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Resumo metodologia cientifica: Aula 1: Metodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer, de buscar o conhecimento. É uma forma de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, seja para explicá-lo ou estudá-lo. Para nós, método é um conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no estudo de uma ciência, ou para alcançar determinado fim. E metodologia (do grego methodos + logia) significa o “estudo do método”. Quanto à palavra ciência, durante muito tempo ela serviu para indicar conhecimento em sentido amplo, genérico, como na expressão “tomar ciência”, cujo significado é “ficar sabendo”. Aos poucos, porém, como veremos, ganhou também sentido restrito, passando a designar o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados em relação a determinado domínio do saber. Metodologia significa, na origem do termo, estudo dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência. É uma disciplina instrumental a serviço da pesquisa. Ao mesmo tempo visa conhecer caminhos do processo científico, também problematiza criticamente, no sentido de indagar os limites da ciência, seja com referência à capacidade de conhecer, seja com referência à capacidade de intervir na realidade. Epistemologia Epistemologia vem de episteme = termo grego que designa ciência; logia/logos = estudo. Também conhecida como Filosofia da Ciência, a área se ocupa da fundamentação da ciência. “A ciência sem a epistemologia – na medida em que tal seja imaginável – é primitiva e confusa” Metodologia Científica Aplicada A Metodologia Científica está destinada à pesquisa e à elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos. Aliás, muitos são os motivos para estudar Metodologia Científica. Vamos ver alguns deles: 1 Porque o conhecimento científico não existe sem método, sem uma linguagem específica, ou um rigor próprio. 2 Porque o maior desafio da Instituições de Ensino Superior está em desenvolver a postura de um pesquisador ao longo do processo educacional. 3 Porque é preciso desenvolver a autonomia do pensamento, muito presente no meio acadêmico. No exercício profissional, o sucesso está intimamente relacionado à capacidade de planejar e de organizar o pensamento, muitas vezes adquirida por meio da busca do conhecimento, através das práticas de leitura e da participação das atividades acadêmicas. Mas...o que significa conhecer? Significa incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer. E qual o valor do conhecimento para a vida humana? É o resultado das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana. O conhecimento pode ser obtido de diversos modos, através do método científico, das hipóteses, das leis e teorias científicas, bem como por meio da pesquisa científica e da elaboração de trabalhos acadêmicos. Há muitas maneiras de estudar a realidade... No mundo acadêmico os modos de conhecer são classificados em: Senso comum ou conhecimento empírico Conhecimento Científico Conhecimento Filosófico Discurso Religioso ou Conhecimento teológico Senso comum ou conhecimento empírico Como podemos definir o senso comum? Aquilo que assimilamos por tradição. Ideias que nos ajudam a interpretar a vida e a julgar certas situações. Na verdade, estamos mergulhados no senso comum, que geralmente se apresenta como um saber ingênuo, fragmentado e por vezes conservador. O senso comum pode ser caracterizado em: Espontâneo Primário, simples e elementar. Nasce da tentativa do homem resolver seus problemas no dia a dia. Empírico Se baseia na experiência cotidiana comum. Subjetivo É relativo ao sujeito do conhecimento. É formado por juízos pessoais a respeito das coisas, ocorrendo o envolvimento emocional e valorativo de quem observa. Conhecimento Filosófico O que podemos entender por Filosofia? Segundo Maria Lúcia Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins dizem que: A filosofia é um modo de pensar que acompanha o ser humano na tarefa de compreender o mundo e agir sobre ele. Mais que postura teórica, é uma atitude diante da vida, tanto nas condições corriqueiras como nas situações-limites que exigem decisões cruciais. Radical: Originada do Latin radix, radicis significa raiz e, no sentido figurado, “fundamento”, “base”. A filosofia é considerada radical porque busca explicitar os conceitos que estão na base do pensar e do agir. Investiga as raízes, os princípios que orientam nossa existência. Rigorosa: O conhecimento filosófico pode ser rigoroso, pois o filósofo deve dispor de um método a fim de proceder com rigor na investigação. . São vários métodos para proceder a investigações e desenvolver um pensamento rigoroso, fundamentado, coerente e expresso numa linguagem também rigorosa. Os conceitos devem ser claramente definidos. Saber de conjunto: Ter como característica o Saber em conjunto. Significa que a filosofia é globalizante porque, ao examinar, observa os diversos aspectos de um problema e por visar o todo, ela se torna interdisciplinar. Quais as características do conhecimento científico? Saber racional que obedece a regras, leis, princípios e se contrapõe ao saber ilusório, às emoções e às crenças. Saber lógico e sistemático porque as ideias formam uma ordem coerente. Saber verificável e metódico, pois é passível de exame para ter sua pretensão confirmada ou não. Para tanto segue uma técnica, um procedimento. Enquanto o conhecimento científico se fundamenta na evidência dos fatos observáveis e a Filosofia na lógica de seus enunciados, o conhecimento teológico se preocupa com a revelação divina. O conhecimento teológico ou religioso passa necessariamente por representações abstratas que influenciam as ações no mundo da vida, bem como conferem sentido às angústias e inquietações da consciência. Neste ponto não só representa uma explicação sobre a origem de todas as coisas como desvela o modo de determinada cultura entender e interpretar a sua própria existência. • Na Idade Média, diversos detentores de “conhecimentos”, não aceitos pelo status quo, foram considerados hereges ou feiticeiros e pereceram em masmorras ou fogueiras. • Interferência religiosa. • Um exemplo dessa interferência foi o caso do físico e astrônomo italiano Galileu Galilei (Pisa 1564 – Arcetri 1642). • Foi preso, torturado e condenado pela Inquisição a negar suas descobertas científicas e a ler em voz alta e em público um manuscrito que o condenava. Galileu Galilei • Contestando os dogmas da Igreja acerca da filosofia natural, fundamentalmente assentes na autoridade indiscutível de Aristóteles, Galileu pretendia investigar a Natureza diretamente, com base nos dados fornecidos pelos sentidos, isto é, na observação e na experiência empírica. • Considerava que, para observar a Natureza, era necessário conhecer a língua em que estava escrito o "Grande Livro do Mundo": a Matemática. • Para Galileu, a matemática era como um instrumento de obtenção de certeza superior à própria lógica. Defendia que se deve medir tudo o que pode ser medido e tornar mensurável o que não pode ser medido. Pós-modernidade, construtivismo social ou relativismo • Defensores alegam não haver critérios objetivos para decidir a respeito do valor das teorias. • Thomas Kuhn (1922-1996) - substituição de uma teoria científica por outra. • As teorias são deixadas de lado por não serem capazes de resolver suas “anomalias”. • O relativismo radical afirma que se os fatos são estabelecidos pelas teorias e estas são de livre escolha dos cientistas, então não há critérios lógicos ou racionais para decidir acerca da validade das teorias, todas têm o mesmo valor • Uma teoria é composta por um conjunto organizado de argumentos, alguns são mais centrais, os ditos fundamentais, sobre os quais os demais se sustentam. • Por isso, não há como contraditar teorias,mas se pode contradizer os seus argumentos, especialmente os fundamentais. É o problema da validação. • Princípio da identidade, o qual requer que o sujeito acusado de um ato seja perfeitamente identificável. • Princípio da não contradição. Esse princípio aplica-se nas definições formalizadas ou lógicas que são diferentes das argumentações acerca do que se faz ou das práticas sociais, como as que se dão no âmbito da ética (política). Princípio do terceiro excluído - determina que apenas duas qualidades podem ser atribuídas ao sujeito da proposição, não há uma terceira em disputa Situações sociais e suas técnicas para estabelecer o verossímil Situação dialética é um debate que pode se dar entre duas pessoas, por um tempo extenso, ou mesmo por uma pessoa quando pensa os prós e os contras a respeito de algum problema, é a que predomina na produção de conhecimentos científicos. • Situação retórica, que é a contraparte da dialética, requer técnicas que têm por objetivo persuadir ou convencer um público amplo, em um tempo curto, a adotar os posicionamentos apresentados pelo orador, os quais serão admitidos ou não pelo auditório que é o juiz do que dizem os oradores. • Situação de exposição (didascália) tem por objetivo apresentar o considerado conhecimento confiável aos que precisam ou querem aprendê-lo; logo, é uma comunicação unilateral, os aprendizes não estão autorizados a decidir a respeito do exposto. • Senso comum se manifesta através das crenças do povo. • É um saber não sistematizado mas muito útil para guiar o homem na sua vida cotidiana. Aula 2: O que podemos entender pelo termo