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Cirurgias do Esôfago - Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais

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Medicina Veterinária Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Rebeca Meneses 
1 Cirurgia de Esôfago 
Esofagotomia é uma incisão dentro do lúmen 
esofágico; esofagectomia é a ressecção parcial do 
esôfago. Esofagostomia é a criação de uma 
abertura no esôfago para colocação de um tubo 
de alimentação. 
 
 
ABORDAGEM DO ESÔFAGO CERVICAL 
1. Posicionar o paciente em decúbito dorsal 
2. Incisar a pele na linha média, iniciando na 
laringe e estendendo caudalmente ao 
manúbrio. 
3. Incisar e retirar o músculo platisma e 
tecidos subcutâneos. 
4. Separar os músculos esterno-hióideo 
emparelhado ao longo da linha média 
para expor a traqueia subjacente 
5. Retrair a veia tireóidea ima com o 
músculo esterno ou ligá-la. 
6. Se o acesso ao esôfago cervical caudal é 
necessário, separar e retrair os músculos 
esternos. 
7. Retrair a traqueia para a direita para 
expor as estruturas anatômicas 
adjacentes, incluindo esôfago, glândula 
tireoide, vasos da tireoide cranial e 
caudal, nervo laríngeo recorrente e bainha 
carotídea (tronco vagossimpático, artéria 
carótida e veia jugular interna) 
8. Passar um tubo estomacal ou 
estetoscópio esofágico para facilitar a 
identificação do esôfago e da lesão. 
9. Após completar definitivamente o 
procedimento, lavar a área cirúrgica com 
solução salina estéril morna e voltar a 
traqueia à sua posição normal. 
10. Fechar a incisão pela aposição dos 
músculos esterno-hióideos usando sutura 
com fio absorvível (3-0 ou 4-0) em padrão 
simples contínuo. 
11. Apor tecidos subcutâneos em um padrão 
contínuo simples com sutura absorvível 3-
0 ou 4-0. Usar fio não absorvível 
(monofilamentar 3-0 ou 4-0) fazendo 
padrão de sutura aposicional para fechar a 
pele. 
 
ABORDAGEM DO ESÔFAGO CRANIAL 
TORÁCICO VIA TORACOTOMIA 
INTERCOSTAL LATERAL 
1. Posicionar o paciente em decúbito lateral 
direito sobre uma toalha enrolada 
colocada perpendicularmente ao longo 
eixo do corpo 
2. Escolher o espaço intercostal apropriado 
para incisão com base na localização da 
anormalidade radiográfica 
 
 
Medicina Veterinária Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Rebeca Meneses 
2 Cirurgia de Esôfago 
3. Identificar o esôfago no mediastino dorsal 
do tronco braquiocefálico 
4. A identificação pode ser facilitada pela 
passagem de um tubo estomacal ou pela 
palpação da alteração. 
5. Dissecar a pleura mediastinal sobreposta 
ao esôfago logo acima e abaixo da área 
cirúrgica proposta. Preservar o ramo da 
veia intratorácica interna e veia 
costocervical 
 
ESOFAGOSTOMIA 
1. Separar o esôfago do restante do campo 
com compressas cirúrgicas umedecidas. 
2. Aspirar o conteúdo do esôfago cranial, 
antes de fazer a incisão da esofagostomia 
para minimizar a contaminação da área 
cirúrgica. Se a ingesta e as secreções ainda 
não tiverem sido completamente 
aspiradas, ocluir o lúmen cranial e caudal 
ao local proposto para a esofagostomia 
com os dedos ou pinças atraumáticas. 
3. Colocar suturas adjacentes ao local da 
incisão proposta para estabilizar, auxiliar a 
manipulação e evitar o trauma para as 
bordas esofágicas. 
4. Adicionar uma incisão para dentro do 
lúmen do esôfago e estender-se 
longitudinalmente como necessário para 
remover o corpo estranho ou observar o 
lúmen. Se a parede esofágica parecer 
normal, fazer a incisão sobre o corpo 
estranho. Se a parede parecer 
comprometida, realizar a incisão caudal à 
lesão ou corpo estranho. 
5. Remover os corpos estranhos com uma 
pinça, tomando o cuidado de evitar novos 
traumas do esôfago (ruptura ou 
perfuração). 
6. Examinar o lúmen esofágico. Obter 
amostras para cultura das áreas 
perfuradas e necróticas. 
7. Debridar e fechar perfurações circundadas 
por tecido saudável, que envolvem menos 
do que um quarto da circunferência do 
esôfago. 
8. Identificar grandes áreas de necrose ou 
perfurações extensas e realizar uma 
ressecção e anastomose (discutido mais 
tarde). 
9. As incisões da esofagostomia podem ser 
fechadas em uma ou duas camadas. Um 
fechamento interrompido simples de duas 
camadas resulta numa maior resistência 
da ferida imediata, melhor aposição de 
tecido e melhor cicatrização após 
esofagotomia, mas leva mais tempo para 
executar do que as técnicas de camada 
única. 
10. Fazer cada sutura a aproximadamente 2 
mm da margem e 2 mm além. 
11. Incorporar a mucosa e a submucosa na 
primeira camada de um fechamento em 
duas camadas com sutura simples 
interrompida. 
12. Colocar suturas de modo que os nós 
estejam dentro do lúmen esofágico 
13. Incorporar a adventícia, a muscular e a 
submucosa, na segunda camada de 
suturas com os nós amarrados 
extraluminalmente 
 
