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Fluxo de caixa AULA 02

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- -1
GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO
FLUXO DE CAIXA
- -2
Olá!
Nesta aula 2, estaremos percebendo a importância do fluxo de caixa para as empresas. Avaliando sua
abrangência e metodologia de apuração do mesmo.
Você irá observar o comportamento do capital circulante líquido e o fluxo de caixa operacional e com isso ter
base para observar como estes estão presentes e a sua interferência na qualidade administrativa da empresa.
Ao fim desta aula, você será capaz de:
1- Identificar a importância do Fluxo de Caixa para o processo de administração do Capital de Giro;
2- Conhecer as metodologias de apuração e Análise do Fluxo de Caixa;
3- Analisar o quanto e como o Fluxo do Capital Circulante Líquido e o Fluxo de Caixa Operacional são
importantes para estrutura de gestão de empresa.
Uma boa gestão dos recursos financeiros, em qualquer empresa, reduz essencialmente a necessidade de Capital
de Giro, promovendo assim, maiores lucros pela redução principalmente das despesas financeiras.
Como o objetivo básico da função financeira é prover a empresa de recursos de caixa suficientes de modo a
respeitar os vários compromissos assumidos e promover a maximização de seus lucros, o fluxo de caixa é
essencial, pois, trata-se de um instrumento que possibilita o planejamento e o controle dos recursos financeiros.
O fluxo de caixa relaciona os ingressos e saídas (desembolsos) de recursos monetários em determinado intervalo
de tempo. A partir da elaboração do fluxo de caixa, identificamos eventuais excedentes ou escassez de caixa,
determinando-se medidas saneadoras a serem tomadas. Por ser um instrumento de planejamento, o fluxo de
caixa está sujeito a uma natural incerteza. E como uma das tarefas mais difíceis, dentro de uma empresa, o
gerenciamento desse sistema de informações deve ser o mais adequado possível, para a realidade da empresa.
Cabe ao gestor financeiro a missão de obter a necessária qualidade para o bom aproveitamento dos dados
financeiros.
O fluxo de caixa é uma ferramenta de aferição e interpretação das variações dos saldos disponíveis da empresa. É
o produto final da integração do "Contas a Receber" com o "Contas a Pagar". Quando se comparam as contas
recebidas e as contas pagas, tem-se o fluxo de caixa realizado. Quando se comparam as contas a receber com as
contas a pagar, tem-se o fluxo de caixa projetado.
- -3
O informa o comportamento do fluxo de entradas e saídas de recursos financeiros emFluxo de Caixa Projetado
determinado período, podendo ser projetado a curto ou a longo prazos. 
• CURTO PRAZO
A curto prazo as principais operações que provocam entradas e saídas de dinheiro já foram realizadas e
a empresa trabalha com relativo grau de certeza dos recebimentos e/ou pagamentos dentro do período.
Identifica os excessos ou a escassez de recursos dentro do período projetado. gerando informações para
uma adequada política financeira.
• LONGO PRAZO
A longo prazo o conhecimento é apenas de projeções das operações de ingressos e/ou desembolsos de
recursos financeiros, ficando o fluxo de caixa exposto a eventos estranhos ao conhecimento primário por
parte da empresa, podendo comprometer as previsões consideradas.
O fluxo de caixa projetado, além de identificar os possíveis excessos ou escassez de recursos, visa também obter
outras informações importantes, tais como:
• Verificar a capacidade de a empresa de gerar os recursos necessários para custear suas operações;
• Determinar o capital em giro no período;
• Determinar o índice de Eficiência Financeira da empresa. (IEF = capital em giro / capital de giro da 
empresa);
• Determinar o grau de dependência de capitais de terceiros da empresa; etc.
O fluxo de caixa evidencia tanto o passado como o futuro. o que permite projetar, dia a dia, a evolução do
disponível, de forma que se possam tomar com a devida antecedência, as medidas cabíveis para enfrentar a
escassez ou o excesso de recursos.
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- -4
1 Limitações do Fluxo de Caixa
Uma delas é a incapacidade de fornecer informações precisas sobre o lucro e sobre os custos dos produtos da
empresa. Isto porque as apurações e demonstrações são realizadas pelo regime de caixa e não pelo regime de
competência. Todavia. pode-se afirmar que o fluxo de caixa é um instrumento de controle e análise financeira
que juntamente com as demais demonstrações contábeis torna-se efetivamente um instrumento de apoio à
tomada de decisões de caráter financeiro.
