumento de sua concentração. Esse aumento da concentração do lactato no sangue pode ser utilizado para a detecção de um índice de limitação funcional, o limiar anaeróbico, que tem grande utilidade no treinamento desportivo.
8 - Descreva como os carboidratos e lipídios são utilizados em função do aumento da intensidade e da duração do exercício.
Existem algumas formas de obtenção de energia pelo nosso organismo, os quais mais energéticos são os carboidratos e lipídeos.
Carboidratos - A principal fonte de energia do nosso corpo é através da utilização de carboidratos para respiração celular e fosforilação oxidativa, onde no final do processo 1 molécula de carboídrato pode gerar até 32 ATP de saldo. Este processo requer o uso de Fósforos, oxigênio, e até creatina, onde essa vai reagir com o fosforo fazendo a fosfocreatina. Este processo acontece quando temos atividades que requerem menos gasto energético.
Já em atividades mais intensas, o nosso organismo precisa de energia rápida, onde não há tempo para realizar o processo que descrevi acima, então as moléculas de glicose no final não chegam a reagir com o oxigênio, esses processos geram lactato e ácido lático, pois acontece fermentação. Porém, essas reações dão muito menos ATP do que a reação acima ( 32 ).
Lipídeos - Utilizados em sua maioria em exercícios físicos de baixa intensidade (uma caminhada por exemplo), porque as moléculas de gorduras demoram mais para serem oxidadas, quando a intensidade do exercício aumenta, o consumo de lipídeos vai diminuindo e o de carboidratos aumentando, porque o carboidrato oferece uma obtenção de energia mais rápida e eficiente.
9 - Explique o que é EPOC. Descreva sobre o débito de oxigênio.
EPOC é o consumo de oxigênio em excesso após o exercício que é proporcional à intensidade da frequência cardíaca e à duração do exercício. DÉFICIT DE O2 É a quantidade de O2 que falta para o suprimento do metabolismo durante o período em que o organismo ajusta-se para a atividade física duranteas transições.
10 - Descreva as 3 fases da recuperação após o exercício. 
I) recuperação da capacidade de trabalho, em que o organismo tentará restaurar os depósitos de substratos utilizados, eliminar os metabólitos e restaurar os sistemas nervoso, cardiorrespiratório, endócrino e estrutural dos músculos;
II) restauração e melhora do estado prévio do desportista (supercompensação); 
III) estabilização de um novo estado de forma física. Negligenciar o tempo necessário para restauração da condição física antes de um novo estímulo caracteriza uma condição inadequada, pois limita o desempenho e aumenta os riscos de lesões. Ao longo do processo de treinamento, uma sucessão inadequada, no que se refere à relação estímulo-recuperação, pode levar a uma condição de overreaching ou até mesmo de overtraining.
RESUMO ARTIGO 
Os ácidos graxos (AG) representam uma fonte importante de energia durante exercícios de intensidade leve ou moderada, e principalmente naqueles de duração prolongada. 
A utilização dos AG pelos músculos esqueléticos depende de passos importantes como a mobilização, transporte via corrente sangüínea, passagem pelas membranas plasmática e mitocôndrial, b-oxidação e, finalmente, a oxidação no ciclo de Krebs e atividade da cadeia respiratória. 
O exercício agudo e o treinamento induzem adaptações que possibilitam maior aproveitamento dos AG como fonte de energia, ao mesmo tempo em que o glicogênio muscular é preservado. 
Contudo, as tentativas de manipulação da dieta e suplementação com agentes ativos para aumentar a mobilização e utilização dos AG durante o exercício não apresentam resultados conclusivos. 
Tem como característica baixa produção, porém capacidade praticamente ilimitada, sendo apto a fornecer energia para a ressíntese de ATP, principalmente em esforços de longa duração com intensidades leve ou moderada. 
