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Memorex PF (Agente) - Rodada 04 1 Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 2 Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua aprovação. Você está tendo acesso agora à Rodada 04. As outras 02 rodadas serão disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: Material Data Rodada 01 Disponível Imediatamente Rodada 02 Disponível Imediatamente Rodada 03 Disponível Imediatamente Rodada 04 Disponível Imediatamente Rodada 05 02/03 Rodada 06 09/03 Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no resultado final. Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada uma das dicas. Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas para: atendimento@pensarconcursos.com Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 3 ÍNDICE LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 15 ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 21 LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 22 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 31 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................ 38 NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 43 NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 51 RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 57 INFORMÁTICA .................................................................................................................... 59 Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 4 LÍNGUA PORTUGUESA DICA 01 VERBO IMPLICAR - Sentido de ACARRETAR → VTD (VERBO TRANSITIVO DIRETO) → não pede preposição (Obs.: o verbo acarretar é VTD) Ex.: Sua mudança implicou progresso. Ex.2: Sua decisão implica planejamento. - Sentido de SER IMPLICANTE → VTI (VERBO TRANSITIVO INDIRETO) → (com) Ex.: Ela implicava com a professora. - Sentido de ENVOLVER-SE → verbo pronominal- VTI → (em) Ex.: Ela se implicou em problemas. DICA 02 VERBO ASSISTIR - Sentido de VER → VTI → preposição “a” Ex.: Elas assistem (VTI) a programas violentos (OI). - Sentido de CABER → VTI → preposição “a” Ex.: A decisão assiste (VTI) ao direito (OI). - Sentido de SOCORRER/AUXILIAR → VTD → Não pede preposição Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 5 Ex.: O governo assiste (VTD) os pobres (OD). - Sentido de MORAR → VI → Acompanhado por adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição “em” DICA 03 VERBO ASPIRAR - Sentido de CHEIRAR → VTD → Não pede preposição Ex.: Ela aspirava (VTD) o aroma das flores (OD). - Sentido de DESEJAR → VTI → preposição “a” Ex.: Ele aspirava (VTI) ao concurso público (OI). DICA 04 VERBO VISAR - Sentido de PÔR VISTO → VTD → não pede preposição. Ex.: O gerente visou (VTD) os cheques roubados (OD). - Sentido de MIRAR → VTD → não pede preposição. Ex.: Ele visou (VTD) o alvo (OD). - Sentido de DESEJAR → VTI → preposição “a”. Ex.: Ele visava (VTI) à felicidade (OI). Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 6 DICA 05 VERBO PARECER - Parecer flexionado + infinitivo sem flexão → locução verbal (só o auxiliar varia) OU - Parecer sem flexão + infinitivo flexionado → período composto (há dois verbos, dois fatos declarados. Ex.: oração principal + oração subordinada) Ex.: Pareciam entender a matéria. Locução verbal verbo auxiliar verbo principal Ex.1: Parecia entenderem a matéria → Parecia /que entendiam a matéria. Ex2.: Os governantes parecem dizer a verdade. Ex3.: Os governantes parece dizerem a verdade. → Parece/ que os governantes dizem a verdade. ***Em resumo: Verbo “Parecer”→ Ou o verbo flexiona ou o infinitivo flexiona, NUNCA OS DOIS AOS MESMO TEMPO. DICA 06 VERBOS LEMBRAR E ESQUECER - Podem ser pronominais ou não. Sendo pronominais levam a preposição e se determinam como verbo transitivo indireto. EXPLICANDO... Verbos pronominais são aqueles acompanhados por pronomes “me”, “te” “se”, “nos” (pronomes oblíquos átonos). Vejam-se os exemplos: - Esqueci o seu nome → VTD - Esqueci-me do seu nome → VTI (DE) - Lembrou seu endereço → VTD - Lembrou-se do seu endereço → VTI (DE) DICA 07 VERBO CHAMAR → no sentido de denominar, dar nome admite as seguintes construções. OD + predicativo do objeto (com ou sem preposição) OI + predicativo do objeto (com ou sem preposição) Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 7 Exs.: Chamaram-no vigarista. Chamaram-no de vigarista. Chamaram-lhe vigarista. Chamaram-lhe de vigarista. -VTD - OD ou + predicativo do objeto com a preposição DE facultativo. -VTI - OI(a) Ex.1: Chamou o rapaz de ignorante. VTD OD predicativo do objeto (qualidade do rapaz) Ex.2: Chamou o rapaz ignorante → AMBÍGUA → no sentido cognominar ou de convocar. VTD OD predicativo do objeto (qualidade do rapaz) Ex.3: Chamou ao rapaz de ignorante. VTI OI predicativo do objeto (qualidade do rapaz) Ex4.: Chamou ao rapaz ignorante. VTI OI predicativo do objeto (qualidade do rapaz) OBS: no sentido de cognominar o verbo chamar deve ser usado com uma preposição para retirar a ambiguidade. DICA 08 VERBO DEPARAR Um dos queridinhos da Banca CESPE! BORA ESTUDÁ-LO! VOCÊS SABIAM QUE... O verbo deparar no sentido de ENCONTRAR, achar por acaso, topar, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto?! Ex.1: Deparei um erro grosseiro em sua redação (transitivo direto) Ex.2: Deparei com um erro grosseiro em sua redação (transitivo indireto) Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 8 Na banca CESPE... (Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE / CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Tecnologia da Informação - Segurança da Informação e Proteção de Dados) ... No trecho “deparamos com uma realidade única e definida”, no sexto período do texto, a supressão da preposição “com” prejudicaria a correção gramatical do texto. E AÍ?! GABARITO: ERRADO! ATENÇÃO! O VERBO “DEPARAR” POSSUI DEMAIS REGÊNCIAS E MUITA DISCUSSÃO ENTRE OS GRAMÁTICOS...AQUI NÃO ESTAMOS AS ESGOTANDO... A IDEIA DO MATERIAL É PEGAR OS PONTOS MAIS COBRADOS EM SUA PROVA! Ele pode ser... a) transitivo direto; b) transitivo indireto (com a preposição com); c) pronominal com a preposição com; d) transitivo direto e indireto; e) transitivo indireto com a preposição a; f) pronominal, usado com a preposição a. DICA 09 VERBO OBEDECER E DESOBEDECER - São sempre TRANSITIVOS INDIRETOS! Ex.: Obedeço sempre a meus pais. CONTUDO, ADMITEM TRANSPOSIÇÃO PARA VOZ PASSIVA! Ex.: O pai foi desobedecido pelo filho. DICA 10 RESUMINHO PARA FACILITAR - Esquema de Regência Verbos que exigem A Verbos SEM preposição Assistir (ver/caber) Assistir (=socorrer) Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 9 Visar (desejar) Aspirar (desejar) NÃO ACEITAM LHE/LHES (mesmo sendo verbos transitivos indiretos)*** Querer (estimar) Agradar (satisfazer) Pagar, perdoar, agradecer (com pessoas) Obedecer, desobedecer Referir-se Proceder (dar início) Preferir CVC – IR (chegar, ir, comparecer, voltar, retornar) Visar (pôr visto/mirar) Aspirar (cheirar) Querer (desejar) Agradar (fazer agrados) Pagar, perdoar, agradecer (com coisas) Ver, presenciar, olhar, observar, amar, odiar, adorar, receber, admirar, ajudar, auxiliar... Implicar (=acarretar) Acarretar Namorar Pisar (ele é VTD, mas existem alguns autores que aceitam EM) Verbos que pedem EM Verbos que pedem COM Morar, residir, entregar, domiciliar, estar, ficar, permanecer, continuar... Simpatizar com Antipatizar com Empatizar com ... ESCLARECENDO... VTD VERBO TRANSITIVO DIRETO VTI VERBO TRANSITIVO INDIRETO VTDI VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO EXPLICANDO... *** VAMOS AO VERBO ASSISTIR?! No sentido de ver, por exemplo, como dito acima não admite “LHE” como complemento, ainda que VTI. Ex.: O aluno assiste a várias aulas. O aluno assite-lhes. (ERRADO) O aluno assiste a elas. (CERTO) DICA 11 ATENÇÃO! O verbo ter NÃO PODE ser usado com valor existencial. Ex.: Na audiência, teve quem questionasse a testemunha. X (ERRADO) Ex.2: Na audiência, houve quem questionasse a testemunha. √ (CORRETO) Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 10 DICA 12 VERBO HAVER – SENTIDO EXISTENCIAL Ex.: Coisas novas precisam HAVER para que ela se decidisse. → ERRADA Coisas novas PRECISA HAVER para que ela se decidisse → CORRETA objeto. direito oração sem sujeito OBS.: HAVER→ sentido existencial, verbo sempre fica sempre na 3a pessoa do singular