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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE CAMPUS CAICÓ EDUARDA AMANDA DOS SANTOS MARCELO HENRIQUE DE MEDEIROS SILVA VANESSA AMANCIO DA SILVA A TECNOLOGIA MOBILE NA EDUCAÇÃO: APLICAÇÕES E BENEFÍCIOS CAICÓ/RN 2016 EDUARDA AMANDA DOS SANTOS MARCELO HENRIQUE DE MEDEIROS SILVA VANESSA AMANCIO DA SILVA A TECNOLOGIA MOBILE NA EDUCAÇÃO: APLICAÇÕES E BENEFÍCIOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Técnico em Informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do título de Técnico em Informática. Orientador: Ms. Geam Carlos de Araújo Filgueira CAICÓ/RN 2016 EDUARDA AMANDA DOS SANTOS MARCELO HENRIQUE DE MEDEIROS SILVA VANESSA AMANCIO DA SILVA A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO: APLICAÇÕES E BENEFÍCIOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Técnico em Informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do título de Técnico em Informática. Aprovado em: ___/___/____ Banca Examinadora ____________________________________________________________ Me. Geam Filgueira - Orientador Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte ____________________________________________________________ Dr. - Examinador Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte ____________________________________________________________ Me. - Examinador Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte Dedicamos esse trabalho primeiramente a Deus por ter nos abençoado com o dom da vida e o dom da sabedoria. Em segundo lugar, gostaríamos de dedicar esse trabalho aos nossos professores que nos guiaram e nos orientaram até aqui. Dedicamos também esse trabalho aos nossos familiares e amigos, pois temos certeza que sem a ajuda e incentivo dos mesmos jamais teríamos chegado até aqui. AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus, por ter nos dado força e nos ter guiado até aqui, pois em muitos momentos em que nos deparamos com as dificuldades, ele nos mostrou o caminho. Às nossas famílias, que acreditaram em nós quando nós mesmos não acreditávamos, nos motivando a concluir essa etapa. Ao nosso orientador e professor Geam Filgueira, que, mesmo diante de tantas responsabilidades e compromissos, cedeu um pouco de seu tempo para o nosso trabalho, nos orientando da melhor maneira possível, além disso por ter acreditado em nós. Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, IFRN, por ter nos dado a oportunidade de sermos grandes profissionais, através de uma excelente educação. E por último, aos colegas e amigos, que nos acompanharam durante esses quatro anos, compartilhando conosco de bons e maus momentos. RESUMO O uso da tecnologia mobile no ambiente educacional é algo que está sendo bastante discutido, apesar de, em alguns casos, já está sendo utilizada. Atualmente, muitos professores já estão aderindo ao uso de ferramentas, que podem ser acessadas por meio de, telefone celular, tablets, entre outros aparelhos, para ministrar suas aulas. A partir de pesquisas à respeito do assunto, foi possível constatar que muitos autores acreditam que as referidas tecnologias são de grande ajuda na educação, pois ampliam a perspectiva do método de ensino aprendizagem, já que com elas as aulas tornam-se mais dinâmicas. Por meio das pesquisas também observou-se que existem autores que possuem outro ponto de vista, os mesmos acreditam que o uso dessas tecnologias podem acabar atrapalhando o aprendizado, já que possuem uma grande oferta de informações que podem tirar a atenção do aluno do objetivo da aula. Com o objetivo de corroborar a ideia de que a tecnologia mobile na educação, é sim, benéfica, foi realizado uma pesquisa no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), Campus Caicó, com professores e alunos. Palavras-chave: Tecnologia. Ensino/Aprendizagem. Mobile. Educação. Professor. Aluno. ABSTRACT The use of mobile technology in the educational environment is something that is being widely discussed, although in some cases it is already being used. Today, many teachers are already adhering to the use of tools, which can be accessed through cell phones, tablets, among other devices, to teach their classes. Based on research on the subject, it was possible to verify that many authors believe that these technologies are of great help in education, since they broaden the perspective of the method of teaching learning, since with them the classes become more dynamic. Through the researches it was also observed that there are authors who have another point of view, they believe that the use of these technologies may end up hindering the learning, since they have a great offer of information that can take the attention of the student of the objective of the class. In order to corroborate the idea that mobile technology in education is beneficial, a research was conducted at the Federal Institute of Education, Science and Technology of Rio Grande do Norte (IFRN), Campus Caicó, with teachers and students. Keywords: Technology. Teaching / Learning. Mobile. Education. Teacher. Student. LISTAS DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Representação gráfica da população online. Gráfico 1 – Ocupação dos entrevistados Gráfico 2 – Faixa etária dos entrevistados Gráfico 3 – Sexo dos entrevistados em porcentagem Gráfico 4 – Professores que acham ou não a tecnologia imprescindível para a educação Gráfico 5 – Professores que já tiveram ou não problemas relacionados ao uso de internet por alunos em sala de aula Gráfico 6 – Professores que já utilizaram o celular como ferramenta pedagógica Gráfico 7 – Professores que afirmaram ou não que o uso de celular contribuiu para o aprendizado dos alunos/ Professores que afirmaram se utilizariam ou não o celular novamente Gráfico 8 - Alunos que acham ou não a tecnologia imprescindível para a educação Gráfico 9 – Alunos que receberam, ou não, reclamação pelo uso de internet em sala de aula