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Antidepressivos e Transtornos de Ansiedade e Humor

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Antidepressivos 1
Antidepressivos 
Ansiedade 
Ansiedade x Medo 
Mecanismos de defesa com função fisiológica/adaptativa. 
ANSIEDADE:
Caráter antecipatório
Risco potencial
Gatilhos internos (individual)
MEDO:
Ameaça iminente
Risco real
Gatilhos externos
Torna-se patológico quando interfere diretamente na produtividade e rotina. 
Manifestações da ansiedade 
SINTOMAS SOMÁTICOS (AUTONÔMICOS) → taquicardia, tremores, sudorese, distúrbios TGI, agitação, insônia 
(simpático se sobressai, mas parassimpático também age)
PREJUÍZO COTIDIANO → diminuição da concentração, diminuição da atenção, fadiga/exaustão
Transtornos de ansiedade 
 Componentes majoritários de medo ou ansiedade.
Mais relacionados com ansiedade → ansiedade generalizada, ansiedade/fobia social, TOC (transtorno obsessivo 
compulsivo), fobia simples
Mais relacionados com medo → pânico, estresse pós-traumático (único com causa bem definida)
Bases neuroquímicas 
Desbalanço em vias ansiolíticas/ansiogênicas do SNC. 
Estresse e ansiedade crônicas como origem da depressão.
Antidepressivos 2
Noradrenalina (NA)
Monoamina. Catecolamina.
TIROSINA → L-DOPA → DOPAMINA → NA
Pode atuar em autorreceptores (receptores alfa2-
adrenérgicos; inibitórios; inibem a liberação da própria 
NA) e captadores de NA, via transportador NET 
(degradação por MAO ou nova liberação)
Serotonina (5HT)
Monoamina.
TRIPTOFANO → 5-HIDROXITRIPTOFANO (5HT)
Pode atuar em autorreceptores (receptor 5HT-1B; inibitório) 
e recaptadores de 5HT, via transportador SERT 
(degradação pela MAO ou nova liberação).
obs.: transportador de 5HT = SERT
Há diversos receptores de 5HT, com subtipos, locais de atuação e mecanismos diferentes = efeitos desejáveis e 
indesejáveis.
5HT-1A → agressão, impulsividade, sociabilidade, ansiedade, humor, sono, comportamento sexual, ereção, náusea, 
êmese (autoceptor = controlam a liberação da própria 5HT)
5HT-1B → agressão, ansiedade, humor, comportamento sexual, ereção (autoceptor)
Antidepressivos 3
5HT-1D → ansiedade (autoceptor)
5HT-2A → ansiedade, humor, sono, imaginação, percepção, comportamento sexual
5HT-2B → sono, apetite, funcionalidade do TGI
5HT-2C → ansiedade, humor, sono, comportamento sexual, ereção, apetite, motilidade TGI (heteroceptor NA/DA = 
reduz a liberação de outros neurotransmissores)
5HT-3 → ansiedade, náusea, êmese, motilidade TGI
5HT-4 → ansiedade, humor, apetite, motilidade TGI
5HT-5A → sono (autoceptor)
5HT-6 → ansiedade, humor
5HT-7 → ansiedade, humor, sono (autoceptor)
Por conta de estar em diversos locais e exercer/alterar diversas funções, sua modulação SEMPRE terá efeitos colaterais.
Transtornos de humor 
Incluem transtornos depressivos e transtorno bipolar.
SINTOMAS - DEPRESSÃO/FASE DEPRESSIVA:
Humor deprimido, anedonia, negatividade
Sentimento de culpa e desvalia
Diminuição da atenção, memória e concentração
Fadiga, perda da energia/vigor ou libido
Alteração de peso/apetitie e sono
Pensamentos de morte (medo da morte/ideação suicida)
❗ DEPRESSÃO ≠ HUMOR DEPRIMIDO
Antidepressivos 4
Depressão 
Incidência maior em mulheres 2:1.
Fatores genéticos (depressão endógena - histórico familiar) e/ou ambientais (depressão reativa)
Pode ser secundária (drogas, condições médicas)
Chance de novos episódios aumentam a cada episódio.