O mostra como se comportaram as entradas e as saídas de recursos financeiros daFluxo de Caixa Realizado
empresa em determinado período. O estudo cuidadoso do fluxo de caixa realizado. além de propiciar análise de
tendência, serve de base para o planejamento do fluxo projetado.
Outro aspecto que deve ser considerado é a comparabilidade que existe entre os fluxos de caixa realizado e o
projetado. Isto possibilita identificar os motivos das variações ocorridas, se ocorreram por falha de projeções ou
por falhas de gestão. A análise das variações ocorridas no fluxo de caixa permite identificar as causas de
eventuais divergências de valores; funciona como feedback, gerando informações para o processo decisório e
para o planejamento financeiro futuro.
Fluxo de Caixa Realizado por Atividades
O que prevalece é a capacidade informativa dessa demonstração que classifica as atividades em três categorias:
atividades operacionais, atividades de investimentos e atividades de financiamentos.
ATIVIDADES OPERACIONAIS: são aquelas atividades normalmente decorrentes da operação da empresa, tais
como:
• Recebimentos pela venda de produtos e serviços;
• Pagamento de fornecedores;
• Despesas operacionais;
• Salários;
• Encargos sociais; e
• Outros recebimentos e pagamentos não classificados como atividades de investimentos ou de 
financiamentos.
ATIVIDADES OPERACIONAIS: são aquelas atividades normalmente decorrentes da operação da empresa, tais
como:
• Recebimentos pela venda de produtos e serviços;
• Pagamento de fornecedores;
• Despesas operacionais;
• Salários;
• Encargos sociais; e
• Outros recebimentos e pagamentos não classificados como atividades de investimentos ou de 
financiamentos.
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ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS: fazem parte:
• A captação de recursos dos proprietários ou acionistas;
• A devolução dos recursos e os rendimentos desses recursos em forma de dividendos ou não;
• A captação de empréstimos de terceiros, sua amortização e remuneração; e
• A obtenção e amortização de outros recursos classificados no longo prazo.
A demonstração dos fluxos de caixa para um determinado período deve apresentar o fluxo de caixa líquido
oriundo ou aplicado nas atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos e o seu efeito líquido
sobre os saldos de caixa, conciliando seus saldos no início e no final do período. A movimentação dos recursos
financeiros apresentados na demonstração dos fluxos de caixa, não inclui somente os saldos de moedas em caixa
e os depósitos em contas bancárias, considera também os equivalentes de caixa, ou seja, as contas que possuem
as mesmas características de liquidez e de disponibilidade imediata.
2 Abrangência do fluxo de caixa
O fluxo de caixa descreve as mais diversas movimentações financeiras da empresa em determinado período de
tempo. Por não incorporar explicitamente um retorno operacional, seu saldo deve ser o menor possível, o
suficiente para cobrir as várias necessidades associadas aos fluxos de recebimentos e pagamentos. Assim, o fluxo
de caixa não deve ser enfocado como uma preocupação exclusiva da área financeira devendo haver
comprometimento de todos os setores empresariais.
O fluxo de caixa projeta as disponibilidades da empresa, produzindo informações necessárias à propagação de
captação de recursos financeiros, a avaliação do impacto de variações de custos e preços além de outras
decisões. O seu gerenciamento objetiva atribuir maior rapidez às entradas de caixa em relação aos desembolsos
ou, da mesma forma,otimizar a compatibilização entre a posição financeira da empresa e suas obrigações
correntes. Assim, as principais áreas que podem contribuir para melhorar o desempenho do fluxo de caixa,
acelerando os seus ingressos ou retardando os seus desembolsos, inserem-se basicamente nas fases do Ciclo
Operacional.
Saldos mais reduzidos de caixa podem provocar, entre outras consequências, perda de descontos financeiros
vantajosos, pela incapacidade de efetuar compras à vista junto aos fornecedores. Por outro lado, posições de
mais elevada liquidez imediata, ao mesmo tempo em que promovem segurança financeira para a empresa, apura
maior custo de oportunidade. Em essência, este é o dilema risco e rentabilidade presente nas finanças das
empresas.