em porcentagem Gráfico 10 – Alunos que afirmaram que o uso das aplicações contribuíram para o seu aprendizado / Alunos que afirmaram que gostaria que esse tipo de aula com aplicativos ocorresse mais vezes LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Relação: aplicação x número de alunos LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ARPANET Advanced Research Projects Agency Network CETIC Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação CGI Gestor da Internet no Brasil EJA Educação de Jovens e Adultos FCC Federal Communication Commission IFPI Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí IFRN Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte ONU Organização das Nações Unidas PDT Partido Democrático Trabalhista PL Projeto de Lei PMDB Partido do Movimento Democrático Brasileiro UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura USP Universidade de São Paulo SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 15 2.1 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO ..................................................................... 15 2.2 A INTERNET ................................................................................................ 16 2.3 O CELULAR: SURGIMENTO E SUA EVOLUÇÃO ...................................... 20 3 APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS MOBILE NA EDUCAÇÃO E SEUS BENEFÍCIOS ............................................................................................................ 24 3.1 MOBILE L (FERRAMENTA SABER 3D) ...................................................... 24 3.2 MOBILE STUDY........................................................................................... 25 3.3 KAHOOT ...................................................................................................... 25 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 27 4.1 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DA PESQUISA ........................................ 27 4.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ............................................................... 27 4. 3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS .................................................... 29 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................... 30 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 37 APÊNDICE A – TÍTULO DO APÊNDICE.................................................................. 41 14 1. INTRODUÇÃO Segundo CARVALHO (2006), o século XX teve como um de seus grandes marcos o surgimento da internet, o que foi visto como uma grande inovação para a época. Com ela inúmeros problemas poderiam ser resolvidos. Porém, vale salientar que, no início de tudo, só uma pequena parcela da população tinha acesso à mesma, isto é, militares, em um primeiro momento, e cientistas, logo depois. Com a internet foi possível aperfeiçoar as formas de comunicação à distância, já que a mesma só era possível através de correios, o tráfego de informações também foi beneficiado, haja vista que sem a internet as notícias levavam muito tempo para chegarem à seus destinos e, muitas vezes, nem chegavam. Ou seja, o mundo “caminhava” de uma forma mais lenta sem essa ferramenta. Mas essa onda de evolução não parou por aí. Os anos se passaram e as coisas foram ficando mais modernas. Eis que surge a possibilidade da utilização da internet em aparelhos eletroeletrônicos no ramo da educação. Essa oportunidade ainda é discutida, porém, várias pesquisas já foram feitas sobre o tema, em busca de uma resposta que deixe claro se é produtivo ou não fazer uso dessas tecnologias no ambiente educacional. Tendo em vista tudo isso, este trabalho tem como objetivo abranger o conhecimento do leitor a respeito do assunto em questão, trazendo detalhes sobre suas aplicações e benefícios na área da educação, entre outros fatores. 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para a elaboração deste documento foram realizadas pesquisas aprofundadas a respeito do tema tecnologia na educação com enfoque em suas aplicações e benefícios, para que seja possível ampliar o conhecimento do leitor a respeito do assunto. 2.1 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO De acordo com THOALDO (2010), para a formação e organização humana, a educação é de grande importância. Ao longo desse processo de formação, os instrumentos utilizados são de suma importância, tanto para reprodução, como construção da visão de mundo, para a formação de cidadãos. Dessa forma, tornam- se necessárias adequações didáticas de ensino/aprendizagem que atendam às expectativas, criando condições que permitem interconexões com o processo educacional e a evolução de recursos tecnológicos para se alcançar uma aprendizagem significativa e diferenciada. Tendo em vista que o mundo está hoje globalizado e mais comunicativo do que nunca, ocorrem mudanças de maneira constante quando se trata da história da didática educativa, passando, a mesma, a necessitar de ferramentas que venham a auxiliar e estimular no processo educacional. Assim, a educação no mundo de hoje tende a ser tecnológica, por isso, acaba exigindo tanto de professores, como de alunos, entendimento e interpretação acerca dessas novas tecnologias. Além disso, dessa forma, ficam claros os diversos sentimentos em relação à postura dos professores frente a novos desafios, às vezes uma satisfação por estarem fazendo parte dessa nova realidade tecnológica ou certa ansiedade por enfrentar essas novas mudanças que a tecnologia trás (THOALDO, 2010). Mas ainda, de acordo com THOALDO (2010), não somente em relação aos professores ocorrem transformações, quando se trata dos alunos elas também podem ser notadas, pois os mesmo passam a ficar mais motivados para estudar e aprender, ao invés de continuar fazendo o uso de aulas apenas expositivas, onde o aluno é somente um receptor passivo de informação. Deve-se substituir esse processo por um que estimule a participação dos alunos. 