Normalmente, há flutuações do humor. Em casos de depressão, quanto mais severa, maior a depressão do humor, porém o 
tratamento correto traz a melhora a níveis normais (alguma melhora = a partir de 3-4 semanas; níveis normais = a partir 12 
semanas).
Tratamento prolongado reduz as recaídas (relapsos) e a ocorrência de novos episódios (recorrência). 
obs.: relapsos podem ocorrer com o tratamento adequado, mas com menos chances.
Estressores múltiplos pode causar depressão. Estes variam de acordo com a condição social, personalidade, estágio da 
vida, experiências prévias e interpretação pessoal. Inicialmente, tem-se uma tristeza normal, que pode se agravar e gerar 
complicações médicas, com transtornos depressivos e de ansiedade.
Bases neuroanatômicas 
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS E FUNCIONAIS:
Atrofia hipocampal e cortical (diminuição de neurônios/glia - número e arborização)
Aumento do volume ventricular (ventrículo lateral e 3 ventrículo)
Amígdala hiperativa + hipoativação global
Não se sabe se é predisposição ou consequência. TEORIA → consequência.
Bases neuroendócrinas 
Desbalanço do eixo HPA (hipotálamo-pituitária-adrenal) por estresse crônico.
Flutuações de humor normais, em depressão e em tratamento de depressão
Antidepressivos 5
Aumento de CRH e ACTH = aumento de cortisol (neurotoxicidade) 
obs.: cortisol não é biomarcador; surge em qualquer momento de estresse
Atrofia córtex pré-frontal e hipocampo (diminuição do feedback)
Perda do controle inibitório HPA (diminuição da supressão)
Normalmente, a amígdala ativa o eixo HPA (produção de CRH e ACTH e liberação de cortisol = resposta de defesa; 
autorregulação do eixo HPA). Em contraponto, o hipocampo e o córtex pré-frontal inibe o eixo HPA.
Na depressão, há hipoatividade do hipocampo e do córtex pré-frontal e hiperativação da amígdala, o que gera ativação 
exagerada e constante do eixo HPA e, logo, produção excessiva de cortisol. Com esse excesso, os receptores se 
dessensibilizam ao cortisol e perde-se o feedback negativo, além de poder causar morte de neurônios do hipocampo e 
córtex pré-frontal. Isto é, há perda do controle inibitório. 
Hipoativação de hipocampo e córtex pré-frontal, hiperativação da amígdala e altos níveis de cortisol são detectados em exames 
laboratoriais e de imagem.
Bases neurofisiológicas e sinápticas 
1. TEORIA MONOAMINÉRGICA → diminuição da [monoaminas] sinápticas (5HT, NA e DA) em pacientes deprimidos
Normalmente, há liberação de monoaminas e ativação de receptores pós e pré-sinápticos, que regulam a própria 
liberação desses compostos. 5HT1A tem alta afinidade normalmente.
Na depressão, com a diminuição da liberação de 5HT, o que for liberado, ligar-se-á ao receptor pré-sináptico 5HT1A, o 
qual inibe ainda mais a liberação de 5HT = depressão.
obs.: a diminuição da produção de 5HT pode ocorrer por atrofia de estruturas cerebrais produtoras de monoaminas.
Com o tratamento, a liberação de 5HT normaliza-se em horas, porém é somente com tratamento a longo prazo que há 
melhora. Logo, a diminuição da [5HT] não é a única causa.
2. SUPRARREGULAÇÃO DE RECEPTORES MONOAMINÉRGICOS (desbalanço) → após períodos longos de hipoativação 
monoaminérgica
Antidepressivos 6
Normalmente, há liberação de monoaminas e ativação de receptores pós e pré-sinápticos, que regulam a própria 
liberação desses compostos. 
Na depressão, com diminuição da [5HT], há menor ativação de receptores e, logo, hiperssensibilização de receptores, 
com aumento em sua expressão.
Tal teoria condiz com a piora aguda e latência de efeito.