Essa preferência dos músculos esqueléticos pelos AG é muito importante em exercícios físicos de longa duração, já que os lipídios armazenados no organismo na forma de triacilglicerol (TG) representam o principal estoque de energia disponível (2). 
Por outro lado, o glicogênio, imprescindível durante o exercício físico, possui um estoque relativamente limitado, que necessita ser preservado para continuar sendo utilizado concomitantemente aos AG, porém em menor proporção, até o final do esforço. 
Os TGs estão estocados principalmente no tecido adiposo (~ 17.500mmol em um homem adulto, magro), músculo esquelético (~ 300mmol) e plasma (~ 0,5mmol). 
Nos exercícios físicos de longa duração, é imprescindível que a utilização do estoque abundante de TG/AG seja a maior possível justamente para que a quebra do glicogênio muscular e a oxidação de glicose circulante sejam as menores possíveis. 
Por sua vez, a manutenção da glicemia é fundamental, principalmente para preservar a função cerebral durante exercícios prolongados, nos quais se observa diminuição da glicemia para até cerca de 40-50mg.dL-1, levando o indivíduo à exaustão (4).
Os depósitos energéticos do organismo
Os lipídios armazenados representam a fonte corpórea mais abundante de energia potencial. Em relação aos outros nutrientes, a quantidade de lipídios disponível para a produção de energia é quase ilimitada. No homem, uma massa aproximada de 9000g de lipídios é suficiente para fornecer 81000Kcal. Este estoque permitiria a um homem adulto andar 259 horas ou correr durante 67 horas. Por outro lado, o estoque de glicogênio muscular (350g) fornece 1400Kcal, permitindo caminhar apenas 4,8 horas ou até mesmo correr durante 1,2 horas (2).
Os AG, estocados na forma de TG, representam a principal reserva energética disponível no homem. O armazenamento de TG é ilimitado, já que a esterificação dos AG com o glicerol não depende de água, diferentemente do glicogênio que é estocado com 3g de água para cada grama do polímero. Outra vantagem dos AG é sua eficiência energética (9Kcal.g-1), mais que 2 vezes a do glicogênio/glicose (4Kcal.g-1) (5). Por esses motivos, e de acordo com a primeira lei da termodinâmica (lei da conservação de energia), todo excesso de energia proveniente da alimentação, incluindo gorduras, carboidratos e proteínas, é armazenado na forma de TG.
Mobilização e captação dos ácidos graxos nos músculos esqueléticos
As fontes de AG para utilização nos músculos esqueléticos são o TG do tecido adiposo, o TG dos quilomicrons e lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) circulantes, e o TG do próprio tecido muscular que pode atingir uma quantidade de cerca de 400g em indivíduos treinados (5). 
mobilização dos AGL a partir do tecido adiposo é dependente da taxa de lipólise, da capacidade de transporte dos AGL pelo plasma e da reesterificação desses pelos adipócitos. 
atividade lipolítica do tecido adiposo aumenta com o exercício (6), em particular no treinamento aeróbio, que resulta em um aumento significativo no número e na atividade das mitocôndrias além de um aumento na oxidação de AGL. 
Alguns autores sugerem que o treinamento aumenta a atividade de degradação do triacilglicerol intramuscular (TGIM) em relação ao estocado no tecido adiposo (5). 
Uma vantagem significativa da utilização do TGIM é que as etapas de transporte dos AG no plasma e sua passagem através da membrana da célula muscular não são necessárias e, portanto, a sua oxidação é mais rapidamente disparada. 
Em adipócitos de ratos, as catecolaminas, glucagon, hormônio do crescimento e os hormônios adrenocorticotrópicos aumentam a lipólise (5), mas em adipócitos isolados de humanos apenas as catecolaminas, hormônio estimulador da tireóide e paratormônio têm mostrado efeito lipolítico consistente (11). 
