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Resumo clinica cirúrgica de pequenos animail p1

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Resumo clinica cirúrgica de pequenos animais
Afecções cirúrgica da cabeça
Otite→ É dividida em otite externa, onde ocorre inflamação do canal auditivo vertical ou horizontal ou ambos; otite média, onde ocorre inflamação da cavidade e da membrana timpânica; otite interna, onde a parte interna é acometida.
Otite externa→ é definido como uma inflamação do epitélio dos canais auditivos horizontais e verticais e estruturas adjacentes, pode estar associada a outras doenças dermatológicas, particularmente alérgica ou doença de pele imune mediada. A etiologia pode ser bactérias, traumas, parasitas, corpo estranho, fungos, leveduras ou neoplasias. Os fatores que pré dispõem são a umidade excessiva ou presença de liquido dentro do conduto. As bactérias Staphylococcus e β-Streptococcus são as mais encontradas no canal auditivo. A otite externa quando não tratado de matéria correta evolui para o estado crônico, causando alteração anatômica devido a formação de processo inflamatório e edema, causando oclusão do conduto. Os sinais clínicos são: meneios cefálicos (balanço excessivo da cabeça), vocalização devido a dor ou durante a palpação, eritema, prurido, exsudato. Durante o exame físico deve-se avaliar o animal como um todo. 
O tratamento médico depende da etiologia (recomendado fazer a cultura), deve ser feito a limpeza do conduto diariamente pelo veterinário com produto próprio para limpeza (extratos de origem vegetal), é verificado a viabilidade timpânica através do exame físico com o uso do otoscópio. São utilizados produtos tópicos polivalentes à base de anti-inflamatórios, antifúngicos e antibióticos associados à limpeza rotineira do pavilhão auricular, em casos de medicação sistêmica são usados anti-inflamatórios e analgésicos. 
Tratamento cirúrgico: 
Conduta pré operatória→ deve ser realizado antibioticoterapia (amoxicilina+clavulanato ou cefalotina), em casos de presença de secreção purulenta deve ser feito cultivo bacteriano, deve-se determinar a extensão e a gravidade da doença
Técnicas cirúrgicas:
1. Ressecção lateral da orelha/Ressecção do Canal Auditivo Lateral (ZEPP)→ É utilizado para aumentar a drenagem e melhorar a ventilação do canal auditivo, reduzindo a humidade e a temperatura no ouvido externo, as quais promovem o desenvolvimento bacteriano e fúngico, também facilita a colocação de agentes tópicos dentro do canal horizontal. Ressecção é indicada em pacientes com hiperplasia mínima do epitélio do canal auditivo ou com pequenas lesões neoplásicas do aspecto lateral do canal vertical. Não deve ser realizada em animais com obstrução ou estenose do canal auditivo horizontal ou otite média concorrente ou em pacientes com hiperplasia epitelial grave. 
A técnica cirúrgica consiste em: tricotomia de todo o lado da face e os dois lados do pavilhão auricular. Lavar delicadamente o ouvido e remover o máximo possível os detritos. Posicionar o animal em decúbito lateral com a cabeça elevada em uma toalha e preparar o pavilhão auricular e a pele ao redor para cirurgia asséptica. Colocar o campo cirúrgico ao redor da orelha com todo o pavilhão auricular envolto no local da cirurgia. Posicionar-se na face ventral da cabeça do cão e posicionar um fórceps no canal auditivo vertical para determinar a sua extensão ventral. Marcar um local abaixo do canal auditivo horizontal, que é a metade do comprimento do canal auditivo vertical, é realizado duas incisões paralelas na pele lateral do canal auditivo vertical que se estendam desde o tragus ventralmente ao local marcado. Essas incisões devem corresponder a 1,5 vez o comprimento do canal auditivo vertical. Ligar as incisões na pele ventralmente e, usando uma combinação de dissecção cortante e contundente, rebater o retalho de pele dorsal, expondo a parede cartilaginosa lateral do canal auditivo vertical. Durante a dissecção, ficar o mais próximo possível da cartilagem do canal auditivo para evitar inadvertidamente danos ao nervo facial. Observar a glândula parótida na medida ventral da incisão e evitar danificá-la. Localizando-se no aspecto dorsal da cabeça do animal, utilizar tesouras Mayo para cortar o canal vertical. Colocar uma lâmina da tesoura no canal na incisura pré-trágica ou trago helicina na face cranial (ou medial) do conduto auditivo externo e, com a tesoura em um ângulo de 30 graus, incisar o canal ventralmente ao nível do canal horizontal. Repitir o processo, começando pela incisura intertrágica (aspecto caudal ou lateral do conduto auditivo externo). Não permitir que as incisões convirjam para o aspecto lateral do canal, ou o escorredor será demasiado estreito. Certificar-se de estender as incisões até o início do canal horizontal, ou o escorredor não ficará na posição horizontal contra a pele. Rebater o flap cartilaginoso distalmente e inspecionar a abertura do canal horizontal; se indicado, obter culturas. Ocasionalmente, a abertura pode ser ampliada, fazendo dois cortes pequenos nos aspectos cranial e caudal. Ressecar a metade distal da aba da cartilagem para fazer o escorredor e retirar a aba da pele. O ligamento entre as abas horizontais e verticais geralmente funciona como uma dobradiça para permitir ao escorredor ficar na posição horizontal, mas, em alguns casos, marcar a cartilagem no lado ventral do escorredor facilita isso. Colocar suturas de monofilamento absorvíveis ou não absorvíveis (3-0 ou 4-0) a partir do tecido epitelial da pele. Começar a suturar a abertura do canal horizontal, em seguida, suturar o escorredor. Por último, suturar os aspectos cranial e caudal da parede medial do canal auditivo vertical na pele.
Ressecção do canal auditivo lateral. A, marque metade de um local o comprimento do canal auditivo vertical abaixo do canal auditivo horizontal. B, lateralmente ao canal auditivo vertical, faça duas incisões paralelas que se estendam desde o tragus ventral para o local marcado. C, Conecte as incisões na pele ventralmente e reflita a aba da pele dorsal, expondo a parede cartilaginosa lateral do canal auditivo vertical. Use tesoura Mayo para cortar o canal vertical. D, Reflita a aba da cartilagem distalmente, e inspecione a abertura do canal horizontal. Resseque a metade distal da aba da cartilagem para fazer o escorredor e retire a aba da pele. E, coloque suturas a partir do tecido epitelial da pele. Comece a suturar a abertura do canal horizontal, em seguida, suture o escorredor.
2. Ablação vertical do canal auditivo (TECA)→ É recomendado em patologias restritas ao canal vertical, tais como: otite externa crónica, hiperplásica e irreversível, neoplasias e traumas. As vantagens da sua utilização incluem a preservação da audição, melhorias na drenagem e ventilação do canal horizontal e remoção completa do tecido alterado.
A técnica cirúrgica consiste em: Posicionar e preparar o animal como para a ressecção do canal auditivo lateral. Fazer uma incisão em formato de T com o componente horizontal paralelo e imediatamente abaixo da borda superior do trago, a partir do ponto médio da incisão horizontal, fazer uma incisão vertical que se prolongue ao nível do canal horizontal. Recolher as abas da pele que refletem tecido conjuntivo frouxo, e expor a face lateral do canal vertical. Continuar a incisão horizontal através da cartilagem ao redor do meato acústico externo com uma lâmina de bisturi. Retirar o máximo de tecido doente na superfície média do pavilhão auricular quanto possível, mas não danificar os principais ramos da grande artéria auricular. Usar tesoura Mayo curvadas para dissecar em torno das faces proximais e mediais do canal vertical. Durante a dissecção, ficar o mais próximo possível da cartilagem do canal auditivo para evitar inadvertidamente danos ao nervo facial. Libertar canal vertical inteiro de todos os anexos musculares e fasciais. Seccionar o canal vertical ventralmente 1 a 2 cm dorsais ao canal horizontal e enviá-lo para exame histológico. Incisar o restante do canal vertical, cranial e caudal para criar abas dorsal e ventral. Refletir o retalho ventral para baixo, e suturar a pele para um escorredorusando suturas de monofilamento absorvíveis ou não absorvível (2-0 para 4-0). Suturar a aba dorsal para a pele e fechar o tecido subcutâneo com um material capaz de absorver a sutura (2-0 ou 3-0). Em seguida, fechar a pele em formato de T.