A curto prazo, os antidepressivos aumentam a quantidade de monoaminas na sinapse. Por conta do longo período de 
hipoativação monoaminérgicas, há hiperssensibilização de receptores, o que, com o uso de antidepressivos, há 
hiperssensibilidade aguda. Então, no início do uso de antidepressivos, haverá piora aguda de sintomas, porque há 
hiperativação monoaminérgica em diversas regiões do cérebro anormalmente = piora da ansiedade, do sono, efeitos 
TGI (diarreia ou constipação; alteração na fome) - serotonina atua de forma global, de maneira inibitória e excitatória; 
o aumento é geral e, logo, há sintomas inibitórios e excitatórios, gerando sintomas "paradoxais" (máximo = 1 
semana).
A longo prazo, há dessensibilização e neuroadaptação, com retorno dos níveis normais de receptores = efeito 
antidepressivo.
O principal objetivo do tratamento é aumentar a 5HT por tempo suficiente a rebalancear os receptores. 
Deve-se avisar o pacientes sobre os sintomas paradoxais iniciais (até 1 semana; quanto pior o paciente ficar, mais 
será a melhora) e pode-se receitar um bzd por 1 ou 2 semanas (uso curto, sempre) ou para momentos de crise. 
Pode-se também receitarmenor quantidade de antidepressivos e depois aumentar.
!!!!!!!!!!!!!
Antidepressivos 7
Buspirona como agente ansiolítico
Antagonista/agonista parcial serotoninérgico 5HT1A. Efeito dual 5HT na ansiedade. Normaliza funções serotoninérgicas 
sinápticas.
Pouca sedação/hipnose
Não prejudica a memória
Perfil indesejado tolerável
Não causa sedação
Não causa efeitos motores
Sem tolerância e dependência
Melhor tolerado que bzd → por isso que antidepressivos são utilizados para o manejo de ansiedade e não os bzd
Latência de 21 dias (bzd tem efeito mais rápido)
EFEITOS INDESEJÁVEIS → náuseas, vômito, fome, diarreia ou constipação, tontura, cefaleia, fadiga, inquietação 
(aumento inicial da ansiedade)
UTILIZADA EM → ansiedade generalizada e ansiedade com depressão
Bases neurotróficas 
Diminuição do BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), alterando plasticidade e neurogênese (formação de novos 
neurônios).
CAUSAS → aumento do estresse, do cortisol e do glutamato
Monoaminas "favorecem" efeitos neurotróficos.
Antidepressivos "normalizam" a neurogênese deficiente.
Antidepressivos sem efeito com bloqueio da neurogênese.
Sem o efeito neurogênico, não há efeito antidepressivos.
Antidepressivos 8
Uma visão neurobiológica geral da depressão 
Híbrido das teorias, que se completam.
Intervenções e tratamentos 
Farmacoterapia e abordagens psicoterápicas e "alternativas".
Antidepressivos 
Fármacos de primeira escolha para:
Transtornos depressivos
Transtorno bipolar (mania/depressão)
Transtornos de ansiedade (TOC/PTSD)
Transtornos alimentares
Dor crônica ou neuropática (em que opioides não funcionam tão bem)
Prevenção/recuperação em AVE (por conta da neurogênese)
Transtornos do sono, dependência, disfunções sexuais
Problemas associados aos antidepressivos
Estigma, subdiagnóstico e entraves sociais (diminuem adesão)
Pacientes refratários ao arsenal atual (30-40%)
Antidepressivos 9
Severidade e duração dos episódios predizem menor eficácia
Tratamento deve ser crônico (>2 anos)
Eficácia e limitação dos antidepressivos
Eficácia similar em todas as classes (o que muda é a segurança)
Agravamento inicial dos sintomas (pode-se utilizar bzd em conjunto para alívio)
Latência para efeito terapêutico (2-4 semanas)
Ajuste de dose empírico e "sutil"
Aumento do risco de suicídio a curto prazo (<25 anos)
50% mantém sintomas depressivos
Síndrome de retirada com tratamento longo (neuroadaptação) - sintomas físicos (tontura, formigamento nas 
extremidades, problemas no TGI etc)
Racional farmacológico 
Aumento da [monoaminas] de forma crônica e reestabilização homeostática do SNC. 
