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Doenças da videira

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Principais doenças da videira
MÍLDIO
O agente causal da doença é o pseudo fungo Plasmopara viticola, que para o seu desenvolvimento é muito exigente em relação a umidade e ao calor.
Geralmente as variedades de uvas européias (Vitis vinifera L.) são mais suscetíveis ao míldio que as americanas (V. labrusca L.) e híbridas
Sintomas:  Sintomas - Nas folhas, os primeiros sintomas visíveis são manchas de coloração verde-clara de aspecto oleoso (manchas de óleo). Na face inferior das folhas, nos ramos e nas bagas surge uma eflorescência branca (mofo branco), sob alta umidade. As manchas tornam-se necrosadas, causando a queda da folha. Na inflorescência, a doença causa deformação da mesma, deixando-a com aspecto de gancho. Quando o ataque ocorre na fase de floração, as inflorescências secam e caem. As bagas mais desenvolvidas tornam-se escuras e endurecidas, com depressões na superfície, destacando-se facilmente do cacho. Esse sintoma é denominado de ‘míldio larvado’. 
Sinais - Eflorescências brancas (mofo branco) sobre os órgãos afetados do hospedeiro, esporangióforos com esporângios sobre os tecidos, oósporos em folhas da safra anterior caídas no chão.
Etiologia: Plasmopara viticola é um parasita obrigatório. Nos tecidos do hospedeiro, o fungo cresce intercelularmente através de hifas, emitindo haustórios no interior das células parasitadas. A reprodução assexual ocorre através dos estômatos, com a emissão de esporangióforos que produzem os esporângios. Cada esporângio contém de 1 a 10 zoósporos. Estas estruturas, na presença de molhamento foliar, movimentam-se e encistam-se próximo ao estômato, onde se dará a infecção. Já a fase sexual ocorre no interior dos tecidos do hospedeiro, principalmente nas folhas, onde são produzidos os oósporos ou “ovos” de inverno, que são as estruturas de sobrevivência do fungo no inverno.
Epidemiologia: A temperatura ótima para o desenvolvimento do patógeno é de 20ºC a 25ºC e a umidade ótima acima de 95%. É necessário que ocorra condensação de água (água livre) sobre o tecido foliar por um período mínimo de duas horas para haver novas infecções.
Controle: Os métodos mais modernos de controle utilizam sistemas de previsão. Estes sistemas baseiam-se na biologia do fungo, nas condições climáticas e no estádio fenológico da videira. Estes sistemas não só determinam a época ideal de controle mas também estabelece o número e a freqüência de pulverizações.
Algumas medidas preventivas para o manejo da doença consistem em escolher áreas não sujeitas ao encharcamento e com boa drenagem do solo, reduzir as fontes de inóculo, evitar o plantio de cultivares mais suscetíveis, adubar equilibradamente, evitando o excesso de nitrogênio, fazer desbrota e poda verde para melhorar a insolação e o arejamento visando diminuir o período de água livre sobre a planta e podar as pontas das brotações contaminadas, para reduzir o inóculo. 
Oídio
O oídio é uma doença de grande importância para a cultura da videira, sobretudo em condições semiáridas, onde o clima seco e com baixa ocorrência de chuvas favorece o desenvolvimento desta doença, principalmente no segundo semestre do ano, quando as chuvas são escassas. Esta doença é causada pelo fungo Uncinula necator (Schwein.) Burril, um parasita obrigatório. Assim como o míldio, o oídio pode acarretar perdas significativas na produção e na qualidade da uva. O uso indiscriminado de fungicidas pode levar ao desenvolvimento de isolados resistentes aos fungicidas indicados para o controle desta doença.
Sintomas
Este patógeno pode colonizar folhas, ramos, inflorescência e frutos caracterizados por um crescimento branco pulverulento recobrindo os órgãos afetados. Esse crescimento branco são as estruturas do patógeno. O oídio coloniza apenas as células da parte superior da folha (epiderme) por meio da emissão de haustórios. Apesar do fungo poder se desenvolver em ambas as faces da folha, ele predomina na face inferior, a menos que a área esteja sombreada propiciando o crescimento do patógeno na face superior da folha. Isto ocorre em função da sensibilidade do fungo à radiação solar. As folhas infectadas também podem se tornar subdesenvolvidas, retorcidas e murchas. Os sintomas são bem visíveis em ramos, que passam a apresentar manchas amarronzadas . Nos frutos jovens, a doença é caracterizada pelo crescimento branco na superfície da baga, paralisação do crescimento do tecido e queda prematura. Quando a infecção ocorre em bagas com estágio de desenvolvimento mais avançado, tem-se um crescimento desigual entre o tecido da superfície e o da polpa, acarretando o rompimento da baga, que servirá de porta de entrada para outros microrganismos.