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O fluxo de caixa permite que se estabeleçam prognósticos com relação a eventuais sobras ou faltas de recursos,
em função do nível de caixa desejado pela empresa e não é uma preocupação exclusiva da área financeira.
Porém, deve haver comprometimento de todos os setores empresariais com os resultados líquidos de caixa, em
que se destacam:
• Ao promover alterações nos prazos de fabricação dos produtos, a área de produção, determina novas 
alterações nas necessidades de caixa. De forma idêntica, os custos de produção têm importantes reflexos 
sobre o caixa;
• A existência de saldos disponíveis de caixa determina as decisões de compras. Ou seja, a sincronização 
dos fluxos de caixa possibilita a avaliação dos prazos concedidos, para pagamento das compras com 
aqueles estabelecidos para recebimento das vendas;
• A colocação de recursos financeiros, face à eficiência e agilidade na cobrança, mais rapidamente à 
disposição da empresa, constituem-se em importante reforço de caixa;
• A recomendação é que toda decisão envolvendo vendas deve ser tomada somente após uma prévia 
avaliação de suas implicações sobre os resultados de caixa (exemplos: prazo de cobrança, despesas com 
publicidade e propaganda, etc), visando o crescimento da atividade comercial e mantendo um controle 
mais próximo sobre os prazos concedidos e hábitos de pagamentos dos clientes, sem pressionar 
negativamente o fluxo de caixa;
• Avaliar o perfil de endividamento, de forma que a área financeira faça com que os desembolsos 
necessários ocorram concomitantemente à geração de caixa da empresa.
Uma boa administração dos fluxos de caixa gera resultados positivos para a empresa, devendo ser focalizada
como um segmento lucrativo para seus negócios, promovendo, entre outros benefícios à empresa, menor
necessidade de financiamento dos investimentos em giro e redução de custos financeiros.
As principais áreas que contribuem para acelerar os ingressos ou retardar os desembolsos do fluxo de caixa
inserem-se nas fases do ciclo operacional. A extensão do ciclo operacional é o fator determinante das
necessidades de recursos do ativo circulante; ele é administrado através de:
• Alongamento dos prazos de pagamento nas negociações com fornecedores e outros credores;
• Reduzir o volume de clientes em atraso e inadimplentes, de maneira mais eficiente, sem prejuízo de 
vendas futuras;
• Redução dos estoques e incrementar seu giro;
• Redução dos prazos de recebimentos das vendas através de concessão de descontos financeiros.
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Com base em sua facilidade de pagamento e rapidez de emissão e entrega das faturas/duplicatas aos clientes, os
sistemas de cobrança devem ser avaliados, pois, a agilidade do sistema revela-se indispensável no caso de
clientes que pagam somente em determinados (s) dia (s) do mês, ou que apresentam um processo lento de
pagamento.
O fluxo de caixa é um processo pelo qual urna empresa gera e aplica seus recursos de caixa determinados pelas
várias atividades desenvolvidas. Focaliza a empresa como um todo, tratando das mais diversas entradas e saídas
(movimentações financeiras) de caixa refletida por seus negócios.
3 Metodologias de apuração e análise do fluxo de caixa
Ao optar por algum mecanismo de financiamento, as empresas devem preparar relatórios que permitam a
avaliação de sua saúde financeira.
3.1 Avaliação baseada em fluxo de caixa descontado
O método de avaliação baseado no fluxo de caixa descontado é aquele que tem como base o cálculo do valor de
uma empresa determinado pelos fluxos de caixa gerados por um período pré-determinado. Sob esses fluxos é
aplicada uma taxa de desconto, que geralmente incorpora o risco condizente ao investimento realizado.
VP = Valor Presente esperado
Fn = Fluxo de Caixa do período
d = Taxa de desconto aplicada
n = número de períodos
A taxa de desconto pode provocar uma grande diferença no resultado obtido, pois pode incorporara taxa de
retorno esperado pelos investidores e seu respectivo custo de oportunidade, bem como a taxa de inflação
prevista.
- -8
O período de avaliação deve considerar o objetivo da avaliação, ou seja, se a empresa avaliada promoverá o
encerramento de uma empresa, se apresenta um crescimento crescente ou decrescente ou mesmo se o
investimento tem um prazo definido. Este último aspecto é muito comum em operações de investimento
executadas por capitalistas de risco que por lei tem um prazo máximo de permanência no negócio.
