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SEXUALIDADE NA GESTAÇÃO E NO PUÉRPERIO HISTÓRIA DA SEXUALIDADE · Sexualidade reprimida – séc. XIX , onde o sexo era uma forma dominante de falar da sexualidade sempre relacionada a REPRODUÇÃO; · Com o advento dos anticoncepcionais, houve a aparição da segunda vertente do exercício da sexualidade, a erótica. A segurança, inocuidade e fácil acesso a pílula permitiu a mulher uma separação entre o sexo procriativo e o recreativo; · Com o passar do tempo houve uma multiplicação e variação dos discursos sobre o sexo e a sexualidade; · Discursos dominantes objetificaram “os outros”; · A sexualidade – abrangente como práticas comportamentais, linguagem, formas de pensar, sentir e agir, não se restringindo ao ato sexual, muda conforme o tempo; · Pode produzir violências – moralismo, fundamentalismo religioso; · De acordo com Foucault, quanto mais próximo do padrão da normalidade (heterossexual, normativo, binário) menos patologizado será. SEXUALIDADE NA GESTAÇÃO Sexualidade na gestação com homens e mulheres TRANS, lésbicas, são importantes temas a serem discutidos pois necessita o profissional estar preparado para não perpetuar os estigmas e preconceitos advindo da sociedade e repercutir nesse momento ao casal. · Esse é um momento especial na vida da mulher; · Envolve mudanças físicas, hormonais, psicológicas, sociais e culturais; · Requer adaptações ao casal · Sexualidade ainda é vista como um tabu na sociedade e pouco discutida; · Dualidade excludentes; a erótica e a reprodutora, sendo que necessariamente neste momento pode ser ampla complementares. MUDANÇAS CORPORAIS · Crescimento abdominal – alterações na pele · Aumento da lubrificação vaginal · Náuseas, vômitos – sensibilidade mamaria · Congestão de lubrificação vaginal · Melhora a sensualidade e libido · Mulheres – atitude positiva em relação a sexualidade, tendem a manter seu interesse sexual em maior grau que aquelas com atitude negativa · Expressar a dupla vinculação adequada: consigo mesma e com o embrião/feto · Viver a própria sexualidade, experiencias corporais, vivencia do orgasmo na relação sexual RELAÇÕES SEXUAIS · O nível de interesse nas relações sexuais poderá sofrer alterações por diversos fatores · Mudanças psicológicas · Cansaço, mal-estar e desconforto corporal · Temor ao abortamento ALTERAÇÕES DO PRIMEIRO TRIMESTRE · Quantidade de relações sexuais não quer dizer qualidade · Variações no exercício da sexualidade ao longo dos trimestres da gestação · Qualidade da experiencia sexual · Pode haver um declínio de interesse e na atividade sexual ao longo dos 9 meses da gestação ALTERAÇÕES DO SEGUNDO TRIMESTRE · No segundo trimestre, o desejo sexual tende a voltar · Associado a uma melhora no bem estar físico da gestante · Redução do medo de perder o feto · Melhor lubrificação vaginal e facilidade do ato sexual ALTERAÇÕES DO TERCEIRO TRIMESTRE · Limitações físicas pelo tamanho, forma do corpo e a pressão sobre o útero · Podem limitar a atividade sexual · Diminuição do desejo sexual – dificuldades físicas que podem incomodar a gestante · Posições tradicionais para os atos sexuais mais difíceis · Perda da atratividade e da imagem corporal ASPECTOS PSICOLOGICOS DA GESTAÇÃO · Segurança quanto a sexualidade · Autoestima e autopercepção · Relação com a/o companheira/o · Mudanças de papeis sociais · Condições socioeconômicas · Rede de apoio DISFUNÇÕES SEXUAIS · Desconforto vaginal · Diminuição da lubrificação vaginal · Diminuição do desejo sexual · Insatisfação de vida sexual · Disfunção orgásmica e diminuição da sensibilidade no clitóris MUDANÇAS PARA O/A PARCEIRO/A · Crenças de que o sexo afetara o bebe · Ansiedade em relação ao parto · Perda de espaço na relação · Emoções positivas associadas a atividade sexual – contribuem para alcance do prazer orgasmo e satisfação conjugal · Fortalecer o dialogo FALANDO SOBRE O ATO SEXUAL NA GESTAÇÃO · Flexibilidade de frequência das relações e mais criatividade · Casais que modifiquem suas posições habituais · Evolução da gestação O sexo durante a gestação é permitido desde que não haja contraindicação médica, e a mulher se sinta confortável para ter relações sexuais. O contato íntimo não machuca o bebe, é possível que a criança se mexa ou fique quieta durante o ato. Mas esse fator está mais ligado aos hormônios que a relação sexual. · A libido da mulher pode mudar durante a gestão MITOS SOBRE O SEXO DURANTE A GESTAÇÃO 1. Sexo leva ao parto prematuro 2. Causa infecções 3. Rotura de membrana Experimente algo novo -> Exercite sua sexualidade PRINCIPAIS RESTRIÇÕES · Placenta previa · Antecedente de parto prematuro · Hemorragia desconhecida · Dilatação do colo · Deslocamento prematuro de placenta · Rotura de BA · Presença de IST’s · Dor abdominal ou pélvica · Proximidade do parto · Interesse do casal SEXO NO PUERPERIO · Retorno as atividades a partir da 4ªsemana após o parto · Eliminação dos lóquios · Conhecido como períodos de baixos níveis hormonais · Determinam atrofia da mucosa vaginal e consequentemente dispaurenia · No pós-parto cesárea o casal deve aguardar ate a cicatrização da laparotomia, que pode se estender mais tempo de retorno as atividades sexuais · Diminuição do desejo, excitação. Lubrificação e no orgasmo, podem ocorrer até 6 meses após o parto · Condições hormonais da mulher no puerpério e seu envolvimento com a amamentação · Fatores hormonais como a baixa de estrogênio e de testosterona, elevação da prolactina pode estar associados a diminuição sexual · Aspectos psicológicos tem reflexos na sexualidade da mulher e de seu parceiro durante o aleitamento · Fatores não menos importantes participam, fadiga e as alterações dos hábitos de sono IMPLICAÇÕES AO CUIDADOS DE ENFERMAGEM · Prestar cuidado e ouvir as demandas sobre a sexualidade · Escuta qualificada e fortalecimento das sensações, percepções, excitações e estímulos · Atenção a saúde das mulheres no ciclo gravídico-puerperal (apreender medos e duvidas) · Acompanhar durante o puerpério – diante das vivencias das mulheres – educação em saúde