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Curso de Graduação em Enfermagem Responsável: Danyella Leão Disciplina: Saúde da Mulher e do RN Assunto: Preventivo câncer de colo útero/Câncer de colo de útero Apresentação do caso clínico 01 Paciente do sexo feminino; 45 anos; branca; natural, procedente e residente de solteira; sem religião; sem planos de saúde, procurou UBS (Unidade Básica de Saúde) apresentando há duas semanas sangramento vaginal intermitente, corrimento e dor abdominal. Paciente relata que há cinco dias apresentou piora do sangramento e da dor abdominal. Destaca relação sexual, como fator de piora para o sangramento; sem fatores de melhora ou de piora para o corrimento. Além disso, relata não haver fator de melhora para dor abdominal. Nega uso de medicamentos. Nega doenças prévias e alergias. Refere ainda uso de anticoncepcional há 27 anos, como também início precoce da atividade sexual (15 anos) e múltiplos parceiros. Relata que a mãe já teve câncer uterino. Ao exame físico, a paciente encontrava-se em regular estado geral, fácies de dor, lúcida e orientada em tempo e espaço, acianótica, anictérica, hidratada, discreta aquipneia (frequência respiratória = 23 irm), taquicárdica (frequência cardíaca = 110 bpm) e hipertensa (140 x 80 mmHg). Aparelho respiratório com murmúrio vesicular presente, sem ruído adventícios. A avaliação dos linfonodos não demonstrou linfonodos inguinais palpáveis. Aparelho cardiovascular com bulhas rítmicas normofonéticas em 2 tempos, sem desdobramentos ou sopros. Abdome plano, ruídos hidroaéreos presentes, fígado e baço não palpáveis e dor à palpação superficial e profunda, em região de baixo ventre. Ao exame ginecológico, foi feita a inspeção da vagina e do colo uterino através do exame especular, o qual detectou lesões suspeitas de malignidade deste segmento. Questões para orientar a discussão 1. Quais exame inicial para diagnóstico/rastreamento de câncer do colo uterino? Resp: Exame citopatológico câncer colo de útero. 2. Qual o quadro clínico de câncer do colo do útero? Resp: A infeccão pelo HPV apresenta-se na maioria das vezes de forma assintomática, com lesões subclínicas (inaparentes) visíveis apenas após aplicação de reagentes, como o ácido acético e a solução de Lugol, e por meio de técnicas de magnificação (colposcopia). Ao exame especular podem ser evidenciados sangramento, tumoração, ulceração e necrose no colo do útero. O toque vaginal pode mostrar alterações na forma, tamanho, consistência e mobilidade do colo do útero e estruturas subjacentes. 3. Quais são os fatores de risco para o câncer do colo uterino? Resp: Quantidade de parceiros sexuais, infecção pelo HPV, tabagismo, imunossupressão, clamídia, uso de anticoncepcional hormonal, idade, múltiplas gestações, classe social, dieta, histórico famíliar. 4. Como é feito o rastreamento de câncer do colo do útero no Brasil? (Faixa etária, frequencia) Resp: Em mulheres entre 25 a 64 anos, que possuam vida sexual ativa, a cada três anos, além de atender todas as mulheres que apresentam sinais de alerta. 5. Após rastreamento com o PCCU, o exame veio apresentando adenocarcinoma in situ. Qual a interpretação? Qual conduta? Resp: O adenocarcinoma in situ são considerados as lesões verdadeiramente precursoras do câncer do colo do útero. É imprescindível orientar as mulheres quanto à necessidade da investigação e eventualmente o tratamento. A paciente será encaminhada para colposcopia. Apresentação do caso clínico 02 Identificação MLFC, sexo feminino, 69 anos, casada, Queixa principal: Sangramento vaginal Historia da queixa: Paciente refere sangramento vaginal há cerca de 7 meses, de intensidade moderada, de aspecto vermelho rutilante e, por vezes, misturado a um liquido branco (sic), e dor no baixo ventre de grande intensidade. Antecedentes ginecológicos, obstétricos e cirúrgico: Menarca aos 15 anos; coitarca aos 23 anos; parceiros sexuais, 3; menopausada há 23 anos; não soube referir antecedente de IST. Não realizou terapia de reposição hormonal, cauterização, nem curetagem. História de dispareunia, sinorragia e corrimento sanguinolento, G9 P6N A3. Antecedentes pessoais e familiares: Paciente hipertensa, com história familiar de câncer de mama. Exame especular : Colo ectopiado e sangrante, com conteúdo vaginal sanguinolento. Resultado do PCCU: data da colheita 31/01/21 realizado pela Enfermeira Terezinha Carvalho: - alteração de células escamosas, (carcinoma escamoso invasor). Questões para orientar a discussão 1. Qual a interpretação? Qual conduta? Resp: Atipias em células escamosas, encaminhar para a colposcopia Apresentação do caso clínico 03 MFA, 32 anos, menarca aos 12 anos, 1ª relação sexual aos 16 anos, G3P3A0, partos normais, 1º parto aos 18 anos, último parto aos 23 anos. Em uso de anticoncepção hormonal oral há 8 anos. Nega uso de preservativo masculino. Nega tabagismo. Último exame preventivo há 4 anos. Procura o serviço básico de saúde para realizar exames preventivos. A enfermeira, que realizou o exame citológico, relatou colo uterino sem anormalidades ao exame especular. Laudo citológico recebido cerca de 45 dias após a coleta evidenciou: esfregaço satisfatório com a representação de células escamosas e colunares, microbiologia com cocos e bacilos, alterações celulares compatíveis de Lesão Intraepitelial de Baixo-Grau (NIC I/HPV). Questões para orientar a discussão 1. O que significa: “representação de células escamosas e colunares” Resp: 2. O que significa:” microbiologia com cocos e bacilos” Resp: São considerados achados normais. Fazem parte da microbiota e, na ausência de sinais e sintomas, não caracteriza infecção que necessite de tratamento. 3. Qual a interpretação: Lesão Intraepitelial de Baixo-Grau (NIC I/HPV).? Qual conduta para os achados? Resp: Representa a manifestação citológica da infecção pelo HPV. Repetição da citologia em seis meses. Analise os exames a seguir e descreva as interpretações bem como as como as condutas adotadas Apresentação do caso clínico 04 Paciente deverá ser encaminhada para realização de colposcopia. Apresentação do caso clínico 05 Apresentação do caso clínico 06 Amostra satisfatória caracterizada por células em quantidades representativas.. Lactobacillus sp. são considerados normais por estarem na flora vaginal. Repetição do exame após 12 meses. Apresentação do caso clínico 07 Apresentação do caso clínico 08 Essa amostra insatisfatório se dá pelo. material acelular ou hipocelular ser menor que 10% do esfregaço ou maior que 75% do esfregaço, devido presença de: sangue, piócitos, artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição celular. Sendo recomendável que a mulher repita o exame entre 6 e 12 semanas com correção, quando possível, do problema que motivou o resultado insatisfatório.
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