razão? O termo racional vem da palavra razão e pode ter várias acepções como: razão humana, razão particular, razão universal, razão divina etc. Cada adjetivo adicionado ao termo altera o sentido do conceito razão. Pressupondo que razão e intelecto se equiparam e considerando a ideia de razão como uma faculdade humana, podemos nos questionar: E racionalidade? O que é? Racionalidade liga-se à ideia de racional, compreendendo dessa maneira que o ser humano é um ser racional, que os meios que utilizam são racionais, que o mundo é racional, ou seja, acreditamos que o ser humano e o mundo são inteligíveis, suscetíveis de serem entendidos. Galileu, por exemplo, acredita que o homem e o mundo são inteligíveis e suscetíveis de entendimento ao tentar refutar uma das ideias de Aristóteles. O que significa Sistemático? O termo sistemático liga-se à ideia de sistema, que denota o sentido de um todo organizado, interconectado em suas partes. Uma pesquisa, por exemplo, segue um método sistemático porque é um processo de construção do conhecimento a partir de objetivos gerais e específicos que visam alcançar algum fim. Cada etapa da pesquisa dever estar interconectada formando um sistema coerente de procedimentos e ideias, constituindo, assim, um todo organizado. Pode-se notar que a intenção de Galileu era remontar um cenário, dentro de um sistema, que desmistificasse os feitos de Aristóteles baseado nos fatos. É interessante observar que, ao falarmos em termos como racional e sistema, nos vinculamos ao sentido de método. E o que seria Método? A palavra método vem do grego μέθοδος (méthodos) ― caminho para chegar a um fim. Nossos dicionários definem método como o conjunto de procedimentos para atingir um objetivo, ou seja, uma maneira ordenada e sistemática de agir. Assim fez Galileu, de maneira ordenada, provando que Aristóteles estava errado através da queda das esferas.” Portanto, Metodologia é um conjunto de métodos. Por isso, nos acostumamos a dizer que uma pessoa é metódica quando segue um método de trabalho ou quando se preocupa com os detalhes. Mas você já analisou por que o método é tão importante? Veja, então, a sua utilidade: Ajuda a compreender o processo de investigação; Possibilita a demonstração; Disciplina suas ações; Ajuda a perceber erros; Auxilia as decisões do cientista. O método é, então, um plano de ação, em que a técnica utilizada é o modo ou a maneira de realizar a atividade pretendida, permitindo que o procedimento escolhido ocorra de maneira hábil e, se possível, perfeita. o método dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo dos enunciados, apresentando uma conclusão inevitável, a partir de dados gerais para dados particulares. As três etapas que compõe o método indutivo tem como objetivo a observação dos fenômenos com a finalidade de descobrir as suas causas, comparando ou aproximando os fatos, na tentativa de encontrar a relação entre eles. Características que distinguem os argumentos Até aqui estudamos duas abordagens importantes para o método científico: a abordagem dedutiva (dependente da lógica) e a indutiva (dependente da experiência empírica). Se por um lado podemos criticar o método dedutivo por não ampliar o conhecimento, por outro podemos apontar que ele nos traz um conhecimento provável, pois somente um exame de todos os elementos garantiria uma indução perfeita. Neste caso, se algumas induções não se confirmam, deve-se buscar os elementos que resultaram em erro, não abandonando a investigação. Assim, encontramos duas características que distinguem os argumentos: DEDUTIVO • Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será verdadeira. • Toda a informação contida na conclusão já estava presente nas premissas. INDUTIVO • Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será provável. • A conclusão apresenta informação que não estava presente nas premissas. Método hipotético-dedutivo Karl Popper (1922-1996) criticou o método indutivo e lançou as bases do método chamado hipotético-dedutivo que consiste na construção de hipóteses, cujas predições devem se submeter ao critério da falseabilidade. O que esse exemplo quer dizer? Quer dizer que, se o cientista seguir rigorosamente cada fase desse método e, ao final, constatar que sua hipótese deve ser refutada, como no caso do líquido do copo que deixa de ser água, poderá encontrar argumentos científicos suficientes para formular críticas às teorias existentes e seus paradigmas. Essas teorias foram consideradas como ponto de partida para novas pesquisas. Toda hipótese contém uma predição (ato de predizer, profetizar, supor), ou seja, uma suposição e precisa passar pelo falseamento. O cientista testará sua hipótese, analisará os resultados para alcançar a confirmação de sua suposição ou refutá-la. Se a hipótese não for corroborada, poderá, a partir dos dados obtidos, construir nova hipótese. Efetividade • A efetividade é avaliada pela realização dos objetivos do fazer. Se os objetivos foram alcançados, então se diz que foi efetivo, ou seja, eficaz e eficiente. • Um procedimento pode ser eficaz e muito dispendioso, logo, ineficiente. • A efetividade é constituída por duas qualidades: a eficácia e a eficiência. Inferência • O aspecto inferencial é de outra natureza, refere-se aos argumentos utilizados para explicar porque são eficazes e eficientes. • Dedução que exclui as alternativas ou as hipóteses https://estacio.webaula.com.br/cursos/GON299/galeria/aula2/docs/falseabilidade.pdf • O esquema geral da inferência é denominado silogismo, palavra grega que significa tanto inferência quanto dedução. • Todo homem é mortal - premissa maior ou proposição afirmativa inicial. • Sócrates é homem - premissa menor, termo médio, pelo qual se chega à conclusão Logo, Sócrates é mortal - conclusão. Decisão salomônica • Estes tipos de declarações não permitem uma decisão lógica, racional, pensada ►os argumentos acerca deles mesmos ou autorreferentes não se resolvem pela escolha de uma das afirmações. Os argumentos e a validade • Há argumentos perfeitamente lógicos que não são válidos do ponto de vista experimental ou empírico. Gêneros ou tipos de ciências • Construtivas: são as Matemáticas e as Lógicas, quese caracterizam por desenvolverem seus argumentos uns sobre os outros a partir de axiomas ou hipóteses de partida, construindo os argumentos válidos. • Reconstrutivas são todas as demais. Nestas se procura reconstruir ou reconstituir os fenômenos para os explicar. Oaspecto inferencial é uma reconstituição do que se fez e faz para explicar a razão do fracasso, logo, saber como realizar algo de maneira eficaz e eficiente. Gêneros ou tipos de ciências Os argumentos utilizados nas ciências reconstrutivas não são válidos por serem lógicos, mas por serem adequados e pertinentes ao que se está estudando • Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, Cavaleiro de Lamarck (1744-1829), sustentou que as espécies existentes procedem das anteriores que se modificaram para se adaptarem ao habitat ou meio. • A explicação de Lamarck foi refinada por Charles Darwin (1809-1882) que propôs que a sucessão das espécies em um habitat decorre da “seleção natural” e da “seleção sexual”. A seleção natural • É similar à realizada pelos agricultores e pecuaristas, salvo por um aspecto: não é intencional, se dá por acaso. • Então é impróprio dizer: “a natureza fez isto ou aquilo”, pois não há intenção na natureza. • A seleção natural ocorre por mudanças ambientais que forçaram o desaparecimento de indivíduos bem adaptados ao meio e permitiram a sobrevivência dos não muito adaptados ao anterior. • Não é preciso evocar alguma explicação mais complicada a respeito da sucessão das espécies. • Darwin utilizou um dos critérios da argumentação científica conhecido como “a navalha de Occam” (princípio da parcimônia). A navalha de Occam é um princípio, atribuído a Guilherme de Occam, que viveu no século XIV, o qual recomenda recorrer Teoria da sucessão das espécies • Premissa da seleção sexual, segundo a qual as fêmeas selecionam os machos, mantendo as características da espécie. • Não se trata de uma escolha intencional, mas sensorial (estética, de sensação, percepção), de apreensão das características próprias da espécie. • Os conhecimentos científicos reconstrutivos referem-se a fenômenos delimitados no espaço e no tempo, têm validade na escala estabelecida em cada ciência, logo, não são generalizáveis para além ou aquém do que dizem. Método generalista: Haveria um método geral para produzir conhecimentos confiáveis? Há regras gerais de conduta e de análise dos argumentos, pois elas são necessárias em qualquer situação que tem por objetivo estabelecer a verdade ou verossimilhança do que se diz acerca do sujeito de uma proposição, como vimos. Aula 3: Então, dizemos que pesquisa é... ... uma atividade voltada para a solução de problemas por meio dos processos do método científico. Segundo Eva Maria Lakatos (1992, p. 43), a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos. Podemos, assim, indicar três elementos que caracterizam a pesquisa: 1 - O levantamento de algum problema. 2 - A solução à qual se chega. 