A perpetuidade provê uma simplificação dos cálculos para empresas que apresentam operações em marcha, ou
seja, continuidade dos negócios. Desta forma, o valor residual de um negócio pode ser calculado para um fluxo
infinito de períodos (n) com a aplicação de uma taxa constante de crescimento (g).
Onde:
VR = Valor Residual
g = taxa de crescimento
Inúmeros autores enfatizam que os métodos baseados no desconto de fluxo de caixa são os que melhor revelam
a capacidade de geração de riqueza de uma empresa. Apesar de ser um método amplamente aceito por
consultores e citado nos estudos recentes, cabe neste ponto uma ressalva quanto ao valor obtido pelas partes.
Neste ponto controverso, o valor obtido não é expresso no cálculo do método, por exemplo, o fluxo de caixa não
incorpora o valor sentimental que um proprietário possui por sua primeira fábrica. Embora, estes pontos
subjetivos estejam presentes na avaliação do empreendimento, tais controvérsias podem ser ajustadas durante a
negociação entre as partes.
3.2 Método do fluxo de caixa livre
O fluxo de caixa livre utiliza o fluxo de caixa operacional, ou seja, o fluxo proveniente das operações da empresa
após os impostos sem considerar a estrutura de financiamento da empresa (empréstimos). É o total de dinheiro
disponível na empresa após considerar os investimentos (ativos permanentes) e necessidades de capital de giro,
assumindo que não existe pagamento de juros (despesas financeiras). Deve ser adicionando também as despesas
que não geram saídas de caixa, por exemplo, a depreciação e a amortização.
Conforme Copeland (1990) o fluxo de caixa livre pode ser calculado da seguinte forma:
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O fluxo de caixa livre de uma empresa deve ser igual ao seu fluxo de caixa de financiamento. Ou seja, o total de
dinheiro gerado pelas operações da empresa (mais fluxo de caixa não-operacional, se existir) precisa ser igual ao
pagamento líquido para todos os credores e acionistas da empresa. Caso o fluxo de caixa livre seja negativo, ele
precisa ser igual aos investimentos (descontados impostos) providos pelos credores e acionistas.
3.3 Método do custo médio ponderado de capital
De um modo geral, os investidores e acionistas possuem um raciocínio básico em seus investimentos: aplicar um
montante de dinheiro em um empreendimento que o remunere em um montante superior à alternativa. Esta
decisão envolve uma avaliação entre o risco desejado e o retorno esperado para este investimento, de modo, que
o investidor obtenha um resultado favorável entre as alternativas. O custo de oportunidade objetiva traduzir em
um percentual o risco e o retorno esperado por um investidor.
O custo médio ponderado do capital (CMePC) pode ser definido como a taxa de desconto ou o valor do dinheiroaplicado durante um período de tempo, o qual utiliza-se para encontrar o valor presente de um investimento
baseado em fluxos de caixa futuros esperados.
Em uma avaliação, o CMePC deve ser coerente com todo o processo de avaliação desempenhado e em particular
para a abordagem do método de fluxo de caixa livre (COPELAND, 1990).
Deve:
Compreender a média ponderada dos custos de todas as fontes de capital -empréstimos, patrimônio e outros; Ser
calculado após os impostos; Usar taxas nominais de retorno a partir das taxas reais e inflação esperada; Ajustar o
risco sistemático apresentado por cada provedor de capital; Aplicar os pesos de valor de mercado de cada
elemento de financiamento; Estar sujeito a alterações entre períodos de previsão de fluxo de caixa devido à
inflação esperada, risco sistemático e estrutura de capital.
A fórmula geral para cálculo do CMePC é:
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Onde:
B = Total financiamento de terceiros
S = Total Financiamento próprio
rB = Custo capital de terceiros
Tc = Taxa de Impostos recuperáveis sobre capital de terceiros
rS = Custo capital próprio
4 Fluxo do capital circulante líquido
O capital circulante líquido (CCL) cobre o descompasso entre os fluxos de pagamentos e recebimentos, e quanto
maior for o CCL menor será o risco de insolvência da empresa. Não podemos dizer que se o CCL for alto, a
liquidez é boa, pois se este for constituído, por exemplo, por estoques velhos e de difícil venda, a boa liquidez
será ilusória. Por outro lado, um CCL baixo nem sempre representa uma situação difícil, pois um supermercado,
por exemplo, compra bastante a prazo, mas consegue girar seus estoques rapidamente, à vista, fazendo
aplicações com este dinheiro no período que resta até o pagamento do fornecedor.
