Buscar

FORMAS DE AQUISIÇÃO DOS BENS PÚBLICOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

FORMAS DE AQUISIÇÃO DOS BENS PÚBLICOS
É POSSÍVEL O ESTADO UTILIZAR-SE DA USUCAPIÃO PARA ADQUIRIR BENS PÚBLICOS?
 
Os bens públicos são à luz do código civil, como disposto no artigo 98: são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. De acordo com a súmula 340 do STF que afirma que os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião. 
Fato também afirmado no artigo 102 do código civil brasileiro que diz que os bens públicos não são sujeitos à usucapião. 
Entretanto, o Estado possui formas de aquisição de bens para que estes passem ao seu domínio de fato. Existem duas formas de aquisição , esta pode ser originária quando não há manifestação de vontade do proprietário , como por exemplo por da acessão por aluvião quando ocorre a ampliação das margens ribeirinhas pela força da água
Pode ser também derivada , quando existe de fato a transmissibilidade do bem pelo proprietário, como, por exemplo, por um contrato de compra e venda.
O Estado pode adquirir bens por meio de contratos, desapropriação, acessão, causa mortis, arrematação, adjudicação, ex vi legis e em especial a usucapião, que é a problemática do presente artigo. 
A aquisição pode se dar por meio de contratos é perfeitamente possível visto que as entidades que compõem o poder público possuem personalidade jurídica, podendo assim adquirir direitos e contrair obrigações, que podem ser também por meio de doações, permuta e dação em pagamento. Pode-se ocorrer também por meio de desapropriação, como exposto no artigo 1.275 do código civil, inciso V que afirma que se perde a propriedade por meio de desapropriação. A desapropriação nada mais é do que a aquisição de propriedade de terceiro pelo Poder Público. 
A acessão consiste no acréscimo pelo proprietário do que aderir a sua propriedade, encontra-se as formas de acessão no artigo 1.248 do código civil, que são: por formação de ilhas, por aluvião , por avulsão , por abandono de álveo ,por plantações ou construções.
A aquisição pode ocorrer por causa mortis em caso de herança jacente, atendendo aos pré-requisitos desta modalidade para ocorrer a aquisição; Pode ser também por meio de arrematação que é a aquisição de bens por terceiros que sofrem alienação e se tornam bens públicos , podem ocorrer em leilões, por exemplo. A adjudicação ocorre quando o credor , que pode ser pessoa de direito público, vem a adquirir o bem penhorado este em valor não inferior ao fixado no edital.
A aquisição pode ocorrer também por ex vi legis por meio do qual temos como exemplos os loteamentos, que são determinados por lei, reservados algumas áreas ao poder público. 
O foco em questão se deve ao instituto da usucapião como forma de aquisição de bens públicos pelo Estado, sendo este totalmente possível pelo Estado contra o bem do particular, como se pode observar na decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região:
A UNIÃO interpõe recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Pleno do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO, USUCAPIÃO CONTRA PARTICULAR. DOMÍNIO ÚTIL. IMÓVEL PÚBLICO. SÚMULA Nº 17 DESTE TRIBUNAL.
1. O plenário desta Corte Regional ao apreciar o Incidente de Uniformização de Jurisprudência na AC nº 67041-PE, julgado na Sessão de 16/08/95, editou a Súmula nº 17, a teor da qual, ‘é possível a aquisição do domínio útil de bens públicos em regime de aforamento, via usucapião, desde que a ação seja movida contra particular, até então enfeitava, podendo operar essa prescrição aquisitiva sem atingir o domínio direto da União’.
2. É, em tese, juridicamente possível o pedido em que se objetive usucapir, de terceiro, o domínio útil de bem pertencente à União.
3. Embargos Infringentes providos”
Entretanto o instituto disposto não pode ocorrer de particular para com o Estado, pois como já foram explanados anteriormente, os bens públicos não podem ser alvo de usucapião. Isto disposto em lei, súmulas e artigos e em nenhuma hipótese tal fato poderá ocorrer, sem exceções.
 
Referencias bibliográficas: 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo, 10ª ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003

Continue navegando