Inibidores da monoamina-oxidase (MAO) → 1a geração; inibem a MAO
Antidepressivos tricíclicos (ADT) → 1a geração; impedem a recaptação de NA e 5HT
Inibidores seletivos da recaptação de 5HT (ISRS) → inibem seletivamente a recaptação de 5HT
Inibidores seletivos da recaptação de 5HT e NA (IRSN) → inibem seletivamente a recaptação de 5HT e NA (perfil de 
seguraça diferente dos ADT)
Antidepressivos "atípicos" (com ação "diversa")
Inibidores da MAO (iMAO) 
Moclobemida (aurorix), tranilcipromina (parnate).
Diminuição dos mecanismos de degradação das monoaminas, ao inibir a MAO.
MAO → membrana mitocondrial (pré-sináptico); degrada 5HT, NA e DA; alvo farmacológico
Antidepressivos 10
COMT → degrada catecolaminas - NA e DA - (pós-sináptica)
Os iMAO evitam a inativação das monoaminas no interior do neurônio, causando a difusão de um excesso de 
neurotransmissores para a fenda sináptica.
Pouco usados. Última opção.
Problemas associados
Interação com alimentos fermentados (tiramina) → ação simpatomimética indireta (tiramina e anfetamina entra em 
neurônio e desloca a NA para o citosol, liberando-o) = resposta noradrenérgicos aguda.
Normalmente, tiramina é metabolizada pela MAO, mas, em uso de iMAO, há efeitos indesejados.
"Reação do queijo" → paciente não pode comer queijo ou tomar vinho
Hipertensão
Aumento da pressão craniana, cefaleia
AVE
Pode ocorrer com outros agentes simpatomiméticos.
Isoformas MAO-A e MAO-B
Ambas degradam a tiramina.
Inibidores irreversíveis A/B (tranilcipromina) causam "reação do queijo" → se inibir uma ou outra, não se tem tal reação
Moclobemida → degrada somente a MAO-A (redução maior de 5HT e NA); mantém MAO-B para degradação de tiramina
obs.: selegilina → utilizada para parkinson pois degrada MAO-B, a qual degrada DA
Antidepressivos 11
Perfil de efeitos indesejados
Além de atuar em MAO, são bloqueadores alfa1-adrenérgicos, muscarínicos e histaminérgico. 
Agitação, tremores, insônia, convulsões dependendo da dose (NA e DA)
Efeitos anticolinérgicos (boca seca, disfunção sexual, taquicardia)
Crise hipertensiva (NA) e hipertermia (5HT) com ADTs + iMAO
Hipotensão (alteração de vias centrais do controle cardiovascular; iMAO com ação direta em vaso - bloqueio alfa1-
adrenérgico)
Sedação (bloqueio histamínico)
Ganho de peso e aumento do apetite (bloqueio histamínico)
Potencializa simpatomiméticos indiretos (anfetamínicos)
Inibição enzimática CYP450 (interações)
Hepatotoxicidade (crônico)
Efeitos sexuais
Poucos efeitos TGI
Mais eficaz em pacientes refratários
Antidepressivos tricíclicos (ADTs) 
Amitriptilina (amytril), imipramina (tofranil), clomipramina, desipramina (metabólito da imipramina), nortriptilina 
(metabólito da amitriptilina). 
Baixo custo e perfil indesejado vasto.
Inibição não-seletiva da recaptação de 5HT e NA (pode ser preferencial) - afinidade pelos recaptores de 5HT e NA.
Isoformas da MAO
Antidepressivos 12
Depressão psicótica → pode ser sedativo e útil em pacientes agitados
Pacientes refratários (usam antidepressivo que não respondem à primeira escolha)
Dor neuropática (hérnia, neuropatia diabética) → atuam nas 2 vias de analgesia
PERFIL INDESEJADO VASTO (os mesmos dos iMAO, mas mais evidente):
Efeitos anti-histamínicos (sedação, aumento da fome/peso) → efeitos podem ser explorados na clínica; pacientes que 
param de comer ou muito agitados
Efeito anticolinérgicos (boca seca, disfunção sexual)
Hipotensão (antagonismo alfa1-adrenérgico, ação central?)
