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Atualização_Penal v1_5-6ed

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Direito Penal Esquematizado v. 1 
Parte geral 
Cleber Masson 
5.ª para 6.ª edição 
 
 
P. 118 – Substituir os dois primeiros parágrafos pelo texto abaixo: 
Depois  de  intensos  debates,  a  matéria  foi  submetida  ao  Plenário  do  Supremo 
Tribunal  Federal.  Com  empate  na  votação,  favorável  ao  paciente,  a  teor  da  regra 
contida no  art. 146 do Regimento  Interno do  STF, admitiu‐se a  combinação de  leis 
penais, pois desta atividade não  resulta a  “criação  indireta de  lei”. Esta é a posição 
atual da Corte Suprema.1 
 
P. 268‐269 – Substituir o item 12.5.1.1 pela redação abaixo: 
A  jurisprudência posiciona‐se no  sentido de existir dolo eventual na  conduta do 
agente  responsável  por  graves  crimes  praticados  na  direção  de  veículo  automotor. 
Esta escolha fundamenta‐se nas diversas campanhas educativas realizadas nas últimas 
décadas, demonstrando os inúmeros riscos da direção ousada e perigosa, como se dá 
no racha e no excesso de velocidade em via pública. 
Tais advertências são suficientes para esclarecer os motoristas da vedação legal de 
tais  comportamentos,  bem  como  dos  resultados  danosos  que,  em  razão  delas,  são 
rotineiramente  produzidos.  E,  se  mesmo  assim  continua  o  condutor  de  veículo 
automotor a agir de forma imprudente, revela inequivocamente sua indiferença com a 
vida e a  integridade corporal alheia, devendo responder pelo crime doloso a que der 
causa. 
Assim já decidiu o Supremo Tribunal Federal: 
 
O  réu,  ao  lançar‐se  em  prática  de  altíssima  periculosidade  em  via  pública  e 
mediante alta velocidade, teria consentido com que o resultado se produzisse, de 
sorte a incidir em dolo eventual (CP, art. 18, I: “Diz‐se o crime: I – doloso, quando 
o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi‐lo”). No ponto, assentou‐
se que o Supremo firmara jurisprudência no sentido de que o homicídio cometido 
na direção de veículo automotor em virtude de “pega” seria doloso.2 
 
O Superior Tribunal de Justiça compartilha desse entendimento: 
                                                            
1 RE 596.152/SP,  rel. orig. Min. Ricardo  Lewandowski,  red. p/ o  acórdão Min. Ayres 
Britto, Plenário, j. 13.10.2011, noticiado no Informativo 644. 
2 HC 101.698/RJ, rel. Min. Luiz Fux, 1.ª Turma, j. 18.10.2011, noticiado no Informativo 645. Em igual sentido: “A conduta social 
desajustada daquele que, agindo com intensa reprovabilidade ético-jurídica, participa, com o seu veículo automotor, de inaceitável 
disputa automobilística realizada em plena via pública, nesta desenvolvendo velocidade exagerada – além de ensejar a 
possibilidade de reconhecimento de dolo eventual inerente a esse comportamento do agente –, ainda justifica a especial 
exasperação da pena, motivada pela necessidade de o Estado responder, grave e energicamente, à atitude de quem, em assim 
agindo, comete os delitos de homicídio doloso e lesões corporais” (HC 718.001/RS, 1.ª Turma, rel. Min. Celso de Mello, j. 
20.06.1995). 
 
 
Direito Penal Esquematizado v. 1 
Parte geral 
Cleber Masson 
5.ª para 6.ª edição 
 
 
Não  se  pode  generalizar  a  exclusão  do  dolo  eventual  em  delitos  praticados  no 
trânsito. Na hipótese de “racha”, em se tratando de pronúncia, a desclassificação 
da modalidade dolosa de homicídio para a culposa deve ser calcada em prova por 
demais sólida. No iudicium accusationis, inclusive, a eventual dúvida não favorece 
os acusados, incidindo, aí, a regra exposta na velha parêmia in dubio pro societate. 
[...] O  tráfego é atividade própria de risco permitido. O “racha”, no entanto, é – 
em  princípio  –  anomalia  que  escapa  dos  limites  próprios  da  atividade 
regulamentada.3 
 
No tocante ao homicídio cometido na direção de veículo automotor, encontrando‐
se o condutor em estado de embriaguez, a análise da situação concreta é fundamental 
para a tipificação da conduta. Com efeito, a conclusão pelo dolo (direto ou eventual) 
acarreta na  incidência do crime definido no art. 121 do Código Penal, ao passo que a 
presença da culpa resulta no delito previsto no art. 302 da Lei 9.503/1997 – Código de 
Trânsito Brasileiro.4  
 
P. 458 – Incluir ao final do item 28.10 o parágrafo abaixo: 
Para  a  instauração  do  incidente  de  insanidade  mental,  não  basta  a  alegação 
defensiva no sentido da presença da anomalia ou enfermidade mental. Com efeito, o 
exame a que se refere o art. 149 do Código de Processo Penal é imprescindível apenas 
quando houver dúvida fundada a respeito da higidez mental do acusado, em face da 
presença de  indícios plausíveis de que, ao tempo do  fato, era  incapaz de entender o 
caráter ilícito da conduta ou de determinar‐se de acordo com esse entendimento.5 
 
P. 608 – Substituir o último parágrafo do item 33.22.1 pela atualização abaixo: 
No tocante aos presídios federais, o Decreto 6.049/2007 previu expressamente o 
direito à visita íntima. De igual modo, a Resolução 4, de 29 de junho de 2011, editada 
pelo  Conselho  Nacional  de  Política  Criminal  e  Penitenciária,  órgão  do  Ministério 
Público,  recomenda  aos  departamentos  penitenciários  estaduais  ou  órgãos 
                                                            
3 REsp 247.263/MG, rel. Min. Felix Fischer, 5.ª Turma, j. 05.04.2001. 
4 STF: HC 107.801/SP, rel. orig. Min. Cármen Lúcia, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux, 1.ª 
Turma, j. 06.09.2011, noticiado no Informativo 639. 
5 HC 60.977/ES, rel. Min. Og Fernandes, 6.ª Turma, j. 25.10.2011, noticiado no Informativo 486. 
 
 
Direito Penal Esquematizado v. 1 
Parte geral 
Cleber Masson 
5.ª para 6.ª edição 
 
congêneres que seja assegurado o direito à visita íntima a pessoa presa, recolhida nos 
estabelecimentos prisionais, no tocante às relações heteroafetivas ou homoafetivas. 
Ressalte‐se, porém, que por se tratar de matéria relacionada à execução da pena, 
a ordem constitucional reclama seja sistematizada por lei.

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