3 - Os meios escolhidos para chegar a essa solução, como os instrumentos científicos e os procedimentos adequados. E quanto ao termo pesquisa científica, do que se trata? Se trata do tipo de pesquisa que objetiva contribuir para o desenvolvimento do conhecimento humano em todas as áreas, sendo sistematicamente planejada e executada segundo critérios rigorosos de processamento das informações Normas metodológicas consagradas pela ciência:Tem por base procedimentos racionais e sistemáticos, ou seja, é a atividade científica pela qual se descobre a realidade. Uma pesquisa será considerada científica, se for objeto de investigação planejada, desenvolvida e redigida conforme as normas metodológicas consagradas pela ciência. As razões das pesquisas científicas podem ser classificadas em: Razões de ordem prática, que vem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo. Este presente trabalho desenvolve um estudo sobre os benefícios da linhaça na redução do colesterol. O objetivo é provar as potencialidades das sementes que são capazes de melhorar a função do intestino, da pressão arterial e diminuir os riscos de doenças no coração. Fonte: G1 - Paraná (RPC TV) Razões de ordem intelectual, que decorrem do desejo de conhecer. Esta pesquisa objetiva estudar as novas configurações das instituições contemporâneas e seus processos subjetivos, a partir da análise de políticas públicas inclusivas. Analisa os fundamentos teóricos e empíricos implicados na formulação, implementação e avaliação das políticas públicas inclusivas na área da educação, com ênfase especial ao chamado novo paradigma — inclusão. Fonte: Núcleo de Pesquisa, Educação e Trabalho da UFPR Quanto ao Pesquisador... É importante destacar que a possibilidade de êxito na tarefa de pesquisa depende das razões e motivações do pesquisador. Curiosidade, criatividade, integridade intelectual, atitude autocorretiva, sensibilidade social, imaginação disciplinada, perseverança, paciência e confiança na experiência são ações e atitudes que devem ser incorporadas à pessoa que for ou estiver no papel de pesquisador, como é o caso dos estudantes que estão escrevendo trabalhos apenas para fins acadêmicos. Classificação da pesquisa A classificação da pesquisa está relacionada à sua natureza, ou seja, àquilo que compõe a essência da pesquisa: Pesquisa pura Conhecida também por básica ou teórica, a Pesquisa Pura objetiva gerar novos conhecimentos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. É motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador. Exemplo: A origem do universo. Pesquisa aplicada É aquela que objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. Exemplo: A busca de uma vacina contra a AIDS. Abordagem da pesquisa Quanto à abordagem, a pesquisa pode ser dividida em: Qualitativa Neste enfoque não há medição numérica, como nas descrições. Seu propósito está em reconsiderar ou reconstruir a realidade observada. Assim, considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e o sujeito. É descritiva e utiliza o método indutivo. O processo é o foco principal. Quantitativa Neste tipo de pesquisa temos a coleta e a análise de dados para dar conta das questões que envolvem a pesquisa. Ela utiliza métodos estatísticos e traduz em números opiniões e informações para classificá-los e organizá- los. Objetivo da pesquisa Quanto aos objetivos, a pesquisa pode ser: A pesquisa descritiva tem como objetivo principal descrever as características de algum fenômeno observado, descobrir a frequência com que ocorre, sua relação e sua conexão com outros fenômenos. Esta modalidade é típica das ciências humanas e sociais. Neste tipo de pesquisa, o estudante deve observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos variáveis, sem manipulá-los. Veja alguns exemplos: • características de um grupo social; • nível de atendimento de determinada empresa prestadora de serviço; • levantamento de opiniões, atitudes e crenças de um segmento da sociedade; • pesquisas eleitorais que apontam a preferência político-partidária de determinados grupos etc. A pesquisa exploratória é considerada o passo inicial de qualquer pesquisa. Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou viabilizar a construçãode uma hipótese. Neste modelo temos a possibilidade do aprimoramento de ideias. Geralmente, neste tipo de pesquisa, há o levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que experimentaram situações que estejam sendo pesquisadas e análise de exemplos. A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso são exemplos de pesquisas exploratórias. Descritiva: Aqui o objeto é identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Neste modelo temos um efetivo aprofundamento de conhecimentos, porque se busca entender ou explicar as razões das coisas ― fato que amplia o entendimento. Nada impede que uma pesquisa explicativa seja a continuação de uma pesquisa descritiva ou exploratória. Nas ciências naturais, por exemplo, utiliza-se o método experimental. Nas ciências sociais utilizam-se outros métodos, tais como o fenomenológico e dialético, além de exigir elevado grau de controle. Procedimentos da pesquisa Pesquisa bibliográfica: É uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho. Consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa. Levando em consideração que bibliografia é o conjunto dos livros escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou anônimos, a pesquisa bibliográfica é o exame de uma bibliografia para levantamento e análise do que já se produziu sobre o assunto que assumimos como tema da pesquisa científica. Há dois tipos de fontes: Primarias: Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão. Secundárias: Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância. Pesquisa documental; Trata-se de uma pesquisa realizada através de certos documentos como: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos etc. Para Antônio Carlos Gil (1991), a pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica, mas possui uma diferença: “A diferença está no fato de a bibliográfica utilizar fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. A documental utiliza materiais que não receberam o tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados.” Pesquisa de campo: É a investigação empírica, isto é baseada na experiência, realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações. Segundo Antônio Joaquim Severino, na pesquisa de campo “o objeto é abordado em seu próprio meio. A coleta de dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente observados.” (2007, p. 123) Veja um exemplo interessante de pesquisa de campo. Pesquisa histórica; Você já reparou que os filmes de época exigem um estudo histórico prévio? Assista ao trailer do filme 300 de Esparta e perceba os detalhes que foram levantados através da pesquisa histórica. Detalhes como vestuário, comportamento, linguajar, arquitetura, papel de cada personagem etc. são detalhes levantados por meio da pesquisa histórica, pois é ela que descreve o que já aconteceu, sob a forma de investigação, registro, análise e interpretação de fatos ocorridos no passado, para poder compreender o presente. Os dados podem ser coletados por meio das: Fontes Primárias: Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão. https://etecagricoladeiguape.com.br/projetousp/Biblioteca/ENEGEP2001_TR21_0672.pdf Fontes Primárias: Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância. Pesquisa comparada: A pesquisa comparada procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados. Um bom exemplo de pesquisa comparativa está nos levantamentos sobre os aparelhos tipo smartphones, sempre realizados quando há lançamentos de novos modelos e tecnologias. Estudo de caso: estudo restrito a uma ou poucas unidades entendidas, como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país. O Estudo de Caso constitui-se em uma metodologia de ensino participativa, voltada para o envolvimento do aluno. Há Estudos de Casos, por exemplo, que apresentam situações em que empresas e pessoas reais precisam tomar decisões sobre um determinado dilema. A condução do método envolve um processo de discussão, em que alunos devem se colocar no lugar do tomador de decisão, gerar e avaliar alternativas para o problema, e propor um curso de ação. Amplie os seus estudos sobre Estudo de Caso. Conecte-se com moderação Com a globalização, a internet se tornou uma grande fonte de pesquisa. Nela encontramos muitas informações através dos sites de busca. Por isso, ao se fazer a opção de utilizar a internet como fonte de pesquisa é importante se preocupar em buscar informações apenas em sites confiáveis. As informações extraídas da internet podem ajudar muito na elaboração da pesquisa. Contudo, é preciso ter atenção quanto à propriedade intelectual do material que se está utilizando. Em qualquer situação é importante respeitar as regras de utilização das informações disponíveis. Nunca utilize informações de outros sem fazer referência à fonte. Propriedade intelectual Soma dos direitos relativos às obras literárias, artísticas, científicas, fonogramas, emissões de radiofusão, invenções variadas, desenhos de modelos e marcas (patente) etc. Conhecimento e Sociedade Quando a pesquisa científica ocorre? Necessidade da divulgação científica para popularização da ciência. https://metodologiadapesquisa.blogspot.com.br/2008/06/o-design-do-estudo-de-caso.html • Desde a Revolução Industrial no século XVIII e XIX às primeiras décadas do século XXI, os impressionantes avanços da ciência em todas as áreas – da física à medicina ou às tecnologias de informação e comunicação que inundam nosso cotidiano – consolidaram a