e contamina os verbos auxiliares. Então a impessoalidade do verbo impessoal principal é transmitida aos verbos auxiliares. OBS. 2: Toda vez que o HAVER é existencial é caso de oração sem sujeito. DICA 13 Mnemônico para lembrar os Pronomes que EXIGEM o uso da próclise: Relativos Indefinidos Interrogativos Ex.: No trecho “que se manifestam com intensidade”, o emprego do pronome átono “se” após a forma verbal — expressam-se — prejudicaria a correção gramatical do texto, dada a presença de fator de próclise na estrutura apresentada. DICA 14 CONTRAÇÃO DOS VERBOS COM OS PRONOMES: O pronome oblíquo “lhe” substitui OBJETO INDIRETO. Ex.: Eu obedeço a minha mãe. Contraindo: Eu lhe obedeço. Ex.2: Entreguei o caderno a minha mãe. Contraindo: Entreguei-lhe o caderno ou: Entreguei lho (substituição dos dois termos; lho = lhe + o). Os pronomes oblíquos “o”, “a”, “os”, “as” substituem os OBJETIVOS DIRETOS. Ex.: Eu vi Maria na escola. Contraindo: Eu a vi na escola. Em verbos terminados em R, S ou Z, os pronomes assumem as formas lo, la, los, las, cortando-se o R, S ou Z. Ex.1: Vou auxiliar Marina. / Vou auxiliá-la. Ex.2: Pus o livro sobre a mesa. / Pu-lo sobre a mesa. Ex.3: Fiz o dever. / Fi-lo. Em verbos terminados em ão, õe, am, em (sons nasais); os pronomes recebem a forma no, na, nos, nas. Ex.: Tragam o preso. / Tragam-no. Ex.2: Estudarão a matéria. / Estudarão-na. Ex.3: Entreguem os materiais / Entreguem-nos. Ex.4: Põe a bolsa sobre a mesa. / Põe-na sobre a mesa. DICA 15 Pronomes Oblíquos REFLEXIVOS. Os pronomes oblíquos, SALVO o(s), a(s) lhe(s), podem referir-se ao próprio sujeito da oração. Ex.1: Júlia feriu-se. Ex.2: Marina e Vitor se amam. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 11 No Ex.1, pode-se dizer que Júlia feriu a si mesmo, portanto, trata-se de pronome reflexivo. No Ex.2: “Marina ama Vitor e Vitor a ama”, ou seja, um ama o outro. Nesse caso específico, trata-se de pronome recíproco. DICA 16 CRASE *A crase é um fenômeno sintático assinalado pelo acento grave. *A crase depende de dois fatores: o termo regente e o termo regido. *Condições de ocorrência * O termo regente deve exigir a preposição “A” O termo regido deve admitir o artigo “A” ou ser um pronome demonstrativo iniciado pela letra “A” (aquele, aquela, aquilo, a) Exemplos: - Obedeceu às leis da escola. VTI(a) - Procedeu à reunião da hora marcada. VTI (proceder de dar início - pede preposição “a”) -Voltou àquele lugar. VI (a) (quem volta, volta a...) - Referiu-se à moça VTI OS CASOS PROIBIDOS PREVALECEM SOBRE QUAISQUER OUTROS!!! DICA 17 CRASE PROIBIDA: * Antes de palavras masculinas. Ex.: Pinto a óleo. * Palavras no plural sem artigo. Ex.: Volto daqui a dois dias. * Diante de verbo. Ex.: Estou disposta a passar no concurso. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 12 * Entre palavras repetidas que constituem expressões idiomáticas (com sentido generalizado na língua). Ex.: Estava cara a cara, dia a dia, uma a uma, cota a cota. * Antes de artigo feminino indefinido. Ex.: Referia-me a uma dança. * Antes de pronomes: Pessoais, demonstrativos, indefinidos, tratamento e relativos. Ex.: Dirigi-me a ela. Refiro-me a esta carta. Refiro-me a certa valsa. Falei a Vossa Santidade. Conheço a moça cuja mãe faleceu. * Depois de preposição (exceto “até”, caso facultativo). Ex.: Jurou perante a justiça dizer a verdade. Ex.2: Foi até a/à escola. DICA 18 CRASE FACULTATIVA: * Depois da preposição ATÉ: Fui até a casa. / Fui até à casa. * Antes de pronome possessivo feminino no singular: MINHA TUA VOSSA NOSSA. Respondi a sua mãe. / Respondi à sua mãe. * Antes de nome próprio feminino: Entreguei a carta a Carla. / Entreguei a carta à Carla. * Pronomes de tratamento: Senhora, Senhorita, Madame, Dona. Refiro-me a dona Joana. / Refiro-me à dona Joana. DICA 19 NÃO SE USA CRASE - ANTES DA PALAVRA CASA: Ex.: Eles retornaram a casa. Ex.: Voltarei a casa amanhã de manhã OBS.: se a palavra casa vier determinada, ocorrerá crase: Ex.: Eles retornaram à casa dos pais. Ex.: Voltarei à casa do Fernando amanhã de manhã. DICA 20 NÃO SE USA CRASE - ANTES DE NUMERAL: Ex.: A quantidade de candidatos não chegou a dez. OBS.: Ocorre crase diante de numeral ordinal ou se o numeral indicar horas: Ex.: Escrevi à primeira da turma. Ex.: O show será às 15 horas. Ex.: A aula vai das 8 às 11 horas. DICA 21 NÃO SE USA CRASE - ANTES DA PALAVRA TERRA (= CHÃO FIRME) Ex.: Ao descer a terra, o capitão foi recebido com honras. Ex.: Os navegantes retornaram a terra ao amanhecer. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 13 OBS.: se a palavra "terra" estiver especificada ou se referir ao planeta, ocorrerá crase: Ex.: Chegarei hoje à terra de meus pais. Ex.: Os astronautas não retornaram à Terra no dia previsto. DICA 22 USO ESPECIAL DE CRASE Topônimos(nome de lugar): GOSTAR DA CIDADE/ PAÍS.... MACETE: - Feminino ou neutro especificado: admitem crase! (eu vou a Bahia, eu volto DA Bahia) - Neutro sem especificador: não admite crase! (eu goste DE Belo Horizonte) - Voltou à Belo Horizonte dos barezinhos. VTI neutro+ especificador) - Retornou à Bahia. (MACETE: Retornou DA Bahia) VTI - Iria a Campinas. (Eu volto DE campinas→ neutro/ sem especificador) - Iria à França. (Eu volto DA França) DICA 23 USO ESPECIAL DE CRASE QUE/DE → Usa-se crase sempre que a tiver valor de “aquela” ou subtender palavra feminina. - Referiu-se à que falava mais alto. (a+a) - aquela - Fez alusão à de roupa rosa. (a+a) – aquela DICA 24 ATENÇÃO! Exceções, pois admitem artigo!!!: Pronomes “mesma”, “outra”, “própria”, “senhora” e “senhorita” admitem crase. DICA 25 FIQUE LIGADO! Crase antes de pronomes – à que/ à qual Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 14 Ocorre crase se, ao substituirmos por um correspondente masculino, o resultado for ao que, ao qual. À que (…) é a realocação da comunidade para uma área equivalente à que ela vive hoje. (…) é a realocação da comunidade para um terreno equivalente ao que ela vive hoje. Ao qual (…) em Cuba, onde agora se recupera da quarta cirurgia à qual teve de se submeter… (…) em Cuba, onde agora se recupera do quarto procedimento cirúrgico ao qual teve de se submeter… DICA BÔNUS Caso em que a CRASE SEMPRE OCORRE: * Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo: à tarde / às ocultas / às pressas / à medida que / à noite / às claras / às escondidas / à força / à vontade / à beça / à larga / à escuta / às avessas / à revelia / à exceção de / à imitação de / à esquerda / às turras / às vezes / à chave / à direita / à procura / à deriva / à toa / à luz / à sombra de / à frente de / à proporção que / à semelhança de / às ordens / à beira de ... JÁ CAIU RECENTEMENTE NA BANCA CESPE! QUEREM VER?! (Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE / CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Tecnologia da Informação - Segurança da Informação e Proteção de Dados) ... No trecho “No momento em que eu levava o garfo à boca”, no terceiro parágrafo, o sinal indicativo de crase empregado em “à” poderia ser suprimido, sem prejuízo para a correção gramatical do trecho. R: ERRADO. JUSTIFICATIVA: TRATA-SE DE LOCUÇÃO ADVERBIAL FEMININA. Logo, o sinal indicativo de crase não PODE SER SUPRIMIDO! DICA BÔNUS PARA NÃO ESQUECER! Uso facultativo da crase = pronomes possessivos femininos (sua / minha). Uso proibido da crase = pronomes demonstrativos (esta / essa). Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 15 CONTABILIDADE GERAL DICA 26 Provisões Provisões servem para contabilizar uma variação patrimonial ocorrida cujo valor exato ainda é desconhecido. Sendo assim, há a certeza do acontecimento, mas não se sabe exatamente o valor envolvido. A provisão tem o objetivo de cobrir um custo ou despesa cuja possibilidade de ocorrência seja grande. Isso significa que provisões dizem respeito aos lançamentos de valores como se fossem despesas, apesar de ainda não poderem ser classificados como tal. De acordo com resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) nº 750, no artigo 9º: “As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.” Portanto, a Provisão atende ao Princípio de Competência, ou seja, mesmo que o desembolso ocorra meses adiante, reconhece-se o fato gerador no momento em que ele ocorrer. A partir do momento que a estimativa dá lugar para a certeza, as obrigações ou perdas de ativos não são mais classificadas como provisões. Exemplos disso incluem o Pagamento de Férias, do Décimo Terceiro salário, impostos etc. DICA 27 Reversão de provisões A reversão de provisões pode ser conceituada como o procedimento contábil necessário, derivado da mutação do fato contábil de constituição de provisões, em desconstituição das mesmas (não ocorrência). As provisões de contingências para liquidação de despesas ou custos futuros, são caracterizadas como passivo, tendo em vista sua capacidade de diminuir o ativo de determinada entidade. A reversão da provisão é exatamente o contrário da provisão, vez que não ocorre o fato gerador decorrente da provisão ou este se dá em um valor inferior ao esperado. Neste sentido, o lançamento de uma provisão e a reversão da provisão se dão da seguinte maneira: 1. Constituição da Provisão: D – Despesa com Provisão (resultado) C – Provisão (Passivo) 2. Reversão de Provisão: D – Provisão (Passivo) (Retificadora) C – Reversão de provisão (receita – resultado) Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 16 DICA 28 Amortização de ativos especiais Os ativos especiais consistem em um grupo no ativo com algumas características especiais que podem ou não ser tangíveis, sendo na grande maioria ativos intangíveis. A utilização deste grupo não implica no esgotamento deste ativo, pois estes ativos estão diretamente relacionados ao processo de obtenção de receitas, deixando de ser ativos não pela venda, e sim pela perda potencial de obtenção de receitas. Um exemplo clássico de ativos especiais são os conteúdos artístico-culturais (filmes) elaborados por produtoras cinematográficas com o objetivo de obter receita mediante a cessão do direito de exibição. Assim, esses conteúdos artístico-culturais permanecem existindo sob a propriedade de quem os produziu e podem a qualquer momento ser negociados novamente, gerando novas receitas. Para a amortização de ativos especiais podemos seguir uma das alternativas abaixo: I – método da efetiva utilização, sendo o numerador a receita efetivamente auferida no período e o denominador a receita total estimada para ser auferida durante a vida útil do ativo; II – método de quotas arbitradas, no qual o percentual de amortização é arbitrado pela expectativa de geração de receita com a utilização do ativo ou pelo decurso do tempo. DICA 29 Depreciação do ativo imobilizado e vida útil do ativo O conceito de depreciação é apresentado no CPC 27 como a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil econômica para a entidade. Um ativo começa a ser depreciado quando este está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração. Observa-se que a depreciação cessa quando o ativo é desativado por baixa de qualquer natureza ou transferência para ativo não circulante mantido para venda (conforme Pronunciamento Técnico CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada), ou para estoque, mas não cessa por ociosidade. Define-se a vida útil de um ativo em função da utilidade esperada deste ativo para a entidade. A estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na experiência da entidade com ativos semelhantes. Devemos considerar os seguintes fatores na determinação da vida útil de um ativo: → uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do ativo; → desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais tais como o número de turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção e o cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso; → obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de mudançana demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo; → limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de arrendamento mercantil relativos ao ativo. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 17 DICA 30 Métodos de depreciação Existem diversos métodos para se calcular o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Cada empresa decide qual método utilizar, ou seja, ela irá selecionar o método que melhor reflete o padrão de consumo do bem e o que trouxer mais benefícios contábeis para ela. De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27, o método escolhido deverá ser aplicado consistentemente entre os períodos, a não ser que tenha alguma alteração nesse padrão, como a alteração da vida útil econômica do bem, por exemplo, e este deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício. Contabilmente, podemos destacar três métodos de depreciação: método da linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. → Método da linha reta: Consiste em se apurar uma despesa constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere. Calcula-se a depreciação através da utilização de uma taxa de desvalorização constante sobre o bem que perde o mesmo valor anualmente, considerando-se a vida útil média do bem. Por exemplo, com um valor inicial do bem em 100% (0% de desgaste), sendo a sua vida útil de 5 anos, a depreciação linear do mesmo é 20% ao ano, ou seja 100 / 5. → Método dos saldos decrescentes: Este método resulta em despesa decrescente durante a vida útil. Assim, no início da vida útil de um ativo, o valor da depreciação é maior do que ao final, visto que ocorre gradualmente a redução do valor da depreciação na medida em que o bem envelhece. A taxa percentual utilizada para calcular a depreciação é constante durante os períodos. Como o valor líquido contabilístico não chega a zero por esse método, ao final da vida útil, a empresa pode mudar a forma de cálculo para o método da linha reta. → Método de unidades produzidas: Este método resulta em despesa baseada no uso ou produção esperados pelo ativo imobilizado. Para determinar o valor da depreciação utiliza- se a seguinte fórmula: Depreciação = Valor Original do Bem x Taxa de depreciação E para encontrar a taxa de depreciação utiliza-se a seguinte fórmula: Taxa de depreciação = Número de unidades produzidas no período / Número de unidades estimadas a serem produzidas durante a vida útil do bem. DICA 31 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO O balancete de verificação trata-se de um demonstrativo contábil que reúne todas as contas em movimento na empresa e seus respectivos saldos (saldos devedores e saldos credores). É considerada uma técnica utilizada pela Contabilidade para verificar se o método das partidas dobradas está sendo utilizado e verificar se os lançamentos contábeis realizados em um determinado período estão corretos. Devido ao método das partidas dobradas, o valor total dos saldos credores deve ser sempre igual ao valor total dos saldos devedores, vez que não há crédito sem débito correspondente. Do contrário houve um erro na Contabilidade da Empresa. Geralmente o balancete é disponibilizado mensalmente, servindo de suporte aos gestores para visualizar a situação da empresa diante dos saldos mensurados, e, portanto não se destina a publicação. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 18 Através do balancete é possível chegar a vários resultados importantes para a Contabilidade de uma empresa num dado período de tempo, bem como elaborar outros demonstrativos contábeis importantes, como por exemplo, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial (BP). É, portanto a relação de Contas extraídas do livro Razão (razonetes) da empresa e, normalmente possui os saldos do balancete anterior, o movimento de débitos e créditos do período anterior e o atual, bem como os saldos atuais. DICA 32 Modelos – balancete de verificação O balancete de verificação mais simples possui apenas duas colunas apresentando os saldos devedores e credores, conforme o seguinte exemplo: No entanto, há outros tipos de balancete de verificação mais completos para a evidenciação de dados com 4, 6 ou até 8 colunas. O balancete chamado de seis colunas apresenta os saldos do balancete anterior, o movimento de débitos e créditos do período que medeia o anterior e o atual e, finalmente os saldos atuais. O balancete mais completo é o de oito colunas, no qual aparecem os saldos anteriores, o movimento e os saldos do período e, finalmente, os saltos atuais. Balancete de 6 colunas: Balancete de 8 colunas: Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 19 DICA 33 Conceito do balancete de verificação