Arritmias, náuseas, sonolência, retenção urinária, visão borrada, taquicardia, aumento da massa corporal, 
xerostomia, constipação, convulsão (reduz o limiar epiléptico em pessoas com doença ou predisposição)
Interações potenciais:
Diminuição do limiar convulsivo (convulsões), prolongamento QT (arritmias), rebote colinérgico (abstinência), 
janela terapêutica estreita, sobredose = hiperexcitação = delírio, mania, coma, arritmia, morte súbita (parada 
cardíaca)
obs.: deve-se tomar cuidado com paciente que possuem ideações suicidas, pois os antidepressivos podem ser 
utilizados e trazer a excitação necessária para executar o suicídio - acompanhamento constante!!!
Em geral, não causam agitação, sedativo, hipotensão, efeitos anticolinérgicos, convulsões (reduzem o limiar epiléptico), 
ganho de peso, efeitos cardíacos. 
Não são utilizados tanto (mas mais que os iMAO), pela baixa segurança.
Seletividade para inibição da recaptação de NA e 5HT; ADT são os que tem *
Antidepressivos 13
obs.: clomitrapina → é a que mais interfere na transmissão serotoninérgia = efeitos gastrointestinais e sexuais; porém é a 
mais serotoninérgica = preferencial 
Inibidores seletivos da recaptação de 5HT (ISRS) 
Fluoxetina (prozac), sertralina (assert), (R,S) citalopram (cipramil), (S) citalopram = excitalopram (lexapro), fluvoxamina 
(luvox), paroxetina (pondera).
Mais seguros e tolerados. 1a escolha.
Inibição seletiva da recaptação de 5HT. 
Ansiedade → 1a escolha
Usos, ações adicionais e particularidades
Janela terapêutica ampla
Tratamento de transtornos de ansiedade que não respondem a bzd → tratamento do PTSD (sertralina e paroxetina)
Tratamento de TOC e transtornos alimentares (cuidado com pacientes anoréxicos - podem diminuir apetite)
Inibição da recaptação da DA (sertralina) → não tão associada a diminuição de libido e ganho de peso 
Parcela de pacientes refratários → recorre-se aos iMAOe ADT
Altíssima seletividade para 5HT, mas também atua em receptores de NA (em altas doses = efeitos noradrenérgicos)
Antidepressivos 14
❗ Não necessariamente mais efetivos, mas mais seguros.
Perfil indesejado
Sem efeitos alfa1-adrenérgicos, histamínicos, muscarínicos.
Baixo risco de convulsão, de sedação, de hipotensão, de efeitos colinérgicos e de efeitos cardíacos. 
Há ganho de peso (mas menos do que os outros antidepressivos). 
Efeitos gastrointestinais (náuseas, vômitos, fome etc) e sexuais (diminuição da libido, frigidez, anorgasmia → útil 
para pacientes com ejaculação precoce, excesso de sensibilidade etc)
Náuseas, vômito, fome/anorexia, diarreia/constipação
Tontura, cefaleia, fadiga, agitação (agressividade) → especialmente, em adolescentes
Aumento do risco de suicídio (jovens) → deve-se acompanhar muito bem
Ansiedade → muito individual; devido ao efeito dual da 5HT
Sonolência e insônia
Inibição enzimática CYP2D6 → CYP2D6 metaboliza ADT; com uso de ISRS e ADT, há risco de sobredose de ADT
Síndrome da interrupção (tontura, parestesias)
Síndrome serotoninérgica (+ISRS/iMAO) → aumento excessivo de 5HT nas sinapses por interações medicamentosas; 
tremor, hipertermia, alterações CV (flutuações), morte
Sobredose = arritmias e morte súbita (raro)
Antidepressivos "atípicos" 
Miscelânea de efeitos combinados (mais sujos, com menor seletividade)
Inibidores seletivos das recaptação de 5HT/NA (IRSN)
Inibidores seletivos das recaptação de NA
Inibidores seletivos das recaptação de DA
Antagonistas de receptores monoaminérgicos
Agentes melatoninérgicos
Inibidores seletivos da recaptação de 5HT/NA (IRSN) 
Duloxetina (cymbalta), venlafaxina (efexor) e desvenlafaxina (pristiq)
Antidepressivos 15
Preferência de 5HT, mas menos seletivos que ISRS. Mais seguros que ADTs (sem efeitos alfa1-adrenérgicos, histamínicos e 
muscarínicos).