16 Com a informática tida como uma necessidade mundial, a escola assume o papel de preparar os alunos também para essa realidade. “Nós, educadores, temos de nos preparar e preparar nossos alunos para enfrentar exigências desta nova tecnologia, e de todas que estão a sua volta – A TV, o vídeo, a telefonia celular. A informática aplicada à educação tem dimensões mais profundas que não aparecem à primeira vista”. (ALMEIDA, 2000, p. 78) Essas adaptações nas práticas de ensino visam melhorar a qualidade, explorando a aplicação de, por exemplo, vídeos, imagens, músicas, entre outros. Assim, os professores, através da utilização de diferentes fontes de informação, renovam suas metodologias de ensino, visando a busca de novos saberes, oferecendo aos seus alunos oportunidades de construção e conhecimento por parte dos mesmos, ressaltando a importância do uso da tecnologia (THOALDO, 2010). Normalmente, podem-se utilizar tecnologias como computador, internet, televisão e outros. Neste trabalho, em específico, será abordado o uso de dispositivos moveis (celulares), associados à internet em sala de aula. 2.2 A INTERNET Segundo BOGO (2000), a internet não nasceu com o intuito de ser utilizada para os fins de atualmente. Ela foi criada com a finalidade de estabelecer a comunicação entre as bases militares dos Estados Unidos, em pleno período da Guerra Fria, momento em que as duas maiores potencias da época, Estados Unidos e União Soviética, buscavam expandir suas ideologias, respectivamente capitalistas e socialistas. Essa rede de comunicação foi então batizada de ArphaNet. Criada pela Advanced Research Project Agency (ARPA), ou em português Agência de Projetos de Pesquisa Avançada, órgão esse ligado ao Departamento de Defesa americano, a ArphaNet, com o término da Guerra Fria, passou a não ser mais tão necessária aos militares norte americanos. Com isso, os cientistas que participaram da criação da rede, cederam-na às universidades, que por sua vez a repassaram para universidades de outros países, o que fez com que pesquisadores domésticos também pudessem utilizá-la (BOGO, 2000). 17 De acordo com SOUZA (2013), somente na década de 90, a internet alcançou a população em geral. Isso foi possível graças a criação da World Wide Web (WWW), permitindo assim a criação de interfaces gráficas e sites mais visualmente interessantes e dinâmicos. O surgimento de browsers (navegadores) como, por exemplo, o Mozila Firefox e o Internet Explorer, da Microsoft, provedores de acesso, entre outros, contribuíram para o crescimento da internet, que passou posteriormente a ser considerado a maior criação tecnológica de todos os tempos. Ainda de acordocom SOUZA (2013), a partir disso, a internet se popularizou mais ainda, e assumiu diferentes finalidades em determinadas áreas: por exemplo, no setor econômico-financeiro, a internet é hoje utilizada tanto como meio de propaganda como compra e venda, nas quais sites se transformaram em verdadeiros shoppings centers virtuais. Outro exemplo, é o uso da internet para o lazer, seja através de sites de jogos, ou de redes sociais. Afinal segundo Daquino (2012, apud SOUZA, 2013): “2004 pode ser considerado o ano das redes sociais, pois nesse período foram criados o Flickr, o Orkut e o Facebook - algumas das redes sociais mais populares, incluindo a maior de todas até hoje.” 2.2.1 A INTERNET EM NÚMEROS Segundo o Portal G1 (2015), hoje, de acordo com a União Internacional das Telecomunicações, órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), o número de internautas no mundo já é de 3,2 bilhões em 2015 e a maior parte dessas pessoas está em países em desenvolvimento. Para cada internauta que mora em um país desenvolvido, há dois nos países subdesenvolvidos. Em 2000, os internautas eram 6,5% da população mundial. Em 2015, esse índice subiu para 43%. A proporção de casas com conexão à rede chegou a 46% no ano. Essa porcentagem é maior na Europa (82,1%) e menor na África (10,7%). 18 Figura 1 – Representação gráfica da população online. Fonte: União Internacional das Telecomunicações (2015) 2.2.2 A INTERNET NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM: VANTAGENS E DESVANTAGENS O uso do computador nas escolas traz inúmeras possibilidades e mudanças significativas para o processo de ensino e aprendizagem, pois oferece diversos recursos que exprimem diferentes atividades, principalmente quando conectados à Internet, uma vez que a Internet amplia as possibilidades, e concebe ao aluno as diferentes experiências e aprendizagens, fazendo-o interagir com diferentes formas de textos, imagens, sons e relações interpessoais, propondo a comunicação com pessoas geograficamente distantes e de culturas diferentes. (SOUZA, 2013, p. 22) Segundo SOUZA (2013), quando o seu uso é feito de forma adequada, inúmeros são os benefícios proporcionados pela a internet para a prática educacional. Mas se seu uso for feito de forma incorreta, e por pessoas que não se 19 prepararam devidamente para isso, alguns problemas podem surgir ao decorrer da aplicação. A escola e os professores são os responsáveis por transmitir conhecimento a seus alunos. Para isso, é necessário que os mesmos estejam sempre atualizados sobre formas que facilitam a disseminação de seus ensinamentos. Uma alternativa que pode colaborar com essa questão é o uso da internet no processo de ensino, já que a mesma é uma importante fonte de pesquisa sobre diversos assuntos e um excelente canal de comunicação. Seu uso poderia facilitar bastante a vida de professores e alunos (SOUZA, 2013). Para isso, o estimulo ao uso de computadores e internet deveria ser introduzido na vida dos alunos a partir do ensino fundamental, para que os mesmos possam, desde cedo, construir seu próprio conhecimento de forma interativa (SOUZA, 2013). Utilizar essa determinada tecnologia no processo de ensino e aprendizagem também facilita