O Capital de Giro corresponde ao ativo circulante de uma empresa, ou seja, o ativo circulante são os recursos que
irão financiar o ciclo operacional que vai desde a compra das matérias-primas até a venda e o recebimento desta.
O capital circulante líquido pode ser obtido através da seguinte equação:
O prazo compreendido entre o intervalo de tempo da compra das mercadorias e o recebimento da venda é
conhecido como ciclo operacional, ou seja, esse período a empresa investe em suas operações com o
financiamento por parte dos fornecedores. lá o prazo existente entre os pagamentos dos fornecedores e o
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recebimento da vendas é conhecido como ciclo financeiro que, muitas vezes é financiado com o próprio dinheiro
da empresa ou pela busca de recursos de terceiros. Esse fluxo financeiro muitas vezes pode ser reduzido por
políticas internas que afetem a administração do capital de giro.
Existem políticas de gerenciamento do capital circulante que ajudam na sua administração para que os recursos
sejam distribuídos conforme sua necessidade.
Políticas adotadas para o gerenciamento do capital de giro:
• Volume de investimentos necessários no total do capital circulante: as políticas referentes aos 
investimentos devem ser rígidas para que a empresa busque o melhor resultado com os menores 
recursos possíveis;
• Distribuição dos investimentos ao nível de caixa, valores a receber e estoques: o administrador 
financeiro deverá levar em consideração o ramo de atividade para definir como será distribuído o capital 
entre os ativos circulantes;
• Como serão financiados os investimentos: o volume de investimentos pode estar limitado à utilização 
de recursos próprios ou de terceiros. conforme a possibilidade de captação.
5 Demonstração de origens e aplicações de recursos 
(DOAR) ou fluxo de capital circulante
Propicia o entendimento da classificação da estrutura patrimonial em duas classes: A dos Circulantes (Ativos
Circulantes (AC) e Passivos Circulantes (PC)) e dos NãoCirculantes (Ativos Não — Circulantes (ANC) ou Passivos
Não — Circulantes (PNC)).
Com o propósito de facilitar o entendimento sobre a liquidez da empresa na condição de capacidade de saldar
compromissos ou as ditas exigibilidades de curto prazo, busca-se a conceituação de Capital Circulante ou Capital
de Giro que para alguns autores refere-se ao somatório do Ativo Circulante; enquanto para outros, refere-se à
diferença entre Ativo Circulante e Passivo Circulante.
Um aumento no CCL corresponde a origens de recursos enquanto que uma redução no CCL corresponde à
aplicação de recursos. Observe nas equações apresentadas, a situação que se refere à origem e a situação que se
refere à aplicação de recurso. Este entendimento estabelece que o objetivo da DOAR, consiste em especificar as
alterações ocorridas, e principais causas, na posição do CCL entre dois ou mais exercícios consecutivos.
Extremamente útil para facilitar a análise das modificações na posição financeira da empresa. As
origens, ou fontes de recursos devem ser agrupadas em três categorias:
•
•
•
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a. Lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão, e ajustado pela variação nos resultados
dos exercícios futuros;
b. Realização do Capital Social e contribuição para Reservas de Capital;
c. Recursos de terceiros, originários do aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo, da Redução do Ativo
Realizável a Longo Prazo e da alienação de investimentos e direitos do Ativo Imobilizado.
As aplicações ou utilização dos recursos devem ser agrupadas de acordo com os seguintes critérios:
a. Dividendos distribuídos;
b. Aquisição de direitos do Ativo Imobilizado;
c. Aumento do ativo Realizável a Longo Prazo, dos Investimentos e do Ativo Diferido;
d. Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo.
O aumento ou a redução do CCL é demonstrado como consequência, respectivamente, do excesso ou
insuficiência das origens de recursos em relação às aplicações.
Além disso, os diversos saldos, no início e fim do exercício, do Ativo e Passivo Circulantes, assim como o
montante do CCL, e sua variação durante o exercício, devem compor também este demonstrativo.