Sinais – Massa branca acinzentada, constituída de micélio e estruturas reprodutivas do fungo (conidióforos e conídios), e cleistotécios na fase perfeita.
Controle
Para obtenção de melhores resultados no emprego de práticas de manejo desta doença, é necessário que vários métodos sejam associados, tais como: retirada de restos culturais; eliminação do córtex na fase de repouso; aplicação de fungicidas à base de enxofre; e maior atenção com o parreiral nas fases de emissão de folhas novas, emissão de inflorescência e início da frutificação, quando a cultura é mais suscetível ao patógeno. Na aplicação de enxofre, é importante observar que este produto não deve ser aplicado quando a temperatura do ar for superior a 30 oC, devido a sua ação fitotóxica e, nem aplicado quando a temperatura é inferior a 18 oC, pois a sua eficácia é reduzida. Outros fungicidas também podem ser utilizados para controle do oídio.
Morte descendente (Botryosphaeria sp., Lasiodiplodia theobromae, Eutypa lata, Neofusicoccum spp.)
é uma doença que evolui até a morte da planta, podendo ser encontrada tanto em plantas adultas como também em mudas.
Sintomas
Esta doença pode ser causada por mais de uma espécie de fungo, se caracteriza pelo retardamento da brotação na primavera, encurtamento dos entrenós, deformação e descoloração dos ramos. As folhas são menores do que o normal, deformadas e cloróticas, com pequenas necroses nas margens, podendo murchar e cair. As plantas apresentam redução drástica do vigor, superbrotamento e seca dos ramos laterais (inicialmente), podendo levar a morte da planta. Verifica-se frutificação irregular e com menor número de bagas. Quando se faz um corte transversal do ramo afetado nos estádios iniciais, é visível uma área com escurecimento (necrose) interno em forma de cunha (também conhecido como sintoma em forma de "V"), que progride até o completo comprometimento dos vasos condutores
Controle
Utilizar material sadio e livre dos fungos causadores desta doença. Eliminar o material podado do vinhedo. Evitar podas durante períodos chuvosos. Desinfetar as ferramentas com água sanitária durante a poda. Proteger os ferimentos da poda com fungicida, pasta bordalesa ou produtos biológicos à base de Trichoderma spp. Eliminar as partes atacadas até encontrar tecido sadio (sem apodrecimentos). Eliminar os esporões que não brotaram e pulverizar as plantas durante o repouso com calda sulfocálcica . Plantas infectadas por estes patógenos devem ser podadas bem abaixo dos cancros ou da área necrosada, ou seja onde for observado o tecido interno sadio. Podar as plantas com sintomas (marcadas) após a poda das demais plantas.
Fusariose
 A fusariose da videira, causada por Fusarium oxysporum f.sp. herbemontis, e uma doença vascular que pode provocar a morte da videira. O fungo penetra no sistema vascular da planta e atua impedindo a condução normal da seiva. A morte das plantas, principalmente nas variedades susceptíveis, ocorre na forma de reboleira.
CAULE / RAMOS: Fusarium oxysporum f. sp. herbemontis provoca o escurecimento interno da madeira. O sintoma de murcha pode ser visualizado em um ou mais ramos. Com o desenvolvimento da doença ocorre a morte desses ramos, resultando, às vezes, em rebrotes do tronco. A doença também reduz o crescimento dos brotos.
FRUTOS / FOLHAS: As plantas doentes apresentam sintomas de murcha, reflexo da interrupção dacondução da seiva.
Epidemiologia:
O fungo sobrevive em restos culturais e no solo. Os ferimentos existentes no sistema radicular facilitam a penetração do fungo. O vento, os respingos de chuva e os instrumentos de trabalho são os principais agentes de disseminação da doença.Temperatura alta e baixa umidade relativa são fatores que favorecem o desenvolvimento da fusariose
Resistência: Estudos estão sendo realizada com o objetivo de obter porta-enxertos resistente a doença. 
Controle: As medidas de controle recomendadas são o estabelecimento da cultura em áreas livres do patógeno, preferencialmente em solos de boa drenagem, utilização de material de propagação livre da doença, adoção de práticas de limpeza das ferramentas, prevenção de ferimentos no sistema radicular e manejo adequado da irrigação. Nas áreas infectadas, o produtor deve proceder a eliminação das plantas doentes e aplicar cal virgem nas covas vazias. Deve-se também proceder a limpeza das máquinas agrícolas antes de executar trabalhos nas áreas ainda não infestadas.

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