a inserção da cultura informatizada na escola. Cada aluno vai fazer uso da internet a seu ritmo, o que proporciona aos professores diagnosticar as dificuldades de cada um e procurar um meio de ajuda-los da melhor forma possível (SOUZA, 2013). Outra importante vantagem é a interatividade e dinamização dos métodos de ensino. Com a tecnologia, os alunos vão desenvolver formas criativas de lidar com suas tarefas na sala de aula, além de aproxima-los cada vez mais uns dos outros, já que a internet tem o poder de diminuir os espaços. Dessa forma, alunos que fossem um pouco tímidos, ou tivessem dificuldade de se expressar, conseguiriam vencer essas barreiras a partir da tecnologia (SOUZA, 2013). Mas o uso da internet também conta com algumas desvantagens. Tanta informação reunida pode ser um ponto negativo. Os alunos ficam expostos a muitas páginas diferentes, como, também, a informações que podem chamar mais atenção do que a própria aula, o que faz com que os mesmos acabem dispersando-se e não entendendo o real objetivo do que se está sendo ensinado. Por esse fato eles devem ser orientados à respeito do uso correto da internet (SOUZA, 2013). Ainda de acordo com SOUZA (2013), outro ponto negativo seria o despreparo dos professores e a falta de estrutura nas instituições públicas. Muitas escolas não possuem laboratórios e computadores disponíveis para a informatização do ensino, 20 e quando possuem utilizam de forma indevida, como para o uso do simples ensino da digitalização. Contudo, é possível chegar à conclusão de que o uso de tecnologias para inovação e dinamização do ensino é algo imprescindível, mas que deve ser levado a sério e executado por profissionais conscientes e preparados, já que, se o uso da internet for feito de forma indevida, alunos receberão um ensino de má qualidade, além de não desenvolverem seu senso crítico, pois não buscarão questionar e nem selecionar as informações que estão disponíveis na rede mundial de computadores (SOUZA, 2013). 2.3 O CELULAR: SURGIMENTO E SUA EVOLUÇÃO Em pleno século XXI, possuir um telefone celular é algo muito comum. Existem inúmeros modelos, os quais são desenvolvidos com a função de atender as necessidades e exigências de diferentes consumidores. De acordo com ABREU (2005), no ano de 1947, uma empresa americana chamada Bell Company desenvolveu um sistema em que era possível a comunicação entre aparelhos de telefonia móvel utilizando o conceito de células, de onde foi derivado o nome celular. No mesmo ano, as empresas A T&T e Bell reivindicaram à FCC (Federal Communication Commission, ou, em português, Comissão Federal de Comunicação) um número de frequência de rádio especifico para a comunicação móvel. Diante do pedido, a FCC disponibilizou poucas frequências, possibilitando a conexão simultânea de apenas 23 pessoas ao sistema de uma determinada área de cobertura. Ainda de segundo ABREU (2005), apenas 20 anos depois, a FCC reconsiderou o pedido e ampliou o número de frequências destinadas à telefonia móvel. No ano seguinte (1968), a A T&T e a Bell estabeleceram o sistema de uso de torres para atender os usuários por áreas de acordo com o seu deslocamento. Sistema esse que foi aperfeiçoado cada vez mais e continua sendo utilizado até os dias atuais. No ano de 1973, a Bell já havia integrado o sistema aos carros de polícia. Mas foi a Motorola a primeira empresa a utilizar a mesma tecnologia em dispositivos fora de um veículo, para uso pessoal (ABREU, 2005). 21 Mas foi apenas em 1983 que surgiu o primeiro celular aprovado pela FCC. Era conhecido como DynaTAC 8000X e foi desenvolvido pela Motorola, que, em parceria com a empresa Ameritech, deu início ao uso comercial da telefonia celular em todo o mundo. Além da longa lista de espera que o consumidor teria que enfrentar, seu valor era muito alto e apenas pessoas que dispunham de um bom capital financeiro poderiam adquirir o produto (ABREU, 2005). Com o passar do tempo, a tecnologia foi evoluindo cada vez mais e os celulares tornaram-se cada vez mais acessíveis e práticos. Hoje, os celulares contam com telas sensíveis ao toque (touch screen), acesso à internet, função Wi-Fi, função bluetooth, entre outras. ALCANTARA e VIEIRA (2011, p. 4) afirmam que “hoje em dia o usuário tem a vantagem não só de acompanhar o crescimento tecnológico como de usufruir todas as suas vantagens”. 2.3.1 O CELULAR NAS ESCOLAS: PRÓS E CONTRAS No ano de 2013, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), lançou o guia “Diretrizes de Políticas para a Aprendizagem Móvel”,que vem afirmar que aparelhos móveis podem sim ajudar no ambiente da sala de aula. O uso da internet, através do celular, é uma realidade da cultura digital, e já virou tendência nas escolas brasileiras. Só no segundo trimestre de 2015, o número de brasileiros que usam smartphone para acessar a Internet ultrapassou a marca de 72 milhões. Segundo GUIMARÃES (2016), uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), através do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), mostrou que 39% dos docentes, o equivalente a um terço do total, usam o dispositivo para a realização de alguma atividade com os discentes, sendo 36% de escolas públicas e 46% das privadas. Segundo Alexandre Barbosa, gerente do CETIC.br, em alguns casos, um dos fatores limitantes para que seja feita o uso dos dispositivos é a capacidade de banda larga nas escolas: afinal, 45% das escolas públicas declararam ter velocidade de até 2 Mbps (Megabits por segundo). Acontece que, com essa banda larga, não é possível realizar uma atividade com dispositivos moveis envolvendo muitos alunos (GUIMARÃES, 2016). 