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1 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM PROPAGANDA E PUBLICIDADE Gabriel Wallace De Santana Peclat RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NA PUBLICIDADE RIO DE JANEIRO, RJ. 2021 2 INTRODUÇÃO A sustentabilidade se destaca atualmente, como um dos valores fundamentais da sociedade, exigindo das empresas, dos governos e dos cidadãos uma mudança drástica de atitude e como se relacionar no mundo onde vivemos, tendo em vista as ameaças recorrentes da ação humana à degradação do meio ambiente e da qualidade de vida. No âmbito empresarial podemos ver muitas empresas adotando uma conduta sustentável e uma responsabilidade social em suas campanhas de comunicação, através de propaganda ou outras ferramentas midiáticas. Em contrapartida, ambientalistas configuram essas propagandas como greenwashing, que em tradução livre significa “maquiagem verde” ou “pintando de verde”, conceito que se refere às práticas de promover discursos, anúncios, propagandas e campanhas publicitárias com características ecologicamente/ambientalmente responsáveis e “eco-friendly”, porém apenas mascarando sua real conduta em função de enganar o consumidor com mentiras ou meias verdades. Compreendendo essa atitude tomada por inúmeras empresas, que despertam um lado menos ético às atividades de marketing organizacional, nos ajuda a entender o “outro lado da moeda”, já que é atualmente podemos perceber cada vez mais assuntos ambientais crescendo em importância para a comunidade de negócios em termos de responsabilidade social, do consumidor, desenvolvimento de produtos, comunicações corporativas e estratégias publicitarias. Naturalmente, não se pode afirmar que todas as empresas, setores e consumidores/compradores já se encontram conscientizados da importância da necessidade da responsabilidade ambiental e gerenciamento responsável dos recursos naturais. Mas é inegável afirmar que a empresa que não buscarem alinharem suas estratégias publicitarias ambientais com um real posicionamento mediante o conceito de desenvolvimento sustentável está fadada a perder competitividade em curto ou médio prazo. 3 MARKETING AMBIENTAL Os impactos ambientais negativos causados pelo homem têm sido percebidos e propagados em diferentes níveis, colocando atualmente a ecologia no topo da agenda social, algo que por si, justificaria uma racionalização sobre a propaganda e seu papel na sociedade atual. Neste sentido, estamos vendo surgir novas formas de administrar os recursos disponíveis, uma dessas gestões é conhecida como marketing verde que possui o intuito de gerar produtos e serviços mais sustentáveis, fortalecendo a imagem das empresas e diferenciando suas marcas no mercado. De acordo com Dahlstrom (2011), o gerenciamento de marketing verde é um processo de planejamento e execução do composto de marketing. “Embora os componentes do composto de marketing sejam frequentemente apresentados isoladamente, as decisões de marketing devem fluir a partir de objetivos organizacionais, e trabalhar em conjunto para produzir os resultados desejados para a empresa” (Dahlstrom, 2011, p. 222). Para as empresas focadas na produção sustentável, isso implicará no desenvolvimento de produtos ainda mais atraentes, onde, ao mesmo tempo em que satisfaçam a relação cliente e consumidor, ainda sejam socioambientalmente responsáveis. Porém, para as empresas conseguirem alcançar esse status é preciso muito estudo e pesquisa, pois não é tão simples adotar o Programa de Marketing Ambiental. A sua adoção deve ter como fundamento a seriedade, pois isso representa uma melhora na posição competitiva para as empresas. As empresas que adotam o Programa de Marketing Ambiental se colocam numa posição na qual passam a ser mais socialmente responsáveis quanto às expectativas da sociedade, através de serviços e produtos com menos impactos ambientais e caso ocorram falhas no comportamento ambientalmente responsável dessa empresa, a reconstrução de sua imagem será muito demorada e complicada, uma vez que vai passar a ser vista como uma empresa cujas práticas não estão associadas a uma visão comprometida com a melhora da qualidade do ambiente em que vivemos, o que faz muitas empresas hesitarem quanto a esse programa. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A preocupação com o meio ambiente tem apresentado uma dinâmica diferenciada nas organizações e na sociedade, de forma geral, já que o mercado e os consumidores cada vez mais não aceitam o descaso no tratamento dos recursos naturais. O que interessa para amenizar esses problemas que atualmente enfrentamos são organizações transparentes que possuam uma postura ética mediante o meio ambiente, o que felizmente podemos ver acontecer com ainda mais frequência, já que as empresas procuram crescer e se desenvolver se preocupam, com a sua nova geração de ‘clientes verdes’, que são ambientalmente conscientes, seu público-alvo que tende a crescer nos anos vindouros. E através desse ímpeto dessas empresas em crescer enquanto contém uma postura ambiental podemos perceber alguns dos benefícios de se adotar o marketing verde, que promove uma vantagem competitiva enquanto favorece também a sociedade na sua cultura, educação e prolonga a vida útil dos recursos naturais para as futuras gerações 5 REFERÊNCIAS BAISCH, L. B. Marketing verde e o consumo consciente: Um Estudo Sobre o Apelo Ecológico de Dois Produtos. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do rio de Janeiro, 2008. AMBIENTE BRASIL. Ambiente gestão. Disponível em: http://ambientes.ambientebrasil. com. br/ gestao/artigos/marketing_ambiental.html. Acesso em: 28 mai. 2015. DIAS, R. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2009. ROSSI, J. G. et al. Marketing verde: O Diferencial Competitivo Adotado Pelas Organizações. 2009. Disponível em http://www.ead.fea.usp.br/semead/12semead/resultado/ trabalhosPDF/702.pdf. Acesso em: 20 mai. 2013. XAVIER, R. N.; CHICONATTO, Patrícia. O Rumo do Marketing Verde nas Organizações: Conceito, Oportunidades e Limitações. Revista Capital Científico – Eletrônica, Jan/Mar. v. 12, n. 1, 2014. JACOBI, P. Meio Ambiente Urbano e Sustentabilidade: Alguns Elementos para a Reflexão. In: Cavalcanti, C. (ORG). Meio Ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas. São Paulo: Cortez, 19991. Marketing Ambiental. Comunicação Ambiental. Disponível em: < http://www.comunicacaoambiental.com.br/marketing.asp>. Acesso em 31/06/2008.
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