Oto-hematoma→ É definido como hematoma auricular, pode acometer o pavilhão auricular total ou parcialmente, são de origem traumáticas ou estão associados a irritação associada à otite externa. O tratamento cirúrgico tem o objetivo de realizar a drenagem, prevenir a recorrência e manter a aparência natural do ouvido. O procedimento mais comumente usados envolve uma incisão no tecido que cobre o hematoma, na parte concava da orelha, retirando os coágulos de sangue e fibrina, e segurando a cartilagem em justaposição com suturas até que o tecido de cicatrização possa se formar. Como alternativa, drenos ou cânulas foram usados para permitir o escoamento por várias semanas, durante o processo de cura. A sutura deve ser realizada no eixo longo da orelha, ocorrendo a cicatrização por segunda intensão. Nos cuidados pós operatórios o tratamento é de otite externa. Pode ser realizado a punção/aspiração com seringa e agulha para alivio momentanio.
Fistula oronasal congênita (fissura palatina) → é uma comunicação anômala entre as cavidades oral e nasal envolvendo palato mole, palato duro, pré-maxila e/ou lábio. O palato primário consiste no lábio e pré-maxila. Fissura primária ou fissura labial (lábio leporino) é o fechamento incompleto do palato primário. Fissura secundária consiste nos palatos duro e mole. Fissura secundária ou fissura palatina é o fechamento incompleto dessas estruturas. Animais também podem ter falha unilateral ou bilateral do palato mole para se fundir à parede da nasofaringe; isto é chamado de fenda lateral do palato mole ou fenda lateral, ou palato mole hipoplástico. Esses animais apresentam quadros de pneumonia por aspiração, dificuldade para mamar, regurgitação nasal, descarga nasal. O exame físico deve ser realizado para avaliação do palato, exame de radiografia torácica é utilizado para avaliar presença de pneumonia e hemograma. No tratamento medico é utilizado sonda de 10 a 14 dias, são tratadas as doenças concomitantes como pneumonias e renites, com antibióticos (amplo espectro), fluidoterapia, oxigenoterapia, broncodilatadores e/ou expectorantes. O tratamento cirúrgico é indicado quando o animal possui 8 a 12 semanas de idade para permitir o crescimento e um acesso mais fácil ao paladar. Conduta pré-operatória: Os pacientes pediátricos não devem estar em jejum mais do que quatro a oito horas, após a indução da anestesia e colocação de um tubo endotraqueal, as cavidades nasais e orais devem ser lavadas com soro fisiológico e uma solução antisséptica diluída. Antibióticos perioperatórios podem ser administrados por via intravenosa na indução da anestesia, caso ainda não estejam recebendo. Animais desnutridos devem ser alimentados através de tubo de gastrostomia ou esofagostomia por diversos dias antes da cirurgia. Tratar pneumonia aspirativa com antibióticos (Cloranfenicol, Ampicilina, Amicacina).
Fissura secundária (palato duro) → há duas técnicas para correção
1. Retalhos bipediculados deslizantes (técnica de von Lagenbeck) → A desvantagem dessa técnica é que o reparo não tem sustentação e está diretamente sobre o defeito. A técnica consiste em realizar as incisões liberadoras bilaterais ao longo das margens da arcada dentária, é realizado a elevação da camada mucoperióstica em ambos os lados do defeito com um elevador periosteal. Evitar danificar as artérias palatinas maiores. Controlar hemorragia com pressão e sucção. Fazer a aposição das margens da mucosa nasal ou do periósteo à margem do defeito com sutura sepultada descontínua (nós dentro da cavidade nasal), se possível. Deslizar as abas mucoperiósticas elevadas em todo o defeito e apor com suturas interrompidas simples, deixar o palato duro desnudado perto das arcadas dentárias para cicatrizar por segunda intenção.
2. Sobreposição de retalho→ Incisar uma margem do defeito, separando a mucosa oral e nasal. Elevar o mucoperiósteo nesta margem aproximadamente 5 mm. No lado oposto do defeito criar uma aba rotativa mucoperiostal suficientemente grande para cobrir o defeito com a sua base charneirada na margem do defeito palatino. Iniciar a incisão próxima e paralela à arcada dentária, criando um retalho de 2 a 4 mm maior que o defeito. Fazer incisões perpendiculares nas extremidades rostral e caudal da incisão que se estende para a fissura. Elevar este retalho mucoperiostal, tomando cuidado para não perturbar a margem do defeito. Dissecar cuidadosamente ao redor da artéria palatina para liberá-la do tecido fibroso. Girar a aba através do defeito. Colocar a ponta da aba mucoperiostal sob a aba no lado oposto. Substituir e em seguida, amarrar uma série de suturas de colchão horizontais para fixar as abas na posição.
Fechamento de Defeitos do Palato Mole→ Incisar as margens do defeito para separar as mucosas oral e nasal. Continuar as incisões feitas nas margens de fissuras do palato duro caudal no palato mole. Isolar a mucosa nasal, os músculos palatinos e a mucosa oral. Realizar a aposição das margens palatinas em três camadas, começando caudalmente e trabalhando rostralmente para um ponto adjacente ao ponto caudal ou do meio da tonsila. Realizar inicialmente a aposição da mucosa nasal usando uma série de pontos simples descontínuos com os nós orientados nasalmente ou usar um padrão simples contínuo. Fazer então a aposição do músculo palatino e do tecido conjuntivo com uma sutura simples contínua. Por último, apor a mucosa oral com um padrão de sutura simples contínuo ou interrompido. Fazer incisões liberadoras de tensão na mucosa oral da face lingual do último molar próximo à ponta do palato mole.
Fístula oronasal adquirida→ Fístulas oronasais adquiridas são comunicações anormais entre as cavidades nasal e oral, causadas por trauma ou doença, são causadas por doenças dentárias. A radiografia do crânio ou cortes transversais pode identificar as causas subjacentes da fístula, como abscessos periapicais, doença periodontal avançada, neoplasia maxilar ou raízes dentárias quebradas ou retidas. Se rinite purulenta grave estiver presente deve ser administrado antibióticos de amplo espectro eficazes contra anaeróbios (cloranfenicol, amoxicilina + ácido clavulânico, clindamicina). Técnicas cirúrgicas:
· Aposição Direta→ A aposição direta da fístula deve ser feita apenas se a fístula for muito pequena. Debridar a fístula para cicatrização, de sangramento das bordas da mucosa. Incisar ou debridar a margem da fístula e elevar bastante as bordas para permitir a aproximação sem tensão excessiva. Apor a mucosa com suturas aposicionais interrompidas (ou seja, simples, cruzada ou de colchoeiro vertical).
· Retalho em camada simples→ Debridar a margem epitelial da fístula. Incisar a mucosa gengival e bucal para delinear uma aba de 2 a 4 mm maior do que a fístula debridada, fazer essas incisões perpendiculares à arca da dentária. Elevar a mucosa gengival com um elevador periosteal. Em seguida, liberar a mucosa bucal até a aba poder ser avançada através do defeito sem tensão. Usar uma pinça goiva para remover o osso alveolar e mandibular infectado. Expor aproximadamente 1 a 2 mm do palato duro na porção medial da fístula por excisão de 1 a 2 mm do mucoperiósteo. Lavar a área cirúrgica com solução salina. Suturar o retalho gengival-bucal ao mucoperiósteo do palato duro com um padrão de aproximação separado usando fio de sutura monofilamentar absorvível (3-0 ou 4-0).
