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Desvio de Finalidade e a Confusão Patrimonial

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
LUCAS MATHEUS DE OLIVEIRA MENEZES
DESVIO DE FINALIDADE E A CONFUSÃO PATRIMONIAL
ALTERAÇÃO DO ART. 50
RIO DE JANEIRO
2021
LUCAS MATHEUS DE OLIVEIRA MENEZES
DESVIO DE FINALIDADE E A CONFUSÃO PATRIMONIAL
ALTERAÇÃO DO ART. 50
Trabalho avaliativo 1, apresentado a então disciplina de Direito Empresarial, como parte dos requisitos para obtenção da nota de A1 da instituição Veiga de Almeida, do curso de Administração.
Orientador: Vinicius Tavares dos Santos
RIO DE JANEIRO
2021
A alteração do art. 50 do Código Civil trata da desconsideração dos direitos conferidos ao empresário onde os patrimônios pessoais passam a ser envolvidos nas dívidas da empresa. Essa edição no artigo supracitado busca evidenciar que os donos das empresas, ou sócios, terão de arcar com patrimônio pessoas dívidas, multas e afins em que se configure a intenção de fraudar seus credores, na qual se caracteriza em duas formas, sendo elas: desvio de finalidade e confusão patrimonial.
O desvio de finalidade refere-se a uma situação em que os administradores públicos agem ou tomam decisões além dos propósitos estipulados pela lei e pela constituição para a máquina estatal. Acontece que, uma vez constatado o abuso da personalidade jurídica, que se caracteriza por confusão patrimonial ou desvio de finalidade, o juiz pode determinar que a influência de certas obrigações relacionadas ao administrador ou sócios da pessoa jurídica podem ser incluídas aos bens pessoais deles. Ou seja, ainda que haja cláusula de proteção ao patrimônio privado dos sócios, quando for comprovado que a empresa está abusando da personalidade, a decisão do tribunal poderá flexibilizar essa blindagem.
No entanto, a confusão de patrimonial refere-se à mistura de pessoas jurídicas e entidades que deveriam ter personalidades e ativos distintos. Ressalte-se que cabe ao credor a responsabilidade de comprovar que o imóvel se confunde, o que leva ao descumprimento, mesmo assim, os sócios também podem exigir primeiro a execução do patrimônio da empresa, a primeira execução do patrimônio da empresa, e a benefício da ordem, conforme previsto no Artigo 1. 1024, CC e art. 596, do CPC.
Os sócios, por exemplo, compram, em nome da pessoa jurídica, veículos para uso particular seu e de seus familiares; e o gasto de manutenção desses veículos é contabilizado como despesa dessa pessoa jurídica. Isso caracteriza uma “confusão patrimonial”, pois, além de os gestores se utilizarem da pessoa jurídica para obter benefícios particulares, confundem o seu patrimônio com o dela, ferindo a primazia da essência sobre a forma.
Agora, quando estamos diante de grupos de empresas, ou de empresas coligadas ou controladas, e, por conveniência da gestão, uma empresa empresta dinheiro à outra, a fim de que essa não tenha que buscá-lo junto a alguma instituição financeira, diminuindo, dessa forma, o custo desse evento; ou, ainda, quando uma certa classe de bens e direitos são controlados em nome de um responsável, como ocorre com a conta Caixa ou Banco Conta Movimento, e todos os eventos daí decorrentes são devidamente registrados em suas contabilidades, com informações precisas, conferindo-lhes transparência, não estamos diante de “confusão patrimonial”, e, sim, diante de um dispositivo administrativo de gestão (planejamento financeiro), usado para que essas empresas sejam beneficiadas.
Não há aqui “confusão patrimonial”, pois todos os fatos estão devidamente registrados na contabilidade, mantendo-se a integridade dos elementos patrimoniais; e os sócios não se serviram desse evento para a prática de atos ilícitos, nem receberam benefícios particulares em detrimento da pessoa jurídica.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019. Institui o Código Civil. Declaração de Direitos de Liberdade Econômica: art. 50, Brasília, DF, ano Cap. V, 20 set. 2019.
BARROS, Marcos Henrique. Confusão Patrimonial. 2016. Disponível em: https://mhbarros.jusbrasil.com.br/artigos/361468045/confusao-patrimonial#:~:text=Acontece%20a%20confus%C3%A3o%20patrimonial%20quando,instrumento%20para%20acobertar%20atos%20il%C3%ADcitos.. Acesso em: 05 out. 2021.
DAGOSTIM, Salézio. Confusão Patrimonial. 2012. Disponível em: http://www.ebracon.com.br/questoes-tecnicas/110/confusao-patrimonial. Acesso em: 05 out. 2021
ANDRADE, Raphael. MP 881 e a nova disciplina do desvio de finalidade no Código Civil. 2019. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2019-set-19/opiniao-disciplina-desvio-finalidade-codigo-civil. Acesso em: 05 out. 2021.

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