Em um balancete de verificação, é possível verificar a igualdade entre o total de débitos e o total de créditos, tendo em vista o método das partidas dobradas. No entanto, o balancete de verificação não garante a correção dos procedimentos contábeis adotados. Isso porque podem acontecer lançamentos duplicados, a falta do lançamento, posição de contas equivocadas, entre outros. DICA 34 O balanço patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, no qual apuramos a situação patrimonial e financeira de uma entidade em determinado lapso temporal. No balanço são evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido da entidade. - Ativo: No ativo ficam compreendidos os bens e direitos da entidade como exemplo, caixa, bancos, imóveis, veículos, equipamentos, mercadorias e contas a receber de clientes. Convencionalmente são discriminados no lado esquerdo do Balanço Patrimonial. - Passivo: No passivo ficam compreendidos as obrigações a pagar, ou seja, as quantias devidas pela empresa a terceiros. Podemos citar as contas a pagar, os fornecedores, os salários a pagar, os impostos a pagar e os financiamentos a pagar. Convencionalmente são discriminados no lado direito do Balanço Patrimonial. - Patrimônio Líquido: Nada mais é que a diferença entre o valor do ativo e do passivo da entidade. DICA 35 Balanço Patrimonial – Dividendos O registro de dividendos a distribuir deve ser contabilizado a crédito de passivo e a débito do patrimônio líquido. O passivo e o PL são contas credoras então aumentam com crédito e diminuem com débito. Os dividendos a distribuir são obrigações da empresa o que indica um aumento do passivo (creditar) e, como parcela do lucro será distribuída, haverá uma diminuição do PL (débito). Na apuração da demonstração de origens e aplicação de recursos, independentemente da classificação no passivo, a distribuição de dividendos deverá sempre ser uma aplicação de recursos, para a empresa que distribuiu. A distribuição de dividendos é uma aplicação de recursos por ser retificadora do PL. As contas Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 20 devedores são aplicações de recursos, enquanto as contas credoras são de origens de recursos. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 21 ESTATÍSTICA DICA 36 FREQUÊNCIAS Um conceito recorrente em estatística é o conceito de frequência. São de quatro tipos: - frequência absoluta simples (f); - frequência absoluta acumulada (F); - frequência relativa simples (fr); - frequência relativa acumulada (Fr). Todas as frequências guardam relação com o número de ocorrências de um valor ou classe de valores. Em seguida, analisaremos cada tipo de frequência. DICA 37 FREQUÊNCIAS ABSOLUTAS A frequênciaabsoluta é o número de vezes que um dado aparece no rol. Os dados são organizados em categorias. DICA 38 FREQUÊNCIAS RELATIVAS A frequência relativa é o número de observações de cada variável divido pelo número total de observação. Ou seja, é a frequência absoluta de cada variável dividida pela somatória das frequências absolutas. A frequência relativa é uma porcentagem do todo. Essa medida é usada para comparar dados. DICA 39 Distribuição Geométrica → A distribuição geométrica também se refere a sucessos e fracassos, mas, diferentemente da binomial, é a probabilidade de que o sucesso ocorra exatamente no k- ésimo ensaio. → Aqui, a probabilidade de ocorrer o resultado favorável (sucesso) em cada ensaio também é 𝑝. DICA 40 A distribuição hipergeométrica refere-se à probabilidade de, ao retirarmos, sem reposição, 𝑛 elementos de um conjunto com 𝑁 elementos, saiam 𝑘 elementos com o atributo sucesso, considerando-se que, do total de 𝑁 elementos, 𝑠 possuem esse atributo e, portanto, 𝑁 – 𝑠 possuem o atributo fracasso. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 22 LEGISLAÇÃO ESPECIAL DICA 41 COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO *** É CONSIDERADO CRIME HEDIONDO! ALTERAÇÕES PELO PACOTE ANTICRIME!!! Art. 17, da Lei nº. 10.826/2003. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. § 1º EQUIPARA-SE à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência. § 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a AGENTE POLICIAL DISFARÇADO, quando presentes elementos probatórios razoáveis de CONDUTA CRIMINAL PREEXISTENTE. DICA 42 TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO *** É CONSIDERADO CRIME HEDIONDO! ALTERAÇÕES PELO PACOTE ANTICRIME!!! Art. 18, da Lei nº. 10.826/2003. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. DICA 43 CAUSAS DE AUMENTO DE PENA ALTERAÇÕES PELO PACOTE ANTICRIME!!! Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é AUMENTADA da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 23 Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é AUMENTADA da metade se: I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. ***Os crimes de porte ilegal, disparo de arma de fogo, porte ou posse de arma de uso restrito, assim como o comércio ilegal tem pena aumentada se forem praticados por integrantes das Forças Armadas, integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios, agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência entre outros. ➢ Também ocorre aumento de pena com reincidência específica em crimes dessa natureza. Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-1) ATENÇÃO! Este artigo foi declarado inconstitucional DICA 44 LEI Nº 7.102/1983 - LEI DE SEGURANÇA EM ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS Funcionamento de estabelecimento financeiro Art. 1º, da lei nº 7.102/1983. É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua sistema de segurança com parecer favorável à sua aprovação, elaborado pelo Ministério da Justiça, na forma desta lei. § 1o Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem bancos oficiais ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança, suas agências, postos de atendimento, subagências e seções, assim como as cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências. DICA 45 ELEMENTOS IMPRESCINDÍVEIS PARA VALIDADE DO SISTEMA DE SEGURANÇA Art. 2º, da lei nº 7.102/1983 - O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui pessoas adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes; alarme capaz de permitir, com segurança, comunicação entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa de vigilância ou órgão policial mais próximo; e, pelo menos, mais um dos seguintes dispositivos: I - equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a identificação dos assaltantes; II - artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua perseguição, identificação ou captura; e Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 24 III - cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante durante o expediente para o público e enquanto houver movimentação de numerário no interior do estabelecimento. DICA 46 COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Art. 6º, da lei nº 7.102/1983. Além das atribuições previstas no art. 20, compete ao Ministério da Justiça: I - fiscalizar os estabelecimentos financeiros quanto ao cumprimento desta lei; II - encaminhar parecer conclusivo quanto ao prévio cumprimento desta lei, pelo estabelecimento financeiro, à autoridade que autoriza o seu funcionamento; III - aplicar aos estabelecimentos financeiros as penalidades previstas nesta lei. Segundo o art. 20 do referido diploma legal: Art. 20, da lei nº 7.102/1983. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do seu órgão competente ou mediante convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal: I - conceder autorização para o funcionamento: a) das empresas especializadas em serviços de vigilância; b) das empresas especializadas em transporte de valores; e c) dos cursos de formação de vigilantes; II - fiscalizar as empresas e os cursos mencionados no inciso anterior; Ill - aplicar às empresas e aos cursos a que se refere o inciso I deste artigo as penalidades previstas no art. 23 desta Lei; IV - aprovar uniforme; V - fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes; VI - fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada unidade da Federação; VII - fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas especializadas e dos estabelecimentos financeiros; VIII - autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; e IX - fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados. X - rever anualmente a autorização de funcionamento das empresas elencadas no inciso I deste artigo. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 25 DICA 47 DA SEGURANÇA PRIVADA Art. 10, da lei nº 7.102/1983. São considerados como segurança privada as atividades desenvolvidas em prestação de serviçoscom a finalidade de: I - proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas físicas; II - realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga. § 1º Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão ser executados por uma mesma empresa. DICA 48 DA PROPRIEDADE E DA ADMINISTRAÇÃO Art. 11, da lei nº 7.102/1983 - A propriedade e a administração das empresas especializadas que vierem a se constituir são vedadas a estrangeiros. Art. 12, da lei nº 7.102/1983 - Os diretores e demais empregados das empresas especializadas não poderão ter antecedentes criminais registrados. ➢ Os proprietários não podem ser estrangeiros; ➢ A administração não pode ser realizada por pessoas que ostentem antecedentes. DICA 49 DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE VIGILANTE Art. 16, da lei nº 7.102/1983 - Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos: I - ser brasileiro; II - ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos; III - ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau; IV - ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta lei. V - ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico; VI - não ter antecedentes criminais registrados; e VII - estar quite com as obrigações eleitorais e militares. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 26 Art. 17, da lei nº 7.102/1983. O exercício da profissão de vigilante requer prévio registro no Departamento de Polícia Federal, que se fará após a apresentação dos documentos comprobatórios das situações enumeradas no art. 16. Art. 18, da lei nº 7.102/1983 - O vigilante usará uniforme somente quando em efetivo serviço. Art. 19, da lei nº 7.102/1983 - É assegurado ao vigilante: I - uniforme especial às expensas da empresa a que se vincular; II - porte de arma, quando em serviço; III - prisão especial por ato decorrente do serviço; IV - seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora. DICA 50 DO ARMAMENTO Art. 21, da lei nº 7.102/1983 - As armas destinadas ao uso dos vigilantes serão de propriedade e responsabilidade: I - das empresas especializadas; II - dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviço organizado de vigilância, ou mesmo quando contratarem empresas especializadas. Art. 22, da lei nº 7.102/1983 - Será permitido ao vigilante, quando em serviço, portar revólver calibre 32 ou 38 e utilizar cassetete de madeira ou de borracha. Parágrafo único - Os vigilantes, quando empenhados em transporte de valores, poderão também utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de fabricação nacional. DICA 51 DAS SANÇÕES APLICÁVEIS Art. 23, da lei nº 7.102/1983 - As empresas especializadas e os cursos de formação de vigilantes que infringirem disposições desta Lei ficarão sujeitos às seguintes penalidades, aplicáveis pelo Ministério da Justiça, ou, mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança Pública, conforme a gravidade da infração, LEVANDO-SE EM CONTA A REINCIDÊNCIA E A CONDIÇÃO ECONÔMICA DO INFRATOR: I - advertência; II - multa de quinhentas até cinco mil Ufirs: III - proibição temporária de funcionamento; e Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 27 IV - cancelamento do registro para funcionar. Parágrafo único - Incorrerão nas penas previstas neste artigo as empresas e os estabelecimentos financeiros responsáveis pelo extravio de armas e munições. DICA 52 LEI Nº. 8.069/90 (ECA) EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FASE CARACTERÍSTICAS MARCANTES PERÍODO (DURAÇÃO) ABSOLUTA INDIFERENÇA Inexistiam normas tutelares tocante aos direitos da criança ou do adolescente. Finda-se no início do Séc. XVI. MERA IMPUTAÇÃO PENAL Almejava tão somente a punição de ações/condutas praticadas por crianças e adolescentes. Início do séc. XVI – sobretudo com a edição do Código Mello Matos (1927) ao Código de Menores (1979). ATENÇÃO! No Código de Menores não foram realizadas distinções entre crianças e adolescentes. TUTELAR Promoção da proteção da criança e adolescente em situação irregular, mediante práticas de assistencialismo e segregatórias. Início: Código de Menores (1979). Finda-se com a edição da CR/88. PROTEÇÃO INTEGRAL Analisadas sob a perspectiva de sujeitos de direitos, a proteção das crianças e dos adolescentes, sobretudo levando-se em consideração a situação peculiar de pessoa em desenvolvimento, deve ser assegurada, em conjunto, pelo Estado, Sociedade e Famílias – com máxima prioridade. Inicia-se com a edição da CR/88 e prossegue até os dias atuais. ATENÇÃO! Assim, o ECA estabeleceu no Brasil a doutrina da proteção integral. (art. 1º, do ECA) Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 28 DICA 53 CONSIDERAÇÕES PERTINENTES SOBRE A EVOLUÇÃO HISTÓRICA * Antes de ser adotada a Teoria da Proteção Integral NÃO SE PREOCUPAVA COM A CONSERVAÇÃO/MANUTENÇÃO dos vínculos familiares. Não se averiguava a situação dos vínculos consanguíneos para o objetivo de colocação da criança em família substituta. * Com relação à ideia da SITUAÇÃO IRREGULAR (Fase Tutelar) o menor era visto e tratado como um problema a ser revolvido; a criança e o adolescente não eram considerados sujeitos de direitos. DICA 54 Na doutrina da proteção integral, a MUNICIPALIZAÇÃO consiste no princípio central do ECA. EXPLICANDO... O sistema de proteção restou descentralizado e focando-se no município, pois materializa-se na esfera municipal pela participação direta da comunidade através do Conselho Municipal de Direitos e do Conselho Tutelar. O ECA implementa uma cadeia de políticas públicas a serem desenvolvidas por todos os entes federativos, sobretudo pelo município, haja vista estar mais próximo da realidade de cada comunidade, em observância ao princípio da municipalização imperante nessa legislação especial. DICA 55 ATENÇÃO! PARA OS EFEITOS DO ECA: CRIANÇA A pessoa até doze anos de idade incompletos. ADOLESCENTE Aquela entre doze e dezoito anos de idade. ***Nos casos expressos em lei, aplica-se EXCEPCIONALMENTE o ECA às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. ATENÇÃO! Consoante se vê, o ECA não adotou o critério psicológico para diferenciar criança de adolescente, mas, sim, CRITÉRIO DE IDADE. DICA 56 CONSIDERAÇÕES SOBRE O P. ÚNICO DO ART. 2º DO ECA “Nos casos expressos em lei, aplica-se EXCEPCIONALMENTE o ECA às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. ” Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 29 Foram muitas as discussões sobre sua revogação ou não. CONCLUSÃO PARA A PROVA (a que mais é adotada pelas Bancas) – POSICIONAMENTO DO STJ: Distinguindo-se as esferas cíveis e penais tem-se que: • Na ESFERA CÍVEL, haja vista o surgimento do CC/02 (redução da maioridade civil para 18 anos), o ECA não é mais aplicado aos maiores de 18 anos. • Na ESFERA PENAL, é APLICADO, cite-se como exemplo o art. 121, §5º, do ECA, o qual estabelece liberação compulsória aos 21 anos de idade. DICA 57 TESE DA PLURIPARENTALIDADE A PATERNIDADE SOCIOAFETIVA, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitosjurídicos próprios. (RE 898.061/SC) EXPLICANDO... Conclui-se que a paternidade socioafetiva não exime a responsabilidade do pai biológico. Logo, é dever do pai biológico arcar com as despesas do filho ainda que este último tenha sido criado e nutre laços de afetividade com pessoa diversa – considerando-a como pai. DICA 58 A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da PROTEÇÃO INTEGRAL de que trata o ECA, assegurando-se- lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. ***Os direitos enunciados no ECA aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, SEM DISCRIMINAÇÃO de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO) DICA 59 PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA É DEVER da FAMÍLIA, DA COMUNIDADE, DA SOCIEDADE EM GERAL E DO PODER PÚBLICO assegurar, com ABSOLUTA PRIORIDADE, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. *** A