Cirurgia de sistema digestório 
Cirurgia do esôfago
Esofagotomia é uma incisão dentro do lúmen esofágico; esofagectomia é a ressecção parcial do esôfago, indicado para biopsia e neoplasias. Esofagostomia é a criação de uma abertura no esôfago para colocação de um tubo de alimentação. O diagnóstico de doenças do esôfago é baseado em histórico, sinais clínicos (Regurgitação; tosse; disfagia; dispneia; ptialismo; febre; apetite alterado; perda de peso),diagnóstico por imagem e/ou endoscopia. Os sinais clínicos predominantes de doenças do esôfago são tipicamente regurgitação ou disfagia, o histórico pode ser usado para tentar distinguir vômito de regurgitação. Radiografias do esôfago que se estende desde a porção caudal da cavidade oral para o estômago deverão ser avaliadas por corpos estranhos, dilatação do esôfago por gás ou líquido. Esofagoscopia é indicada se radiografias simples ou de contraste revelam o que pode ser uma massa ou corpo estranho, ou se obstrução esofágica, tumor, hérnia hiatal ou inflamação são suspeitos. Durante esofagoscopias, lesões da mucosa podem ser identificadas e corpos estranhos podem ser removidos ou avançados para dentro do estômago. O exame de esofagograma é o raio x contrastado para ver área de dilatação, é utilizado o bariocel (não indicado em rupturas). Esofagotomia ou esofagectomia parcial podem ser realizadas como um procedimento de diagnóstico e terapêutica nos casos em que diagnóstico definitivo não puder ser feito por outros meios. Em casos de pneumonias aspirativas, esofagite e déficit nutricional, o tratamento deve ser feito antes da cirurgia, para esofagites leves, antiácidos com ou sem procinéticos gástricos são administrados, e comida e água são retidos durante 24 a 48 horas para reduzir a irritação esofágica. Para acessar o esôfago o animal deve estar em decúbito dorsal, realizar afastamentos dos músculos esterno hióideo, deslocamento da traqueia lateral, chegando ao esôfago. Em acesso torácico, é realizado o 4º e 5º espaço intercostal, é realizado a incisão da pele e subcutâneo, ressecção dos músculos e afastamento das coletas, esse método tem risco de gerar pneumotórax e fratura das costelas.
Esofagostomia→ É feito a separação do esôfago com compressas cirúrgicas umedecidas, são colocadas suturas adjacentes ao local da incisão proposta para estabilizar, auxiliar a manipulação e evitar o trauma para as bordas esofágica. É realizado a incisão sobre o corpo estranho ou caudal ao corpo estranho se a parede estiver comprometida, é realizado a remoção os corpos estranhos com uma pinça, tomando o cuidado de evitar novos traumas do esôfago (ruptura ou perfuração). Examinar o lúmen esofágico. Obter amostras para cultura das áreas perfuradas e necróticas. As incisões da esofagostomia podem ser fechadas em uma ou duas camadas em sutura simples interrompido; deve-se fazer cada sutura a aproximadamente 2 mm da margem e 2 mm além. Incorporar a mucosa e a submucosa na primeira camada de um fechamento em duas camadas com sutura simples interrompida. Colocar suturas de modo que os nós estejam dentro do lúmen esofágico. Incorporar a adventícia, a muscular e a submucosa, na segunda camada de suturas com os nós amarrados extraluminalmente. Quando um fecho de uma camada é usado, passar cada sutura através de todas as camadas da parede esofágica, e amarrar os nós na superfície extraluminal. Verificar a integridade do fechamento ocluindo o lúmen, injetando solução salina, aplicando pressão e observando se ocorre extravasamento entre as suturas.
Esofagectomia→ É a retirada de parte ou todo segmento do esôfago, é indicado para biopsia e neoplasias. Para a esofagectomia, ocluir e estabilizar o esôfago com os dedos (ação de tesoura dos dedos médio e indicador) ou uma pinça atraumática. Ressectar a porção doente do esôfago. Aspirar os debris do lúmen do esôfago restante. Colocar três suturas de ancoragem igualmente espaçadas e cada extremidade do esôfago restante para facilitar a manipulação delicada do esôfago e ajudar a manter a aposição e o alinhamento das extremidades transeccionadas. Trazer as extremidades esofágicas em aposição com pontos de fixação e suturar as extremidades entre si usando um fechamento em uma ou duas camadas, como o descrito para a esofagostomia. Primeiro fazer suturas na parede contralateral (afastada) e então na parede ipsilateral mais acessível (próxima). Quando se utiliza sutura em duas camadas, o esôfago deve ser aposicionado nos quatro passos seguintes: (1) aposição muscular e adventícia da parede contralateral em torno de aproximadamente metade da circunferência esofágica; (2) aposição na mucosa e submucosa da parede contralateral; (3) aposição na mucosa e submucosa da parede ipsilateral; e (4) aposição muscular e adventícia da parede ipsilateral. Verificar a integridade do fechamento pela oclusão do lúmen, injeção de solução salina, aplicação de pressão e observação de presença de extravasamento entre as suturas.
Corpos estranhos esofágicos→ Os corpos estranhos são mais comumente encontrados na entrada torácica, a base do coração, ou na área epifrênica (membrana) porque as estruturas extraesofágicas limitam dilatações nesses locais. Disfagia e/ou regurgitação são os sintomas iniciais mais comuns. Os sinais clínicos são perda de peso, salivação excessiva, tosse e anorexia. O exame físico é através da palpação e inspeção da boca, os exames de imagens realizados é o de radiografia, pode ser utilizado o exame de esofagograma ou realização de endoscopia. Pra o tratamento cirúrgico é necessário a realização do exame radiográfico para verificar se o corpo estranho não se moveu ou se não há perfuração, a maioria dos corpos estranhos do esôfago pode ser removida por via endoscópica, os endoscópios possuem pinças em suas pontas que facilitam a apreensão dos corpos estranhos e sua retirada, o uso do endoscópio não é recomendado se o corpo estranho se encontrar aderido a mucosa. A remoção cirúrgica de corpos estranhos do esôfago deve ser eleita se não há perfuração óbvia (ou seja, pneumotórax préoperatório ou exsudato pleural, a endoscopia não pode recuperar o corpo estranho, ou se um anzol está profundamente enraizado de tal forma que a barbela e as farpas atravessam completamente a parede do esôfago e livres para dilacerar vasos intratorácicos. Depois da remoção do corpo estranho, o esôfago deve ser cuidadosamente reavaliado por endoscopia e o tórax novamente radiografado para procurar evidência de perfuração Perfurações em geral devem ser tratadas com desbridamento e fechamento cirúrgico, no entanto, pequenas perfurações, ocasionalmente, podem ser deixadas para fechar por conta própria. 
Estenoses esofágicas→ São porções de tecido fibroso intraluminal ou intramural que podem obstruir completa ou parcialmente o esôfago, pode ser causada por esofagite secundária a corpos estranhos esofágicos, refluxo gastroesofágico, durante a anestesia, cirurgia, trauma ou agentes corrosivos. A regurgitação é o sinal de apresentação mais comum e se deve suspeitar de estenose em animais que experimentam regurgitação frequente com histórico de trauma esofágico anterior, cirurgias, episódio anestésico, vômitos ou tratamento com vários fármacos, vômitos e regurgitação são frequentemente associados a alimentação, ptialismo, engasgos e disfagia. Também podem ocorrer perda de peso, tosse e aerofagia. No exame físico o esôfago cervical está dilatado. Pode haver hálito pútrido secundário à decomposição do material retido no esôfago. Pacientes com pneumonia por aspiração podem estar febris e ter frequência respiratória e esforço aumentados, crepitações, sibilos e aumento de sons pulmonares. Esofagramas de contraste positivo facilitam o diagnóstico. A esofagoscopia permite a visualização da lesão, a mucosa está inflamada e por vezes tem erosões e úlceras; por vezes parece normal, mas com o diâmetro comprometido em outros casos, a estenose é um anel de tecido fibroso, branco, que estreita o lúmen esofágico e não se distende com insuflação. Em casos graves, pode ser impossível avançar para além do âmbito da estenose, e hiperdistensão gástrica pode ser uma complicação significativa de esofagoscopias se o endoscópio não puder ser passado até o estômago para aspirar o ar que foi insuflado para o paciente. Biópsia e exame histológico descartam estenose secundária a neoplasia.