Exemplo de fixação deste entendimento mediante a apresentação do Balanço Patrimonial e Demonstração do
Resultado do Exercício, através da sistematização de três métodos sucessivos:
• Verificação direta;
• Verificação indireta através dos itens não circulantes; e
• Através da Demonstração de Resultados do Exercício
•
•
•
- -13
5.1 Verificação direta
Observa-se a variação no CCL de 2.000 em função do aumento de 3.000 no AC e aumento de 1.000 no PC,
considerando-se que CCI = AC — PC
- -14
5.2 Verificação indireta através dos itens não circulantes
Este método também se reporta aos dois balanços sucessivos (97 e 98), e consiste em supor que as causas das
variações do CCL residem exclusivamente nas variações dos itens não circulantes, de acordo com as seguintes
proposições:
a. O aumento do CCL é proveniente de:
1 - Diminuições no Ativo Não Circulante e aumento no Ativo Circulante. Ex. venda de imóvel com recebimento
em curto prazo;
2 - Aumentos no Passivo Não Circulante e aumento no Ativo Circulante. Ex. subscrição e integralização de capital;
b. A diminuição do CCL é proveniente de:
1 - Aumentos no Ativo Não Circulante pela diminuição no Ativo Circulante. Ou acréscimo no PC. Ex. Aquisição de
um equipamento. A parcela à vista diminui o AC e a parcela em curto prazo aumenta o PC.
2 - Diminuições no Passivo Não Circulante tendo como contra-partida redução no AC. Ex. Pagamento de contas
em longo prazo.
Enfatiza-se que o aumento do CCL na condição de aplicação de recursos, se caso contrário fosse, seria
evidenciado uma origem de recursos.
5.3 Através da Demonstração de Resultados do Exercício
Configura-se efetivamente no DOAR, na forma como pode ser mais bem interpretado com o auxílio dos métodos
anteriores (verificações diretas e indiretas).
- -15
Apresenta inicialmente as origens de recursos provenientes das operações, nas quais são indicados o Resultado
Líquido após o Imposto de Renda e a Depreciação. Em um paralelo ao método anterior (verificação indireta),
deve-se observar que as origens provenientes das operações destinam-se parao aumento dos Lucros
Acumulados, no momento em que não se observe a distribuição de dividendos. A parcela de Depreciação por sua
vez, corresponde à redução do valor contábil do ativo permanente, sempre que não se observem novos
investimentos neste grupo, durante o período.
Os demais itens seguem o método da verificação indireta em sua abrangência. O aumento da dívida em longo
prazo e a redução do investimento em Terrenos configura-se como origens, enquanto a aquisição de novos
equipamentos (ativo permanente) e distribuição de dividendos configura-se como aplicações. Por último, cabe
salientar que as inversões em Instalações se fizeram na ordem de 5.000, embora seu valor contábil líquido só
tenha aumentado em 3.000, em função do valor pré-existente.
A depreciação apesar de configurar na DOAR como origem de CCL, não que dizer que aumente o CCL, pois este é
gerado por receitas. A depreciação constitui-se uma despesa sem gerar desembolso, pois se trata do ajuste da
potencialidade do imobilizado gerar benefícios futuros. Daí estar destacada para ajustar o Aumento do CCL;
Contudo, o lançamento contábil da depreciação beneficia a empresa de uma redução no Imposto de Renda, de
forma que pode ser reconhecida urna origem correspondente ao valor t x d, sendo t a alíquota do Imposto de
Renda e d o montante da depreciação no período;
- -16
Por analogia, devem ser tratadas todas as contas que apresentem similaridade à depreciação, tais como:
resultado da atualização monetária, a amortização, a exaustão;
No momento em que a empresa pretenda realizar aplicações de recursos relevantes, p. ex. expandir a sua
capacidade física instalada, deve procurar obter recursos através das seguintes iniciativas:
a. Obter empréstimos em longo prazo, com período de carência para amortização do principal, observando
sempre a relação: juro x risco x retorno;
b. Subscrever e integralizar ações (aumento do capital social), devendo se precaver sobre controle acionário e
poder de deliberação;
c. Gerar fundos de operações procurar incrementar lucros suspensos com limitações na distribuição de
dividendos;
d. Redução no nível de Capital Circulante; e. Liquidação de parte do Ativo que apresente baixa potencialidade de
gerar benefícios futuros.
