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QUESTÕES DIREITO PENAL / TEORIA GERAL DO CRIME

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QUESTÕES DIREITO PENAL – TEORIA GERAL DO CRIME
DAYANNE CLARA SERAVALI BORGES
No tocante à disciplina do direito penal, julgue os itens a seguir.
Segundo a classificação doutrinária dominante, os ofendículos, desde que instalados com moderação, caracterizam situação de exclusão de antijuridicidade.
C Certo
E Errado
Resposta: certo
Ofendículos enquanto não acionados = excludentes de ilicitude, por configurar exercício regular de direito. (Entendimento CESPE/CEBRASPE)
Átila praticou lesões corporais em face de Marcos, sendo denunciado. No bojo da ação penal, presente dúvida em relação à imputabilidade de Átila, foi deflagrado incidente de insanidade mental, cuja conclusão acolhida pelo juiz fora no sentido da inimputabilidade de Átila por doença mental. Durante a instrução probatória, ficou demonstrado que Marcos puxara um canivete e moveu-se na direção de Átila que, para evitar maior aproximação de Marcos, o atingiu com um chute no rosto, contendo o seu avanço. Na sentença, foi reconhecido o fato típico, contudo, foi reconhecida a causa de justificação da legítima defesa. Segundo o direito penal brasileiro, nesse caso
A o magistrado deverá impor tratamento ambulatorial.
B o magistrado deverá impor internação em hospital de custódia e tratamento.
C o magistrado deverá aplicar pena e suspender sua execução por medida de segurança.
D o magistrado deverá proferir sentença de absolvição própria do acusado.
E o magistrado deverá proferir sentença de absolvição imprópria do acusado, adequando a medida de segurança à periculosidade do acusado.
RESPOSTA: LETRA D
Nada obstante haver imputabilidade, a causa legal de exclusão da ilicitude é mais benéfica ao agente.
Alfredo está profundamente chateado com seu avô Hélio e, num momento de fúria, decide matar o ascendente. Então, desloca-se até o local de trabalho de Alfredo, uma indústria, onde todos os funcionários trabalham uniformizados. Alfredo então avista, a uma certa distância, um senhor grisalho e alto, imaginando se tratar de seu avô. Efetua os disparos e acerta. Todavia, logo após o crime, vê seu avô se aproximar correndo para socorrer um colega de trabalho, Juarez, que foi confundido pelo atirador. Nessa situação, pode-se afirmar que:
A o erro sobre a identidade da pessoa contra a qual o crime é praticado, também chamado de aberratio ictus, isenta de pena o agente, se o erro é inevitável.
B o erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Para a aplicação da reprimenda, serão consideradas as condições ou qualidades da pessoa efetivamente atingida.
C o erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
D quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo. No caso, Alfredo responderá por homicídio culposo contra Juarez.
RESPOSTA: LETRA C
Erro de tipo acidental, sobre a pessoa, considera-se as características daquelas pessoas que se pretendia atingir, nesse caso o avô de Alfredo. Nesse caso não exclui dolo nem culpa.
Paulo, com 18 anos de idade, decide ir a uma conhecida localidade da sua cidade pela prostituição, onde encontra Marta, com 13 anos de idade, que já fazia programas. Após combinarem o programa, Paulo mantém relação sexual consensual com Marta. O rapaz sabia da idade de Marta e da proibição legal de praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos, ainda que com seu consentimento. Contudo, Paulo mantém relação sexual com Marta, acreditando que o fato de Marta já possuir experiência sexual anterior seria uma causa de justificação que tornaria a sua conduta permitida, causa essa que, na verdade, não existe. Paulo é denunciado pelo delito de estupro de vulnerável e a defesa alega que ele agiu em erro. De acordo com a teoria limitada da culpabilidade, Paulo incorreu em erro
A de tipo.
B sobre a pessoa.
C de proibição direto.
D de proibição indireto.
E de tipo permissivo.
RESPOSTA: LETRA D
Erro de proibição indireto ele sabe que está agindo errado, porém acredita que vai se livrar por alguma causa de excludente de ilicitude. 
Aroldo, maior, cometeu ato delituoso previsto no Código Penal Brasileiro. Sabe- -se que, no momento do crime, devido a perturbação mental, o agente não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato. Levando em consideração a situação narrada, assinale a alternativa correta.
A Aroldo é considerado inimputável e será, com isso, isento de pena.
B Aroldo é considerado imputável, não havendo nenhuma causa de diminuição da pena.