centralidade do conhecimento no mundo contemporâneo. • Década de 80 – Brasil responsável por 0,4% da produção científica mundial. • Atualmente: 2,7% da produção científica mundial. • Brasil – 13º país em produção científica. • Investimento no ensino superior: graduação e pós-graduação; • Investimento do governo e agências de fomento; • Investimento de universidades em pesquisa (iniciativa pública e privada). • Em pouco mais de 20 anos, a produção científica brasileira aumentou 10 vezes; • Porém, patentes ainda continuam tímidas. • Pesquisas em diversas áreas: • Saúde; • Meio Ambiente; • Informática; Ciências Sociais etc. Como é divulgado o conteúdo científico? • Canais frequentes; • Pares; • Públicos específicos X público geral. O interesse do brasileiro • Tema: Ciência e Tecnologia. • Pesquisa do CNPq/2006 • Entrevistados: Homens e Mulheres com + de 16 anos ► 2.004 pessoas Abrangência: 5 regiões brasileiras. • Medicina e Saúde; • Meio Ambiente; • Ligação com interesse público. Mas por quê baixo interesse? Destaque para: • 37% não compreende; • 24% não tem tempo; • 7% não precisa saber sobre isso. Em 2010 Destaque para: • 36,7% não compreende (se manteve); • 16,8% não tem tempo (baixou); 3,6% não precisa saber sobre isso (baixou) • Onde estão os pesquisadores? • O que há de ciência emnosso dia a dia? • Como contribuímos para o conhecimento científico? Credibilidade • Profissionais com maior credibilidade: • Médicos e Jornalistas. • Entrevistas e Reportagens. Percepção • Segundo a pesquisa do CNPq (2010) a percepção que o brasileiro tem é que: Cientistas são pessoas inteligentes que fazem coisas úteis à humanidade e que o interesse maior é ajudar a humanidade Aula 4: Durante a leitura, experimentamos um mundo totalmente novo ou melhoramos o nosso. E isso é muito gratificante, não é mesmo? Saber ler de maneira eficiente nos ajuda a descobrir novos caminhos, fertiliza a inteligência, nos ajuda a compreender a vida e a viver melhor ao lado do outro. Uma mente fertilizada tem mais chance diante da crise. Tudo bem que agora não é necessário adquirir um livro para ler um bom texto, já que as mídias eletrônicas possibilitam a leitura em telas. Porém, mesmo com essa tecnologia, as principais fontes de pesquisa e conhecimento ainda são os bons e velhos livros, principalmente no meio acadêmico. O que você faz quando chega numa livraria? Vamos ver um passo a passo de como escolher um livro... 1. Título Observe o título e o subtítulo, se houver. Na maioria das vezes, ele indica o assunto e, às vezes, até a intenção do autor. Orelha Se o livro apresentar “orelhas”, faça a leitura da informação trazida nelas. Na que acompanha a capa, geralmente encontramos uma apreciação da obra feita por alguém de prestígio. Ficha Catalográfica Em seguida, leia a ficha catalográfica e verifique as qualificações da obra e do autor. Atente-se para a data da publicação e certifique-se de que é a versão mais atualizada. A ficha de catalogação para publicação, ou Ficha Catalográfica, tem suas origens nas fichas de papel dos catálogos de consulta de acervo de bibliotecas. As fichas eram criadas em cópias para serem colocadas nos livros e nos catálogos em gavetas. Havia tantas fichas quanto houvesse catálogos de busca: por título, por autor, por assunto. Convenções de padronização determinaram regras diversas, tal como qual entrada deve ser a primária ou como referir-se às informações da obra na ficha. A Biblioteconomia é a área responsável por esse tipo de informação. No Brasil, a entidade mais frequentemente associada à catalogação é a Câmara Brasileira do Livro, CBL, em um serviço totalmente online. Sumário Verifique o sumário. Nesta parte você encontrará uma divisão em tópicos de como o livro foi organizado. Muitas vezes é ele que nos dá a dica de que o livro traz exatamente o assunto que estamos pesquisando. Prefácio Se possível, leia a introdução ou o prefácio, se houver. Neste, o autor apresenta a metodologia usada e os objetivos do trabalho realizado ou até mesmo um resumo do livro. Orelha Na “orelha” que acompanha a contracapa é comum encontramos informações sobre o autor do livro e suas obras publicadas. Contracapa A contracapa ajuda muito na nossa escolha. Ela costuma conter um texto de apresentação, a sinopse, ou mesmo um trecho do livro, dando uma espécie de amostra do que vamos encontrar nele. Agora a leitura nos levará às técnicas de estudo Bem, já sabemos a importância da leitura, já sabemos identificar as partes do livro que nos ajudam a escolhê-lo, agora vamos aprender algumas técnicas de estudo, baseadas obviamente na leitura, que nos ajudarão a organizar as ideias encontradas nos textos e, melhor ainda, nos ajudarão a recuperar essas ideias quando mais precisarmos delas. Você lembra que na aula 3 vimos que a pesquisa bibliográfica é a etapa fundamental do trabalho científico? É ela que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho. Pois bem, essa é a fase que consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas ao que se pretende estudar. O fichamento, por exemplo, configura um aperfeiçoamento da pesquisa bibliográfica, porque contém comentários pessoais sobre a leitura e algumas citações-chave. Ou seja, trata-se de uma técnica de estudo que ajuda na organização do conhecimento. https://estacio.webaula.com.br/cursos/GON299/galeria/aula4/docs/ficha_catalografica.pdf https://cbl.org.br/ Agora, você terá a oportunidade de conhecer, através do Banco Internacional de objetos educacionais do MEC, tudo sobre fichamento. Fichamento: quando utilizar e como elaborar Apresenta sobre como e quando se devem utilizar os fichamentos. Mostra como elaborar os fichamentos de forma adequada para cada tipo de documento ou trabalho a ser representado. Aborda de forma simples como confeccionar os textos em fichamentos. Resenha O termo resenha é um substantivo feminino que significa ato ou efeito de resenhar. E resenhar, do latim resignare, é uma descrição do conteúdo de uma obra. O fichamento de leitura ajuda na construção de análises textuais como os resumos e resenhas. Vamos agora conhecer um pouco mais sobre essas análises que diversificam a atividade de estudo e propiciam informações e novos conhecimentos. Resenha Segundo apontam Lakatos e Marconi (1996, p. 211), a resenha apresenta um conteúdo crítico sobre determinada obra. Sua importância está em desenvolver a capacidade de proferir juízos críticos sobre a leitura: Resenha (...) é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo e na crítica, formulando, o resenhista, um conceito sobre o valor do livro. (...) a resenha em geral é feita por cientistas que, além do conhecimento sobre o assunto, têm capacidade de juízo crítico. Também pode ser feita por estudantes; neste caso, como um exercício de compreensão e crítica. Para iniciar-se nesse tipo de trabalho, a maneira mais prática seria começar por resenhas de capítulos. Etapas para elaborar uma resenha Situar as ideias do autor no contexto geral de seu próprio pensamento; Situar o autor em um contexto mais amplo, mostrando o sentido de sua perspectiva e destacando os pontos importantes ou originais de seu pensamento; Desvelar os pressupostos que aparecem e que justificam a posição assumida pelo autor; Comparar as ideias do texto com ideias afins; Crítica: formular um juízo crítico, uma avaliação, uma tomada de posição. https://objetoseducacionais2.mec.gov.br/ https://objetoseducacionais2.mec.gov.br/ No caso da técnica de estudo da resenha, elaboramos uma análise interpretativa (Interpretar significa tomar uma posição própria a respeito das ideias enunciadas). Como você já percebeu, o resenhista precisa ter conhecimentos na área. Você deve iniciar-se na prática, começando pela elaboração de resumos para, pouco a pouco, adquirir habilidades para vir a elaborar uma resenha. Resumo Mas, afinal, o que significa resumir? Seria copiar frases do texto? Resumo é uma síntese sob forma de redação do fichamento de leitura, buscando compreender o sentido do texto. Uma apresentação sucinta e ordenada das ideias centrais do texto lido, sem a utilização de citação (SANTOS; MOLINA; DIAS, 2007, p. 105). Dentro do campo científico, a técnica de resumo pode ser: Parte de um trabalho científico Produção seguida de palavras-chaves, que faz parte dos elementos pré-textuais de trabalho técnico científico e que deve estar em língua vernácula e língua estrangeira. Um trabalho acadêmico Não tem número definido de palavras, deve apresentar um cabeçalho (nome da IES, curso, período, turma, disciplina, professor, aluno) e constar a referência completa da obra estudada. Quando elaboramos um resumo, produzimos uma análise temática do texto lido. É o momento da compreensão do texto, entendendo as ideias do autor. Segundo Severino (2007), ao elaborar um resumo, o leitor deve fazer as seguintes perguntas: Qual é o tema? Qual a perspectiva da abordagem? Como o assunto foi problematizado? Como o autor responde ao problema? Que posição assume? Que ideia defende? O quequer demonstrar? Como o autor comprova sua tese? Na análise temática percebemos o raciocínio do autor e sua argumentação. O resumo de um texto é a síntese do raciocínio do autor e não a mera redução de parágrafos. Como vimos lá no início da aula, muitos acreditam que os jovens não leem mais por causa dos avanços tecnológicos e isso teria causando um empobrecimento da linguagem. Acreditam também que essa preguiça