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Foi em seus banhos que Arquimedes descobriu um princípio da hidrostática, o qual lhe permitiu desmascarar um ourives que fizera para o rei Hierão uma coroa jurando ser de ouro puro. Usando esse princípio – uma de suas muitas contribuições para o desenvolvimento das ciências –, Arquimedes provou que a coroa era feita de uma liga de ouro e prata. Para obter cientificamente uma aproximação de p, Arquimedes considerou, sucessivamente, os perímetros dos polígonos regulares de 6, 12, 24, 48 e 96 lados, inscritos em e circunscritos a uma circunferência. Os perímetros do hexágono inscrito e do circunscrito são fáceis de calcular em função do raio. A partir dos resultados obtidos, há fórmulas para obter o perímetro do dodecágono regular inscrito e do circunscrito. E assim por diante. Método de Arquimedes para o cálculo de p. O perímetro de um polígono regular inscrito é uma aproximação por falta do comprimento da circunferência, assim como o perímetro de cada polígono circunscrito é uma aproximação por excesso desse comprimento. Usando-se essas aproximações indefinidamente, de um lado por falta, e de outro por excesso, obtêm-se aproximações sucessivamente melhores do valor do comprimento da circunferência. E, dividindo-as pelo dobro do raio, encontram-se aproximações de p cada vez melhores. Foi assim que, depois de exaustivos cálculos, Arquimedes mostrou que p encontra-se entre 3,1408... e 3,1428... (em dígitos modernos). O método de Arquimedes foi explorado mais a fundo posteriormente por outros matemáticos. O holandês Ludolph von Ceulen (1540-1610) passou grande parte de sua vida calculando a aproximação de p até a 35ª casa decimal, e, para isso, teve de chegar até aos polígonos regulares de 262 lados. Em seu túmulo, sua esposa mandou gravar a aproximação obtida por ele: 3,14159265358979323846264338327950288 O símbolo p, para indicar a razão entre a circunferência e o diâmetro, foi usado pela primeira vez numa obra de 1706, do matemático inglês W. Jones (1675-1749), na qual ele deu, corretamente, as primeiras cem casas desse número. A notação p deriva, provavelmente, do fato de tratar-se da primeira letra da palavra “perímetro”, em grego. Sua adoção definitiva só se deu depois que o matemático suíço L. Euler (1707-1783) passou a usá-la com o sentido atual. Hoje, com métodos matemáticos mais sofisticados e com os modernos computadores, já se têm aproximações corretas de p com alguns bilhões de casas decimais. Certamente, as pesquisas atuais para obter aproximações cada vez melhores de p já não derivam de algum motivo prático, ligado diretamente ao uso desse número, mas sim da insaciável curiosidade do espírito humano. Sem falar na sua utilidade para a checagem de programas de computador. Que cidades-estado travaram as Guerras Púnicas? Em que época? Qual o envolvimento de Arquimedes com essa guerra? Matemática - Unidade 6 - Capítulo 23 - Área do círculo e de suas partes - Exercícios - Matemática no tempo: Explorando a leitura Questão 1952 Fatore completamente: a) 5a3 + 5 b) x5 + x2 c) m6 - 2m3 + 1 d) x6 - 1000000 e) x6 - 64