 
Medicina Veterinária Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Rebeca Meneses 
3 Cirurgia de Esôfago 
14. Quando um fecho de uma camada é 
usado, passar cada sutura através de 
todas as camadas da parede esofágica, e 
amarrar os nós na superfície extraluminal. 
15. Verificar a integridade do fechamento 
ocluindo o lúmen, injetando solução 
salina, aplicando pressão e observando se 
ocorre extravasamento entre as suturas. 
 
ESOFAGECTOMIA PARCIAL 
A esofagectomia parcial é feita para remover 
segmentos desvitalizados ou doentes do esôfago. 
 
TÉCNICA CIRURGICA 
1. Para a esofagectomia, ocluir e estabilizar o 
esôfago com os dedos (ação de tesoura 
dos dedos médio e indicador) ou uma 
pinça atraumática. 
2. Ressectar a porção doente do esôfago 
3. Aspirar os debris do lúmen do esôfago 
restante. 
4. Colocar três suturas de ancoragem 
igualmente espaçadas em cada 
extremidade do esôfago restante para 
facilitar a manipulação delicada do 
esôfago e ajudar a manter a aposição e o 
alinhamento das extremidades 
transeccionadas 
5. Trazer as extremidades esofágicas em 
aposição com pontos de fixação e suturar 
as extremidades entre si usando um 
fechamento em uma ou duas camadas, 
como o descrito para a esofagostomia. 
6. Primeiro fazer suturas na parede 
contralateral (afastada) e então na parede 
ipsilateral mais acessível (próxima). 
7. Quando se utiliza sutura em duas 
camadas, o esôfago deve ser aposicionado 
nos quatro passos seguintes: 
(1) aposição muscular e adventícia da 
parede contralateral em torno de 
aproximadamente metade da 
circunferência esofágica 
(2) aposição na mucosa e submucosa 
da parede contralateral 
(3) aposição na mucosa e submucosa 
da parede ipsilateral e 
(4) aposição muscular e adventícia da 
parede ipsilateral 
8. Verificar a integridade do fechamento 
pela oclusão do lúmen, injeção de solução 
salina, aplicação de pressão e observação 
de presença de extravasamento entre as 
suturas. 
9. Fazer uma sutura em bolsa de tabaco no 
restante esofágico cranial. 
10. Inserir a bigorna e amarrar a sutura em 
bolsa de tabaco ao redor da haste do 
instrumento. 
 
 
Medicina Veterinária Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Rebeca Meneses 
4 Cirurgia de Esôfago 
11. Fazer uma segunda sutura em bolsa de 
tabaco ao redor da área de ressecção 
distal e segurá-la. 
12. Fazer a aposição das extremidades 
esofágicas apertando a porca-borboleta 
do grampeador. 
13. Ativar o instrumento e, em seguida, 
removê-lo com um movimento de 
rotação. 
14. Fechar a incisão de acesso para a 
colocação do dispositivo de 
grampeamento com um agrafador linear. 
 
 
PERSISTÊNCIA DO 4° ARCO AÓRTICO 
1. Estabelecer um portal endoscópico no 7º 
espaço intercostal esquerdo na junção 
costocondral. 
2. Inserir três outros portais no mesmo nível 
no 3º e 5º espaços intercostais para o 
equipamento cirúrgico. 
3. Inserir um quarto portal no aspecto dorsal 
do 5º espaço intercostal e passar um 
retrator pulmonar para manipular o 
pulmão cranial esquerdo caudalmente 
para expor o ligamento. 
4. Usar uma sonda de palpação para 
identificar o ligamento se não estiver 
visível na junção do esôfago dilatado e 
mais normal 
5. Passar um endoscópio ou cateter em 
balão para ajudar a identificação, caso 
necessário. 
6. Elevar o ligamento e colocar hemoclipes 
dorsal e ventralmenteantes da transecção 
com tesouras Metzenbaum 
7. Dissecar o tecido conectivo remanescente 
da superfície do esôfago, cuidando para 
evitar essa camada muscular; dilatação 
com um balão pode ser realizada se 
necessário.

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