As catecolaminas têm ação inibitória através de receptores a2-adrenérgicos e estimulatória via receptores b1-adrenérgicos, por alterações correspondentes na atividade da adenilato ciclase e na produção intracelular de AMPc (12). 
exercício agudo promove liberação intensa dos hormônios lipolíticos e aumenta a responsividade dos receptores b-adrenérgicos dos adipócitos às catecolaminas (13). 
No caso do treinamento, é observado um aumento na concentração plasmática de AG, porém a oxidação desses nos músculos esqueléticos depende da intensidade relativa do esforço (15).
Metabolismo dos triacilgliceróis intramusculares (TGIM)
Durante os primeiros 90min de exercício, a taxa lipolítica é aproximadamente 2 vezes maior do que a taxa de oxidação dos AG. No entanto, a entrada de AG no plasma é similar à taxa de oxidação no mesmo período. Alguns pesquisadores sugerem que outra fonte de lipídios, além dos AG provenientes do tecido adiposo, provavelmente plasmático ou TGIM, é também oxidada pelo músculo (18,19).
Postula-se que a reserva mais importante de AGL não plasmáticos, disponível para a oxidação durante exercício moderado e prolongado, é o TGIM (20). Esses são encontrados em concentrações diferentes conforme o tipo de fibra muscular, sendo armazenados em maior quantidade nas fibras musculares de contração lenta do que em fibras musculares de contração rápida (20). Além disso, o próprio treinamento faz com que a deposição de TG seja diferente entre os tipos de fibra muscular (20).
A regulação da hidrolíse dos TGIM parece estar, em grande parte, sujeita à estimulação b-adrenégica, em contraste com a lipólise do tecido adiposo, que é parcialmente inibida por bloqueadores b-adrenégicos.
Oxidação dos ácidos graxos nos músculos esqueléticos
No sarcoplasma, os AG precisam atravessar mais uma barreira, representada pelas membranas externa e interna da mitocôndria, a fim de serem oxidados. Ainda no citossol, os AG são ativados (figura1), recebendo uma coenzima A (CoA) e tornando-se acil-CoA numa reação catalisada pela enzima acil-CoA sintetase (28). O acil-CoA atravessa as membranas mitocondriais por meio de um processo dependente de carnitina e das enzimas carnitina acil transferase I (CAT I), localizada na membrana externa, carnitina acil transferase II (CAT II), localizada na membrana interna e carnitina-acilcarnitina translocase (29), que atua entre as duas.As duas primeiras enzimas são também denominadas carnitina palmitoil transferase I e II (CPT I e II), devido ao fato do ácido palmítico ser o principal ácido graxo metabolizado nos músculos esqueléticos (30).
Suplementação com ácidos graxos e facilitadores de sua utilização
A manipulação da dieta e suplementação com certos tipos de lipídios ou outros agentes que estimulam a lipólise e oxidação dos AG, vem sendo estudados como estratégias para melhorar o desempenho no exercício.
Agentes lipolíticos utilizados por atletas
A lipólise é principalmente regulada pelas catecolaminas, através de b-adrenorreceptores, que promovem elevação da concentração intracelular do AMPc ativando a proteina quinase A (PKA) (24). Desta forma, os principais agentes lipolíticos são aqueles que atuam na resposta dos b-adrenoreceptores, como a cafeína. Essa metil-xantina, além do seu efeito estimulante no sistema nervoso central aumentando a concentração plasmática de noradrenalina, estimula diretamente o processo lipolítico (5). A cafeína inibe a fosfodiesterase, aumentando a meia-vida do AMPc e como conseqüência a atividade da proteína quinase A (PKA) e da lipase sensível a hormônios (LSH). A dose que provoca esses efeitos é de 3-6mgKg-1, enquanto que a dose de 8mgKg-1é considerada "doping" e doses de 10-15mgKg-1 são tóxicas, podendo provocar distúrbios gastrointestinais, arritmia, ansiedade e alucinações (43).