Cirurgia do estômago
Gastrotomia é uma incisão através da parede do estômago para o seu lúmen. Gastrectomia parcial é a ressecção de uma porção do estômago, egastrostomia é a criação de uma abertura artificial para o lúmen gástrico. Gastropexia é a fixação permanente do estômago à parede abdominal. A cirurgia gástrica é geralmente realizada para remover corpos estranhos e para corrigir dilatação vólvulo-gástrica, ulceração ou erosão gástrica, neoplasia e obstrução do fluxo gástrico benigno são indicações menos comuns. A doença gástrica pode causar vômito (intermitente ou profuso e contínuo) ou somente anorexia. A desidratação e a hipocalemia são comuns em animais com vômito e devem ser corrigidas antes da indução da anestesia. A alcalose pode ocorrer secundariamente à perda de fluido gástrico; todavia, acidose metabólica também pode ser observada. Hematêmese pode indicar erosão gástrica ou ulceração, ou anomalias de coagulação. Peritonite por perfuração do estômago causada por necrose ou ulceração muitas vezes é letal se não tratada prontamente e de forma agressiva. Pneumonia aspirativa ou esofagite podem ocorrer em animais com vômito. Se possível, pneumonia por aspiração grave deve ser tratada antes da indução da anestesia para cirurgia gástrica.
Gastrotomia→ A indicação mais comum da gastrostomia em cães e gatos é a remoção de corpos estranhos. A técnica consiste em fazer uma incisão na linha média ventral abdominal desde o processo xifoide até o púbis. Usar afastadores de Balfour para segurar a parede abdominal e promover uma exposição adequada do trato gastrointestinal. Inspecionar todos os componentes abdominais antes de incisar o estômago. Isolar o estômago dos outros componentes abdominais com compressas cirúrgicas umedecidas para reduzir a contaminação. Colocar pontos de fixação para auxiliar na manipulação do estômago e ajudar a evitar o derramamento do conteúdo gástrico. Fazer uma incisão gástrica em uma área hipovascular do aspecto ventral do estômago, entre as curvaturas maior e menor. Verificar se a incisão não está próxima ao piloro, pois o fechamento da incisão poderá causar excessiva invaginação de tecido dentro do lúmen gástrico, resultando em obstrução da saída gástrica. Fazer uma incisão no lúmen gástrico com um bisturi e aumentar a incisão com tesouras Metzenbaum. Usar sucção para aspirar o conteúdo gástrico e reduzir o derramamento. Fechar o estômago com um material de sutura absorvível 2-0 ou 3-0 em um padrão seromuscular de duas camadas invertidas). Incluir a serosa, muscular e submucosa na primeira camada, usando um padrão de Cushing ou simples contínuo incorporando as camadas serosa e muscular. Como alternativa, fechar a mucosa com uma sutura de padrão simples contínuo em uma camada separada para reduzir o sangramento pós operatório. Antes do fechamento da incisão abdominal, substituir os instrumentos contaminados pelo conteúdo gástrico por instrumentos estéreis e luvas. Sempre que remover um corpo estranho gástrico, certifique-se de verificar o trato intestinal todo para materiais adicionais que podem causar obstrução intestinal.
Gastrectomia→ A gastrectomia é indicada quando a curvatura maior, ou a porção média, do estômago estiver envolvida por necrose, ulceração ou neoplasias. Para remover a curvatura maior do estômago, ligar ramos dos vasos gastroepiploicos esquerdos ou vasos gástricos curtos (ou ambos) na seção do estômago a ser removida. Cortar o tecido necrótico, deixando uma margem de tecido normal com sangramento ativo para a sutura. Fechar o estômago usando sutura absorvível 2-0 ou 3-0 em um padrão seromuscular de duas camadas invertidas. Incorporar as camadas submucosa, muscular e serosa com uma sutura de Cushing ou de padrão simples contínuo na primeira camada. Usar então um padrão de sutura de Cushing ou de Lembert para inverter a serosa e a muscular sobre a primeira camada. Uma outra alternativa é usar um dispositivo de grampeamento toracoabdominal (TA) para fechar a incisão. Para invaginar o tecido necrótico, usar um padrão de sutura simples contínuo seguido de um padrão de sutura invaginante. Fazer as suturas no tecido gástrico saudável em ambos os lados do tecido para que este se invagine, trazendo o tecido saudável por sobre o tecido necrótico. Certificar-se de que as suturas sejam realizadas em tecidos saudáveis para prevenir a deiscência.
· Invaginação da mucosa→ A invaginação não necessita de abertura do lúmen gástrico,
entretanto, obstrução de tecido intraluminal excessivo e hemorragia excessiva são possíveis.
Dilatação vólvulo-gástrica→ O alargamento do estômago associado à rotação em seu eixo mesentérico é chamado de dilatação vólvulo-gástrica. A palpação abdominal revela vários graus de timpanismo ou aumento abdominal. Os sinais clínicos associados ao choque podem estar presentes, incluindo pulso periférico fraco, taquicardia, tempo de preenchimento capilar aumentado, mucosas pálidas e/ou dispneia. As radiografias são necessárias para diferenciar a dilatação simples da dilatação mais vólvulo. A conduta medica consiste em: Estabilizar a condição do paciente é o objetivo inicial. Devem ser colocados um ou mais cateteres intravenosos nas veias jugulares ou nas veias cefálicas. Fluidos isotônicos durante 10 a 15 minutos são administrados. As metas do tratamento cirúrgico são três: inspecionar o estômago e baço para identificar e remover tecido danificado ou necrótico; descomprimir o estômago e corrigir qualquer mal posicionamento; aderir o estômago à parede corporal para evitar o mal posicionamento subsequente. É realizado a descompressão do estomago antes de reposiciona-lo com uma agulha de alto calibre, para rotação em sentido horário, uma vez que o estômago tenha sido descomprimido, deve rotacioná-lo no sentido anti-horário segurando o piloro com a mão direita e a curvatura maior com a mão esquerda. Empurrar a curvatura maior, ou fundo, do estômago em direção à mesa ao mesmo tempo em que eleva o piloro em direção à incisão. Certificar-se de que o baço está normalmente posicionado no quadrante abdominal esquerdo. Se houver necrose esplênica ou infarto significativo, realizar uma esplenectomia parcial ou completa. Remover ou invaginar os tecidos gástricos necróticos. Evitar a entrada no lúmen gástrico se possível. Se não estiver certo se o tecido gástrico continuará viável, invaginar o tecido anormal. Verificar se o ligamento gastrosplênico não está torcido, e antes do fechamento, palpar o esôfago intraabdominal para garantir que o estômago esteja desvirado. Realizar uma gastropexia permanente
Gastropexia→ São desenvolvidas para aderir o estômago permanentemente à parede abdominal. 