Caso a empresa possua excedentes de Capital Circulante e deseja aplicá-los de forma mais segura,
deverá:
a. Expandir suas atividades mediante investimentos em sua atividade operacional não circulantes;
b. Saldar (com redução de juros e encargos) as dívidas de longo prazo;
c. Distribuir dividendos;
d. Financiar atividades de criação e produção de capital intelectual;
Sobre a importância do DOAR, podem se destacar os seguintes pontos:
a. Auxilia na avaliação das formas de financiamentos e aquisição de Ativo Imobilizado ou outras inversões a
longo prazo;
b. Auxilia no planejamento do resgate de dívidas de longo prazo;
c. Auxilia no planejamento de políticas de distribuição de dividendos;
d. Evidencia o montante de recursos disponível para investimentos;
Por último as técnicas de análise de CCL, na forma como permeiam o DOAR, podem consubstanciar a elaboração
do planejamento orçamentário, ou seja, na antecipação dos resultados a serem obtidos, em função das
estratégicas trabalhadas, compatibilizando origens e aplicações de recursos.
a. Expandir suas atividades mediante investimentos em sua atividade operacional não circulantes;
b. Saldar (com redução de juros e encargos) as dívidas de longo prazo;
c. Distribuir dividendos;
d. Financiar atividades de criação e produção de capital intelectual;
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Além do DOAR, existe o Fluxo de Caixa ou Demonstrativo de Fontes e usos de Caixa, de grande valia para o
planejamento em curto prazo.
6 Fluxo de caixa operacional
O balanço patrimonial determina que o ativo de uma empresa iguala o valor do passivo mais o valor do
patrimônio líquido. Da mesma forma, o fluxo de caixa da empresa gerado pelo uso dos ativos deve ser igual à
soma do fluxo de caixa pago aos credores e o fluxo de caixa pago aos acionistas. O Fluxo de caixa dos ativos tem
três componentes: fluxo de caixa operacional, despesas de capital, e variações no capital de giro líquido.
Fluxo de caixa operacional é o fluxo de caixa resultante das operações diárias de uma empresa e é igual à
receita menos os custos, excluindo depreciação e juros.
Assaf Neto e Silva (2002) descrevem o fluxo de caixa operacional (FCO) como sendo os resultados financeiros
(no sentido estrito de caixa) produzidos pelos ativos identificados diretamente com a atividade da empresa. Em
outras palavras, o FCO representa uma medida dos recursos financeiros gerados pelas atividades estritamente
operacionais e disponíveis em termos de caixa.
O cálculo do fluxo de caixa operacional pode ser efetuado da seguinte forma:
O ECO pode ser calculado de duas formas: a partir da receita bruta ou tomando como ponto de partida o lucro
operacional. Ambas as formas utilizam-se dos dados da Demonstração de Resultado do Exercício (DRE).
- -18
O ECO é apurado adicionando-se de volta a depreciação, amortização e exaustão, o que corresponde ao EBITDA
deduzido dos impostos sobre o lucro das operações.
O fluxo de caixa das atividades operacionais evidencia que, sem recursos externos, é suficiente para pagar a
dívida, pagar dividendos e investir. Ele representa o aumento líquido de redução de caixa das operações. Existem
dois métodos para se preparar: o método direto e indireto.
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O , conhecido abordagem das contas "T", consiste em classificar os recebimentos e pagamentosMétodo Direto
de uma empresa utilizando as partidas dobradas, permitindo gerar informações com base em critérios técnicos,
eliminando interferências da legislação fiscal. Por este método, a DFC evidencia todos os pagamentos e
recebimentos decorrentes das atividades operacionais da empresa, devendo apresentar os componentes do
fluxo por seus valores brutos ao menos para os itens significativos de recebimentos e pagamentos. Neste método
começa-se a explicação do caixa gerado pelas operações da empresa pelo recebimento das vendas.
Os fluxos de caixa costumam apresentar-se sob diferentes formas: restritos, operacionais e residuais, podendo
ainda relacionar o conjunto das atividades financeiras da empresa dentro de um sentido amplo, decorrente das
operações.
Limitações de caixa não são características exclusivas de empresas que convivem com prejuízo. Empresas
lucrativas também apresentam problemas de caixa como consequência do comportamento de seu ciclo
operacional. Por outro lado, problemas de caixa costumam ocorrer, ainda, em lançamentos de novos produtos,
fases de expansão da atividade, modernização produtiva, etc.
