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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PONTES E LACERDA UNIDADE FORA DE SEDE E PARCELADAS POLO – COMODORO/MT DEPARTAMENTO DE DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I – 3ª FASE – 2021/2 PROFESSOR: LUIZ JORGE BRASILINO DA SILVA ACADÊMICO: Hayume Camilly Oliveira de Souza ATIVIDADE: 1ª AVALIAÇÃO – N2 DATA: 29/09/2021 VALOR DA AVALIAÇÃO: 9 (NOVE) VALOR DAS QUESTÕES: 1,0 (UM) PONTO, CADA. DATA DA ENTREGA: 29/09/2021 Questões 1ª) Assinale a alternativa correta São elementos da relação de interesse: (X) O sujeito e o objeto (SILVA, 2021 apud Santos, 2010, p. 8) ( ) O sujeito ativo e o sujeito passivo ( ) A situação subordinante e a situação subordinada ( ) O sujeito e o conflito de interesses 2ª) Explique sobre modos autônomos de solução de conflitos. Temos como opções: Autotutela: Não indicada por conta do emprego de violência, baseado na lei da força, forma que as sociedades primitivas lidavam diante de suas lides; Autocomposição: Quando uma das partes desiste do que se pretendia, ou ambas as partes abdicam reciprocamente; Meios alternativos: São os que compõem o quadro de meios autônomos (que configura-se pela imposição de um terceiro cuja decisão possui o objetivo de resolver a lide). Dentro disso podemos citar: a) Negociação: Depende exclusivamente das partes, produzindo resultado que venha satisfazer ambas; b) Conciliação: Na Conciliação, um terceiro que é chamado de Conciliador, realiza uma ação imparcial na tentativa de promover o entendimento das partes, agindo de forma que intermediei a situação, onde cada um possa expor sua versão, pontuando para as partes envolvidas os possíveis ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PONTES E LACERDA UNIDADE FORA DE SEDE E PARCELADAS POLO – COMODORO/MT DEPARTAMENTO DE DIREITO benefícios que a Conciliação pode trazer, como por exemplo, o encerramento imediato daquela disputa, proporcionando, portanto, o tempo de resolução, os gastos que terão na hipótese de não solução, desta maneira, faz com que cada parte reflita sobre os custos, benefícios e malefícios que cada um terá, caso o processo prossiga para decisão judicial (SOUZA e CASTRO, 2020). c) Mediação: Segundo Souza e Castro (2020) A mediação é o processo onde existe a presença de uma terceira pessoa, o mediador, que busca fazer com que as partes entrem num consenso na busca daquilo que seja justo para ambas as partes, sendo totalmente imparcial; d) Arbitragem: Vasconcelos (2008, p.40) A arbitragem é um instituto do Direito. É prevista em leis e convenções internacionais, com destaque para a Convenção de Nova York, de 1958. Aqui no Brasil a norma básica sobre arbitragem é a Lei 9.307/2006 (“Lei Marco Maciel”). As pessoas podem optar pela solução das suas disputas por intermédio da arbitragem. Neste caso, o papel do terceiro, diferente no que ocorre na mediação, não será mais o de facilitar o entendimento – embora na dinâmica do processo arbitral isso sempre seja possível e recomendável -, mas o de colher as provas, argumentos e decidir mediante laudo ou sentença arbitral irrecorrível. Portela (2020) salienta que o processo de arbitragem possui a vantagem de escolha, onde as partes podem escolher seu julgador ou julgadores. Levando em conta a experiência, conhecimento e confiabilidade. 3ª) Qual é a trilogia de conceitos base do Direito Processual? Baseados nos conceitos de Silva (2021) temos 3 bases , as quais são: 1- Corrente subjetivista: Para esta corrente, a jurisdição e as normas processuais visam à tutela do direito subjetivo; isto é, a tutela dos direitos individuais ameaçados ou violados. Quem provoca a jurisdição não o faz senão para que esta tutele um seu direito individual ameaçado ou violado por ato de outrem. Assim, o processo funciona como instrumento de defesa do seu direito subjetivo; 2- Corrente objetivista: Sustenta que a finalidade do processo é atuação do direito objetivo. Embora o interesse privado é que provoca a jurisdição, esta funciona visando a manutenção ou restabelecimento da ordem jurídica (ou, do direito objetivo); 3- Corrente mista: Procura conciliar as doutrinas subjetivista e objetivista. Reconhece que o processo se destina a satisfazer o interesse público da paz jurídica, atuando a lei ao caso, dessa forma compondo os litígios. Mas, considera que, o processo civil funciona por provocação do interesse das partes, buscando estas a proteção dos seus direitos individuais. Via de consequência, ao atuar o direito objetivo ao caso concreto serve de proteção do direito individual. ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PONTES E LACERDA UNIDADE FORA DE SEDE E PARCELADAS POLO – COMODORO/MT DEPARTAMENTO DE DIREITO 4ª) Assinale (V) para VERDADEIRO e (F) para FALSO Quanto ao direito processual pode-se afirmar que: (V) É sistema de princípios e normas que regulam as atividades humanas. (F) Tem como fonte principal os negócios jurídicos. Segundo Silva (2021) O Direito Processual é sistema de princípios e normas legais que regulam o processo. Disciplina as atividades dos sujeitos interessados, do órgão jurisdicional e seus auxiliares. Já o Direito Processual Civil é o sistema de princípios e normas que regulamentam o exercício da jurisdição quanto às lides de natureza civil. Sobre a divisão ou espécies de direito: -Direito objetivo: regula relações humanas, visa assegurar a ordem jurídica; - Direito subjetivo: é o poder atribuído a alguém para fazer valer seus interesses em conflito com interesse de outro(s). Apontando ainda que sejam fontes do Direito Processual as normas legais: a Constituição Federal (CF), o Código de Processo Civil (CPC), os tratados ou convenções internacionais que o Brasil fez adesão, O Código Civil (CC), A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), as normas de organização judiciária federal e estaduais, as Constituições estaduais, as leis de organização judiciária locais ou Código de Organização Judiciária Estadual (COJE) e demais legislações esparsas ou extravagante (SILVA, 2021). Ressaltando ainda que as principais fontes sejam a Constituição Federal, o Código de Processo Civil, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Entretanto, pode ser utilizado na resolução dos conflitos dos negócios jurídicos. 5ª) O que significa normas cogentes? São normas consideradas obrigatórias, ou seja, que não podem ser afastadas por mera vontade das partes. Obrigando determinadas condutas, ou sendo proibitiva ao vedá-las. Dentro do código Processual Civil podem-se mencionar, por exemplo, as normas que estabelecem a composição de processo, estipulam prazos. ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PONTES E LACERDA UNIDADE FORA DE SEDE E PARCELADAS POLO – COMODORO/MT DEPARTAMENTO DE DIREITO 6ª) Analise a proposição abaixo e assinale a(s) alternativa(s) correta(s): São princípios constitucionais do direito processual: ( ) Da inércia da jurisdição ( ) Da fundamentação das decisões (x) Da publicidade art. 5°, LX, CF ( ) Da estabilidade das relações 7ª) Com relação à aplicação das leis processuais no tempo, que efeito terá a lei nova quanto aos processos findos/encerrados? Sobre isso, pode-se afirmar que a lei só retroage se for em benefício do réu. Desta maneira, em relação aos processos findos (encerrados): Configura o que dispõe o § 3º do Art. 6º da LINDB, ou seja: chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. Assim, aplica-seo princípio da irretroatividade, nos termos do Art. 14 do CPC, parte final; pois, a lei nova não retroagirá sobre causa já julgada e consolidada sob a égide da lei antiga; portanto, a lei processual nova não terá efeito algum (não terá aplicação) em processos já encerrados com resolução de mérito e trânsito em julgado (SILVA, 2021). 8ª) O que significa vacatio legis? Seria o tempo que se espera ou se determina para aplicação de uma lei. Vacatio legis (pronúncia: Vacacio legis) é uma expressão latina que significa "vacância da lei", ou seja: "a lei vaga"; é o prazo legal que uma lei tem para entrar em vigor, ou seja, de sua publicação até o início de sua vigência. Por isso, caso seja positivada uma nova Lei é preciso observar a disposição de sua validade que certamente estará descrita de maneira clara. 9ª) Assinale (V) para VERDADEIRO e (F) para FALSO. ( F) O princípio do contraditório aplica-se somente à parte ré do processo. Aplica-se á todas as partes, onde cada uma delas age de modo a pretensão de buscar aquilo que deseja. Art.5º CPC. ( F) Os processos iniciados sob a égide de lei processual antiga, com a entrada em vigor de lei processual nova, os atos processuais serão ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PONTES E LACERDA UNIDADE FORA DE SEDE E PARCELADAS POLO – COMODORO/MT DEPARTAMENTO DE DIREITO praticados em conformidade com a lei processual antiga. A lei nova não retroagirá sobre atos já praticados e consolidados sob a égide da lei antiga, pois constituem-se atos jurídicos perfeitos; e, ressalte-se, quanto aos atos a serem praticados será aplicado imediatamente a lei nova (V) O occasio legis é o período considerado a partir da publicação da lei e o momento em que a mesma passa a produzir efeitos. Significa ocasião da lei; oportunidade da elaboração da lei. ( V) A lei processual tem efeito retroativo para beneficiar o réu. A única exceção ao princípio da irretroatividade refere-se à possibilidade de retroatividade da lei penal e somente quando beneficiar o réu (SILVA, 2021). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PONTES E LACERDA UNIDADE FORA DE SEDE E PARCELADAS POLO – COMODORO/MT DEPARTAMENTO DE DIREITO BRASIL. Código de Processo Civil. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil]. Brasília, 11 jan. 1973 CORREIA, Marcus Orione Gonçalves. Teoria geral do processo. 5ª ed., São Paulo: Saraiva 2009. PORTELA, Guilherme Vieira. Os meios alternativos de resolução de conflitos. 2015. Portal Jus. SOUZA, Hayume Camilly Oliveira de; CASTRO, Augusto César de. A mediação e conciliação na solução de conflitos dos negócios jurídicos. UEL, Londrina. 2020. SILVA, Luiz Jorge Brasilino. Direito Processual Civil I. Unemat. 2021. VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de Conflitos e Práticas Restaurativas: modelos, processos, ética e aplicações. São Paulo: Método, 2008.
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