· Gastropexia por tubo: A gastropexia por tubo é rápida e relativamente simples, também permite descompressão gástrica pós-cirúrgica e colocação de medicamentos diretamente no estômago em animais inapetentes. O tubo deve ser deixado no local por sete a 10 dias para formar uma adesão permanente, o tubo pode ser fechado e fixado ao tronco e o animal pode ser mandado para casa com alimentação oral. O risco de extravasamento é mínimo se for utilizada a técnica apropriada; contudo, a colocação imprópria do tubo pode resultar em peritonite, esta técnica consiste em fazer uma contra incisão na parede abdominal direita, caudalmente à última costela, 4 a 10 cm laterais à linha média. Colocar um cateter de Foley através da contra incisão. Selecionar um local em uma região hipovascular da camada seromuscular da superfície ventral do antro pilórico onde o balão do cateter não obstrua a saída gástrica. Colocar uma sutura em bolsa com sutura absorvível 2-0 neste local. Fazer uma incisão através da sutura e inserir a ponta do cateter Foley no lúmen gástrico, inflar o bulbo do cateter Foley com salina (não ar) e prenda a sutura ao redor do tubo. Colocar três ou quatro suturas absorvíveis entre o antro pilórico e a parede do corpo onde o tubo sai. Evitar penetrar o cateter ou balão ao colocar as suturas. Juntar o estômago à parede corporal ao colocar tração ao cateter, e amarrar as suturas pré-inseridas. Prender o tubo à pele com um padrão de sutura de sandálias romanas, mas evite penetrá-la com uma sutura. Colocar uma faixa de atadura ao redordo abdome do cão e sobre o tubo para evitar a remoção prematura. Deixar o tubo no local por sete a 10 dias, e então desinflar o balão e removê-lo. Deixar a incisão cutânea aberta para facilitar a drenagem. Se desejar, colocar uma atadura leve sobre a ferida aberta.
· Gastropexia circuncostal→ As vantagens desta técnica é a forte adesão à parede abdominal e o lúmen gástrico não aberto. As desvantagens são: a técnica mais difícil, risco de pneumotórax, possibilidade de fraturas de costelas, não fornece acesso direto ao lúmen gástrico se for necessária a descompressão pós-operatória. A técnica consiste em: Fazer uma dobra articulada de uma ou duas camadas ao fazer incisão através da camada seromuscular do antro pilórico. Não incisar a mucosa gástrica ou penetrar o lúmen (se isto acontecer, suturar a mucosa com fio absorvível 3- 0). Elevar o retalho por dissecção sob a muscular. Se for feito um único retalho articulado, fazer a articulação em direção à curvatura menor. Fazer uma incisão de 5 a 6 cm sobre a 11 ª ou 12 ª costela no nível da junção costocondral. Certificar-se de que a incisão não penetra os ligamentos diafragmáticos à parede abdominal, causando pneumotórax. Formar um túnel abaixo da costela usando uma pinça Carmalt ou hemostato. Colocar suturas estáveis na dobra (se usar uma técnica de duas dobras, colocar as suturas na dobra mais próxima à curvatura menor). Passar a dobra antral gástrica craniodorsal sob a costela e suturar com uma sutura absorvível 2-0 à margem gástrica original.
· Gastropexia com retalho muscular→ é realizado uma incisão na camada seromuscular do antro gástrico. Fazer uma incisão na parede abdominal ventrolateral direita cortando o peritôneo e a fáscia interna do reto abdominal ou músculos transversos abdominais. Suturar as bordas das incisões em um padrão simples contínuo usando sutura absorvível ou não absorvível 2-0. Certificar-se de que a camada muscular do estômago esteja em contato com o músculo da parede abdominal. Primeiro suturar a margem cranial e então a margem caudal. Como alternativa, podem-se levantar retalhos no estômago e na parede abdominal para aumentar a extensão de músculo desses tecidos em contato entre si.
· Gastropexia em alça de cinto→ Deve-se elevar uma dobra seromuscular no antro gástrico. Fazer duas incisões transversas na parede abdominal ventrolateral ao fazer incisão no peritônio e na musculatura abdominal. As incisões devem ser separadas por uma distância de 2,5 a 4 cm e ter 3 a 5 cm de comprimento. Criar um túnel sob a musculatura abdominal com uma pinça. Colocar suturas fixas na borda da dobra antral e usá-las para passar a dobra de cranial a caudal sob a dobra muscular. Suturar a dobra na margem gástrica original em um padrão simples contínuo usando sutura absorvível ou não absorvível 2-0 ou grampos cutâneos. Podem ser colocadas mais suturas entre a parede abdominal e o estômago para reduzir a tensão na gastropexia.
Cirurgia de intestino delgado e grosso
Cirurgia do Intestino Delgado
Enterotomia é uma incisão no intestino, e enterostomia é a remoção de um segmento do intestino. Ressecção intestinal e anastomose é uma enterostomia com restabelecimento da continuidade entre as extremidades divididas. Enteroenteropexia ou plicatura intestinal é a fixação cirúrgica de um segmento intestinal para outro; enteropexia é a fixação de um segmento intestinal para a parede do corpo ou outra alça de intestino. A cirurgia do intestino delgado é mais frequentemente indicada para obstrução gastrointestinal (ou seja, corpos estranhos, massas). Outras indicações incluem trauma (perfuração, isquemia), mau posicionamento, infecção e procedimentos de diagnóstico ou de suporte (biópsia, cultura, citologia, tubos de alimentação). O diagnóstico da doença do intestino delgado é baseado em histórico, sinais clínicos, exame físico, radiografias, ultrassonografias, dados laboratoriais, endoscopia e/ou biópsia. Os sinais clínicos são inespecíficos, a perda de peso, diarreia, vômitos, anorexia, depressão, melena, hematoquezia e cifose são os mais comuns, dor e choque podem resultar de trauma, oclusão vascular ou obstrução intestinal completa. Vômitos intensos, choque ou um abdome agudo sugere mau posicionamento intestinal, isquemia, perfuração ou obstrução do intestino superior. A palpação abdominal pode identificar dor, espessamento intestinal, massas abdominais ou órgãos mal posicionados. Desidratação, anormalidades ácido-base e desequilíbrios de eletrólitos são sequelas comuns a vômitos, diarreia e sequestro de fluido e devem ser corrigidos antes da anestesia. A radiografia simples pode demonstrar padrões anormais de fluido de gás, massas, corpos estranhos, fluido abdominal ou vísceras deslocadas, a ultrassonografia pode detectar e definir massas abdominais intestinais e outras além de avaliar a espessura da parede intestinal, o raio x constratado pode ser utilizado. A obstrução pode ser intraluminal (dentro do lumem), intramural (parede dilata e obstrui o lumem) e extraluminal/extramural (órgão comprime as alças). Deve ser administrado antibióticos profiláticos em cirurgias intestinais como: Cefazolina, Cefmetazol, Cefoxitina. 
Enterotomia→ é utilizada para retirada de corpo estranho, as vantagens dessa técnica são que permitem o acesso a todo o trato gastrointestinal; proporcionam biópsias de espessura total, que são importantes em massas submucosas, e pode-se examinar e ter amostras do restante do abdome ao mesmo tempo. As desvantagens são que a técnica mais cara e mais invasiva, não permite a detecção de lesões nas mucosas, não permite obter o maior número de amostras da mucosa como endoscopia flexível. A técnica cirúrgica consiste em: Exteriorizar e isolar o intestino doente ou desejado do abdome por colocação de compressas cirúrgicas ou esponjas de laparotomia. Delicadamente retirar o conteúdo intestinal, a partir do lúmen do segmento intestinal identificado. Para minimizar o derrame de conteúdo intestinal (quimo), ocluir o lúmen em ambas as extremidades do segmento isolado tendo um assistente, usar uma pega do tipo tesoura com os dedos indicador e médio de 4 a 6 cm de cada lado do local da enterotomia proposta. Se não houver um assistente disponível, usar uma pinça intestinal atraumática (Doyen) ou um dreno de Penrose como torniquete para ocluir o lúmen intestinal. Fazer uma incisão de espessura total para o lúmen intestinal, na fronteira antimesentérica com uma lâmina de bisturi n º 11. Obter a espessura total de amostras de biópsia de 2 a 3 mm de largura, quer fazendo uma segunda incisão longitudinal paralela à primeira, com a lâmina de bisturi ou através da remoção de uma elipse da parede intestinal em uma margem da primeira incisão com tesoura Metzenbaum. Para se obter as biópsias, podem ser feitas incisões transversas de enterotomia ou utilizando saca-bocado (punch) de biópsia de pele. Colocar o lado serosal da biópsia em um pedaço pesado de papel estéril para ajudar a evitar o enrolamento da amostra. Fechar a incisão, conforme descrito posteriormente, com uma sutura simples. Suturas simples contínua ou Cushing também podem ser usadas para fechar a enterotomia. Foi também descrito o uso satisfatório de grampos de pele para o fechamento intestinal. Se um corpo estranho estiver, fazer a incisão em tecido de aparência saudável distal ao corpo estranho. Prolongar a incisão pelo eixo longo do intestino com tesoura Metzenbaum ou bisturi, conforme necessário, para permitir a retirada do corpo estranho sem rasgar o intestino. É realizado a sutura simples separado que pegue as 4 camadas com fio absorvível monofilamentar de 2,0 a 4,0. Com uma seringa com soro fisiológico verificar se há extravasamento de liquido.