esteja afetando a qualidade dos trabalhos acadêmicos devido ao uso excessivo de obras de terceiros sem as devidas referências, já que é muito mais fácil “copiar e colar” do que criar. E, convenhamos, quem não lê não escreve bem e prefere “roubar” as palavras dos outros. É óbvio que a tecnologia ajuda na busca de informações. Porém, quando encontramos o que queremos, o nosso problema está apenas parcialmente resolvido, pois é preciso saber apresentar suas descobertas. Será por meio das técnicas de estudo vistas nesta aula — fichamento, resumo e resenha — que você terá meios para desenvolver um texto que apresente as ideias pesquisadas para seus possíveis leitores. Você é o autor, valorize a sua escrita! Pesquisa: por onde começar? • O maior desafio é aprender a formular perguntas que podem corresponder àquelas respostas que a natureza ou a sociedade nos apresentam. • Você poderia supor que as mulheres escolhem Pedagogia porque gostam de crianças e que os homens escolhem Engenharia porque gostam de cálculos. • A causa do fenômeno seria então apenas uma questão de características de ser homem ou mulher? • De pergunta em pergunta, surgem novas pistas de investigação que pouco a pouco poderão conduzir você a uma compreensão mais completa e consistente do que você observou. Para formular essas perguntas, inicialmente você tem que reunir algumas hipóteses explicativas • O sexo da pessoa determina o gosto por crianças ou por matemática? • Assim, será possível verificar suas implicações e testar sua adequação ao fenômeno que você quer entender. • A formação de um cientista ou pesquisador, mais do que um processo acadêmico, se faz pelo desenvolvimento de um conjunto de atitudes ou posturas intelectuais em face do contexto e frente a si mesmo. O trabalho intelectual não pode ser separado da vida. Conhecimento e Educação • O conhecimento científico é diferente de outros tipos de conhecimento pelo modo como é produzido. • Uma das características do trabalho científico é que ele, na realidade, não nasce de uma mente iluminada, mas de um diálogo entre você e outros que se interessaram pelo mesmo tema. • Vivemos há várias décadas um contexto que, sobretudo a partir da Segunda Guerra Mundial, tem trazido, numa dimensão global, a aceleração cada vez maior da produção e do consumo de produtos que incorporam conhecimentos de base científica transformados em tecnologia. • Responsabilidade social da universidade ► uma das principais instituições encarregadas da produção e disseminação do conhecimento científico. • A pesquisa científica nas universidades e seu trabalho de formação de profissionais e de novos pesquisadores passa a ter um caráter estratégico para o desenvolvimento e o bem-estar das nações. • Até a Idade Média, os profissionais que hoje identificamos como cientistas ou pesquisadores eram fundamentalmente filósofos que estudavam as obras da Antiguidade Clássica. • Desenvolviam suas pesquisas nos mosteiros a partir do estudo da teologia, filosofia, literatura e eventos naturais, no contexto de uma visão religiosa do mundo, balizada pela leitura da Bíblia. • O controle eclesiástico sobre a atividade científica naquele período limitou a maior parte do esforço de pesquisa às tentativas de explicar o universo sem contradições com o que estava descrito nas Sagradas Escrituras. Todas as explicações que não corroborassem isso, eram consideradas heresias e eram passíveis de punição com perseguição e até morte. • A universidade de Paris, fundada em 1208, foi organizada a partir da associação de professores e estudantes de várias disciplinas numa corporação com alguma autonomia em relação à Igreja e ao Estado, guardando similaridades com o que hoje se considera uma universidade. • As universidades se constituíram inicialmente como centros dedicados a estudos clássicos (latim, grego, lógica, retórica, aritmética, geometria, história natural e astrologia), que ofereciam também formação em direito, medicina e teologia. Somente a partir do século XVI, com a Reforma Protestante e a efervescência do pensamento cético com o Renascimento, ganhou maior impulso uma cultura de reflexão e investigação com mais liberdade de crítica frente aos dogmas da doutrina da Igreja e ao poder político, ainda que não sem retrocessos e dificuldades. • A ciência empírica não era valorizada no ambiente universitário até o século XVII. • Cientistas formavam sociedades ou associações, nas quais se reuniam periodicamente para discutir pesquisa empírica. • A crescente demanda de novas tecnologias para a indústria e o comércio, equacionando problemas do setor produtivo e aumentando sua eficiência, favoreceu o desenvolvimento do conhecimento científico e sua progressiva institucionalização progressiva a partir do século XIX. • Universidade de Berlim - 1810 No Brasil • As universidades brasileiras só foram organizadas a partir de 1920. • O sistema de ensino superior era composto por escolas autônomas, voltadas para a formação de profissionais liberais (advogados, médicos, engenheiros, agrônomos) Iniciativas nacionais • SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (http://www.sbpcnet.org.br/site/) • Afirmar a importância da ciência no país e angariar apoio junto aos governantes e à sociedade para a garantia de condições adequadas para o trabalho científico, especialmente o financiamento regular das atividades. • CNPq - Conselho Nacional de Pesquisa (1951) • CAPES – Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (1951) • FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (1960) • FAPERGS – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (1964) Desafios para a Ciência e a Universidade • A perspectiva de desenvolvimento econômico e social no século XXI supõe, necessariamente, que cada país amplie seu investimento em educação de qualidade de forma articulada às políticas de desenvolvimento da pesquisa científica, da tecnologia e da inovação, seja em termos de condições de infraestrutura, seja em termos de formação de recursos humanos. • Preparar futuros profissionais para uma atitude de permanente aprendizado, atento e crítico, para participar com autonomia intelectual e criatividade das transformações num mundo cada vez mais volátil, cujo futuro sustentável é responsabilidade de todos. • Você pesquisador. http://www.sbpcnet.org.br/site/ • Sociedade exige atualização. Grupo de pesquisadores dentro da universidade; projetos que atendam à sociedade. Aula 5: Você sabe por onde começar um trabalho acadêmico? A primeira fase de qualquer trabalho de pesquisa é a definição do que será estudado. Se o tema da pesquisa não for estabelecido pelo professor, você terá liberdade para fazê-lo. Porém, você deve ter cautela ao escolher o assunto que pretende investigar, porque essa flexibilidade pode te colocar em uma enrascada. Pensamos logo emescolher um tema de nosso interesse pelo nosso gosto, não é mesmo? Algo sobre o qual queremos saber mais e achamos atraente. Mas isso pode não ser nada produtivo. Ao escolher um tema, devemos levar em consideração, por exemplo, se há uma bibliografia considerável sobre o assunto, se esta é fácil de ser encontrada, se estamos seguros para desenvolver os argumentos etc. Não podemos escolher algo sobre o qual não conseguiremos falar, não é verdade? Isso, sem dúvida, comprometerá o desenvolvimento do trabalho. QUE VOU PESQUISAR? A inspiração para o tema pode vir de um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. A vivência diária, as questões polêmicas, reflexão, leituras, debates, discussões também nos servem como fontes de assuntos. PRECISA SER ORIGINAL? Originalidade não é pré-requisito. Você pode pesquisar um tema mesmo que este não seja inédito. SE O TEMA NÃO É INÉDITO, QUEM JÁ PESQUISOU ALGO SEMELHANTE? É importante saber quem já pesquisou o assunto escolhido e que contribuição deu para o seu desenvolvimento/conclusão. Para isso, procure trabalhos semelhantes ou idênticos e pesquise publicações na área. Depois liste os argumentos e veja quais textos você poderá utilizar para apoiar suas ideias. Essa revisão da literatura o ajudará até mesmo a organizar a estrutura do trabalho. Por que estudar esse tema? Que vantagens e benefícios a pesquisa proporcionará? Qual a importância profissional e cultural da pesquisa? As respostas dessas questões são as razões que o levarão a estudar o tema escolhido QUE QUESTÕES ESTOU DISPOSTO A RESPONDER? Deve-se definir claramente o problema, apresentá-lo no formato de perguntas e delimitá-lo em termos de tempo e espaço. QUE QUESTÕES ESTOU DISPOSTO A RESPONDER? Deve-se definir claramente o problema, apresentá-lo no formato de perguntas e delimitá-lo em termos de tempo e espaço. Planejar e pesquisar são o lema Seguindo os passos que acabamos de analisar fica fácil perceber como é importante fazer um planejamento do trabalho, não é mesmo? Então, antes de iniciar qualquer trabalho acadêmico, dedique-se ao planejamento, procure traçar o caminho mais eficiente para ficar claro o que se pretende com ele. Esse planejamento o ajudará a encontrar um tema interessante e sem obstáculos que comprometam a sua pesquisa. Assim, você caminhará com mais segurança ao realizar o trabalho, aumentando inclusive as chances de terminá-lo no prazo sem passar apertos, já que tem uma boa ideia de quanto tempo precisará dedicar a cada fase da pesquisa. Vale o esforço! O planejamento ainda contribui para a escolha de um tema que pode