O é aquele no qual os recursos provenientes das atividades operacionais são demonstrados aMétodo Indireto
partir do lucro líquido ajustado pelos itens considerados nas contas de resultado (tais como depreciação,
amortização e exaustão), que não afetam o caixa da empresa.
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O Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações destaca que o método indireto, principalmente pela sua
parte inicial (lucro líquido ajustado), é semelhante ao DOAR (Demonstração das Origens e Aplicação de
Recursos).
Na apresentação pelo método indireto a empresa poderá optar por determinar indiretamente os valores que
compõem o fluxo de caixa líquido de suas atividades operacionais pela conciliação do lucro líquido com o fluxo
de caixa líquido proveniente das atividades operacionais.
Para conciliar o lucro líquido com o fluxo de caixa líquido, se faz necessário alguns ajustes para eliminar do lucro
líquido o efeito de todos os valores diferidos decorrentes de operações de recebimentos e pagamentos, bem
como os efeitos de todos os itens classificados no fluxo de caixa como investimentos ou financiamentos, tais
como: depreciação, amortização de fundo de comércio, ganhos ou perdas com vendas do ativo imobilizado e
outras operações descontínuas.
Como está demonstrado, pelo modelo proposto, teríamosapenas a segregação da atividade operacional, sem
identificação das demais atividades.
Segundo o Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, pelo fato de existir a alegação de que o objetivo da
DFC é facilitar o entendimento do usuário comparativamente a DOAR, não existe muito sentido na adoção do
método indireto já que o mesmo assemelha-se a esta demonstração.
O método indireto é denominado de método simplificado ou conceito amplo de fluxo de caixa.
7 Método Direto x Método Indireto
Na comparação entre os dois métodos, é importante irmos além dos aspectos técnicos e consideramos a
realidade em que vivemos, principalmente a realidade brasileira.
• Método Direto - Vantagens
1. Cria condições favoráveis para que a classificação dos recebimentos e pagamentos siga critérios técnicos e não
fiscais.
2. Permite que a cultura de administrar pelo caixa seja introduzida mais rapidamente nas empresas.
3. As informações de caixa podem estar disponíveis diariamente.
• Método Direto - Desvantagens
1. O custo adicional para classificar os recebimentos e pagamentos.
2. A falta de experiência dos profissionais da área financeira em usar as partidas dobradas para classificar os
recebimentos e pagamentos.
Quando falamos em informações para administrar os negócios, pelo menos duas condições devem estar
presentes:
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• Essas informações devem representar 100% das atividades da empresa; e
• As informações devem ser geradas por critérios técnicos e não por critérios fiscais, que visam pagar menos
tributos.
Para a realidade da maioria das empresas brasileiras, o método direto traz mais benefícios, principalmente para
a redução dos custos financeiros.
A escolha por um dos dois métodos deve ser analisada considerando a realidade de cada empresa. Há segmentos,
o da construção civil, por exemplo, em que as vantagens do método direto são ainda maiores, porque os números
de competência têm pouco significado para essa atividade.
• Método Indireto - Vantagens
1. Representa baixo custo. Basta utilizar dois balanços patrimoniais (o do início e o do final do período), a
demonstração de resultados e algumas informações adicionais obtidas na contabilidade.
2. Concilia lucro contábil com fluxo de caixa operacional líquido, mostrando como se compõe a diferença.
• Método Indireto - Desvantagens
1. O tempo necessário para gerar as informações pelo regime de competência e só depois convertê-las para
regime de caixa. Se isso for feito uma vez por ano, por exemplo, podemos ter surpresas desagradáveis e
tardiamente.
2. Se há interferência da legislação fiscal na contabilidade oficial, e geralmente há, o método indireto irá eliminar
somente parte dessas distorções.
O que vem na próxima aula
• Ativos e Passivos Operacionais.
• Necessidade de investimentos em capital de giro;
• Volatilidade e Financiamento do Investimento Necessário.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Identificou a importância do Fluxo de Caixa para o processo de administração do Capital de Giro;
• Conheceu as metodologias de apuração e Análise do Fluxo de Caixa;
• Analisou o quanto e como o Fluxo do Capital Circulante Líquido e o Fluxo de Caixa Operacional são 
importantes para estrutura de gestão de empresa.
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