1. DULOXETINA
Depressão
Ansiedade generalizada
Dor crônica (lombar, osteoartrite)
Dor neuropática (fibromialgia, diabetes)
EFEITOS INDESEJADOS:
Aumento da PA (em especial, em pacientes hipertensos) → modulação da NA
Midríase (aumento da pressão ocular)
2. VENLAFAXINA/DESVENLAFAXINA
Espectro de ação dose-dependente (em dose pequena, é semelhante ao ISRS).
Maior uso da desvenlafaxina (perfil cinético mais rápido).
Depressão
Pânico
Ansiedade generalizada e social
Diminuição dos sintomas da menopausa/TPM (off-label)
EFEITOS INDESEJADOS:
Aumento da PA (em especial, em pacientes hipertensos) → modulação da NA
Liberação controlada auxilia.
Sobredose (cardiotoxicidade) 
Inibidores seletivos da recaptação de DA/NA 
1. BUPROPIONA (zyban)
Menos efeitos no TGI e sexuais (menor interferência 5HT)
Dependência nicotínica → mecanismo dopaminérgico = saciedade, prazer = auxílio para descontinuar o uso de nicotina
Controle de peso (+topiramato = perda de fome) → bupropiona causa saciedade; 
TDAH (off-label)
Menor limiar para convulsão (em especial, se a pessoa já tem epilepsia, anormalidades eletrolíticas)
Pode piorar abstinência a sedativos/álcool → ansiedade
Alterações CV (aumento de PA e FC)
Inibidores seletivos da recaptação de NA 
Antidepressivos 16
Reboxetina, atomoxetina 
Pouco efeito antidepressivo
TDAH → aumento de NA = controle da impulsividade e hiperatividade 
Aumento de FC e PA 
Antagonistas de receptores monoaminérgicos 
Mirtazapina, mianserina 
Perfil sujo.
Mirtazapina → bloqueio alfa2 (= aumenta liberação de NA; = aumenta liberação de 5HT), 5HT-2A, 5HT-2C, 5HT3, H1 
(aumento do apetite, ganho de peso e sedação)
Mianserina → bloqueio alfa1 (queda PA), alfa2, 5HT-1C, 5HT-1, 5HT-3, H1 (aumento do apetite, ganho de peso e 
sedação)
Ruim para jovens por conta da sedação. 
Interessante para idosos agitados e sem apetite.
Inibidores de recaptação de serotonina e antagonistas (IRSA) 
Tradazona (donaren), vilazodona (viibryd), vortioxetina (brintellix)
Perfil sujo.
Tradazona → ISRS; hipnótico; pouca atuação em SERT + bloqueio 5HT2, alfa1 (hipotensão; ereção ou priapismo) e H1 
(sedação)
Vilazodona → ISRS; muita atuação em SERT + agonista parcial 5HT-1A
Vortioxetina → ISRS; muita atuação em SERT + agonista parcial 5HT1A e 5HT-1B, bloqueio 5HT-1D, 5HT-3, 5HT-7 = 
pacientes com depressão e prejuízo cognitivo; menos efeitos TGI e sexuais; melhora cognitiva
Efeitos colaterais dos "atípicos"
Ver o fármaco na tabela. Em geral:
Pouca hipotensão, poucos efeitos colinérgicos e cardíacos
Agitação, ansiedade, aumento do risco de convulsão, efeitos TGI (dopaminérgicos)
Agonistas de receptores de melatonina (MT1/MT2) 
Agomelatina 
Antagonismo 5HT-2B e 5HT-2C.
Utilizada para pacientes com depressão e insônia.