Enterectomia e anastomose→ A ressecção intestinal e anastomose são recomendadas para a remoção de segmentos isquêmicos, necróticos, neoplásicos ou fúngicos infectados do intestino e as intussuscepções irredutíveis. 
· Anastomose suturada→ é realizado uma incisão abdominal longa o suficiente para permitir a exploração do abdome. Explorar completamenteo abdome e recolher quaisquer espécimes não intestinais, então exteriorizar e isolar o intestino doente do abdome por embalagem com toalhas ou esponjas de laparotomia. Avaliar a viabilidade intestinal e determinar a quantidade de intestino que será necessário ressectar. Ocluir (ligadura dupla, grampo ou selo de calor) e seccionar vasos mesentéricos arcadiais da artéria mesentérica cranial que fornece este segmento do intestino. Ocluir (ligadura dupla, grampo ou selo de calor) os vasos de arcada terminais e vasos vasa recta dentro da gordura mesentérica nos pontos de transecção intestinal propostos. Delicadamente retirar o quimo (conteúdo intestinal) a partir do lúmen do segmento intestinal identificado. Usar os dedos ou pinças intestinais para ocluir o lúmen em ambas as extremidades do segmento, para minimizar o derrame de quimo (descrito anteriormente). Colocar pinças em cada extremidade do segmento intestinal doente (essa pinça pode ser traumática ou atraumática, pois esse segmento do intestino será excisado). Transeccionar o intestino com uma lâmina de bisturi ou tesoura Metzenbaum ao longo do lado de fora da pinça. Fazer uma incisão perpendicular ou oblíqua ao eixo longo. Usar uma incisão perpendicular (ângulo de 75 e 90 graus) em cada extremidade, se os diâmetros luminais são os mesmos. Quando se espera que os tamanhos luminais das extremidades intestinais sejam de forma desigual, usar uma incisão perpendicular através do intestino com o maior diâmetro luminal e uma incisão oblíqua (com o ângulo de 45 a 60 graus) através do intestino com o menor diâmetro luminal para ajudar a corrigir disparidade de tamanho. Fazer a incisão oblíqua como se a borda antimesentérica fosse mais curta do que a borda mesentérica. Se ainda mais correções para o tamanho da disparidade são necessárias, suturar o espaço ao redor do lúmen maior ligeiramente mais longe que em todo o lúmen menor ou remover uma cunha da fronteira antimesentérica do segmento menor. Aspirar as extremidades intestinais e remover quaisquer debris grudados nas margens do corte com uma esponja de gaze umedecida. Recortar a mucosa evertida com uma tesoura Metzenbaum antes de iniciar a anastomose término-terminal. Usar uma sutura absorvível de monofilamento. Duas suturas de fixação são feitas nas bordas mesentérica e antimesentérica, e então uma sutura simples contínua é feita entre as suturas em cada lado. Após a colocação das suturas, inspecionar a anastomose e verificar se há extravasamento. Para executar uma anastomose ponta a ponta, quando os segmentos intestinais são de tamanho desigual, cortar transversalmente o intestino dilatado em ângulo reto e a parte menor com um ângulo oblíquo.
Corpos estranhos intestinais→ Obstruções altas causam vômito persistente, perda de secreções gástricas, desequilíbrios eletrolíticos e desidratação. A principal causa de mortalidade por obstrução do intestino delgado superior é hipovolemia grave com distúrbios eletrolíticos. Obstruções baixa/distal causam graus variáveis de acidose metabólica. Os sinais clínicos de obstruções distais e incompletas podem estar insidiosos, com anorexia vaga intermitente, letargia, diarreia e vômitos ocasionais abrangendo vários dias ou semanas. A defecação pode estar ausente ou com frequência diminuída e as fezes ocasionalmente estão sanguinolentas. O exame físico pode revelar distensão abdominal, diarreia, dor abdominal, postura anormal e/ou choque. A palpação abdominal pode identificar uma sensação de alça intestinal corrugada, uma massa anormal agrupada dos intestinos ou pode provocar dor; A auscultação abdominal pode detectar sons de atividade peristáltica ou silêncio associado ao íleo. A radiográfica frequentemente revela íleos intestinais resultantes de uma obstrução completa ou quase completa e pode permitir a identificação da causa. A ultrassonografia pode identificar objetos estranhos que não podem ser vistos radiograficamente, especialmente aqueles com uma margem hiperecoica com ou sem acúmulo de líquido. A endoscopia pode ser utilizada para a retirada de corpo estranho e visualização de corpos estranhos lineares. A maioria dos corpos estranhos pode ser removida por enterotomia em vez de ressecção e anastomose, a não ser que haja necrose ou perfuração intestinal.
Intussuscepção→ É a invaginação de um segmento intestinal (intussuscepto) para dentro do lúmen de um segmento adjacente (intussuscepiente). Perda de peso, diarreia com sangue, vômito, dor abdominal, caquexia e massa palpável podem ocorrer com as intussuscepções. Em filhotes pode ocorrer em casos de parvovirose. Em exame físico pode ser feito a palpação. O exame radiográfico revela obstrução e acumulo de gás. A ultrassonografia é considerada o método mais útil para detectar as intussuscepções, em seu plano transversal é visualizado uma lesão como alvo de múltipla camada com acúmulo de líquido proximal associado e motilidade intestinal diminuída, no plano longitudinal revela uma aparência em camadas com linhas hiperecoicas e hipoecoicas alternante. a maioria das intussuscepções requer redução cirúrgica e procedimentos auxiliares para evitar a recidiva. A terapia médica deve ser destinada a corrigir os desequilíbrios de fluidos e eletrólitos e determinar a causa subjacente da intussuscepção. É feita a redução da intussuscepção manualmente tracionando-a levemente evitando risco de rompimento, é feito a avaliação para ver viabilidade e perfurações, é realizada a ressecção e anastomose se for detectada uma massa, se a redução manual for impossível, se o tecido estiver desvitalizado ou se os vasos mesentéricos forem avulsionados da porção do intestino envolvido.
Vólvulo e torção intestinais→ Vólvulo intestinal é a torção do intestino que provoca obstrução. Torção intestinal é a torção dos intestinos sobre a raiz do mesentério. Os sinais clínicos variam de hiperagudos a agudos e são comumente associados à obstrução parcial ou à isquemia. Os sinais incluem dor aguda, choque (taquicardia, membranas mucosas pálidas a injetadas, reenchimento capilar prolongado, pulso fraco) e alargamento abdominal leve. Há um início agudo de náusea, mímica de vômito, vômito, hematoquezia, depressão, fraqueza ou decúbito, ou todos simultaneamente. Por palpação abdominal podem-se detectar dor e alças intestinais dilatadas. Pode ser diagnosticada por radiografia, o diagnostico definitivo é realizado durante a cirurgia. Os achados laboratoriais comuns são um volume globular/hematocrito normal, leucocitose, hipoproteinemia, hipoalbuminemia e hipocalemia. Fluido serossanguinolento ou exsudato podem ser recolhidos em abdominocentese.