levar seu trabalho a ter uma aplicação prática. O que é uma bela recompensa, não é mesmo? Prepare-se bem e você economizará tempo mais tarde e não terá a chance de escolher um tema improdutivo. Tenha certeza! Problematizar, eis a questão! Depois de escolhido o tema, deve-se pensar no problema a ser estudado. Sabemos que o mais comum ao ouvirmos a palavra problema é pensarmos em obstáculo, contratempo, situação difícil, conflito, não é? Mas, no nosso caso, o problema é científico e significa assunto controverso, isto é, refletir sobre um assunto que ainda não foi satisfatoriamente respondido, em qualquer campo de conhecimento. Este problema, então, faz de um tema um objeto de pesquisas científicas ou discussões acadêmicas, em qualquer domínio do conhecimento. A clareza na formulação do problema científico refletirá na formulação dos objetivos e, consequentemente, no sucesso de sua pesquisa. Por que elaborar problemas científicos? Problematizar consiste em formular questões sobre o tema, ou seja, apresentar um questionamento que envolve o tema da pesquisa. É preciso esclarecer, portanto, que não se trata de uma simples pergunta, mas de um enunciado construído pela observação e investigação a partir de leituras aprofundadas sobre o tema escolhido. Essa tarefa envolve habilidades do pesquisador, o domínio do assunto, bem como a bibliografia disponível. Veja estes três exemplos: Problema de engenharia: Como fazer algo de maneira eficiente. Exemplos: “Como fazer para melhorar os transportes urbanos?” “Como aumentar a produtividade no trabalho?” Problema de valor: Aqueles que indagam se algo é bom ou mau, desejável ou indesejável, certo ou errado, melhor ou pior, se algo deve ou não ser feito. Exemplos: “Os pais devem dar palmadas nos filhos?” “Qual a melhor técnica para a propaganda?” Problema cientigico; problema é considerado de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis, podem ser observadas e manipuladas. O termo variável é o dos mais empregados na linguagem dos pesquisadores. Seu objetivo é o de conferir maior precisão aos enunciados científicos, sejam hipóteses, teorias, leis, princípios ou generalizações. O conceito de variável refere-se a tudo aquilo que pode assumir diferentes valores ou diferentes aspectos, segundo os casos particulares ou as circunstâncias (GIL, 2002, p.36). Exemplo: “Em que medida a escolaridade determina a preferência político-partidária?” Aqui temos duas variáveis relacionando-se: Variável 1: escolaridade Variável 2: preferência político-partidária Dos problemas às hipóteses Ao seguirmos a ordem das razões, podemos afirmar que a formulação de uma hipótese de pesquisa decorre da problematização. As hipóteses são as possíveis respostas encontradas para o problema formulado. A problematização requer possibilidades de respostas, que compõem alternativas que devem ser consideradas e examinadas. Agora que já sabemos como começar, vamos ver os tipos de trabalhos acadêmicos mais comuns. Você já conhece todos os tipos de trabalhos a que pode ser submetido enquanto estudante, suas particularidades e funções? Será que você já realizou algum deles? Confira. Relatório O Relatório é a parte final de uma pesquisa. Seu objetivo consiste em dar ao leitor o resultado completo do estudo, apresentando fatos, dados, procedimentos utilizados, resultados obtidos, chegando a certas conclusões e recomendações (RAMPAZZO, 2005). O Relatório está estruturado em: Elementos Pré- textuais Elementos Textuais Elementos Pós-textuais Capa Folha de rosto Introdução: escolha do assunto, delimitação, justificativa e objetivos; Revisão da bibliografia: apresentação da pesquisa bibliográfica sobre o assunto; Metodologia: procedimentos empregados para obtenção dos dados; Conclusão: análise e interpretação dos dados. Lista de referências usadas no texto. As referências devem ser elaboradas conforme as normas da ABNT Comunicação Científica ou Paper Segundo a ABNT (1989), paper é um pequeno artigo científico elaborado sobre determinado tema ou resultados de um projeto de pesquisa. É utilizado nas comunicações em congressos e reuniões científicas, sujeitos à sua aceitação por julgamento. A finalidade de um paper é formar um problema, estudá-lo, adequar hipóteses, cotejar dados, prover uma metodologia própria e, finalmente, concluir ou eventualmente recomendar. Por ser bastante técnico, o paper pode conter fórmulas, gráficos, citações e pés de página, anexos, adendos e referências. A última coisa que se destaca neste tipo de trabalho é a opinião do autor. Por isso, em um paper, o julgamento de quem o escreveu é velado e tem a aparência imparcial e distante, não deixando transparecer tão claramente as crenças e as preferências do escritor. Conforme Carmo-Neto (1996), os dados de um paper são geralmente experimentais, mensuráveis objetivamente. Mesmos os mais intuitivos ou hipotéticos sempre imprimem certo aspecto científico e quase sempre são formados a partir de uma metodologia própria para aquele fim. Seminário É um procedimento didático que consiste em levar o aluno a pesquisar a respeito de um tema, a fim de apresentá-lo e discuti-lo cientificamente.Poderá funcionar com um só grupo ou dividir-se em subgrupos, dedicando cada um deles ao estudo de aspectos particulares de um mesmo tema ou temas diferentes de uma disciplina. Cada integrante terá uma tarefa individualizada. Neste caso, a exposição poderá ficar a cargo de um representante do grupo ou poderá haver a apresentação de cada integrante individualmente. Para a dinâmica desta atividade em grupo, Eva Maria Lakatos (2004) sugere que o trabalho seja organizado com os seguintes participantes: Coordenador O Coordenador é representado pelo professor. É ele que propõe os temas, indica a bibliografia inicial, estabelece a agenda de trabalho e fixa a duração das apresentações. Relator O Relator será o componente responsável pela exposição dos resultados dos estudos do grupo, porém não é o único a falar em sala de aula. Comentadores Os Comentadores são os escolhidos pelo professor para o aprofundamento crítico do tema. Devem estudar com antecedência o tema a ser apresentado com o intuito de fazer críticas adequadas à exposição, antes da discussão e por ocasião do debate com os demais participantes. Organizador O Organizador é representado por um integrante do grupo. Este ficará responsável pelas reuniões, coordenará as etapas da pesquisa e poderá designar tarefas para cada componente do grupo. Secretário O Secretário será representado pelo integrante designado pelo professor para anotar as conclusões finais, após os debates. Debatedores Os Debatedores são todos os alunos da classe. Participam fazendo perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções, reforçando argumentos ou dando alguma contribuição. Anteprojeto de Pesquisa Trata-se de um documento temático que apresenta de maneira concisa o conteúdo de um projeto de pesquisa. É um estudo preparatório, esboço ou conjunto dos estudos preliminares, que irá constituir, depois das necessárias alterações, as diretrizes básicas do projeto definitivo. Um anteprojeto de pesquisa divide-se em: Elementos Pré- textuais Elementos Textuais Elementos Pós-textuais Folha de rosto Sumário Introdução: enunciar e delimitar o tema; objetivo geral; justificativa do estudo e bibliografia disponível; Metodologia: elaborar o esquema de trabalho: coleta e tratamento de dados e método de pesquisa adotado; Embasamento Teórico: é a parte da pesquisa em que o estudante apresenta os autores que serão utilizados na pesquisa e seus principais conceitos; Lista de referências. As referências devem ser elaboradas conforme as normas da ABNT. Cronograma: se refere às etapas da pesquisa e ao lapso de tempo que cada uma exige. Observação: A capa é um elemento pré-textual opcional. Projeto de Pesquisa O projeto de pesquisa apresenta os pontos principais que revelam a definição de um problema, a revisão sucinta da bibliografia e a metodologia. Assim, a primeira parte apresenta a introdução, o objetivo, a justificativa, as questões norteadoras ou hipóteses do estudo. Já a segunda parte contempla a metodologia, indicando o tipo de pesquisa que será desenvolvida e os instrumentos a serem utilizados. Um anteprojeto de pesquisa divide-se em: Elementos Pré-textuais Elementos Textuais Elementos Pós- textuais Capa Folha de rosto Sumário Resumo Lista de abreviaturas Introdução: enunciar e delimitar o tema; objetivo geral; justificativa do estudo e bibliografia disponível. Divide-se em: Considerações iniciais; Problematização (questão norteadora); Objetivos; Justificativa. Embasamento Teórico: é a parte da pesquisa em que o estudante apresenta os autores que serão utilizados na pesquisa e seus principais conceitos; Metodologia: elaborar o esquema de trabalho ― coleta e tratamento de dados e método de pesquisa adotado; Cronograma: se refere às etapas da pesquisa e ao lapso de tempo que cada uma exige. Lista de referências Glossário (opcional) Apêndice (opcional) Anexos (opcional) Índice (opcional) Artigo Científico É um pequeno estudo que trata de uma questão científica e destina-se a publicações em revistas ou periódicos. Difere-se da monografia pela sua reduzida dimensão e conteúdo (RAMPAZZO, 2005). O artigo também deve ser estruturado em três partes (NBR 6022): elementos pré-textuais; textuais e pós- textuais. Estrutura de um artigo científico: Elementos Pré-textuais Elementos