22 Ainda de acordo com o estudo, apesar de a conexão Wi-Fi, que tem ligação direta com o uso de dispositivos móveis (celulares, tablets e outros), ter aumentado tanto em escolas públicas como em escolas particulares, um dado da pesquisa chama a atenção: acontece que na maioria das instituições, o uso da internet móvel é bloqueado para alunos (GUIMARÃES, 2016). De acordo com o Folha de São Paulo (2015), o estudo “Tecnologia, distração e desempenho de estudantes”, divulgado pela London School of Economics no ano de 2015, realizado com 130 mil, os alunos de escolas inglesas que baniram o uso de smartphone tiveram uma melhora em sua nota de cerca de 14% nos exames de avaliação nacional, reforçando assim a ideia de que celulares são um obstáculo na educação. Ainda de segundo com o Folha de São Paulo (2015), de acordo com Louis- Philippe Beland, um dos autores do estudo, o impacto da proibição de uso de celulares na escola, é o equivalente a uma hora a mais de aula por semana. De acordo com a brasileira Maria Teresa Andion, psicopedagoga clínica e mestre em psicologia do desenvolvimento, que presta atendimento em seu consultório à jovens que receberam queixas por uso de aparelho celular na escola, a atenção é uma capacidade cerebral muito parecida com a concentração, "Brinco que é interesseira, pois as pessoas só prestam atenção efetivamente naquilo que querem", afirma. Acontece que, na Inglaterra não existe uma legislação que proíbe o uso ou não de celulares na escola, cada colégio tem sua própria autonomia para decidir quanto ao uso dos aparelhos. Segundo SOUZA (2015), no Brasil, tramita na câmara dos deputados, um projeto de lei (PL 104/15), de autoria do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, como celulares e tablets, nas salas de educação básica e superior de todo o país. Essa lei amplia o alcance do projeto de lei (PL 2246/07) apresentado em 2007, pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT- RS), que pretendia proibir apenas o uso de celulares na sala de aula. Antes de ser arquivado o projeto de Mattos, chegou a ser aprovado pela Comissão de Educação e Cultura, onde sofreu alterações, a fim de passar a proibir o uso não só de celulares, como também de todos os aparelhos eletrônicos portáteis. Segundo a comissão para preservar a essência do ambiente pedagógico, a proibição deveria ser estendida a todos os equipamentos eletrônicos portáteis, que “desviam a atenção do aluno do trabalho didático do professor”. Porém, ainda sobre a lei 23 proposta por Moreira, ela prevê o uso de celulares em sala se integrarem atividades didático pedagógicos, desde que ainda autorizado pelo professor. Rebeca Otero, coordenadora de educação da Unesco no Brasil, questiona a necessidade da intervenção da legislação no assunto. Segundo ela, uma legislação como essa pode ser mal interpretada pelos professores, o que pode acabar os desestimulando a trabalhar com ferramentas pedagógicas. “A grande questão é: como estamos usando a internet para fins pedagógicos? A direção quer evitar que o aluno tenha acesso à internet durante a aula, alegando que isso tira a atenção do professor, mas isso acaba inibindo o uso de práticas inovadoras desses dispositivos”, ressalta Alexandre Barbosa.1 Para a doutora pela USP, especializada em tecnologias aplicadas à educação, Luciana Allan, é necessário que se tenha em mente modos como estudos desse tipo são conduzidos. “O celular pode atrapalhar provas que medem memorização. Mas é difícil preparar o aluno para o mundo tecnológico sem um celular na mão.”, afirma a mesma. 1 Disponível em: http://porvir.org/tic-educacao-mostra-aumento-uso-da-internet-pelo-celular-para-fim- pedagogico/ 24 3 APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS MOBILE NA EDUCAÇÃO E SEUS BENEFÍCIOS São várias as aplicações tecnológicas que tem como fim o uso pedagógico. Muitas já serviram, inclusive, de objeto de estudos a fim de evidenciarem os benefícios que a educação associada à tecnologia pode trazer para o aluno. Neste trabalho, falaremos de algumas aplicações específicas e os resultados obtidos através delas. 3.1 MOBILE L (FERRAMENTA SABER 3D) Segundo POSSA et al (2015), o Mobile-L é um projeto fruto de uma parceria entre as empresas Educommatica (Educação, Comunicação e Informática) e o Igemte (Instituto e Grupo de Estudos em Mídias, Tecnologias e Educação), ambas atuantes na área de educação, cultura digital, ciência e tecnologia. O aplicativo Saber 3D, criado por elas, faz uso de ferramentas de imagens tridimensionais interativas, permitindo explorar inúmeras estruturas dos smartphones dos alunos. Ainda segundo POSSA et al (2015), um estudo realizado com essa aplicação, indica que 300 alunos participantes passaram a compreender melhor o conteúdo das disciplinas de Biologia e Matemática, enquanto mais de 15 professores declararam que o aplicativo cumpriu seu papel de melhorar o aprendizado dos alunos. Os estudantes alegaram não ser mais necessário usar os smartphones escondidos dentro da sala de aula. Alegaram, ainda, que passaram a enxergar o celular mais como uma ferramenta de aprendizado, e que passaram a usar o aparelho também fora da sala para fins educacionais, pois o mesmo ajudava a assimilar de forma melhor os conteúdos das disciplinas. Esse estudo serviu, ainda, para mostrar a potencialidade do uso de smartphones como ferramenta pedagógica, uma vez que os alunos podem utilizar seus próprios aparelhos, o que na percepção dos alunos acaba facilitando e tornando mais divertido o processo de ensino/aprendizagem (POSSA, et al, 2015). 