Cirurgia do Intestino Grosso
Colopexia é a fixação cirúrgica do cólon. Colectomia é a ressecção parcial ou completa do cólon e tiflectomia é a ressecção do ceco. Colostomia é a criação cirúrgica de uma abertura entre o cólon e a superfície do corpo. Tenesmo é esforço para defecar e disquezia é a dor ou desconforto ao evacuar. Os animais acometidos podem ter diarreia ou constipação. A cirurgia do intestino grosso é indicada para as lesões que causam obstrução, perfuração, inércia colônica ou inflamação crônica. As causas mais comuns de obstrução são tumores, intussuscepções e massas granulomatosas. Tenesmo, disquesia, sangue fresco nas fezes e/ou muco nas fezes podem ou não estar presentes. Outros sinais clínicos podem incluir vômitos, anorexia, distensão abdominal, dor abdominal, fecalitos, forma fecal anormal, prolapso retal, depressão e/ou pelagem pobre. O diagnóstico é através do histórico, sinais clínicos,raio-x e ultrassonografia.
Colopexia→ Fixação colón, é realizada para criar aderência permanente entre a superfície da serosa do cólon e da parede abdominal, de modo a impedir o movimento caudal do cólon e do reto. É realizada uma incisão na borda assimétrica do cólon descendente distal através apenas das camadas serosa e muscular, também é feita uma incisão na parede abdominal, é realizada a aposição das bordas na parede abdominal (sutura a borda do cólon na parede abdominal) ou pode ser feito escarificarão.As suturas são de duas linhas com fio absorvível monofilamentado em padrão simples continua.
Colectomia e anastomose→ A colectomia e a ressecção são realizadas principalmente para excisar massas colônicas ou para tratar megacólon, pode ter indicações cirúrgicas em trauma, perfuração, intussuscepção e inversão cecal. É a mesma técnica da enterectomia intestinal.
Tilectomia→ Tiflectomia, ou ressecção cecal, é executada quando o ceco se torna impactado, invertido, perfurado, neoplásico ou gravemente inflamado. A técnica consiste em: Começar tiflectomia para um ceco não invertido pela dupla ligadura dos ramos cecais da artéria ileocecal no anexo mesentérico ileocecal (dobra ileocecal). Dissecar a dobra ileocecal, liberando o ceco do íleo e o cólon. Colocar um clamp entre a base do ceco. Retirar o conteúdo intestinal a partir do cólon ascendente e íleo adjacente ao orifício cecocólico e ocluir o lúmen. Transeccionar o ceco onde este se une ao cólon ascendente. Fechar o defeito com pontos simples descontínuos. Como alternativa, colocar um grampeador transversal ou linear cortante na base do ceco. Acionar o grampeador. Transeccionar o ceco antes de remover o grampeador transversal. Lavar e, então, cobrir o local da cirurgia com um retalho omental ou seroso. O ceco pode ser difícil de localizar, se for invertido, mas a sua localização pode ser identificada por uma pequena reentrância onde pode ser apalpado no interior do lúmen do cólon. Se possível, reduzir manualmente o ceco antes da ressecção. Se ele não puder ser reduzido manualmente, executar uma colotomia antimesentérica e exteriorizar o ceco. Resseccionar o ceco e fechar o orifício cecocólico com suturas ou grampos, conforme descrito anteriormente.
Megacólon→ É aumento do diâmetro do intestino grosso persistente e hipomotilidade associados à constipação intestinal grave. Um sinal clínico associado à falha na eliminação normal das fezes, pode ser congênito ou adquirido, ocorrendo secundariamente à inércia e à obstrução da saída colônica. As causas de inércia colônica podem ser: distensão prolongada, trauma neurológico, doença metabólica ou alteração de comportamento; ou a condição pode ser idiopática. Má união da fratura pélvica, estenose ou neoplasia do intestino grosso, atresia ou estenose anal, massas extraluminais compressivas, corpos estranhos ou dieta inadequada podem causar a obstrução da saída colônica. Os animais afetados são apresentados para avaliação da constipação ou obstipação. Podem estar deprimidos e anoréxicos e apresentarem tenesmo, fraqueza, letargia, rarefação pilosa, vômito, perda de peso e ocasionalmente diarreia aquosa, mucoide ou sanguinolenta. A palpação abdominal revela um cólon distendido. O exame retal revela fezes duras no trecho pélvico. As radiografias abdominais demonstram um cólon impactado distendido com material fecal. O megacólon idiopático precisa ser diferenciado das causas congênitas, obstrutivas, neurológicas e sistêmicas de Megacólon. A abordagem inicial inclui a correção dos desequilíbrios hídrico, eletrolítico e ácido-básico nos animais gravemente acometidos. O cólon deve ser evacuado com emolientes fecais, enemas e/ou evacuação digital. Anestesia geral é tipicamente requerida para a evacuação digital. O tratamento cirúrgico é com colectomia total exceto um segmento distal curto necessário para restabelecer a continuidade intestinal.
Cirurgia do Períneo, Reto e Ânus
É indicado em casos de neoplasias, hernias perineal, prolapso retal, obstrução, laceração retal e corpo estranho. Cirurgia de períneo é mais frequentemente realizada para tratar hérnias perineais, fístulas perianais, doença do saco anal, tumores, fístulas retovaginal ou retouretral, e outras anomalias congênitas ou traumáticas. em histórico, sinais clínicos, exame físico e de imagem (radiologia, ultrassonografia) endoscopia e exame histopatológico. Durante o exame retal pode ser notado a presença de massas, estenoses, espessamento perianal, aumento do saco anal, dor, tônus do esfíncter reduzido, fraqueza do diafragma pélvico, desvio retal ou saculação, aumento do linfonodo sublombar, prostatomegalia, distorção do canal pélvico, espessamento ou irregularidade da mucosa retal. Radiografias retal e perineal podem confirmar os resultados do exame físico. Se possível, o cólon e o reto devem ser evacuados com enemas, laxantes e/ou catárticos antes de estudos radiográficos. Nos animais adultos, o alimento deve ser retirado 24 horas antes da cirurgia, e quatro a oito horas para animais pediátricos. Após a indução da anestesia, um cateter urinário deve ser colocado para ajudar a identificação intraoperatória da uretra, o reto deve ser limpo manualmente, se necessário, e os sacos anais devem ser expremidos. Devem ser realizados a tricotomia e o preparo asséptico de todo o períneo, desde a região dorsal da cauda e incluindo a porção ventral da cauda. Se estiver prevista uma celiotomia, o abdome ventral também deve ser tricotomizado e preparado para cirurgia asséptica. O tratamento médico é realizado com AINES (maxicam), analgésico e antibióticos sistêmicos eficazes contra anaeróbios e aeróbios Gram-negativos devem ser administrados antes da cirurgia (Metronidazol com cefazolina). 
Ressecção retal→ A principal indicação para ressecção retal é excisar um segmento do reto neoplásico, necrótico, traumatizado (prolapso, fístula ou divertículo) ou estenosado.
· Abordagem anal→ excisão de massas retais pequenas, não invasivas, pólipos pedunculados e grandes massas retais de base larga que podem ser exteriorizadas através do ânus, essa técnica é feita com o paciente em decúbito ventral, dilatar o ânus com três ou quatro suturas de ancoragem colocadas através da junção mucocutânea. Everter a parede retal, colocando suturas de ancoragem (bolsa de tabaco), na mucosa retais cranial ou caudal para a massa ou lesão e aplicação de tração caudal. Colocar suturas de ancoragem adicional para retrair ainda mais a massa ou lesão, se necessário. Usar incisão com bisturi para remover as massas. Adicionar uma incisão de espessura parcial ou de espessura total, dependendo da malignidade e da necessidade de margens amplas. Aposicionar as bordas com pontos isolados simples. Remover as suturas de ancoragem e permitir que o local cirúrgico retraia no interior do canal pélvico.