Textuais Elementos Pós- textuais Título – termo ou expressão que indica o conteúdo do artigo; Autoria – nome do autor, acompanhado de breve currículo (mesmo que seja para informar a condição de formando); Resumo - parágrafo que sintetiza os objetivos pretendidos, a metodologia empregada, resultados e conclusões; Palavras-chave - termos indicativos do conteúdo do artigo. O corpo do artigo é estruturado em: Introdução – expõe o problema investigado, a finalidade do artigo e a metodologia utilizada para alcançar a finalidade; Desenvolvimento – trata a matéria de forma abrangente e objetiva; Conclusão – destaca os resultados obtidos. Lista de referências usadas no texto. As referências devem ser elaboradas conforme as normas da ABNT. Observação: Em artigos científicos evita-se o uso de notas de rodapé, anexos e apêndices. Devem-se evitar, também, citações diretas longas. Monografia Segundo Geller (2011), monografia, no sentido etimológico, significa “dissertação a respeito de um assunto único”, pois monos (mono) significa “um só” e graphein (grafia) significa “escrever”. A monografia é um trabalho científico que se caracteriza pela especificação, ou seja, a redução da abordagem a um só assunto, a um só problema. Portanto, monografia é um trabalho com tratamento escrito de um tema específico que resulte de interpretação científica com a finalidade de apresentar uma contribuição relevante ou original à ciência. Subtipos de monografia: TCC Significa “Trabalho de Conclusão de Curso”.Trata-se de um documento que representa o resultado de um estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido e elaborado sob a coordenação de um orientador. Dissertação A Dissertação é um tipo de trabalho apresentado no final do curso de pós-graduação stricto sensu, visando obter o título de mestre. Este tipo de trabalho acadêmico requer defesa pública. Como estudo teórico, de natureza reflexiva, a dissertação requer sistematização, ordenação e interpretação dos dados. (RAMPAZZO, 2005) Tese Tese é o trabalho científico, escrito, original, sobre um tema específico, cuja contribuição amplia os conhecimentos do tema escolhido. Representa, portanto, um avanço na área científica em que se situa.Possui a mesma estrutura da monografia e da dissertação, mas distingue-se no que concerne à profundidade, à originalidade, extensão e objetividade (RAMPAZZO, 2005). Também é um tipo trabalho apresentado no final do curso de pós-graduação stricto sensu e confere ao seu escritor o título de doutor. Chegamos ao final de mais uma aula Nesta aula aprendemos que planejar não é perda de tempo! Agora vai outra dica importante: após delimitar o tema, procure ler o que os autores falam sobre ele e anote como eles problematizaram esse tema. Observe como levantaram questões norteadoras da pesquisa, bem como responderam a essas questões formuladas. Isso o ajudará a formular a questão que será respondida no seu trabalho. E, lembre-se, é muito importante ter consciência do tipo de trabalho que se pretende escrever e sua função para obter sucesso na apresentação de suas pesquisas. O Método • Método é a ordem a ser seguida nos diferentes processos que são necessários para se chegar a um determinado fim. • É um procedimento regular, explícito, que pode ser repetido a fim de se conseguir algo material ou conceitual. Trabalhos Acadêmicos • São textos desenvolvidos de acordo com normas específicas. • São exemplos de trabalhos acadêmicos:• Resumo • Resenha • Relatórios de Pesquisa • Artigo Científico • Monografia Redação Científica • Como avaliar as informações? • A melhor maneira é produzi-las! • Nesta aula, falaremos sobre como fazer o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). • Você vai aprender como fazer e identificar um trabalho científico. Redação Científica • Aprender a fazer um trabalho científico vai destacá-lo entre outros candidatos a um emprego. Uma das características do trabalho científico é que ele, na realidade, não nasce de uma mente iluminada, mas de um diálogo entre você e outros que se interessaram pelo mesmo tema. • O início pode apresentar algumas dificuldades, mas as orientações e os colegas ajudarão na condução e confecção do texto. • O orientador vai acompanhar seu trabalho e auxiliar em seu percurso. • O orientador é um docente que tem afinidade com o tema a ser estudado. • O primeiro passo a ser dado no TCC é a Revisão de Literatura. A Revisão de Literatura sempre tem que ser feita. • Para se falar de um assunto, é preciso conhecê-lo e conhecer seus principais autores. • A Revisão de Literatura vai permitir falar do assunto que você escolheu com propriedade e produzir um conhecimento confiável sobre ele. • O TCC não é um trabalho de recorte e colagem. O importante é dar a sua contribuição ao trabalho e não apenas citar diferentes autores Armazenamento de informações • Você pode iniciar as buscas em sites especializados, ou periódicos científicos. Por meio dos resumos já publicados é possível encontrar informações relevantes para sua pesquisa • Fichas de leitura (resumos, fichamentos ou resenhas). • Busca de trabalhos com temas correlacionados. Fichamento • Síntese das ideias do autor que julgamos não estarem contempladas no resumo, as que são importantes para nós. • Citações – trechos do texto (claro que com a anotação da página de onde saíram) que pretendemos citar em nosso trabalho, que devem se relacionar ao que pretendemos dizer nele. • Boas perguntas que podem ser formuladas e que o texto não responde, indicando a possível necessidade de outras leituras ou conexões com outros textos. • Comentários pessoais que expressam sua compreensão e reflexão crítica sobre a obra, baseando-se ou não em outros autores e em outras obras, com observações. Resenhas • Síntese feita por revistas especializadas sobre livros publicados. • Com base nas informações das resenhas decidimos ler ou adquirir o livro. • Tipos de Resenha – informativa; crítica; crítico-informativa. O Resumo • Em parágrafo único, espeço simples, em torno de 10 linhas, no máximo. • Apresenta o objeto de estudo, os objetivos, a metodologia utilizada(como o trabalho foi desenvolvido) e as conclusões. Não incluir referências. Plágio • Copiar trechos sem dar a devida referência de origem. • Indicar a origem, mas de forma incorreta ou limitada. • Copiar trechos muito longos de outras obras – mesmo citando o autor. • A Lei de Direito Autoral no. 9610, de 19/02/1998, regula o direito autoral no país, e o Código Penal, no artigo 184, prevê pena de detenção de três meses a um ano ou pagamento de multa. Trabalhos Acadêmicos São textos desenvolvidos de acordo com normas específicas. São exemplos de trabalhos acadêmicos: • resumo; resenha; • relatórios de pesquisa; • artigo científico; • monografia. Redação Científica • O TCC não é um trabalho de recorte e colagem. • O importante é dar a sua contribução ao trabalho e não apenas citar diferentes autores. Aula 6: Evitando o caos Imagine se cada aluno que produzisse um trabalho acadêmico o organizasse como bem entendesse? Imagine-se fazendo uma pesquisa e encontrando os livros organizados de formas diferentes: uns começando pelo desenvolvimento, seguido da conclusão e terminando com a introdução; outros começando pela conclusão, seguida da introdução e do desenvolvimento. Que confusão, não é mesmo? É para dar uma sequência lógica, evitar o caos e, claro, a perda de tempo, que organizamos a ordem do texto. Aprendemos isso nas aulas de redação, lembra? Primeiro, vem a introdução, depois, o desenvolvimento e, por último, a conclusão. Essa ordem se estende a outras produções textuais, inclusive os trabalhos acadêmicos. E é disso que vamos tratar nessa aula: estrutura, formatação e organização de nossas produções científicas. Mas você deve estar se perguntando: No que ela interfere no meu trabalho acadêmico? Algumas normas da ABNT servem de padrão para as instituições de ensino no que diz respeito à apresentação de trabalhos acadêmicos e científicos. Por isso, quando não houver especificação por parte da instituição quanto à normatização de um trabalho científico, adote as normas da ABNT. Vamos começar pela estrutura Muitos dos trabalhos acadêmicos são compostos pelos chamados elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais que nos ajudam a organizar o conteúdo. Esses elementos devem apresentar uniformidade gráfica e seguir a seguinte estrutura: Vamos recapitular separando os itens obrigatórios e os opcionais. Obrigatórios Capa; Folha de rosto; Folha de aprovação; Resumo na língua vernácula; Resumo na língua estrangeira; Sumário. Saiba mais sobre os elementos obrigatórios. Opcionais Lombada; Ficha catalográfica; Errata; Agradecimento; Dedicatória; Epígrafe; Lista de Ilustrações; Lista de tabelas; Lista de abreviaturas e siglas; Lista de símbolos. Entende-se por formatação a ação de dar forma, de organizar a disposição dos elementos visuais em um arquivo gráfico ou de texto. É a formatação, portanto, que nos ajudará a dar a forma mais apropriada, segundo a ABNT, aos nossos trabalhos acadêmicos e projetos. Formatação de trabalhos acadêmicos e científicos Observe agora alguns dos itens mais importantes a serem considerados na formatação de um trabalho acadêmico: https://www2.anhembi.br/html/metodologia/ele_pretextuais.htm Fonte Recomenda-se utilizar em todo o trabalho a fonte Arial ou Times New Roman, normal, tamanho 12. A utilização do itálico é