25 3.2 MOBILE STUDY Segundo QUARESMA et al (2012, p.2), o Mobile Study é uma aplicação que visa tornar mais fácil o estudo por meio de tecnologias moveis. A partir dele é possível criar testes e questionários sobre diversas áreas do conhecimento, de forma prática, rápida e segura, já que conta com sistema de feedback imediato. O Mobile Study conta também com mobilidade, interatividade e portabilidade, além da funcionalidade que permite executar downloads para telefone celular. De acordo com FONSECA (2010), os questionários são elaborados por meio do site da aplicação. Quando sua criação é finalizada, o sistema gera um link. Com o link gerado os usuários poderão ter acesso ao questionário via internet, por meio de computadores ou até mesmo do telefone celular. Para economizar o uso de dados, os testes podem ser enviados via bluetooth para todos os alunos na sala de aula. Quando isso ocorre, os arquivos do programa ficam armazenados nos celulares dos alunos, que podem acessa-los quando e onde quiserem.Toda a interface da ferramenta é em inglês, mas suas explicações, perguntas e respostas são em português (FONSECA, 2010). O Mobile Study foi utilizado em uma inciativa independente, realizada em uma escola pública de Campo Grande/MS. A mesma contou com a participação de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Visto que os alunos tinham bastante dificuldade no aprendizado das disciplinas de física e química, o professor resolveu fazer uso do celular como ferramenta de apoio às aulas. Com o auxílio do Mobile Study, o professor desenvolveu um jogo de perguntas, o qual tinha como foco, as referidas disciplinas. Por meio desse mecanismo, o tempo e espaço de estudo foram ampliados para além dos limites físicos da escola, já que o questionário poderia ser acessado onde e quando os alunos quisessem, o que facilitou o aprendizado das disciplinas em questão (FONSECA, 2013, p.276). 3.3 KAHOOT Segundo SANTOS (2016), o Kahoot é uma ferramenta utilizada em sala de aula, criada em 2013, que permite auxiliar tanto o professor como o aluno no 26 processo de ensino/aprendizagem. É um aplicativo interativo que funciona como questionário e quizzes, com perguntas de múltipla escolha e que permite aos educadores e estudantes investigar, criar, colaborar e compartilhar conhecimentos. Além disso, o Kahoot funciona em qualquer dispositivo eletrônico conectado à internet. Ainda de acordo com SANTOS (2016), o tipo mais comum de Kahoot é o Quiz, que é basicamente como um jogo, onde o professor insere perguntas relacionadas a qualquer assunto; geralmente são relacionadas à assuntos abordados em sala para testar o conhecimento. As perguntas podem vir associadas com imagens ou vídeos e possuem, no máximo, quatro respostas de múltipla escolha. Cada pergunta só pode ter uma resposta correta e, ainda, o tempo de resposta é determinado pelo professor, podendo ir de 5 segundos à 2 minutos. Esta ferramenta é considerada um exemplo de avaliação formativa. Isso quer dizer que está relacionado com as avaliações feitas pelos professores em processo de compreensão do desenvolvimento de cada aluno, dos pontos que ficaram carentes de entendimento, do que é preciso melhorar, dos conteúdos já totalmente absorvidos, entre outros (SANTOS, 2016). As perguntas são projetadas, de tal maneira que o professor possa acompanhar o desempenho dos alunos. Quanto menor o tempo de resposta, maior a pontuação do participante, no final da partida, o ranking dos cinco melhores é apresentado, vencendo assim o jogo, aquele que responder o maior número de questões no menor espaço de tempo (SANTOS, 2016). Uma pesquisa realizada no Instituto Federal do Piauí (IFPI), Campus Teresina Zona Sul, mostrou que o aplicativo encoraja os alunos a estudarem, haja vista que não estão somente marcando um Quiz no caderno ou coisa do tipo. De forma geral, os estudantes têm a oportunidade de se divertir enquanto aprendem (SANTOS, 2016). 27 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Neste tópico, será abordado as características da pesquisa, de um modo geral, e os procedimentos e instrumentos utilizados na mesma. 4.1 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DA PESQUISA A pesquisa sobre a tecnologia na educação: aplicações e benefícios foi realizada na cidade de Caicó-RN, com os alunos e professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), da cidade, que fica localizado na RN 288, s/n, Nova Caicó. Foi executada, no ano de 2016, como parte do trabalho de conclusão de curso, do curso técnico em informática do IFRN. A realização da pesquisa ocorreu no IFRN – Campus Caicó, por ser essa instituição, um local onde o acesso à internet por professores e alunos já é uma realidade. Dessa forma, pretendeu-se identificar dentro da mesma o uso por parte de professores e alunos, do celular associado à internet como ferramenta pedagógica. O IFRN - Campus Caicó é uma instituição de caráter público, que faz parte da segunda fase do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, tendo sido oficialmente inaugurado no dia 20 de agosto de 2009, juntamente com outros cinco campi.2 4.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA A pesquisa em questão foi realizada com a finalidade de buscar materiais à respeito da tecnologia na educação: aplicações e benefícios, de modo a estabelecer uma compreensão dos objetivos propostos pelo referido estudo. Fez-se uso de pesquisa bibliográfica e de questionário online, desenvolvido por meio da ferramenta Google Forms, de caráter quantitativo, com o intuito de identificar o uso do celular, com fins educativos, na sala de aula por professores e alunos, e avaliar, de acordo com as respostas dos entrevistados, se esse uso foi benéfico ou não. As raízes da pesquisa quantitativa se encontram no pensamento positivista logico, e tende a destacar o raciocínio dedutivo, as regras da lógica e os atributos mensuráveis da experiência humana (POLIT, BE-CKER E HUNGLER, 2004, p. 201 apud FONSECA, 2000). 2 Disponível em: http://portal.ifrn.edu.br/campus/caico/institucional/historico.html 28 “Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc.” (FONSECA, 2000, p.20) Segundo Mattar (2001), a pesquisa quantitativa tem como foco a validação das hipóteses por meio da utilização de dados estruturados, estatísticos e com analise de um grande número de casos representativos. Por meio dela, é possível quantificar os dados e generalizar os resultados das amostras para os interessados. Apesar de não possuir a função de explicar os fenômenos que descreve, a pesquisa quantitativa serve de base para a explicação e estudo sobre os casos abordados. No contexto do trabalho em questão, a pesquisa bibliográfica busca a problematização de um determinado objeto de pesquisa de acordo com referenciais teóricos, para que a partir dele sejam analisadas e discutidas as contribuições cientificas e educacionais. Segundo FONSECA (2002): “A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta.” (apud GERHARDT e SILVEIRA, 2009, p 37). 