Outras drogas que podem atuar como lipolíticas são Clembuterol, Fenoterol, Salbutanol, Salmeterol, Isoprenaline, Dobutamina e demais substâncias que atuam via receptor beta adrenérgico.
Regulação da oxidação de ácidos graxos pelo músculo esquelético quando há oferta abundante de glicose
A metabolização elevada da glicose pelo músculo esquelético reduz a oxidação de ácidos graxos. O efeito da glicose sobre a oxidação de ácidos graxos ocorre da seguinte maneira: a glicose ao ser metabolizada pela via glicolítica gera piruvato e este através da piruvato desidrogenase forma acetil CoA. Este condensa-se ao oxaloacetato pela citrato sintase levando à produção de citrato (2). Este sai da mitocôndria para o citoplasma e pela ação da ATP-citrato liase gera acetil CoA. O acetil CoA é convertido em malonil CoA pela acetil CoA carboxilase. O citrato é um ativador importante da acetil CoA carboxilase (48). Portanto, este metabólito além de precurssor ativa a produção de malonil CoA.
O malonil CoA é um potente inibidor da CAT-I (47). Assim, ocorre inibição da oxidação de ácidos graxos na mitocôndria (48). Os ácidos graxos que permanecem no citoplasma na forma de acil CoA são então esterificados em triglicerídeos, fosfolípides ou ésteres de colesterol (48,49). Este mecanismo da interação glicose-ácidos graxos leva à redução da oxidação de ácidos graxos e o seu acúmulo como macromoléculas lipídicas.
Fatores que limitam a atividade do ciclo de Krebs
O ciclo de Krebs apresenta, como caracteristica peculiar, a geração de precursores e produtos com a liberação de CO2. Além disso, o ciclo libera metabólitos como citrato e glutamina. Há, portanto, uma perda contínua de esqueleto de carbono que precisa ser reposta. A síntese de oxalacetato é a etapa de inserção de novas moléculas no ciclo.
Durante o exercício, os principais substratos utilizados na reposição dos intermediários do ciclo de Krebs são o piruvato e aminoácidos como aspartato, asparagina e glutamato, verificaram que, durante o exercício físico em ratos, ocorre ativação da piruvato carboxilase, enzima que converte piruvato em oxaloacetato. Este último metabólito condensa-se ao acetil-CoA e forma citrato, pela ação da citrato sintase, iniciando o ciclo de Krebs. Desse modo, são duas as principais limitações para maior utilização de AG no exercício de intensidade moderada e de longa duração: a disponibilidade de glicogênio para o fornecimento de intermediários do ciclo de Krebs (45) e a mobilização de AG do tecido adiposo e do músculo esquelético.
Proposição do presente trabalho
Conforme Bergstrom e cols. (39), o aumento do conteúdo de glicogênio muscular é um fator determinante para o desempenho no exercício aeróbio moderado e prolongado. Os ácidos graxos atuariam como fonte energética principal e o glicogênio para a manutenção da atividade do ciclo de Krebs na geração de oxala cetato (figura 1).
O fornecimento do oxalacetato seria, portanto, um fator limitante, já que o acetil CoA, proveniente do ácido graxo, reage com este para a formação de citrato, pela citrato sintase, com posterior fornecimento de ATP. Assim, ocorrendo redução de oxalacetato, a reação deste com acetil CoA para formar citrato é diminuída independentemente da oferta de acetil CoA derivada da mobilização aumentada de ácidos graxos do tecido adiposo (figura 2). Haveria então, lipólise, aumento de ácidos graxos no plasma ou do próprio tecido com aumento da oferta desses ao músculo. A atividade reduzida do ciclo de Krebs, no entanto, limita a oxidação de ácidos graxos por este tecido. A exaustão do ciclo de Krebs se deve à perda de esqueleto de carbonos. Como conseqüência, há queda do ATP e ocorre a exaustão do indivíduo no esforço físico prolongado.

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