C Aroldo é considerado semi-imputável, havendo previsão legal no Código Penal de redução de pena de 1/3 a 2/3.
D Aroldo é considerado semi-imputável, havendo previsão legal no Código Penal de redução de pena de 1/3 a 1/2.
E Aroldo é considerado imputável, havendo previsão legal no Código Penal de redução de pena de 1/3 a 2/3.
RESPOSTA: LETRA C
CP, art. 26, Parágrafo Único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Sobre as espécies de erro de tipo acidental, é correto afirmar que:
A No erro sobre o objeto, o agente confunde a coisa visada, atingindo objeto outro que não o inicialmente desejado.
B No erro sobre a pessoa, o agente, por erro na execução, atinge pessoa diversa da que pretendia atingir.
C No erro na execução, o agente se confunde, atingindo uma vítima real pensando estar atingindo uma vítima virtual.
D Nos casos de resultado diverso do pretendido, ou aberratio delicti, o autor erra sobre o nexo causal da conduta, produzindo o resultado com nexo diverso.
E Nos casos de erro sobre o nexo causal, o agente delitivo atinge por acidente bem jurídico diverso daquele pretendido.
RESPOSTA: LETRA A 
Recai sobre dados secundários do tipo penal
se o agente é avisado do erro, ele simplesmente corrige a conduta, os caminhos da conduta e continua a conduta criminosa
Não exclui o dolo
Pode recair sobre o objeto; sobre a pessoa, sobre as qualificadoras, na execução, resultado diverso do pretendido e sobre o nexo causal.
Apesar de haver a independência entre as instâncias cível, penal e administrativo-disciplinar, faz coisa julgada no âmbito cível e administrativo a sentença penal que reconhece, exceto:
A legítima defesa.
B estado de necessidade.
C estrito cumprimento de dever legal.
D erro de proibição.
E exercício regular de direito.
RESPOSTA: LETRA D
CPP, Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Situação hipotética: Alceu cometeu crime, sem violência ou grave ameaça a pessoa, o qual é processado mediante queixa. Arrependido, Alceu repara o dano antes do oferecimento da queixa crime. Assertiva: O agente não será beneficiado com o arrependimento posterior, pois esse só se aplica aos crimes de ação pública.
C Certo
E Errado
RESPOSTA: ERRADO
Condições do arrependimento posterior:
1. crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa; não se restringem aos crimes contra o patrimônio
2. reparação do dano ou restituição da coisa;
3. ato voluntário do agente; não é preciso espontaneidade
4. até o recebimento da denúncia ou da queixa
Assinale a alternativa incorreta.
A Para a caracterização do crime culposo, a culpa consciente se equipara à culpa inconsciente.
B A culpa ex lascivia é aquela em que o agente prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que este não ocorrerá.
C A culpa ex ignorantia é aquela em que o agente não prevê o resultado de sua conduta, apesar de ser este previsível.
D A culpa inconsciente é aquela em que não há previsibilidade objetiva.
E Na estrutura do tipo culposo,há distinção entre “previsão” e “previsibilidade objetiva”.
RESPOSTA: LETRA D
Se a pessoa agiu com culpa consciente ou inconsciente a figura delitiva vai ser a da culpa. Homicídio praticado com culpa consciente ou inconsciente é homicídio culposo.
Em situação extremamente difícil, Robert foi obrigado a praticar determinado fato típico para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito inerente a seu filho, em cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Nesse contexto, é possível afirmar que, em tese, Robert agiu amparado pela excludente de ilicitude prevista no Código Penal:
A Legítima defesa de terceiro.
B Estado de necessidade.
C Exercício Regular de um Direito, na figura da tutela dos direitos de seu próprio filho.
D Estrito cumprimento do dever legal, em razão de sua condição de garante.
E Inexigibilidade de conduta diversa.
RESPOSTA: LETRA B
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela Lei º 7.209, de 11.7.1984)
Sobre o crime impossível, é correto afirmar:
A A mera existência de câmeras de monitoramento em supermercado é suficiente para o reconhecimento de eventual crime impossível no caso de tentativa de furto de produtos.
B Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
C Há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.
D Segundo o STF, deve ser reconhecido o crime impossível em caso de prática de flagrante forjado, esperado e preparado.
E Segundo o STF, deve ser reconhecido o crime impossível em caso de prática de flagrante preparado e no caso de ação controlada.
RESPOSTA: LETRA B
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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