GARANTIA DE PRIORIDADE compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 30 d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. DICA 60 NENHUMA criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. DICA BÔNUS INTERPRETAÇÃO DO ECA – parâmetros interpretativos: DICA BÔNUS DIREITOS QUE INTEGRAM O DIREITO DE LIBERDADE NO ECA O DIREITO À LIBERDADE compreende os seguintes aspectos: I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; II - opinião e expressão; III - crença e culto religioso; IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; V - participar da vida familiar e comunitária, SEM DISCRIMINAÇÃO; VI - participar da vida política, NA FORMA DA LEI; VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. os fins sociais a que ela se dirige os direitos e deveres individuais e coletivos a condição peculiar da criança e do adolescente como PESSOAS EM DESENVOLVIMENTO. as exigências do bem comum Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 31 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO DICA 61 As normas jurídicas que expressam esses valores podem ser classificadas em duas categorias básicas: regras e princípios. As regras contemplam previsões de conduta determinadas e precisas. Ou seja, entre várias alternativas de conduta, as regras determinam como os sujeitos devem (“é obrigatório”), não devem (“é proibido”) ou podem (“é facultado”) conduzir-se. Os princípios, por sua vez, determinam o alcance e o sentido das regras, servindo de parâmetro para a exata compreensão delas e para a própria produção normativa. Eles não se restringem a fixar limites ou a fornecer soluções exatas, e sim consagram os valores a serem atingidos. Dessa forma, os princípios não fornecem solução única, mas propiciam um elenco de alternativas, exigindo, por ocasião de sua aplicação, que se escolha por uma dentre diversas soluções. DICA 62 O princípio da supremacia do interesse público fundamenta a existência das prerrogativas e dos privilégios da Administração Pública, enquanto o princípio da indisponibilidade do interesse público, em contraponto ao primeiro, fundamenta as restrições impostas à Administração. DICA 63 Ao lado do princípio da supremacia do interesse público, o regime jurídico-administrativo também se fundamenta no princípio da indisponibilidade do interesse público, o qual impõe restrições à atuação da Administração. Por esse princípio, a atuação do Poder Público deve ser pautada pela lei, vale dizer, a Administração só pode atuar conforme a previsão legal. Portanto, é correto dizer que a elaboração de atos normativos administrativos, bem como a execução de atos administrativos e ainda a sua respectiva interpretação, devem ser pautados pelo regime jurídico-administrativo, eis que devem observar os ditames da lei. DICA 64 Conforme ensinamento de Celso Antônio Bandeira de Mello, a medida provisória, o estado de defesa e o estado de sítio são exceções ao princípio da legalidade. O primeiro por ser um diploma normativo de exceção e precariedade, pois só é aplicável em caso de “relevância e urgência”. Os dois últimos por restringirem direitos em situações excepcionais. DICA 65 A respeito do princípio da impessoalidade e sua relação com o princípio da isonomia, Carvalho Filho assevera que têm sido admitidas exceções para sua aplicação. Como exemplo, podem-se citar as exigências de altura mínima e de idade em concursos públicos. Sobre o tema o STF coloca três critérios necessários para legitimar exigências discriminatórias em editais de concurso público: Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 32 1) que haja pertinência entre o critério de discriminação e a atividade do cargo; 2) que o critério seja fixado em parâmetros razoáveis; 3) que o critério tenha sido previsto em lei e não apenas no edital do concurso. Assim, por exemplo, o STF reconheceu que, em se tratando de concurso público para agente de polícia, mostra-se razoável a exigência, por lei, de que o candidato tenha altura mínima de 1,60m. A exigência de altura, por sua vez, não seria razoável para o cargo de escrivão de polícia, dada as atribuições do cargo, para as quais o fator altura é irrelevante. DICA 66 O princípio da impessoalidade decorre, em última análise, do princípio da isonomia e da supremacia do interesse público, não podendo, por exemplo, a administração pública conceder privilégios injustificados em concursos públicos e licitações nem utilizar publicidade oficial para veicular promoção pessoal. DICA 67 A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 1) autoridade nomeante ou de 2) servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. DICA 68 O princípio da moralidade administrativa torna jurídica a exigência de atuação ética dos agentes públicos e possibilita a invalidação dos atos administrativos. DICA 69 A divulgação nominal da remuneração de autoridades e servidores nas páginas da internet constitui tema dos mais polêmicos no debate sobre a transparência da Administração Pública. A discussão envolve a compatibilização do princípio da publicidade, que assegura o acesso a informações de interesse geral e coletivo, com o direito fundamental do indivíduo de não ter informaçõesde cunho estritamente pessoal divulgadas sem o seu prévio consentimento. A questão foi submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou lícita a divulgação nominal da remuneração dos servidores. Segundo o entendimento da Suprema Corte, a remuneração bruta, os cargos, as funções e os órgãos de lotação dos servidores públicos seriam informações de interesse coletivo ou geral. Assim, “não cabe, no caso, falar de intimidade ou de vida privada, pois os dados objeto da divulgação em causa dizem respeito a agentes públicos agindo ‘nessa qualidade’ (§6º do art. 37). E quando a segurança física e corporal dos servidores, seja pessoal, seja familiarmente, claro que ela resultará um tanto ou quanto fragilizada com a divulgação nominalizada dos dados em debate, mas é um tipo de risco pessoal e familiar que se atenua com a proibição de se revelar o endereço residencial, o CPF e a CI de cada servidor. No mais, é o preço que se paga pela opção por uma carreira pública no seio de um Estado republicano” (SS 3.902-AgR, de 9/6/2011). Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 33 DICA 70 O cumprimento dos princípios administrativos — especialmente o da finalidade, o da moralidade, o do interesse público e o da legalidade — constitui um dever do administrador e apresenta-se como um direito subjetivo de cada cidadão. DICA 71 Nos termos do art. 50 da Lei 9.784/1999, os atos administrativos deverão ser sempre motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. DICA 72 O princípio da proporcionalidade é basicamente fundado na relação de causalidade existente entre um meio e um fim a ser atingido, ou seja, o princípio da proporcionalidade exige a melhor escolha de um meio para que determinado fim seja alcançado. Todavia, para que a escolha deste meio seja juridicamente correta, necessária se faz a observância de três subprincípios, quais sejam: adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito, ou stricto sensu (e não razoabilidade, daí o erro). Adequação, para que o meio empregado na atuação seja compatível com o fim pretendido; exigibilidade, para que a conduta seja de fato necessária, não havendo outro meio que cause menos prejuízo aos indivíduos para que se alcance o fim público; e, por fim, a proporcionalidade em sentido estrito traduz à ideia de que o meio somente não será desproporcional se as desvantagens que ele ocasionar não virem a superar as vantagens que ele deveria trazer. DICA 73 O fenômeno conhecido como deslegalização consiste na permissão do Poder Legislativo ao Poder Executivo de editar normas de caráter técnico, de maneira inovadora. A dificuldade de o Poder Legislativo regulamentar determinadas matérias de alta complexidade técnica leva ao fenômeno da deslegalização, em que a competência para regular certas matérias é transferida da lei para outras fontes normativas por autorização do próprio legislador. Ou seja, a normatização sai do domínio da lei para o domínio de ato regulamentar de órgão ou entidade do poder executivo. DICA 74 Princípios IMPLÍCITOS ou RECONHECIDOS: possuem a mesma relevância que os princípios explícitos. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 34 DICA 75 Resumão dos Princípios Implícitos Supremacia do interesse público - Fundamenta as prerrogativas da Administração. Presente de forma direta nas relações jurídicas verticais; e de forma indireta nas atividades-meio e quando esta atua como agente econômico. Indisponibilidade do interesse público - Fundamenta as restrições. Ligado ao princípio da legalidade. Também implica que os agentes não podem deixar de exercitar as prerrogativas. Presente de forma direta em toda e qualquer atividade administrativa. - Interesses públicos primários: interesses diretos do povo. - Interesses públicos secundários: 1) interesses do Estado de caráter patrimonial (aumentar receitas ou diminuir gastos); e 2) os atos internos de gestão administrativa. O interesse público secundário só é legítimo quando não é contrário ao interesse público primário. Motivação - Indicação dos pressupostos de fato e de direito. Atos vinculados e discricionários. Permite o controle da legalidade e da moralidade. Assegura ampla defesa e contraditório. Dispensa motivação: exoneração de ocupante de cargo em comissão. Razoabilidade e proporcionalidade - Razoabilidade: compatibilidade entre meios e fins (aferida pelos padrões do homem médio) Proporcionalidade: conter o abuso de poder (ex: sanções proporcionais às faltas). Doutrina: proporcionalidade constitui um dos aspectos da razoabilidade. Três fundamentos: adequação, exigibilidade e proporcionalidade. Contraditório e ampla defesa - Deve haver em todos os processos administrativos, punitivos (acusados) e não punitivos (litigantes). Autotutela - Anular atos ilegais e revogar atos inoportunos e inconvenientes. Pode ser mediante provocação ou de ofício. Não afasta a apreciação do Judiciário (atos ilegais). Os atos não podem ser revistos após o prazo decadencial, salvo comprovada má-fé. Segurança jurídica - Segurança jurídica (aspecto objetivo, estabilidade das relações) X Proteção à confiança (aspecto subjetivo, crença de que os atos da Administração são legais). Veda a aplicação retroativa de nova interpretação. Limita a autotutela e a legalidade. Ex: decadência e prescrição. Especialidade - Descentralização administrativa. Criação de autarquias, EP e SEM. Hierarquia - Forma como são estruturados os órgãos da Administração Pública, criando uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros. Precaução - Adoção de medidas preventivas para proteger o interesse público dos riscos a que se sujeita. Sindicabilidade - Possibilidade de se controlar as atividades da Administração. Controles: judicial, interno, externo (Legislativo e Tribunais de Contas) e autotutela. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 35 Subsidiariedade - Atividade privada tem primazia sobre a atividade pública. Limita a intervenção estatal. DICA 76 O poder de polícia é a capacidade que detém o Estado de restringir direitos e garantias individuais em benefício da coletividade, com base no princípio da supremacia do interesse público. Em regra, o poder de polícia tem caráter discricionário. Porém há situações em que se torna vinculado, se a norma que o trata assim definir. O exercício do poder de polícia é um dos fatos geradores das taxas (espécie de tributo). DICA 77 O poder de polícia originário é exercido pelos órgãos dos entes políticos, ou seja, pela Administração Pública Direta. Já o poder de polícia derivado é exercido pelas entidades de direito público da Administração Pública Indireta. DICA 78 A polícia administrativa atua de forma predominantemente preventiva sobre bens, direito ou atividades em todas as áreas da Administração Pública reprimindo os ilícitos administrativos. Já a polícia judiciária exerce seu poder de forma mais repressiva (apesar de também atuar preventivamente) sobre pessoas coibindo os chamados ilícitos penais. O exercício do poder de políciajudiciária é privativo de certos órgãos como a polícia civil, militar e federal. DICA 79 A multa, como sanção resultante do exercício do poder de polícia administrativa, não possui a característica da auto executoriedade. Em relação às multas, há duas situações: 1. A aplicação de uma multa: reflete o atributo da exigibilidade. 2. A cobrança da multa não tem a força da executoriedade, já que é necessária a utilização dos meios para isso (inclusão em dívida ativa e ação de execução, havendo a necessidade de participação do Poder Judiciário). DICA 80 O abuso de poder pode ocorrer tanto por condutas comissivas quanto omissivas e pode assumir duas formas: → Excesso de poder: Se o agente público extrapolar os limites de sua competência, estará atuando com excesso de poder; e → Desvio de poder: Também chamado de desvio de finalidade, ocorre quando o agente público atua buscando fim diverso do previsto para o ato ou contrário ao interesse público. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 36 Enquanto o excesso de poder está associado ao vício no elemento competência, o desvio de poder está ligado o vício no elemento finalidade. DICA 81 O PODER DE POLÍCIA tem como fundamento o P. da Supremacia do Interesse Público; consiste na faculdade discricionária da Administração Pública de condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse público. → ORIGINÁRIO: exercido pela Administração Pública Direta – ENTES POLÍTICOS (União, Estado e Município) → DERIVADO: exercido pela Administração Indireta, mas desde que seja PJ de Direito Público. DICA 82 A QUAL ENTE COMPETE O EXERCÍCIO DO P. DE POLÍCIA? Consegue-se identificar pela ideia da PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE. *Hely Lopes Meirelles explica: “Para esse policiamento há competências exclusivas e concorrentes das três esferas estatais, dada a descentralização político-administrativa decorrente do nosso sistema constitucional. Em princípio, tem competência para policiar a entidade que dispõe do poder de regular a matéria. Assim sendo, os assuntos de interesse nacional ficam sujeitos a regulamentação e policiamento da União; as matérias de interesse regional sujeitam-se às normas e à polícia estadual, e os assuntos de interesse local subordinam-se aos regulamentos edilícios e ao policiamento administrativo municipal. Todavia, como certas atividades interessam simultaneamente às três entidades estatais, pela sua extensão a todo o território nacional (v. g., saúde pública, trânsito, transportes etc.), o poder de regular e de policiar se difunde entre todas as Administrações interessadas, provendo cada qual nos limites de sua competência territorial. A regra, entretanto, é a exclusividade do policiamento administrativo; a exceção é a concorrência desse policiamento”. DICA 83 POLÍCIA ADMINISTRATIVA POLÍCIA JUDICIÁRIA Caráter preventivo Caráter repressivo Incide sobre bens, direitos e atividades. Incide somente sobre pessoas. Exercida por toda a Administração Pública Privativa dos órgãos auxiliares da Justiça (Ministério Público e Polícia em geral). Regida pelo Direito Administrativo Regida pelo Direito Processual penal Infração administrativa Ilícito penal Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 37 DICA 84 ATENÇÃO! O candidato deve se atentar à questão da prova quando mencionar apenas a palavra “multa”, nesse sentido é aplicado o entendimento de Hely Lopes Meirelles: “EXCLUEM-SE DA AUTO-EXECUTORIEDADE AS MULTAS, ainda que decorrentes do poder de polícia, QUE SÓ PODEM SER EXECUTADAS POR VIA JUDICIAL, como as demais prestações pecuniárias devidas pelos administrados à Administração”. DICA 85 Pelo entendimento consolidado no STJ, na delegação do Poder de Polícia devem ser consideradas as quatro atividades relativas: →Legislação; (INDELEGÁVEL) →Consentimento; (DELEGÁVEL) →Fiscalização; (DELEGÁVEL) →Sanção. (INDELEGÁVEL) Mnemônico: FIS-CO. JUSTIFICATIVA (Resp 817.534/MG): *Legislação e Sanção constituem atividades típicas da Administração Pública. *Consentimento e Fiscalização NÃO realizam poder coercitivo. VISUALIZANDO... Exemplo dado pelo STJ que comporta os ciclos: “o CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (legislação); a emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público (consentimento); a Administração instala equipamentos eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a Administração sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção) ”. (STJ, REsp 817534/MG, Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, julgado em 10/11/2009). Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 38 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL DICA 86 Hipóteses de cabimento de estado de defesa - ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional - atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza A primeira hipótese de cabimento do estado de defesa advém de um componente essencialmente humano que desencadeia grave instabilidade nas instituições. As razões determinantes dessa instabilidade podem ser diversas. A instabilidade, contudo, além de iminente, é grave, não sendo resolvível pelos mecanismos de controle e coerção ordinários. Já na segunda hipótese predomina a aleatoriedade, o fortuitismo e a força maior da natureza, que acabam por comprometer a paz e a ordem em dada localidade. DICA 87 Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social [...] ATENÇÃO: A oitiva do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional não são vinculativas, mas sim meramente consultivas. DICA 88 No estado de defesa, o controle político é apenas concomitante (quando o estado de exceção já está vigendo) e sucessivo (ao término do estado de exceção). DICA 89 O estado de defesa poderá ser instituído pelo prazo máximo de 30 dias, prorrogado uma única vez por mais 30 dias. DICA 90 Pontos chave do estado de defesa. Convocação extraordinária do Congresso ➔ Todos os parlamentares deliberam Prazo de 5 dias ➔ Se a convocação for pelo Presidente, será em 24 horas. Porém, no início do ano, os parlamentares estão em recesso e é necessário mais tempo para reuni-los Presidente do Senado Federal ➔ Quem preside a mesa do Congresso Nacional Maioria absoluta ➔ Regra geral, maioria qualificada (3/5) e 2/3 são necessários apenas para emendas à Constituição, leis complementares, e medidas de caráter punitivo/coercitivo DICA 91 Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 39 destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. DICA 92 Diferentemente de outras instituições, as Forças Armadas pautam-se por um código de conduta mais rígido, cujas diretrizes são a hierarquia (vínculo de autoridade graduado em diferentes níveis de subordinação) e a disciplina (estrita observância às condutas impostas pelos superiores hierárquicos). DICA 93 Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei. §1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. § 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir. DICA 94 A atividade de polícia ostensiva, como o nome sugere, é aquela exposta à população em geral, visando a alcançar diversas partes do território, contribuindo para a tão falada “sensação de segurança”. Seus agentes, facilmente identificáveis por símbolos, uniformes e equipamentos, atuam na manutenção da ordem pública, buscando prevenir ou reprimir infrações diversas. Por seu turno, a atividade de polícia judiciária é aquela centrada na investigação policial. Nos termos do Código de Processo Penal, a polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria, o que é formalizado no processo denominado inquérito policial. O STF já decidiu em reiteradas oportunidades que o art. 144 da Constituição, ao apontar os órgãos incumbidos do exercício da segurança pública, estabelece o modelo que deve ser seguido pelos Estados-membros e Distrito Federal, sendo-lhes vedado criar órgãos de segurança pública diversos daqueles apresentados (ADI 2.827 e 1.182). DICA 95 Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 40 DICA 96 Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. As guardas municipais são subordinadas ao Chefe do Executivo local (Prefeito) cabendo-lhes a proteção de bens, serviços, logradouros públicos municipais e instalações do Município, aqui entendidos os de uso comum, os de uso especial e os dominicais. Nos termos da Lei nº 13.022/2014, admite-se que as guardas municipais portem armas de fogo. O STF já entendeu ser constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente previstas (RE 658.570). DICA 97 É permitido aos Municípios, independentemente do número de habitantes, a constituição de guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações. DICA 98 👉 ATENÇÃO A PEGADINHA DO CESPE 👈 A Constituição Federal estabelece como forças auxiliares e reserva do Exército as polícias e os corpos de bombeiros. Errado! Atenção para a pegadinha! Não são todas as polícias que são forças auxiliares e reserva do Exército, apenas a polícia militar. As polícias federais e civil não o são. DICA 99 A segurança pública, exercida para preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, é responsabilidade de todos. O item está correto! O caput do art. 144 é categórico em nos dizer que a segurança pública, ainda que seja um dever do Estado, é (direito e) responsabilidade de todos. DICA 100 Polícia Federal: é instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União, estruturado em carreira e possuidor de funções de polícia judiciária e de polícia ostensiva. Destina-se a: I – apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; III – exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; IV – exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 41 Polícia Rodoviária Federal: órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. Não exerce funções de polícia judiciária, por ser esta função exclusividade da polícia federal. Polícia Ferroviária Federal: órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. Apesar da previsão constitucional, o órgão nunca foi objeto de efetiva criação, em virtude da lamentável decadência do nosso sistema ferroviário. Polícia Penal Federal: organizada e mantida pela União, vincula-se ao órgão administrador do sistema penal federal, que é o DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional), e destina-se à segurança dos estabelecimentos prisionais. DICA 101 O papel de polícia judiciária na esfera estadual é exercido pelas polícias civis, dirigidas pelos delegados de polícia de carreira (aproveitando que falamos sobre os delegados, vale recordar que o STF entende ser inconstitucional a previsão de Constituição estadual que confere foro por prerrogativa de função para os delegados de Polícia [ADI 2553]. Isso porque não há previsão semelhante para os Delegados Federais na Constituição Federal [ADI 2587]), as quais incumbem a investigação e a aferição de infrações penais, excetuando-se as militares e as de competência da polícia federal. DICA 102 A segurança pública no Distrito Federal No Distrito Federal temos a particularidade de suas polícias civil, penal, militar e corpo de bombeiros serem organizadas e mantidas pela União, conforme podemos extrair da leitura do art. 21, XIV, CF/88, muito embora estejam subordinadas ao Governador do Distrito Federal (art. 144, § 6º da CF/88). Daí porque se fala em um regime jurídico híbrido, pois referidos organismos sujeitam-se à disciplina fixada em lei federal, editada pelo Congresso Nacional, e não pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, no que se refere aos vencimentos de seus membros e à organização, mas subordinam-se ao Governador do Distrito Federal. A Constituição também determinou, em seu art. 32, § 4º, que lei federal deverá dispor sobre a utilização pelo Governo do Distrito Federal de referidas polícias, bem como previu competência distrital concorrente para legislar sobre organização, garantias, direito e deveres das polícias civis (art. 24, XVI, CF/88). DICA 103 O exercício do direito de greve é vedado aos integrantes de todas as carreiras policiais enunciadas no art. 144, CF, o que significa que os membros das seguintes corporações não podem fazer greve: Polícia Federal; Polícia Rodoviária Federal; Polícia Ferroviária Federal; Polícia Civil; Polícia Militar, Polícia Penal e Corpo de Bombeiros militar. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 04 42 DICA 104 Segurança viária - Em julho de 2014 o parágrafo 10 foi incluído no art. 144 pela EC nº 82, dispondo sobre “segurança viária” – expressão que designa o conjunto de ações planejadas para preservar a integridade física e patrimonial das pessoas
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