29 4. 3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS A realização da revisão bibliográfica focada no uso da tecnologia na sala de aula, suas aplicações e benefícios buscou de forma ampla e geral, coletar informações e dados a partir da literatura especializada do uso da informática na educação, na qual se baseou em publicações científicas condizentes com a área de estudo. Após finalizada essa etapa, foi iniciada a pesquisa de campo, que proporcionou uma relação entre essas teorias e a práticas, de modo a comprovar que a tecnologia na educação tende a, acima de tudo,beneficiar os alunos, contribuindo para sua aprendizagem. A pesquisa teve como instrumento de investigação um questionário, aplicado online, através do Google Forms, ferramenta da Google que facilita a criação de questionários e de pesquisas, compilando os resultados de forma automática e os lançando em gráficos, tornado assim a analise simples e rápida. Para a elaboração dos questionários, procurou-se elaborar perguntas, em uma linguagem compreensível, nas quais tratam de questões subjetivas e objetivas, que necessitam serem analisadas e interpretadas. Dessa maneira, os questionários contribuem para uma análise da tecnologia no processo de ensino/aprendizagem no instituto, além de em paralelo contribuir para uma melhor descrição da realidade do instituto. 30 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Neste tópico, serão apresentados e analisados os resultados do questionário aplicado aos alunos e professores do IFRN – Campus Caicó, que visa identificar o uso de aplicações mobile dentro do Campus, de maneira a então corroborar ou não a ideia de que o uso te tais tecnologias é benéfico para o processo de ensino/aprendizagem. A pesquisa foi realizada com alunos e professores, no total o número de entrevistados, como mostra o gráfico 1, foi de 110 (cento e dez) pessoas, das quais 96 (noventa e seis) eram alunos e 14 (quatorze) professores. Gráfico 1 – Ocupação dos entrevistados Fonte: elaborado pelos autores, 2016. Já a respeito da faixa etária, o número de entrevistados na faixa entre 14 (quatorze) e 18 (dezoito) anos, foi de 89 (oitenta e nove) indivíduos. Enquanto isso, houve um total de 11 (onze) pessoas entre 19 (dezenove) e 30 (trinta) anos. Já as pessoas com idade de 30 (trinta) à 40 (quarenta) anos somam um total de 6 (seis). E, por último, aqueles com idade acima de 40 (quarenta) anos, correspondem à 4 (quatro) indivíduos, como ilustra o gráfico 2. 31 Gráfico 2 – Faixa etária dos entrevistados Fonte: elaborado pelos autores, 2016. Quanto ao sexo dos mesmos, o número de indivíduos do sexo feminino foi 63 (sessenta e três). Já a quantidade de pessoas do sexo masculino somam um total de 47 (quarenta e sete), como exibido no gráfico 3. Gráfico 3 – Sexo dos entrevistados em porcentagem Fonte: elaborado pelos autores, 2016. Em relação as respostas dos professores, a tecnologia é de grande importância para a educação, como é ilustrado no gráfico 4, haja vista que, dos 14 (quatorze) entrevistados, 10 (dez) indivíduos consideram a tecnologia imprescindível para a área, enquanto que 4 (quatro) discordam. 32 Gráfico 4 – Professores que acham ou não a tecnologia imprescindível para a educação Fonte: elaborado pelos autores, 2016. Porém, dos professores entrevistados, todos afirmaram que já lidaram com algum problema relacionado ao uso de internet por alunos, seja através de celulares, tablets ou outros, como pode ser observado no gráfico 5, o que pode acabar por criar uma certa barreira entre o professor e a ideia do uso de tecnologias em sala, pois, a maioria relatou problemas quanto ao uso indevido das mesmas em sala de aula. Entre os problemas, o mais citado foi o uso de aparelhos para acesso às redes sociais, seguido de dispersão por parte do aluno e, também, a utilização para práticas de favorecimento pessoal durante o processo avaliativo. Gráfico 5 – Professores que já tiveram ou não problemas relacionados ao uso de internet por alunos em sala de aula Fonte: elaborado pelos autores, 2016. 33 Em relação ao uso de fato de tecnologias mobiles dentro de sala de aula foi apontado que, 8 (oito) dos 14 (quatorze) professores que responderam ao questionário já fez uso do celular como ferramenta pedagógica, enquanto que 6 (seis) não, como mostrado no gráfico 6. Gráfico 6 – Professores que já utilizaram o celular como ferramenta pedagógica Fonte: elaborado pelos autores, 2016. Ainda, todos aqueles que fizeram uso do aparelho afirmaram que o dispositivo contribuiu para o aprendizado de seus alunos e, os mesmos, afirmaram, ainda, que o utilizariam novamente, como ilustrado nos gráfico 7. Gráfico 7 – Professores que afirmaram ou não que o uso de celular contribuiu para o aprendizado dos alunos/ Professores que afirmaram se utilizariam ou não o celular novamente Fonte: elaborado pelos autores, 2016. 34 Entre as atividades descritas pelos professores, está o uso do celular, sobretudo para pesquisas, inclusive um dos professores afirmou já ter feito uso do Kahoot3, aplicação essa, citada acima, no tópico de desenvolvimento. Aqueles que não fizeram uso alegaram que não possuem motivos específicos, que não vêm necessidade, preferem o computador ou, ainda, acham que a matéria que lecionam tem pouco espaço para tal aplicação. Já de acordo com a análise das respostas dos alunos, foi constatado que a maioria dos indivíduos, participantes da pesquisa, consideram a tecnologia imprescindível para a educação. Dos 96 (noventa e seis) alunos, 92 (noventa e dois) responderam que sim, enquanto que 4 (quatro) afirmaram que não, como exibido no gráfico 8. Gráfico 8 - Alunos que acham ou não a tecnologia imprescindível para a educação Fonte: elaborado pelos autores, 2016. Ainda do total de alunos que responderam ao questionário, a maioria já recebeu alguma reclamação em relação ao uso de internet em sala de aula, como demonstrado no gráfico 9. 