Tontura, cefaleia, hiperidrose
Antidepressivos 17
Hepatotoxicidade (aumento de ALT/AST)
Contraindicada com etanol.
Farmacocinética e segurança 
Metabólitos ativos e tempo de meia-vida (em geral, alto). 
Caráter lipofílico. 
Em geral, 1x ao dia.
ex.: imipramina → possui metabólitos ativas e maior meia-vida.
obs.: recomendações para uso matinal → alguns causam agitação
obs.: recomendações para uso noturno → alguns causam sedação
Alguns metabólitos ativos são metabolizados pela CYP2D6, a qual é metabolizada por alguns antidepressivos = risco de 
sobredose.
Em geral:
Boa biodisponibilidade oral (se não tiver, maior dose)
Tempo de meia-vida >20h (1x ao dia)
Tempo de meia-via considerável de metabólitos ativos
Volume de distribuição alto (mais lipofílicos)
Ligação de proteínas plasmáticas alta (muito lipofílicos) → exceto alguns = menor risco de interação com outros 
fármacos
Deve-se observar o perfil do medicamento e do paciente.
INTERAÇÕES E RISCO FARMACOCINÉTICO:
Inibidores inibem enzimas e aumentam a [substratos]
Indutores induzem enzimas e diminuem a [substratos]
Antidepressivos 18
Seletividade e segurança 
Antagonismo em SERT → distúrbios TGI e sexual
Antagonismo histamínico e muscarínico → sedação
Antagonismo alfa1 → hipotensão, síncope
Ganho de peso → antagonismo histamínico e serotoninérgico
Em amarelo, antidepressivos; em vermelho, fármacos prejudiciais em interações com antidepressivos
Antidepressivos 19
Manejo da depressão 
Fármaco e seletividade de NA, SERT E DA
Antidepressivos 20
DIRETRIZ CANADENSE:
Depressões psicóticas → associação com antipsicótico
Depressões com disfunções cognitiva → vortioxetina
Depressões com insônia → agomelatina, mirtazapina, trazalona
Depressão com sintomas somáticos → duoloxetina (dor), bupropriona (fadiga)
Abordagens não-farmacológicas 
Eletroconvulsoterapia ou estimulação eletromagnética 
Associado a bloqueadores musculares e anestésicos.
Efetiva em paceintes refratários aos fármacos
Antidepressivos 21
Recomendada em casos de alta severidade (endógena - hereditariedade = mutações em receptores dos fármacos)
Efeitos a curto prazo
Perda de memória e confusão 
Alto custo
Perspectivas futuras 
Mecanismos de novos antidepressivos 
Inibidores da recaptação de espectro amplo (NA, 5HT e DA) 
Agonistas β3-adrenérgicos → antidepressivos e lipólise
Antagonistas κ-opioides → disforia e rebaixamento do humor
Antagonistas GABAb 
Fármacos glutamatérgicos → hiperativação glutamatérgica gera morte neuronal e estresse
Hipótese glutamatérgica da depressão 
Hiperativação glutamatérgica gera morte neuronal e estresse.
Antidepressivos com efeito agudo 
Antagonistas de canais NMDA.
1. KETAMINA iv/intranasal 
Sedação, aumento PA, aumento da pressão intracraniana
Alucinógeno, potencial abusivo
2. ESKETAMINA (spravato) (2x mais potente; maior depuração = menor chance de intoxicação)
Aumento do metabolismo frontocortical (alucinógeno)
Efeito a curto prazo (4h)
Pacientes refratários
Drogas de "resgate" (para pacientes com ideação suicida)
Perspectivas futuras
Teoria neuroinflamatória da depressão
Um componente da depressão seria a nueroinflamação (morte neuronal).
Comorbidade com doenças inflamatórias crônicas.
Pacientes depremidos com mais respostas inflamatórias e citocinas no SNC
Antidepressivos com ação anti-inflamatória no SNC (fluoxetina).Anti-inflamatórios efetivos na depressão?
Microbiota intestinal vs. depressão 
Espécies associadas ao risco de depressão.
Síntese de substâncias sinalizadoras (via n. vago).
“Transplante” fecal (controle da disbiose).
Antidepressivos 22