· Abordagem retro-retal→ A principal indicação para puxar através do reto é para ressectar um cólon distal ou lesão mesorretal não acessível através do abdome e muito grande ou craniana para uma abordagem anal. Com o animal em decúbito ventral, com a parte traseira elevada. Everter o reto com suturas de ancoragem colocadas cranialmente à junção mucocutânea. Usando as suturas de ancoragem, aplicar tração caudal ao reto cranial. Iniciar uma incisão de 360 graus de espessura total através do reto, deixando um manguito de 1,5 cm de parede retal não doente ligada ao ânus, se possível. Fazer três ou quatro pontos de fixação na bainha retal. Mobilizar o reto pela dissecação sem rodeios ao longo da parede externa. Continuar dissecando cranialmente até a distância da artéria retal cranial, se necessário. Se ocorre dissecção craniana à segunda vértebra caudal, a cavidade peritoneal será penetrada. Ligar ou coagular os vasos retais conforme forem encontrados. Se a lesão é difusa, dividir o reto longitudinalmente até que o tecido normal seja identificado. Transeccionar o reto doente em segmentos com 1 a 2 cm de tecido normal em cada extremidade. Transeccionar de um quarto a um terço da circunferência, e, em seguida, apor a extremidade cranial do reto para o manguito retal caudal com sutura. Continuar transeccionando e fazendo a aposição até que todo o tecido lesado tenha sido removido.
Neoplasia anal→ Tumores na região perianal causam irritação com subsequentes lambeduras, arrastar do ânus no chão e tenesmo. O crescimento contínuo do tumor ou a escoriação da fina pele perianal causam hemorragia discreta, a qual pode ser observada nas fezes ou no local onde o animal se senta. Palpação cuidadosa dos tecidos perianais duranteo exame retal identifica frequentemente massas que são difíceis de diferenciar visualmente a partir de tecido perianal normal. As radiografias do abdome e do tórax são usadas para ajudar a estagiar a doença (verificar existência de metástase). Ultrassonografia abdominal permite a avaliação dos linfonodos. A tomografia computadorizada pode ser usada para ajudar a determinar o tamanho do tumor e invasão. Exames de citologia e histologia ajudam a diferenciar o tipo de tumor. Deve ser feito diagnostico diferencial para saculite anal, dermatite, endoparasitas, fístula perianal, infecção fúngica ou tumores. Tratamento médico depende do tipo de tumor encontrado, pode ser utilizado AINES, analgésicos e quimioterápicos (Vincristina, vincristina, doxorrubicina e ciclofosfamida). O tratamento cirúrgico na dissecação do tumor com o mínimo de trauma, castração prescrotal ou perineal, e após realizar um FLAP de avanço para recobrir a área.
 
 Ressecção de massas perianal com o músculo envolvido. Para ajudar a evitar estenose anal, fechar grandes defeitos do esfíncter com (A) um retalho deslizante de avanço ou (B) um retalho de pedículo local.
Impactação do saco anal→ Impactação do saco anal é um acúmulo anormal de secreções do saco anal que ocorre secundáriamente à inflamação (saculite anal), infecção (abscesso do saco anal) ou obstrução do ducto. Muitos animais têm um histórico de diarréia recente (1-3 semanas) ou fezes moles ou estro. Geralmente a irritação anal é evidente, outras queixas incluem perseguição da cauda, corrimento perianal malcheiroso, dor ou sensibilidade, e mudança de comportamento. Ocasionalmente ocorrem tenesmo, disquezia, constipação e hematoquezia. No exame clinico é observado aumento do volume do saco anal, febre, a palpação do tecido perianal durante o exame retal pode identificar um saco anal alargado, firme e, por vezes, doloroso, a compressão digital do saco anal pode resultar na eliminação de secreção normal (líquido seroso, ligeiramente viscoso, granular e de coloração amarelo-pálida) ou secreção anormal (branco-acinzentada, marrom, amarela ou verde, sanguinolenta, purulenta, arenosa, turva, opaca. O tratamento médico é com antibiótico sistêmico e tópico, lavagem com soro fisiológico, modificação da dieta. O tratamento cirúrgico pode ser feita por duas técnicas: 
· Fechada→ Inserir uma pequena sonda, pinça hemostática ou cateter ponta de balão no orifício do ducto do saco anal (Fig.20-139, A). Avançar o instrumento ou inflar o balão com soro fisiológico até que a extensão lateral do saco seja identificada, fazer uma incisão curvilínea acima do saco anal. Dissecando diretamente contra o saco anal, separar as fibras musculares do esfíncter anal interno e externo do exterior do saco com pequena tesoura Metzenbaum ou íris. Evitar cortar ou traumatizar os músculos ou a artéria retal caudal, medial ao ducto. Continuar a dissecação para libertar o saco e ducto da sua junção, mucocutânea no canal anal. Colocar uma ligadura em torno da conduta, na junção mucocutânea usando sutura absorvível de monofilamento 4-0. Cortar o saco anal e o ducto e inspecionar a totalidade da remoção. Controlar a hemorragia com ligaduras, eletrocoagulação ou pressão. Lavar os tecidos completamente. Apor tecidos subcutâneos com suturas absorvíveis de monofilamento 4-0 interrompidas e a pele com suturas não absorvíveis de monofilamento 3-0 ou 4-0.
· Aberta→ Colocar a lâmina de tesoura para dentro do ducto do saco anal. Aplicar tração medial no ducto enquanto incisa a pele, tecido subcutâneo, esfíncter anal externo, ducto e saco. Continuar a incisão até a extensão lateral do saco anal. Elevar a borda do corte do saco e usar pequena tesoura Metzenbaum ou íris para dissecar o saco livre de seus anexos para o músculo e tecido circundante. Completar o procedimento como para saculectomia fechada.
Saculectomia aberta→ Técnica aberta para saculectomia anal. A, Inserir a lâmina da tesoura no saco e incisar através da pele, dos tecidos subcutâneos, do esfíncter anal externo e do saco anal. B, Elevar a borda do corte do saco e dissecá-lo a partir do esfíncter anal. C, Apor o esfíncter, os tecidos subcutâneos e a pele.
Saculectomia fechada→ Técnica fechada para saculectomia anal. A, localizar os sacos anais nas posições do relógio 4 a 5 horas e 7 a 8 horas entre os músculos do esfíncter anal interno e externo. Inserir uma pequena sonda, pinça hemostática ou cateter com ponta em balão no saco anal. A linha tracejada indica a localização da incisão. B, fazer uma incisão na face lateral do saco anal e dissecar cuidadosamente o saco das fibras musculares do esfíncter. C, ligar o ducto perto do orifício. 
Prolapso retal→ Eversão da mucosa retal do ânus. Esforço ou cirurgia perineal recente é comum, constipação, diarreia, prostatite, infecções do trato urinário, dispneia e distocia podem produzir tenesmo, irritação perineal ou perianal por trauma ou cirurgia também pode levar ao esforço para defecar e ao prolapso retal. sforço ou cirurgia perineal recente é comum. Constipação, diarreia, prostatite, infecções do trato urinário, dispneia e distocia podem produzir tenesmo. A irritação perineal ou perianal por trauma ou cirurgia também pode levar ao esforço para defecar e ao prolapso retal. Prolapso retal deve ser diferenciado de intussuscepção ileocólica. O tratamento médico é com antibióticos, AINES, limpeza com solução fria para vasoconstrição, tentar fazer a redução manual e sutura bolsa de tabaco, para fazer a sutura deve ser colocado uma seringa/sonda nos anus para fechar o ponto, deve ser feito alteração da dieta e administrar lactulona. O tratamento cirúrgico é com a amputação em casos de necrose ou colopexia em casos de recidiva.

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