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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – CCN DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CURSO: BACHARELADO EM FARMÁCIA PROFª: Drª NILZA CAMPOS ANDRADE JOSÉ VINICIUS DE ARAUJO GONCALVES EXTRAÇÃO DO PRODUTO NATURAL LAPACHOL Teresina – PI 2021 JOSÉ VINICIUS DE ARAUJO GONÇALVES EXTRAÇÃO DO PRODUTO NATURAL LAPACHOL Relatório elaborado pelo discente José Vinícius de Araujo Gonçalves do 2° período do curso de Farmácia, apresentado a disciplina de Química Orgânica Experimental, ministrada pela Profª. Drª Nilza Campos Andrade para obtenção de nota. Teresina – PI 2021 SUMÁRIO RESUMO............................................................................................................. 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 2. PARTE EXPERIMENTAL.................................................................................. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................... 4. CONCLUSÃO................................................................................................... REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... QUESTIONÁRIO.................................................................................................. 04 04 05 05 06 06 08 4 RESUMO A prática em questão tem como objetivo a extração do lapachol da serragem de Ipê, por meio do método de reações com uma base prosseguida de uma filtração, cujo o caráter é o de separação do lapachol da serragem e por reação com ácido para a volta da formação de produtos que se deseja extrair. 1. INTRODUÇÃO O Lapachol é uma substância química do grupo das quinonas, identificada como 2-hidroxi-3-(3-metil-2-butanil)-1,4-naftoquinona. Foi descrito pela primeira vez por Paternò, em 1821, tendo sua estrutura química estabelecida desde 1896 por Hooker, que o identificou como uma naftoquinona, de peso molecular 242,26. Sua obtenção possibilita desmistificar alguns impasses que dificultam e impossibilitam o trabalho experimental, podendo ser aplicado como indicador ácido-base, ao mudar de coloração para amarelo, em meio alcalino, e incolor em meio ácido. É considerado uma substância ácida de caráter fraco, podendo reagir com uma base e formar um sal, sal de Lapachol, água e dióxido de carbono, que possui coloração vermelha. Por ser solúvel em água, o sal de lapachol pode ser separado das serragem por filtração simples. Devido a esse sal, o lapachol pode ser regenerado com ácido clorídrico em solução aquosa de concentração 6mL/L, resultando na precipitação de um sódio amarelo e insolúvel em água. As naftoquinonas são comumente utilizadas na farmácia devido a sua potente atividade antimicrobiana, antineoplásica ou de toxicidade, podendo ser inativado pela simples retirada de um metileno da cadeia isoprenóide. O Lapachol purificado é menos ativo que o extrato bruto da planta, sugerindo um sinergismo de ações dos outros componentes, e depois, que seu derivado, a β- Lapachona, algumas vezes, apresenta uma maior atividade farmacológica, porém com maior grau de toxicidade. Desse modo, este relatório tem como objetivo explicar a extração do Lapachol, a partir de procedimentos químicos e físicos, como por exemplo, a filtração em papel, para a remoção dos resíduos insolúveis e a dessecação do material sólido para a obtenção do rendimento bruto do Lapachol. 5 2. PARTE EXPERIMENTAL Materiais e reagentes Serragem de ipê; Solução aquosa 1% de NaOH (Soda Caustica); HCl 6 mol/L (Ácido Clorídrico); Filtro de café; Papel filtro; Funil de vidro; Argola de metal; Bastão de vidro; Béquer de 500 mL Béquer 200 mL Espátula. Procedimento experimental Em um béquer de 500 mL, colocou-se cerca de 10g de serragem de ipê. Em seguida, foi adicionado 80 mL de uma solução aquosa 1% de hidróxido de sódio. Com um bastão de vidro, agitou-se periodicamente a solução, de cor vermelho-intensa, do sal sódico do Lapachol, por cerca de 15 minutos. Logo após removeu-se os resíduos insolúveis por filtração. Cerca de 20mL de uma solução de HCL 6 mol/L foi adicionada lentamente ao filtrado. A cor vermelha da solução foi desaparecendo de acordo com a adição do ácido e o começou a surgir na superfície o Lapachol de cor amarelo opaca. Pesou-se um papel filtro para uma nova filtragem, com valor de 1,05 g. Submeteu-se a solução novamente a uma filtração, tendo o cuidado de lavar o precipitado com água destilada. O material foi levado ao dessecador, seu rendimento bruto foi anotado, fez-se o mesmo com todas as outras observações. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Inicialmente, encontrou-se a estrutura do Lapachol. Logo adiante, foi- se possível a identificação do produto da reação com o hidróxido de sódio, o que possibilitou a formação do sal de Lapachol e a liberação de água da reação com intensa coloração avermelhada. 6 O ácido clorídrico foi utilizado para a extração do Lapachol do produto da reação do pó de madeira com o hidróxido de sódio, que tornou a solução clara, após a sua adição, o que caracterizou uma solução com as partículas do Lapachol dispersas no líquido. Para a separação do produto na forma sólida procedeu-se à filtragem, posterior secagem de 24 horas e a pesagem, após a retirada do peso do papel, foram obtidos 0,494 g do Lapachol O Lapachol é uma naftoquinona e possui diversas atividades fitoterápicas importantes. Entretanto, o seu sal se torna diferente em virtude da perda da hidroxila e acréscimo do sódio, possibilitando a ocorrência de reações diferentes com outros compostos. 4. CONCLUSÃO Logo, pode-se concluir que a extração do produto natural Lapachol é possível a partir de reações simples de ácido-base, ao reagir a amostra da madeira com uma base para a obtenção de sal e água, que é posteriormente filtrado e reagido com ácido, para a obtenção de volta do Lapachol, sem a madeira e secando o material filtrado para encontrar um rendimento. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BRUNETON, J. Elementos de fitoquímica y de farmacognosia. Zaragoza, Editorial Acribia S.A., 1991. CRAVEIRO, A. A. Constituintes químicos ativos de plantas medicinais brasileiras. Fortaleza, EUFC, 1991 FERREIRA, L. G. Revista Brasileira de Farmácia, 1975, set/out., 156. FERREIRA, V. F. Química Nova na Escola, 1996, 4, 36. Sal de Lapachol 7 LIMA, V. A., BATTAGIA, M.; GUARACHO, A.; INFANTE, A. Química Nova na Escola, 1995, 1, 34. SOUSA, M. P.; MATOS, M. E. O.; MATOS, F. J. A.; MACHADO, M. I. L.; CRAVEIRO, A. A. Constituintes químicos ativos de plantas medicinais brasileiras. Fortaleza, EUFC, 1991 8 QUESTIONÁRIO 1. Pesquisar a estrutura do Lapachol e suas atividades farmacológicas. Em qual dos grupos de produtos naturais existentes o mesmo é classificado? Ele é classificado como uma naftoquinona, um composto orgânico cujos derivados formam a Vitamina K. Possui reconhecida ação anti- inflamatória, analgésica, antibiótica e antineoplásica. 2 – Escrever as equações da reação de obtenção do Lapachol. 3 – Escrever a equação de reação do Lapachol com o hidróxido de sódio e com o carbonato de sódio. ESTRUTURA: 9 4 – O Lapachol mudou de cor utilizando-se: a) Carbonato de sódio (Na2CO3)? Sim, coloração vermelho-intensa. b) Bicarbonato de sódio (NaHCO3)? Não. O Lapachol só modifica a cor na presençade ácidos. 5 – O sal de sódio do Lapachol é uma substância diferente do Lapachol? Sim, pois o Lapachol é uma substância pouco solúvel em água, enquanto que o seu sal é bastante solúvel, diferindo tanto nas suas propriedades quanto na estrutura. 6 – O Lapachol poderia ser usado como um indicador ácido-base? Sim, devido a sua capacidade de tornar-se amarelo em meio alcalino e incolor em meio ácido. 7 – Citar alguns exemplos de plantas que você conhece e que são usadas pela comunidade para fazer chás ou qualquer outra função de interesse social, bem como suas respectivas indicações de uso popular. Boldo: é uma planta medicinal que contém substâncias ativas, como boldina ou o ácido rosmarínico, e que pode ser utilizado como remédio caseiro para o fígado devido às suas propriedades digestivas e hepáticas, além de possuir propriedades diuréticas, anti-inflamatória e antioxidante, por exemplo. Erva-cidreira: A erva-cidreira é uma planta medicinal da espécie Melissa officinalis, também conhecida como cidreira, capim-limão ou melissa, rica em compostos fenólicos e flavonóides com propriedades calmantes, sedativas, relaxantes, antiespasmódicas, analgésicas, anti-inflamatórias e antioxidantes, sendo muito utilizada para tratar vários problemas de saúde, especialmente problemas digestivos, de ansiedade e estresse.
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