feita apenas nas palavras em outro idioma. Nas legendas das tabelas, figuras, ilustrações, citações longas e nos textos das notas de rodapé o tamanho da fonte a ser utilizada é 11. Espaço O espaçamento a ser adotado é o de 1,5 cm nas entrelinhas, com recuo de primeira linha do parágrafo (1,25 cm – corresponde a 1 tab.) e texto justificado. Nas citações com mais de três linhas, nas legendas das tabelas, figuras e ilustrações o espaçamento é simples. Observe ainda o espaço simples nas referências bibliográficas, colocadas em ordem alfabética por sobrenome do autor, alinhadas à margem esquerda e separadas entre si por dois espaços simples. Margem Segundo as normas da ABNT o papel deve ser branco, com formato A4 (21,0 cm x 29,7cm). As páginas devem apresentar margem esquerda e superior de 3,0 cm, direita e inferior de 2,0 cm. Capa A capa é elemento obrigatório em alguns tipos de trabalho acadêmico, apresenta uma formatação específica e deve conter os elementos essenciais para identificação do autor do trabalho (ABNT, NBR 14724). A ABNT normatiza que seja usada a fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 14, e o espaço entre as linhas deve ser simples. Sua capa deverá conter as seguintes informações na ordem sugerida: 1º - Identificação da Instituição de Ensino Superior - IES (caixa alta); 2º - Identificação do curso (caixa alta); 3º - Tipo de trabalho (caixa alta); 4º - Nome do acadêmico (caixa alta); 5º - Título do projeto (caixa alta); 6º - Cidade, ano (caixa alta). Folha de rosto A folha de rosto é um complemento da capa e deve apresentar a identificação da disciplina em que o trabalho será apresentado, bem como o curso, a instituição de ensino,o aluno e o professor orientador. Na hipótese de dissertações de mestrado e teses de doutorado, no verso da folha de rosto, deve constar a ficha catalográfica. Quanto a numeração das páginas, vale ressaltar que todas as folhas a partir da folha de rosto devem ser contadas, mas a numeração começa a partir da primeira parte textual (introdução). O número deve estar expresso em algarismo arábico, fonte 11, no canto superior da folha. Sumário Para muita gente, fazer sumário no Word é um martírio. Ele nunca fica conforme o esperado quando criado manualmente. Quando utilizamos a função automática do Word, ou não saímos do canto ou o resultado foge totalmente aos requisitos normativos, não é mesmo? Para esclarecer as dúvidas sobre Sumário, assista ao vídeo e veja o passo a passo que mudará a sua vida! Citações Entende-se por citação a menção de uma informação extraída de outra fonte. A citação pode ser: Direta: Compreende a transcrição de parte da obra do autor consultado, usando-se um trecho da própria obra. Indireta: Refere-se ao texto baseado na obra do autor consultado, reescrito com nossas próprias palavras. Antes de continuar, saiba mais sobre Citações. Referência bibliográfica Referência é o “[...] conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (ABNT, 2002, p. 2) no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de suporte. Tipos de Pesquisa • Quantitativas: aquelas em que predominam os métodos estatísticos, com utilização de variáveis bem definidas e de cálculos estatísticos e/ou inferênciais. • Qualitativas: os cálculos são substituídos por classificações e análises dissertativas. É o fenômeno estudado que determina os métodos de pesquisa sem eliminar por completo os cálculos. Pesquisa bibliográfica • Investiga ideias e conceitos; compara as posições de diversos autores em relação a um tema específico; • Faz uma reflexão crítica sobre as ideias e conceitos escolhidos, defendendo uma ou várias afirmativas, que podemos caracterizar como argumentos. • . Delimitação do que será analisado na pesquisa bibliográfica • Neste passo, será definido o tema, o período e o tipo de produção científica que será analisada, se artigos, monografias, teses etc. Delimitação dos conceitos e ideias a serem analisados https://youtu.be/7G5jT978RfE https://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/638805 • Escolhidos anteriormente à leitura das obras, por se tratar de um interesse do pesquisador; ou escolhidos após a leitura dos textos, por serem as ideias e conceitos que caracterizam o tema ou o período da análise. Análise dos dados • O trabalho de análise de qualquer pesquisa bibliográfica deve ser organizado a partir dos conceitos e ideias que foram selecionados. Quadro comparative. Estado da Arte • Fazer o Estado da Arte significa informar, criticamente, como se encontra a produção de artigos, livros, monografia, teses, dissertações, resenhas, dependendo da delimitação feita. Metodologia • A metodologia determina como a pesquisa será realizada e deve ser pensada antes de iniciar a pesquisa, pois é ela que indicará os caminhos a serem seguidos. • Deve-se escolher uma metodologia em qualquer caso de trabalho científico, seja uma monografia ou o desenvolvimento de um produto. A escolha dos sujeitos • É nessa etapa que você deverá também identificar a população a ser investigada ► sujeitos da pesquisa (caso seja uma pesquisa com pessoas). • Nesse caso, você e seu orientador precisarão definir algum critério para a escolha dos sujeitos de pesquisa, ou seja, porque escolher determinados sujeitos e não outros. O Trabalho de Conclusão de Curso • No Brasil, o órgão que regulamenta as regras utilizadas para padronizar os trabalhos científicos é a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. • Elas facilitam a produção de trabalhos científicos e a comunicação entre os pesquisadores. Escolha do TEMA • Tema confuso leva à perda de tempo e ao fracasso no percurso. • O tema, por si só, não define o problema. O problema é(são) a(s) questão(ões) que será(ão) investigada(s). • O bom tema é aquele a que temos bom acesso, boa familiaridade e facilidade em problematizar. Questão-problema • A construção de um problema supõe a formulação de boas perguntas. • Qual é o inconveniente de uma dada situação? Qual sua origem? Existem causas? A quem atinge? As boas perguntas começam a formar um esboço do problema. Hipóteses • As hipóteses são afirmativas que apostamos serem verdadeiras. • A hipótese mal feita ou mal definida leva a caminhos variados e mesmo contraditórios. . Fundamentos teóricos e metodológicos • O quadro teórico é o modo pelo qual definimos os termos utilizados para descrever a questão a ser estudada. A fundamentação teórica vem também da necessidade de desenvolver uma argumentação para sustentar a resposta da questão escolhida e fortalecer a hipótese. Coleta e produção de dados • Encontrar dados para a explicação da questão. Instrumentos adequados. . Avaliação das questões e as conjecturas possíveis • Significa verificar se as perguntas foram respondidas ou se a promessa da hipótese se sustenta ou não. • Lembre-se que não se buscam resultados definitivos, mas sim evidências e argumentos inteligentes. Conclusões/ Considerações Finais • Nas conclusões, procuramos responder a pergunta que fizemos, problematizando o tema. Trata-se de uma reflexão crítica e lógica sobre os dados obtidos em função do problema de pesquisa. . Elaboração das referências • Ao longo do texto, faz-se uma menção breve e, ao final do texto, coloca-se a obra completa que é descrita. Como fazer as referências? livro de um só autor; artigos em periódicos; material disponível na internet? Livro de um só autor: MARCUSE, Herbert. Razão e Revolução: Hegel e advento da teoria social. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. Artigos em periódicos: DELUIZ, Neize; et al. Trabalho, meio ambiente e educação: um estudo das práticas educativas das ONGs. Educação e Cultura Contemporânea, Rio de Janeiro, v.1, n.1, p. 23-34, jan./jun.2004. Material disponível na internet: CIAVATTA, Maria. A formação integrada: a escola e o trabalho como lugares de memória e de identidade. Niterói: EdUFF, 2005. Disponível em < http://www.uff.br/trabalhonecessario/MMGN3.htm> Acesso em: 10 abr. 2005. Aula 7: Qual é o propósito de um texto científico? Segundo Azevedo (1997, p. 109), “o propósito de um texto científico é comunicar os resultados e as ideias a que se chegou, após a coleta e análise dos dados”. Porém, é muito comum recorrer às palavras dos próprios autores quando queremos escrever sobre nossas pesquisas. Muitas vezes, recorremos a citações ou porque não conseguimos superar a fala do autor ou porque queremos intencionalmente mostrar ao nosso leitor como ele abordou o assunto. Mas o que significa citar? Como devo organizar uma citação? As citações são trechos transcritos ou informações extraídas de publicações consultadas e devem ser inseridas em um texto com a finalidade de esclarecer ou complementar as ideias. Em todas as hipóteses, a fonte deve ser mencionada. Segundo ABNT, citação é a “menção a uma informação extraída de outra fonte”. (NBR 10520:2002) Elas estão divididas em três tipos: s citações diretas são aquelas que copiamos, sem mudar nada, do texto original que consultamos. Como esclarece João Bosco Medeiros (2003, p. 187), é a referência a uma obra colhida de outra fonte “para esclarecer, comentar, ou dar como prova uma autoridade no assunto”. Reparou nessa frase? Ela é um exemplo de citação direta. Escolhemos usar exatamente as palavras de João Bosco Medeiros para aprofundar o assunto. É importante observar que este tipo de citação só se justifica quando
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