3 https://kahoot.it/ 35 Gráfico 9 – Alunos que receberam, ou não, reclamação pelo uso de internet em sala de aula em porcentagem Fonte: elaborado pelos autores, 2016. Ainda do total de alunos entrevistados, cerca de 79 (setenta e nove) afirmam que, alguma vez, seus professores, junto a eles, fizeram uso de celular como ferramenta pedagógica, enquanto que 17 (dezessete) não tiveram a mesma experiência. Tabela 1 – Relação: aplicação x número de alunos Aplicação Número de alunos Kahoot 29 Wlingua 04 Socrative 03 Duolingo 02 Outros 41 Fonte: elaborado pelos autores, 2016. Dos alunos que fizeram uso das aplicações, cerca de 74 (setenta e quatro) afirmaram que as mesmas contribuíram para seu aprendizado e que gostariam que esse tipo de aula ocorresse mais vezes, como ilustrado no gráfico 10. 36 Gráfico 10 – Alunos que afirmaram que o uso das aplicações contribuíram para o seu aprendizado / Alunos que afirmaram que gostaria que esse tipo de aula com aplicativos ocorresse mais vezes Fonte: elaborado pelos autores, 2016. 37 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como foi possível observar ao longo da pesquisa, o uso da internet, principalmente quando associado ao celular, pode trazer inúmeros benefícios para a educação. Os resultados da pesquisa mostram a importância do uso das tecnologias como ferramenta pedagógica pelos professores para com os alunos, enriquecendo, assim, suas formas metodológicas e didáticas. As tecnologias possibilitam que o processo de ensino/aprendizagem se torne mais interessante, interativo e criativo, não só para o aluno, como também para o professor. Desse modo, pode-se concluir que o uso de dispositivos móveis, associados à internet em sala de aula, é de grande benefício e contribuição no processo de ensino/aprendizagem, uma vez que, a grande maioria dos alunos afirmou que as experiências vivenciadas em sala de aula, tiveram retorno positivo para a construção de seus conhecimentos; assim como afirmam também os professores, haja vista que, todos os que utilizaram as aplicações, disseram ter notado uma contribuição para com o aprendizado do aluno, emboramuitos profissionais da área ainda tenham receio quanto ao uso da tecnologia em sala de aula. Fica claro através da pesquisa realizada neste trabalho, que a aplicação da mesma traz benefícios aos alunos, uma vez que acabam por auxiliar na construção de seus conhecimentos. Mas essas tecnologias, se não bem utilizada podem assumir um papel negativo na formação dos alunos, o que pode vir a acarretar ideias de medidas que visam a proibição dos aparelhos nas escolas, de maneira que essas por sua vez acabem inibindo usos inovadores desses como ferramentas pedagógicas, o que não é a ideia, nesse aspecto, entra a figura do professor, que irá analisar, selecionar e propor aos alunos as aplicações e tecnologias adequadas. Desse modo, cabe ao professor, construir uma leitura crítica dos alunos a cerca dessas ferramentas, para que eles possam construir o conhecimento de maneira significativa e transformadora. 38 REFERÊNCIAS ABREU, LEONARDO MARQUES. Usabilidade de Telefones Celulares com base em Critérios Ergonômicos. Disponível em: <http://www.maxwell.vrac.puc- rio.br/6705/6705_3.PDF> Acesso em: 28 nov. 2016. ALMEIDA, MARIA ELIZABETH DE; ProInfo: Informática e Formação de Professores – Vol. 1; Brasília: MEC/ Secretaria de Educação à Distância –, 2000. 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( ) Sim ( ) Não Questionário ( Aluno – Parte 2 ) Observação: Esse questionário era respondido caso no questionário anterior na questão 3, fosse marcada a alternativa SIM. 1 - Qual o nome da aplicação utilizada? 2 - O uso do celular como ferramenta pedagógica contribui para o seu aprendizado? ( ) Sim ( ) Não 3 - Você gostaria que esse tipo de aula ocorresse mais vezes? ( ) Sim ( ) Não 42 Questionário (Professor – Parte 1) 1 - No seu ponto de vista, a tecnologia é imprescindível para a educação? ( ) Sim ( ) Não 2 - Alguma vez enquanto professor você já lidou com algum problema relacionadouso ao uso de internet por alunos dentro da sala de aula (seja através de celular, tablete ou outros)? ( ) Sim ( ) Não Questionário (Professor – Parte 2) Observação: Esse questionário era respondido caso no questionário anterior na questão 2, fosse marcada a alternativa SIM. 1 - Qual o problema que você lidou? ___________________________________________________________________ Questionário (Professor – Parte 3) 1 - Você já fez uso do celular como ferramenta pedagógica? ( ) Sim ( ) Não Questionário (Professor – Parte 4) Observação: Esse questionário era respondido caso no questionário anterior na questão 1, fosse marcada a alternativa SIM. 1 - Qual o nome da aplicação utilizada? 2 - O uso do celular como ferramenta pedagógica contribui para o aprendizado de seus alunos? ( ) Sim ( ) Não 3 - Você usaria o celular novamente? ( ) Sim ( ) Não 43 Questionário (Professor – Parte 5) Observação: Esse questionário era respondido caso no questionário anterior na questão 3, fosse marcada a alternativa NÃO. 1 - Por qual motivo você não usaria o celular na sala de aula como ferramenta pedagógica novamente? ___________________________________________________________________ Questionário (Professor – Parte 6) Observação:Esse questionário era respondido caso no Questionário (Professor – Parte 3), fosse marcada a alternativa Não. 1 - Por qual motivo você não uso/usaria o celular na sala de aula como ferramenta pedagógica? ___________________________________________________________________
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